Artes/cultura
20/04/2024 às 16:00•2 min de leituraAtualizado em 20/04/2024 às 16:00
Tanto o mamute quanto o mastodonte são parentes dos elefantes. Ou melhor, foram primos mais distantes. Esses animais de maior dimensão, em um olhar mais rápido, apresentam muitas similaridades, com destaque para a presença de tromba.
Mas, a verdade é que ambos possuem diferenças significativas entre si. E para evitar qualquer confusão, nesse texto vamos te mostrar quais são elas.
Apesar da maior altura, a primeira diferença já aparece ao comparar essa característica em ambos os animais. As fêmeas até tendiam a apresentar menor dimensão em comparação com os machos, mas, em geral, a regra é que o mamute é mais alto que o mastodonte.
Enquanto as presas dos mastodontes eram mais lineares, embora curvas e de menor dimensão, com o mamute, elas se apresentam em um formato mais curvo e alongado. Os elefantes de hoje, por exemplo, têm presas mais parecidas com a dos mastodontes.
De uma forma geral, é possível reparar em outro detalhe ao analisar a cabeça desses dois animais extintos. A do mastodonte tinha um formato mais achatado. Os mamutes, por sua vez, tinham uma elevação logo acima da sua cabeça, o que lhes dava um formato bem diferente, uma espécie de topete.
Em relação aos dentes, há uma diferença ainda maior. Os molares do mastodonte favoreciam a mastigação de galhos, folhas e arbustos. Por isso, seus dentes apresentam bicos (ou cones) ao longo das bordas superiores, facilitando o processo de digestão. Já os mamutes tinham dentes achatados, perfeitos para esmagar as gramas e ervas mais duras que costumavam digerir.
Apesar desse parentesco, esses animais não possuem uma forte relação entre eles e não pertencem à mesma família. Os mastodontes pertencem à família Mammutidae, enquanto os mamutes são da família Elephantidae. Os elefantes asiáticos, inclusive, são considerados os parentes vivos mais próximos dos mamutes.
Ao voltar no tempo, o motivo fica mais claro: a linhagem dos mamutes se separou da ramificação dos elefantes modernos há 5 milhões de anos. Os mastodontes, por sua vez, seguiram um caminho evolutivo distinto da linhagem dos elefantes há muito mais tempo, cerca de 25 milhões de anos atrás.
O desaparecimento de ambos ainda não tem uma explicação precisa. E para quem não sabe, há mais uma curiosidade: mastodontes habitavam o solo brasileiro por volta de 11 mil anos atrás. A espécie, que ficou conhecida como Stegomastodon waringi, remete ao elefante africano por conta de sua aparência. Fósseis encontrados na cidade de Araxá, em Minas Gerais, indicam que esse animal chegou a pesar cinco toneladas.