
Ciência
25/07/2014 às 11:37•2 min de leitura
Assim como muitos que souberam dessa pesquisa, você também deve estar se perguntando: “será que esses pesquisadores não se decidem nunca?”. Pois é, leitor. A cada dia nos deparamos com um estudo novo que pode contradizer totalmente um anterior.
Uma hora a atividade física intensa é benéfica e, de repente, em outra pesquisa (como essa), ela pode lhe matar mais cedo. A solução é não se apegar tanto a cada novo estudo e saber que a melhor forma de se exercitar é aquela que lhe faz se sentir bem e dá bons resultados não apenas na boa forma, mas na sua saúde, principalmente.
E uma pesquisa, divulgada em abril deste ano, ainda está causando surpresa entre os atletas de corrida por revelar que essa atividade pode diminuir o tempo de vida. Se você é um deles, adora se superar no tempo e distância, participar de provas e sentir a endorfina desse exercício, pode ficar tranquilo, pois mais pesquisas ainda precisarão ser realizadas para comprovar o fato.
Esse estudo, feito por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Cardiovascular da Rede Lehigh Valley Health, revelou que aqueles que fazem exercício moderado — de duas a três horas por semana — vivem mais tempo, enquanto as pessoas que correm muito (em um tempo maior de atividade do que o citado) ou as que não se exercitam nada têm expectativas de vidas mais curtas.
Enquanto os cientistas não tem certeza absoluta sobre porque isso acontece, eles acreditam que o fato poderia estar ligado à forma como correr afeta a saúde do coração. Para chegar ao resultado, a equipe de pesquisa estudou mais de 3,8 mil corredores masculinos e femininos com uma média de idade de 46 anos. Quase 70% dos participantes disseram que corriam mais de 32 quilômetros por semana.
Os pesquisadores também levaram em conta se os participantes usavam alguma medicação, se tinham pressão arterial alta, colesterol elevado e se fumavam. Mesmo com o conhecimento desses dados, a equipe descobriu que nenhum desses fatores poderia ser usado para explicar por que as pessoas que corriam mais tinha expectativa de vida mais curta.
Dr. Martin Matsumura, que liderou o estudo, disse que não diz às pessoas para elas pararem de correr tendo como base esse estudo. "O que nós ainda não entendemos é como definir a dose ideal de exercícios para a saúde e a longevidade", disse ele à revista Health Day.
Já o Dr. James O'Keefe, diretor de cardiologia preventiva do Instituto do Coração de Kansas City, que analisou a pesquisa, disse que o "desgaste" causado nos corpos das pessoas quando elas correm muito poderia explicar os resultados.
Ele aconselhou que os corredores realizem seus exercícios por cerca de duas horas e meia por semana, em um ritmo de lento a moderado de corrida. O especialista ainda mandou um recado: "Se você quiser correr uma maratona, faça isso, mas depois de cumpri-la, risque essa prova da sua lista”.
Em outra pesquisa recente, os cientistas descobriram que a caminhada é mais eficaz do que a corrida no sentido de reduzir o risco de doenças cardíacas, diabetes ou colesterol alto. Por outro lado, para quem quer mesmo é emagrecer, a corrida é a melhor opção, pois, além do gasto calórico, correr também pode ter um efeito na diminuição da fome.
De qualquer forma, se você é corredor de carteirinha, saiba controlar bem as horas de treino e converse sempre com um profissional de educação física para tirar as suas dúvidas, além de se consultar com um cardiologista para exames periódicos. Assim, você tem toda a assistência para praticar o seu exercício da forma mais tranquila e correta.