Ciência
03/04/2024 às 16:04•2 min de leituraAtualizado em 03/04/2024 às 16:37
O terremoto mais forte registrado em Taiwan nos últimos 25 anos resultou em pelo menos nove mortes, 50 pessoas desaparecidas e mais de 800 feridos nesta quarta-feira (3), conforme dados oficiais. O tremor de magnitude 7,5 na escala Richter também gerou alertas de tsunami no Japão e nas Filipinas, posteriormente retirados.
Imagens de prédios balançando e resistindo ao desmoronamento surgiram no X/Twitter logo após o fenômeno. Os vídeos mostram edificações resistentes a terremotos, comuns em países que adotaram diferentes tecnologias nas construções para minimizar os prejuízos causados pelos abalos sísmicos recorrentes.
A seguir, apresentamos 5 técnicas capazes de diminuir os impactos dos terremotos em edifícios, adotadas na Ásia e outras regiões, contribuindo para salvar pessoas dentro deles, sobre eles e à sua volta.
Presente no Taipei 101, um dos prédios mais altos do mundo, o método utiliza um pêndulo que entra em ação quando o edifício balança, fazendo força para o lado contrário. Caso o prédio se mova para a esquerda, o mecanismo o força para a direita, compensando o peso e evitando o desabamento.
O sistema baseado na lei da inércia é composto por uma “bola” de 700 toneladas suspensa por oito cabos de aço, instalada na parte interna e próxima ao topo do arranha-céu de 508 m de altura.
Nos prédios com tecnologia antiterremoto também é comum o sistema de amortecimento que ajuda a absorver o máximo da energia sísmica. Os amortecedores podem ser feitos de diferentes tipos de materiais, como a borracha, evitando que o edifício entre em ressonância com o movimento causado pelo tremor.
Eles ficam abaixo da construção, geralmente, mas também é comum instalá-los em cada andar, com uma das extremidades presa a uma viga e a outra à coluna.
O método, parecido com o amortecimento, inclui estruturas flexíveis capazes de isolar a estrutura do edifício do contato com o chão. Assim, a propagação da onda de choque provocada pelo abalo é reduzida, minimizando a possibilidade de danos.
Uma versão mais recente do sistema utiliza uma espécie de almofada de ar para realizar o isolamento, erguendo a estrutura em até 3 cm quando sensores detectam qualquer atividade sismológica.
As paredes super-resistentes são outra solução nas construções preparadas para resistir a terremotos, principalmente em prédios mais baixos. A técnica, empregada no Japão e no Chile, reforça a estrutura com bastante concreto e ferro, aumentando a sua rigidez.
Já em prédios maiores, é costume usar paredes centrais reforçadas em conjunto com sistemas de amortecimento ou rolamento, aprimorando a proteção do edifício.
Em busca de novas opções para prédios resistentes a abalos sísmicos, os engenheiros têm testado diferentes materiais, como a liga com memória de forma. Além de suportar tensões pesadas, ela retorna à sua forma original após mudanças causadas pelos tremores de terra.
Com até 30% mais elasticidade que o aço, o níquel-titânio (nitinol) aparece como uma das mais promissoras para o uso nas colunas de prédios e pontes.