Ciência
06/09/2022 às 10:00•3 min de leitura
Muitos comportamentos que possuímos nos dias de hoje não faziam parte do cotidiano das pessoas séculos atrás por diferentes motivos. Coisas, como tomar banho todo dia, trocar de roupas, cortar as unhas e escovar os dentes, são hábitos de higiene relativamente novos.
Claro, algumas mudanças comportamentais estão associadas à própria evolução das sociedades. Sabonetes e papel higiênico não existiram sempre e o tratamento de água e esgoto é uma realidade mais contemporânea. Por essa razão, os hábitos contidos nesta lista são repulsivos para os dias atuais
(Fonte: Wikimedia Commons)
Extremamente religiosas, as comunidades da Europa Medieval enxergavam o banho com algo superluxuoso, um tipo de hábito prazeroso que deveria ser evitado, pois levaria ao pecado. Isso, é claro, em um contexto em que a água era escassa, sendo o uso desse líquido precioso deixado para coisas consideradas mais importantes, como lavar roupas.
O mais engraçado é que na Idade Média trabalhava-se pelo menos seis dias semanais, quando não sete. Pois é, ainda assim a sociedade considerava o ato de se banhar uma prática perigosa à fé. Certamente, o motivo mais absurdo para escapar de um banho.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os povos indígenas norte-americanos possuíam rituais e práticas de higiene bem peculiares. Elas tinham forte ligação com as religiões que praticavam. Algumas tomavam banho de vapor, como uma espécie de sauna.
Mas isso não era o suficiente para garantir que mosquitos, pulgas e moscas permanecessem afastadas. Logo, algumas comunidades usavam gordura animal espalhada pelo corpo. Essa graxa protegia do ataque de insetos, mas também deixava seus corpos rançosos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Se você achou que tomar banho apenas em datas importantes era absurdo demais, o que vai pensar quando contarmos que nos mosteiros, locais em que muita coisa incrível foi produzida em termos de filosofia, ciência e medicina, os monges raramente se banhavam.
Na maioria deles, o banho era limitado a duas ou três vezes por ano. O máximo que se fazia era pequenas limpezas pessoais, como lavar as mãos e o rosto antes das refeições. Fica a questão se o cheiro forte de suor e sujeira não incomodava o suficiente para investirem em tomar banho.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Você já deve ter ouvido ou lido que as principais cidades europeias eram extremamente fedidas, com forte cheiro de urina e fezes. A questão é que não se investia na criação de espaços que disponibilizassem penicos ou fossas onde as pessoas pudessem evacuar suas necessidades fisiológicas.
Deste modo, era encarado com naturalidade que as pessoas procurassem uma viela ou um canto escondido da vista pública para fazer seu xixizinho e, na pior das hipóteses, aquele número 2 que não tinha como segurar.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Já imaginou ter uma profissão em que você serve a outra pessoa no momento em que ela, bem, precisa defecar? Apesar de o nome ser até amigável, ser um "noivo do banco" seria considerado bem repulsivo hoje. Em termos gerais, o "profissional" era bem íntimo do monarca, responsável por ajudá-lo durante a excreção e em outros aspectos de sua higiene pessoal.
Ele guardava uma espécie de caixote que continha um penico ou outro tipo de objeto para que Sua Majestade se aliviasse e, depois, conseguisse se limpar. Em seguida, era função do ajudante o descarte dos resíduos reais. É, eu sei, não parece ser uma boa profissão.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Na Idade Média, conviver com piolhos e pulgas podia até não ser agradável. No entanto, era bem comum e não apenas entre a população pobre. A nobreza era repleta de doenças causadas pela presença de piolhos e pulgas.
Era algo tão comum, aceito com tanta normalidade, que, inclusive, defendia-se que não chamasse a atenção para tal fato. Você deve estar se perguntando como é que isso podia ser aceito com tanta tranquilidade. Se descobrir a resposta, conte-nos.