
Ciência
06/05/2021 às 10:30•2 min de leitura
Dizer “saúde!” para alguém que acabou de espirrar é um hábito comum a muitas pessoas, em todo o Brasil. Basta uma volta pela rua para notar como ele é praticado com frequência, desejando saúde após um espirro mesmo para quem não se conhece.
E não é só por aqui que isso acontece, pois o costume também está enraizado na cultura de outros países. Nos locais onde o inglês é a língua oficial, por exemplo, a expressão “God bless you!”, que em tradução livre significa “Deus te abençoe!”, sempre surge após um espirro. Já em Portugal, a palavra usada para estas ocasiões é “santinho!”.
Mas de onde vem esse costume, em diferentes culturas? Não se sabe ao certo como ele foi criado, mas há algumas teorias que tentam explicar o surgimento desta prática, a maioria delas relacionadas a antigas crendices. Há quem diga, que ela surgiu na época da peste bubônica, no século XIV, quando milhões de pessoas morreram pela doença na Europa.
(Fonte: Freepik)
Acreditava-se que as almas dos doentes ficavam desprotegidas durante o espirro provocado pelas crises da peste negra. Diante disso, as pessoas criaram o hábito de abençoar quem espirrasse, dizendo “Saúde!” ou expressões equivalentes, como uma forma de protegê-los de serem tocados por espíritos malignos.
A benção dada após o espirro também é apontada como uma maneira de cumprimentar alguém que acabou de “voltar à vida”, em determinados lugares. Para muitos, o coração para de bater quando alguém espirra e por isso falar após o ato funciona como uma saudação importante.
É importante saber que isso não passa de um mito. No processo de espirrar, que começa com uma sensação de coceira no nariz, há uma variação de pressão no peito, alterando o fluxo sanguíneo, podendo modificar levemente o ritmo cardíaco, com um pulso saindo mais forte, mas sem qualquer parada.
(Fonte: Freepik)
Vale destacar ainda que o espirro nem sempre é relacionado à falta de proteção divina ou algo do tipo. No Japão, espirrar repentinamente, sem que o ato tenha sido causado por alguma doença respiratória, é visto como um indicativo de que alguém está falando de você, semelhante à superstição da orelha quente no Brasil.