Aprenda a harmonizar espumantes com diferentes pratos

24/04/2012 às 13:554 min de leitura

Fonte: Thinkstock

Por ser um tipo de vinho elegante e sofisticado, o espumante é a opção mais requisitada em festas de fim de ano e comemorações especiais. Sempre que existe um bom motivo para celebrar, basta abrir um espumante para marcar a ocasião e tudo fica ainda mais saboroso.

Mas não é somente nesses momentos que os espumantes podem ser servidos. O que poucos sabem é que a bebida é tão leve e agradável que pode – e deve! – ser degustada em coquetéis ou até mesmo acompanhar refeições completas.

A grande variedade de rótulos ainda permite uma vasta gama de harmonizações, que podem acompanhar desde a entrada até as sobremesas saboreadas em um restaurante ou servidas aos seus convidados. Além de elegante, a harmonização com espumantes é uma experiência que apura os sentidos e permite novas descobertas gastronômicas.

Para que você entenda um pouco melhor como saborear os espumantes com os mais diferentes pratos, o TodaEla conversou com os sommeliers Arlei Kulik, do Durski International Cuisine, e Jefferson Tomazelli, que atende a rede de restaurantes Madero, que explicam melhor as principais características e combinações dos espumantes.

O que diferencia um espumante

Na hora de selecionar uma bebida para acompanhar o prato escolhido no restaurante ou ainda para complementar o menu que será servido aos seus convidados, dificilmente pensamos em optar por um espumante.

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A versão mais suave e fresca dos vinhos, em geral, acaba ficando reservada somente às comemorações especiais. No entanto, existem muitas opções que podem resultar em excelentes harmonizações dos mais diferentes pratos para serem servidas em todas as ocasiões.

O vinho ainda ganha destaque diante de outros tipos de bebida. Enquanto as cervejas são pesadas e saciam o apetite e o conhaque e o whisky são muito alcoólicos e diminuem a sensibilidade das papilas gustativas, os espumantes possuem leveza e acidez na medida certa para abrir o apetite, valorizar o sabor dos pratos e acompanhar refeições completas.

Como classificar os espumantes

Entre todos os espumantes, o mais conhecido é o champagne. Os sommeliers Arlei Kulik e Jefferson Tomazelli explicam que esse é o nome dado apenas aos vinhos espumantes provenientes da região de Champagne, na França. Essas bebidas são compostas pelas uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay e passam por um método de produção chamado de “Champenoise”, que requer uma segunda fermentação diretamente na garrafa.

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Já a palavra “espumante” é usada como um termo genérico para os vinhos borbulhantes fabricados fora da região de Champagne e, por isso, compostos por uma diversa gama de uvas. Nesse caso, o método de produção “Charmat” – no qual a fermentação ocorre em grandes cubas de aço inox – é o mais comum, mas também é possível encontrar espumantes produzidos a partir do método “Champenoise”.

Além dessa primeira diferenciação, a dupla de sommeliers explica que a classificação dos espumantes é feita a partir da quantidade de açúcar presente na bebida.

  • Brut Nature ou Brut Zéro: até 3 gramas de açúcar por litro
  • Extra Brut: até 6 gramas de açúcar por litro
  • Brut: até 15 gramas de açúcar por litro
  • Extra Sec ou Extra Dry: de 12 a 20 gramas de açúcar por litro
  • Sec: de 17 a 35 gramas de açúcar por litro
  • Demi-Sec: de 33 a 50 gramas de açúcar por litro
  • Doux: mais de 50 gramas de açúcar por litro

Como harmonizar a bebida

O método de produção dos espumantes, a variedade de uvas utilizada na sua composição, a quantidade de açúcar presente na bebida e muitos outros fatores vão determinar as harmonizações mais adequadas para cada rótulo.

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Em geral, por ser um tipo de bebida mais leve e suave do que os vinhos tradicionais, os espumantes constituem um ótimo acompanhamento para pratos igualmente leves e delicados. Aperitivos, saladas, entradas, carnes suaves e sobremesas têm seus sabores ressaltados quando harmonizados com espumantes.

Portanto, confira as recomendações das mais diferentes harmonizações dos sommeliers Arlei Kulik e Jefferson Tomazelli.

Entradas

Por se tratar do início da refeição, a entrada costuma ser um prato bastante leve. Sendo assim, o espumante deve acompanhar o estilo do prato. Os sommeliers recomendam a harmonização de uma salada com camarões, por exemplo, com um champagne ou espumante brut.

Já se a entrada a ser servida for à base de carne, como um carpaccio de carne, uma boa opção seria um champagne ou espumante rosé que, segundo a dupla de sommeliers, possui essa coloração devido ao contato da bebida com as cascas de uvas tintas, especialmente a Pinot Noir.

Pratos principais

Como a bebida é leve, a harmonização pede que o prato a ser servido siga esse estilo. Portanto, a combinação com carnes vermelhas ou molhos fortes é mais difícil de ser seguida. Para não errar, os sommeliers recomendam dois tipos de champagne para acompanhar lagostas, salmão, linguado ou mesmo uma carne branca com molho suave.

São eles o Vintage e o Blanc de Noir, que têm estrutura e complexidade para harmonizar perfeitamente com as carnes leves. O Vintage é um tipo de champagne safrado cujas uvas são provenientes de uma única safra. Já o Blanc de Noir é um champagne produzido a partir de uvas tintas.

Fonte: ThinkstockSobremesas

Para finalizar a sua refeição com classe e sofisticação, também existem excelentes opções de harmonização com espumantes. Como as sobremesas terão um sabor adocicado muito mais acentuado do que o restante dos pratos servidos, as melhores opções são os champagnes e espumantes com maior concentração de açúcar.

A sugestão dos sommeliers Arlei Kulik e Jefferson Tomazelli é harmonizar uma sobremesa, como um mil folhas com creme de vanilla, por exemplo, com um espumante demi-sec, que pertence a uma das classificações mais doces. Eles ainda indicam a harmonização de sobremesas com bebidas à base de uva Moscatel ou espumantes Asti, que também são bastante adocicados e, assim como o champagne, são produzidos com um método específico numa região ao norte da Itália.

Deguste sem medo

Nunca é demais lembrar que as sugestões de harmonização de vinhos apresentadas aqui podem não estar alinhadas com todos os paladares. De um modo geral, elas representam as primeiras diretrizes para quem gostaria de começar a experimentar novas combinações no mundo da gastronomia.

Assim como acontece com muitos outros fatores na culinária, as recomendações não representam regras absolutas. O que sempre acaba prevalecendo na hora de escolher o vinho ideal são as preferências pessoais, a criatividade e a vontade de descobrir novos aromas e sabores.

É fundamental que você não tenha medo de degustar rótulos e pratos diferentes e propor combinações inusitadas. Esse é o caminho que certamente o levará a vivenciar experiências sensoriais mais ricas e interessantes.

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