3 vezes que Einstein 'tropeçou' em suas teorias

22/06/2018 às 04:303 min de leitura

Einstein é considerado um dos maiores gênios de todos os tempos. O físico alemão desenvolveu a Teoria da Relatividade Geral, um dos pilares da ciência moderna, e também é conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia (“E=mc²”, equação chamada de “a mais famosa do mundo”). Além disso, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 por suas contribuições à teoria da área.

Entretanto, ninguém é perfeito — nem mesmo ele. Em comparação com tudo o que conquistou, suas falhas podem ser consideradas pífias, mas, como todo humano, ele chegou a conclusões equivocadas de tempos em tempos — e algumas delas, bem... erradas mesmo.

Na verdade, é importante ressaltar que seus maiores tropeços não vieram exatamente de equívocos, mas de não ir longe o suficiente quando ele estava correto. Certos deles foram percebidos poucos anos depois, mas outros não foram descobertos até recentemente.

1. Buracos negros

Em 1915, apenas alguns meses depois que Einstein publicou sua teoria geral da relatividade — uma das maiores realizações da física do século XX, segundo a qual a gravidade é na verdade uma curvatura do espaço que ocorre na presença de matéria e energia — um cientista alemão chamado Karl Schwarzschild usou suas equações para modelar a geometria do espaço em torno de uma estrela.

Einstein, embora impressionado, também ficou confuso: os modelos mostravam que, se você comprimisse a massa daquele tipo de astro em um espaço pequeno o suficiente, as leis da natureza seriam quebradas. Hoje em dia sabemos do que se trata: um buraco negro, que contém aquilo que chamam de singularidade, um lugar onde a densidade e a gravidade alcançam o infinito. No mesmo ano, o teórico J. Robert Oppenheimer e seu aluno Hartland S. Snyder mostraram que essa atividade acontecia o tempo todo.

2. A expansão do Universo

Einstein fez uma descoberta tão impressionante que ele mesmo não conseguiu acreditar que era verdade: quando aplicou as equações da teoria geral da relatividade ao Universo inteiro, ele percebeu que algo que não se ajustava — ou estava tudo se expandindo ou se contraindo.

Na época, todos "sabiam" que vivíamos em um cosmos estático e imutável. Dessa forma, ou suas equações estavam elevando o conhecimento de todo um campo da ciência, ou ele havia cometido um erro. Ele apostou na última hipótese e acrescentou um símbolo — a letra grega Lambda — agora conhecido como constante cosmológica. Isso pôs fim a quaisquer alterações sugeridas.

Entretanto, em 1929, algumas novas observações mostraram que o Universo está realmente se expandindo. O cientista teria dito que aquele era seu "maior equívoco" (embora não se saiba se isso é verdade mesmo). Desde então, os físicos reaproveitaram o conceito para se referir à força que está causando essa amplificação (e, assim, animar o teórico).

3. Emaranhamento quântico

Quando se trata de mecânica quântica, Einstein foi um dos maiores contribuintes e críticos. Ele descobriu, em 1905, a existência dos fótons (partículas de luz) e a ideia de que a luz se comporta como uma partícula e uma onda ao mesmo tempo.

Isso foi décadas antes da primeira teoria física quântica de Werner Heisenberg e Erwin Schrödinger, que introduziram os conceitos alucinantes pelos quais a disciplina agora é tão famosa: que partículas podem existir em dois estados ao mesmo tempo, que a própria observação pode afetar o seu comportamento e que, se você conhece o momento de uma, não pode saber sua localização (e vice-versa).

O alemão não achou essa hipótese muito interessante e, junto com os seus colegas Boris Podolsky e Nathan Rosen, provou, matematicamente, que você poderia emaranhar duas partículas de modo que o comportamento de uma afetasse o da outra, não importa onde estivessem no espaço.

Mas isso significaria que a informação poderia viajar mais rápido que a velocidade da luz e, de acordo com a própria teoria da relatividade, isso é impossível. Esse caso foi apelidado de paradoxo EPR, em homenagem aos três cientistas que o propuseram. Ele só foi resolvido depois da morte de Einstein, por um pesquisador chamado John Stewart Bell, com um teste que ainda é usado hoje em dia para mostrar evidências de emaranhamento quântico.

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