Artes/cultura
28/02/2022 às 13:00•3 min de leitura
Com cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o território brasileiro dispõe de seis grandes biomas que juntos conferem ao país uma das maiores biodiversidades do planeta. Cada um deles tem diversidade biológica única, definida pelas condições físicas, climáticas, geográficas e litológicas.
Bioma é o nome dado ao conjunto de espécies de plantas e animais que vivem em determinada região, isto é, um grupo de ecossistemas com características parecidas e que, historicamente, foram influenciados por semelhantes processos de formação. Saiba mais dos seis biomas do Brasil que compõem nossa rica fauna e flora.
(Fonte: Pixabay)
Provavelmente o bioma mais conhecido no mundo todo, a Amazônia é composta de uma floresta equatorial que ocupa metade do território brasileiro, sendo o maior de todos os biomas. Concentra-se principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste e se caracteriza pelo clima equatorial, com baixa amplitude térmica e muita umidade proveniente dos rios e das árvores.
A flora desse bioma é composta de uma vegetação de folhas largas, árvores densas e grandes que chegam a alcançar 50 metros de altura. Já a fauna é bastante diversificada, com muitos insetos, aves, macacos, jabutis, antas, onças, entre outros.
(Fonte: Brasil Escola)
Também conhecido como a savana brasileira, é o segundo bioma mais abrangente do país, ocupando 22% do território nacional, o Cerrado é considerado um hotspot, termo que descreve regiões em que há os níveis mais altos de biodiversidade da Terra e que são, ao mesmo tempo, as áreas mais ameaçadas do planeta.
A fauna e a flora desse bioma são repletas de espécies endêmicas, que não existem em outros lugares além dali. A vegetação é formada por pequenos arbustos e árvores retorcidas com casca grossa. Além disso, o Cerrado tem muita importância por conta da população que sobrevive dos recursos naturais do bioma — indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras e vazanteiros.
Esse bioma também é muito ameaçado pela deterioração da agropecuária e do garimpo, que desgastam a terra e contaminam os rios.
(Fonte: Letras Ambientais)
A Caatinga compreende cerca de 11% do território e é o bioma mais seco do país, composto de uma vegetação de plantas xerófilas (acostumadas com a aridez) e caducifólias (que perdem as folhas no período mais seco), além de árvores grandes com raízes profundas para captar a água do lençol freático.
A fauna da Caatinga tem grande diversidade de répteis e animais como gambás, preás, veados-catingueiros, tatupebas, entre outros. Esse bioma tem fauna e flora muito diversas e grande potencial no uso sustentável de seus recursos, embora também esbarre na exploração indevida e no desmatamento acelerado.
(Fonte: Pixabay)
O Pantanal ocupa 1,76% da área total do território brasileiro e é considerado uma das maiores extensões de região úmida do planeta. Está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O bioma sofre influência direta de outros três biomas brasileiros (Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica) e do Chaco (localizado no norte do Paraguai e leste da Bolívia). Caracteriza-se por uma riquíssima quantidade de plantas nativas e pela grande concentração de espécies animais ameaçadas de extinção em outras regiões do país, como o tuiuiú, a ave símbolo do Pantanal.
Também é muito influenciado pelos regimes dos rios: durante o período de chuva (de outubro a abril), a água do Pantanal alaga parte da planície da região; quando essa ação acaba, os rios retornam para os leitos. Isso causa mudanças na vegetação e no comportamento dos animais, que se adéquam ao movimento.
(Fonte: Pixabay)
Esse bioma é localizado principalmente na faixa litorânea do Brasil, indo de norte a sul e envolvendo estados de todas as regiões. A Mata Atlântica, infelizmente, já sofreu muita devastação: restam apenas 22% da cobertura original de sua vegetação nativa, e apenas 7% estão bem conservados em áreas acima de 100 hectares.
O clima desse bioma é o tropical úmido, com temperaturas mais frias ao sul e mais quentes ao norte. A região é composta de florestas densas, com árvores de médio e grande portes e folhas largas e perenes. Por conta do desmatamento e de outros tipos de exploração, boa parte da fauna da Mata Atlântica foi praticamente extinta — animais como micos-leões, onças-pintadas, tatus-canastra, araras-azuis, entre outros.
(Fonte: Pixabay)
Esse bioma é restrito ao estado do Rio Grande do Sul e corresponde a 2% do território nacional. O Pampa tem clima subtropical, com estações bem definidas, e pela formação do relevo constituído principalmente por planícies. Caracteriza-se sobretudo pelo clima frio e seco, o que faz que a vegetação não se desenvolva e o bioma seja composto de gramíneas.
As paisagens naturais do Pampa são bem variadas: há serras, planícies, depressões, morros rupestres e coxilhas. É também um bioma contemplado por duas bacias hidrográficas (Bacia Costeira do Sul e Bacia Rio da Prata), o que gera bastante potencial hidrelétrico. Os animais típicos do Pampa são veado-campeiro, perdiz, garça, lontra, capivara, ema, entre outros.