Você conhece a proposta de mudar o calendário atual pelo da “Era Humana”?

19/12/2016 às 11:353 min de leitura

Como você sabe, o calendário oficial em uso atualmente é o Calendário Gregoriano, proposto pelo Papa Gregório no século 16. Ele não só estabelece que os anos tenham 365 dias, divide todos eles em meses com duração de 30 e 31 dias (com exceção de fevereiro, claro!), organiza a questão dos anos bissextos, como também determina que a Era Comum, isto é, o “ano zero”, se inicia a partir do nascimento de Cristo.

Entretanto, de acordo com a animação que você poderá conferir logo mais, criada pelo pessoal do (simplesmente sensacional) canal do YouTube Kerzgesagt, vários cientistas acreditam que a forma como o calendário gregoriano divide a nossa História em a.C. e d.C. não faz justiça a todos os avanços que a humanidade conquistou ao longo dos milênios. Assim, eles propõem que ele seja “aposentado” e dê lugar ao Calendário Holoceno — ou Calendário da Era Humana.

Atualização necessária

Embora a mudança de calendário seja defendida por uma porção de gente, quem primeiro propôs a atualização foi o cientista italiano Cesare Emiliani. Segundo esse cara genial, o mundo deveria se basear em um calendário cujo ano zero não tivesse relação com nenhuma crença religiosa ou determinadas culturas.

Ninguém sabe o que motivou a construção do "primeiro templo"

Para Cesare, a nossa História como espécie deveria começar a contar a partir do momento em que os humanos iniciaram o processo de transformação do planeta Terra. E quando foi isso? De acordo com o consenso atual, o marco foi a construção do — que os historiadores acreditam ser o — “primeiro templo” do mundo, há 12 mil anos. Confira na animação a seguir:

* Você pode ativar as legendas em português no menu do vídeo e, sério, vale a pena assistir até o final!

Conforme você assistiu na animação acima, embora os humanos tenham surgido há milhões de anos, o primeiro projeto de edificação em larga escala da humanidade foi um templo construído em um território que atualmente corresponde ao sul da Anatólia, na Turquia, conhecido como Göbekli Tepe.

Essa é uma das vistas de Göbekli Tepe hoje em dia

Os povos que ocupavam essa região eram caçadores-coletores, o que significa que eles ainda não haviam desenvolvido a agricultura, nem tinham conhecimento sobre o uso de metais. Entretanto, apesar de apenas utilizarem ferramentas de madeira e pedra, essas pessoas fizeram algo extraordinário. Segundo o pessoal do Kerzgesagt, eles construíram um edifício que ocupa uma área de 300 metros e é dotado de pilares com até seis metros de altura e 40 toneladas.

Pilares de pedra com pictogramas

Como se fosse pouco, esses pilares foram decorados com animais e criaturas míticas — e seus arquitetos fizeram isso sete mil anos antes de as pirâmides do Egito serem construídas! Até hoje ninguém sabe explicar como é que esses povos foram capazes de criar algo tão grandioso e complexo em plena Idade da Pedra, mas o fato é que as ruínas de Göbekli Tepe existem e são um testemunho da engenhosidade dos nossos ancestrais.

É um mistério como os antigos povos foram capazes de construir algo tão incrível

A utilidade do edifício também continua sendo um mistério, mas os pesquisadores acreditam que ele serviu para que os povos pudessem adorar antigos deuses há muito tempo esquecidos — e, por isso, Göbekli Tepe também é conhecido como “primeiro templo”.

Pois, de acordo com a animação, para muitos cientistas, essa estrutura marca o início de uma nova Era, já que foi a partir de então que a humanidade começou a construir o mundo que nos rodeia.  Assim, para Cesare — e muitos que concordam com ele —, esse marco na História seria um bom ponto de partida para iniciar a nossa história e o nosso calendário.

Bastaria adicionar o número "1"  diante do ano — ou 10 mil anos ao nosso calendário atual

E a troca não seria tão traumática como parece. Segundo o cientista italiano, bastaria adicionar 10 mil anos ao nosso calendário atual, o gregoriano. Com isso, não seria necessário alterar dias da semana ou meses, nem teríamos que mexer nas datas de festivais religiosos. A única alteração seria que o ano que se aproxima, por exemplo, em vez de ser o de 2017, seria o de 12.017. Simples assim.

Mas as implicações, de acordo com os defensores do Calendário Holoceno, seriam imensas, pois essa pequena alteração afetaria drasticamente a forma como pensamos sobre e entendemos a nossa própria história. Afinal, esse novo formato refletiria melhor o nosso avanço tecnológico, mostrando o quanto a humanidade transformou o mundo ao longo de 12 mil anos de História — em vez de destacar apenas os últimos dois mil. E aí, o que você acha?

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