Os 4 principais mitos sobre lobos desmascarados por especialistas

13/05/2024 às 20:003 min de leituraAtualizado em 13/05/2024 às 20:00

O lobo é um animal cuja trajetória se cruza com a nossa, principalmente por estar introjetado na cultura e no imaginário popular através da literatura, do cinema e das histórias orais. Charles Perrault e os Irmãos Grimm foram alguns dos autores que ajudaram a propagar as histórias do Lobo Mau e outras lendas envolvendo o animal. 

Cada relato narrou os lobos com variações, mas sempre no papel de um animal perigoso e sorrateiro. De alguma forma, elas influenciaram como os enxergamos e impactam até mesmo a relação que temos com eles – há muitos relatos de perseguição, seja para caça ou por maldade mesmo. Por essa razão, é preciso desmistificar os lobos como vilões.

1. Lobos não matam por diversão

Lobos vivem â beira da deficiência nutricional. (Fonte: Unsplash/Reprodução)
Lobos vivem à beira da deficiência nutricional. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Não existem pesquisas que compreendam os sentimentos do lobo, mas a ideia de que eles matem como uma espécie de diversão não passa de mito, ou seja, não encontra é algo real. De acordo com biólogos especialistas em lobos, os animais vivem à beira da deficiência nutricional, o que significa que não acumulam camadas de gordura, ainda que não morram de fome.

Para saciarem sua fome, precisam percorrer grandes terrenos até encontrar uma presa que esteja vulnerável e conseguirem capturá-la. Outro detalhe apontado por especialistas é que a caça dos lobos é exaustiva e muitas vezes perigosa, já que vão atrás de animais por vezes maiores do que eles. Segundo uma pesquisadora do Yellowstone Wolf Project, apenas cerca de 20% das tentativas de caça do animal são bem-sucedidas.

2. Lobos não são salvadores do ecossistema

Lobos são parte de um ecossistema saudável. (Fonte: Unsplash/Reprodução)
Lobos são parte de um ecossistema saudável. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Em zoologia, cascata trófica é um conceito que diz, de forma resumida, que a mudança em um nível da cadeira alimentar (aumento ou decréscimo de animais) provoca efeito em outro nível, o que pode levar a prejuízos no ecossistema.

No caso dos lobos, há uma corrente que defende que a diminuição de sua presença levaria a que veados e alces se tornassem abundantes na paisagem, causando maior dano a prados, encostas de montanhas e zonas úmidas, tudo como fruto da alteração na cadeia alimentar.

No entanto, pesquisas recentes têm questionado essa teoria – ou, pelo menos, debatido que a lógica não é tão simples. Pesquisadores sugerem que a ausência prolongada de lobos em determinadas regiões podem influenciar o ecossistema, prejudicando-o. Porém, ainda que sejam um componente importante para um ambiente saudável, a sua presença não é o único fator crítico na saúde, estabilidade ou resiliência de uma área.

3. Lobos não atacam pessoas

A ideia de lobos atacando humanos fica restrita à ficção. (Fonte: Unsplash/Reprodução)
A ideia de lobos atacando humanos fica restrita à ficção. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Histórias como a da Chapeuzinho Vermelho e filmes como A Bela e a Fera podem sugerir que lobos têm predileção por seres humanos e os atacam na primeira oportunidade. Todavia, uma situação do tipo é algo muito raro. No século XX, por exemplo, apenas duas pessoas foram vítimas de ataques de lobos.

Segundo especialistas, o animal é uma espécie bastante cautelosa, mantendo-se distante de seres humanos ao ponto de serem raramente vistos. Uma das justificativas seria o medo que possuem de nós.

4. Lobos não devoram rebanhos inteiros

Ação humana influencia mais a diminuição de espécies do que a presença de lobos. (Fonte: Unsplash/Reprodução)
Ação humana influencia mais a diminuição de espécies do que a presença de lobos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)

Os lobos e os animais que eles caçam evoluíram conjuntamente ao longo dos anos. Se é possível afirmar que o tempo melhorou os lobos na caça, também é lógico dizer que suas presas ficaram mais eficientes na defesa e nas técnicas de fuga. Essa evolução interligada é a razão para que alces, veados e lobos tenham se tornado mais inteligentes, rápidos e fortes.

A diminuição de espécies consideradas presas dos lobos em determinadas áreas costuma estar ligada a doenças e ao próprio desenvolvimento humano, não à presença dos caninos. Inclusive, a presença humana também impacta as alcateias, que geram menos crias, perdem mais filhotes e mudam de área, em busca de novas fontes de alimentos. Em suma, são apenas mais uma espécie animal no ambiente e não seu definidor.

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