Os 4 trabalhos militares mais mortais de todos os tempos

Provavelmente não há "trabalho" pior do que atuar na linha de frente de uma guerra. Mas, mesmo assim, alguns ofícios conseguem ser piores que os outros.

Neste texto, contamos a história de quatro trabalhos altamente mortais que já foram ou continuam sendo executados como funções militares.

1. Tripulantes de submarinos

(Fonte: General Photographic Agency/Getty Images)

Os submarinos foram bastante usados em situações de conflito, como na Guerra Civil e na Primeira e na Segunda Guerras Mundiais. E milhares de homens que estiveram presentes nestas embarcações acabaram morrendo em colisões, ataques, acidentes e explosões.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os submarinos ainda eram bem precários. Dentro deles, os soldados eram transportados de forma quase inumana, muitas vezes viajando amontoados uns sobre os outros e passando por situações terríveis, como vazamentos de gás e afundamentos. Certamente, morreram de forma muito cruel.

2. Mensageiros de guerra

(Fonte: Reg Speller/Fox Photos/Hulton Archive/Getty Images)

Os "trench runners" eram corredores que carregavam mensagens durante as guerras, indo de um ponto a outro. Além de se deslocarem levando uma mensagem, esperava-se que eles tivessem algum tipo de conhecimento tático sobre as tropas aliadas e inimigas para conseguir se deslocar com sucesso.

Durante a Primeira Guerra Mundial, milhares de mortes ocorreram entre esses corredores – que eram geralmente soldados novos ou suboficiais de patente baixa. Como a tecnologia de comunicação sem fio praticamente não existia, dependia-se muito desses homens para fazer circular as mensagens mais importantes.

Eles se metiam em situações realmente arriscadas ao atravessar trincheiras e, muitas vezes, tornavam-se alvos imediatos dos inimigos. Muitos foram mortos por projéteis de artilharia e dispositivos incendiários. E houve inclusive soldados que usaram esses corredores para treinar suas miras.

3. Os "abridores de lata"

(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)

Durante a Primeira Guerra Mundial, os submarinos causaram muitas mortes. E um dos trabalhos mais perigosos era os dos "tin-openers", ou "abridores de lata", que eram mergulhadores de profundidade que tinham como missão proteger ou adentrar nos submarinos.

Quando um submarino inimigo era afundado, estes mergulhadores eram responsáveis por atacar essa embarcação e capturar os restos úteis. A ideia é que eles trouxessem cifras, códigos e mensagens secretas que seriam depois traduzidos pelas tropas.

Acontece que estes profissionais morriam com muita frequência. Muitos dos submarinos eram afundados em áreas de campos minados, e eles morriam antes mesmo de mergulhar. Além disso, alguns deles tinham torpedos e munições que podiam ser disparados com essa invasão.

Para finalizar, os trajes de mergulho não eram exatamente modernos. Muitas vezes, os canos de oxigênio davam problema, e a pressão do mergulho matava muitos soldados de forma terrível.

4. Desminador

(Fonte: Israel Defense Forces/Wikimedia Commons)

Desminador é o profissional especializado na identificação e na remoção de minas terrestres ou navais. Esta função continua sendo muito relevante nos conflitos atuais, uma vez que a chamada "guerra subterrânea" ainda é bastante usada.

É uma profissão altamente perigosa, já que os desminadores têm como atividade caminhar em campos minados para desarmar as bombas de maneira meticulosa. Este tipo de arma de guerra continua sendo muito usado em lugares como o sudeste da Ásia e nas ilhas do Pacífico, causando milhares de mortes, de militares e civis.

O trabalho destes profissionais envolve foco e rapidez, pois eles usam detectores de metais para rastrear a superfície. Quando encontram uma mina, precisam escavar com muito cuidado. E é claro que, muitas vezes, as coisas dão errado, e muitos desminadores são feridos ou mortos enquanto trabalham. 

É difícil até entender por que alguém continua optando por seguir executando esse ofício, mas a verdade é que o trabalho desses sujeitos é capaz de salvar milhares de vidas – muitas vezes, com o custo de sua própria.