Artes/cultura
24/12/2023 às 12:00•2 min de leitura
No total, existem cerca de 900 mil ilhas oficiais espalhadas pelo mundo, tanto continentais quanto oceânicas. Enquanto alguns países possuem apenas algumas delas, outros são formados inteiramente por numerosas ilhas. Quem vence nesse quesito é as Filipinas, com mais de 7 mil ilhas e ilhotas em sua geografia.
Embora a maioria das ilhas seja apenas um lugar comum perto d'água, algumas dessas ilhas escondem coisas completamente únicas. Quer saber do que estamos falando? Veja só cinco ilhas curiosas o suficiente para serem chamadas de únicas!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Você pode até pensar que Austrália ou Madagascar abrigam a maior concentração de espécies únicas de mamíferos. No entanto, um estudo de 15 anos sobre o assunto concluiu que a vencedora desse quesito é a ilha de Luzon — a maior nas Filipinas. Sem contar mamíferos voadores como morcegos, o estudo descobriu que Luzon tinha 56 espécies de mamíferos e 52 delas eram endêmicas da ilha.
Além disso, 93% dessas espécies não existem em nenhum outro lugar, tornando a ilha em uma joia biológica. Segundo os pesquisadores, além de fornecer espaço suficiente para essas criaturas, Luzon também possui vários tipos de habitats que reduzem a competição entre espécies em evolução.
(Fonte: Getty Images)
Em 2009, um fungo chamado Candida auris apareceu misteriosamente em vários hospitais pelo mundo. Era mortal para os pacientes, multirresistente e extremamente difícil de lidar. Em 2019, os Centros de Controle de Doenças (CDC) classificaram o fungo como uma "ameaça urgente" para o público.
O que poucos sabem, no entanto, é que a C. auris surgiu em um pântano e em uma praia nas Ilhas Andamão, um arquipélago remoto perto da Índia. Transmitido por insetos, o fungo crescia mais rápido em altas temperaturas.
(Fonte: Universidade de Melbourne/Divulgação)
A ilha de Lupa Vanguna pertence à cadeia das Ilhas Salomão. Durante anos, os moradores locais insistiram que a floresta Zaira de Vanguna escondia um enorme rato que chamavam de "vika". Porém, apesar do tamanho dos animais, os cientistas não conseguiram encontrar nenhum exemplar.
Em 2017, madeireiros derrubaram uma árvore na ilha e encontraram o corpo de um animal morto no evento, que foi identificado como o rato lendário. Após estabelecer várias armadilhas fotográficas por toda a floresta, pesquisadores obtiveram 95 fotos que mostravam o que pareciam ser quatro indivíduos diferentes da espécie, todos medindo o mesmo comprimento de uma criança recém-nascida.
(Fonte: Getty Images)
Em 2015, a atividade vulcânica criou uma nova ilha no Pacífico Sul. O evento ofereceu aos biólogos, ecologistas, vulcanologistas e geólogos uma oportunidade única de observar como nascem os ecossistemas nas ilhas, começando pela vida microbiana. Assim, a Ilha Tonga-Hunga Ha'apai virou material de estudo.
O que os estudiosos não esperavam, no entanto, é que encontrariam formas de vida desconhecidas na região: micróbios que digerem e decompõem o enxofre e os gases atmosféricos. Contudo, como outra erupção vulcânica destruiu a ilha em pedacinhos sete anos depois, não deu tempo para estudar mais a evolução desses microrganismos.
(Fonte: Getty Images)
No passado, caçadores dizimaram a população de tartarugas gigantes que viviam nas Ilhas Galápagos. Apesar desta matança, os humanos não estavam por trás do desaparecimento da tartaruga-gigante-de-Fernandina, encontrada na Ilha Fernandina. Essa criatura foi vista pela última vez em 1906 e foi considerada extinta devido a erupções vulcânicas.
Contudo, em 2019, guardas do Parque Nacional de Galápagos visitaram a ilha e foram pegos de surpresa ao encontrar um único espécime fêmea dessa criatura na região. Fernanda, como foi apelidada, tem cerca de 100 anos e ainda poderá ter filhos por muitas décadas. Sendo assim, o próximo passo será encontrar um companheiro vivo para ela.