Artes/cultura
17/12/2020 às 13:00•2 min de leitura
Depois que, no dia 18 de novembro passado, a tripulação de um helicóptero localizou um misterioso monólito de três metros de altura nas montanhas de Utah, monólitos passaram a ser o assunto da moda. Pessoas que descobriram a localização da escultura, através do Google Earth, foram até o local, e a perigosa área montanhosa acabou se convertendo em local de peregrinação.
Resultado: dez dias depois, os “romeiros” que disputavam as trilhas com os carneiros selvagens se decepcionaram ao descobrir que o tão divulgado monólito havia desaparecido completamente, sem deixar rastros.
Depois que a notícia rolou pelas mídias sociais, múltiplos monólitos começaram a pipocar pelo mundo: nos Estados Unidos, na Romênia e até um, em formato de pênis, na Alemanha que, ereto na montanha de Grünten há quatro anos, foi simplesmente decepado e levado para local incerto e não sabido.
De repente, a coisa banalizou com um monólito aparecendo do nada, numa calçada dos subúrbios de West Jordan, nos EUA. Uma coisa que chama a atenção é que os alienígenas, ou os verdadeiros autores de monólitos, nem se dão ao trabalho de caprichar nos materiais que tecnicamente deveriam ser apenas pedras.
Outra referência a monólitos surgiu em um vídeo postado no Streamable, no qual um grupo de jovens entoa “Cristo é rei, Cristo é rei”, enquanto derrubam um monólito na Califórnia, e colocam no lugar uma cruz de madeira. “Não queremos estrangeiros ilegais do México ou do espaço sideral”, diz o líder do grupo, enquanto outro, com camiseta “Make America Great Again” afirma que o monumento é de origem “gay”.
Depois de todas essas manifestações, e milhares de teorias, o mistério do monólito de Utah foi finalmente revelado: a peça foi erguida naquela montanha entre os anos de 2015 e 2016 por um artista local, supostamente a pedido da SuplexAgency, um escritório de arquitetura e design de interiores.
Enquanto isso, Matty Mo, aquele artista que mudou o famoso letreiro de Hollywood para “Hollyweed”, está oferecendo monólitos personalizados, que ele fabrica em sua oficina, e podem ser dados como um ótimo presente de Natal. O preço terrestre de cada peça é US$ 45 mil, ou R$ 299 mil (sem impostos).