
Estilo de vida
29/04/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 29/04/2024 às 18:00
As mudanças climáticas se manifestam de forma atípica no continente antártico, o que leva pesquisadores a se perguntarem se as anomalias de temperatura representam, de fato, uma nova realidade, sem um ponto de retorno. E são muitos os motivos que sustentam tais preocupações e fornecem um prognóstico negativo.
A camada de gelo marinho na Antártica se reduz de forma constante, e em um ritmo cada vez mais intenso, o que sugere a possibilidade de que não retorne aos patamares anteriores. O momento que representou essa mudança se deu em 2015, em que houve uma significativa diminuição, quando em comparação com os anos anteriores.
E a partir disso, o período foi sucedido por medições com valores mais baixos ainda. Em fevereiro de 2023, por exemplo, tivemos uma amostra dessa perspectiva se concretizando: a cobertura de gelo da Antártica atingiu o patamar de 1,788 milhões de quilômetros quadrados, sendo o menor da história. Por isso, não é demais considerar a hipótese de que o pior ainda esteja por vir.
O gelo marinho apresenta um papel que vai muito além de conter a elevação do nível do mar e a consequente destruição das cidades mais vulneráveis a esse avanço. Essa camada serve de habitat a muitas espécies, que estão morrendo, o que configura uma consequência direta do aquecimento global.
Mas o gelo também atua sobre o clima, impulsionando a corrente oceânica e desencadeando um efeito cascata importantíssimo, embora constantemente ignorado. Com a menor atuação da corrente oceânica proveniente da Antártica, aceleraria o colapso de outras correntes, já que se trata de um sistema interligado.
A Antártica também figura como uma região estratégica para conter o aquecimento global por outros dois motivos importantes: a camada de gelo reflete a radiação solar, evitando que atue de forma negativa sobre o clima do planeta. Mas uma vez que ela se reduz, a água passa a exercer o papel oposto, absorvendo o calor dos raios solares e impulsionando ainda mais a elevação das temperaturas, e, por sua vez, acelerando o processo de derretimento das calotas polares.
Outro ponto diz respeito à concentração de CO2 que se encontra sob o permafrost, no continente. Se por um lado ele permite obter informações sobre o clima da terra no passado, por outro, oferece perigo.
Por se tratar de uma zona bastante antiga, esse volume depositado entre as camadas de gelo remete à emissão de gás carbônico de 800 mil anos atrás. E uma vez que aumenta o derretimento, amplia-se a concentração de poluentes na atmosfera terrestre.
Ou seja, além da emissão gerada a partir da agropecuária e da queima de combustíveis fósseis, a região antártica responderia por parte considerável desses efeitos — justamente quando reduzir a presença de gases poluentes é o caminho necessário para reverter esse cenário.
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