Ciência
23/08/2022 às 10:00•2 min de leitura
Segundo estimativas da Unesco, os oceanos, lagos e rios da Terra abrigam mais de 3 milhões de item naufragados, entre eles navios, aviões, submarinos e toda a sorte de meios de transporte e tudo que eles possuíam junto. A maioria dos destroços está no Oceano Pacífico e no Atlântico, mas até mesmo sob os escombros das Torres Gêmeas um navio foi encontrado.
Alguns dos itens que foram parar nas águas dos oceanos são famosos, carregados de obras literárias e cinematográficas. Contudo, há outros náufragos que são raramente abordados, mesmo que sejam importantes historicamente. Que tal, então, se abordássemos esses casos aqui? Confira as histórias de navios e um avião cujas moradas são no fundo do mar.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Amelia Earhart foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico. Entre tantos feitos e recordes que acumulou ao longo de sua vida, também escreveu livros sobre a experiência de pilotar, além de participar ativamente nos movimentos de defesa dos direitos das mulheres.
Infelizmente, morreu de maneira precoce, aos 41 anos, quando sobrevoava o Oceano Pacífico, próximo à ilha Howland, no momento em que tentava circunavegar o mundo. Sem ser encontrada, Amelia foi declarada perdida e posteriormente morta em 1939. Os destroços de seu avião nunca foram encontrados, mesmo com muitos exploradores tentando encontrá-los.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nas travessias em direção ao "Novo Mundo", Cristóvão Colombo partiu com um comboio de três navios: a nau maior Santa María e duas caravelas menores, Pinta e Santa Clara (Niña). Contudo, na trajetória de retorno para a Espanha, Colombo voltou apenas com as caravelas menores.
Os relatos da viagem contam que o Santa María encalhou em Hispaniola (atual Haiti) no natal de 1492. O barco ficou lá, acabou perdido e nunca foi encontrado. Arqueólogos tentaram encontrá-lo, mas nada foi achado.
Merchant Royal foi um navio inglês que afundou em algum lugar próximo às Ilhas Scilly, perto do condado de Cornualha, na Inglaterra. O desejo de encontrá-lo é imenso, pois estimasse que ele tenha naufragado carregando 100 mil libras de ouro, equivalente a US$ 1 bilhão, em valores atualizados.
Enquanto não é achado, o recorde de maior tesouro dos mares segue pertencendo ao Nuestra Señora de Atocha, um navio espanhol que afundou em 1622 e foi encontrado, em 1985, com o equivalente a US$ 450 milhões. Por sinal, o Atocha foi encontrado durante buscas pelo Merchant Royal. Que "azar", hein?
(Fonte: Wikimedia Commons)
O SS Arctic foi um navio luxuoso e muito potente, que, diziam, era capaz de cruzar o Oceano Atlântico em apenas 10 dias. Construído com subsídio do governo dos Estados Unidos para que a Collins Line, empresa responsável pela construção, conseguisse competir com a britânica Cunard Line.
Em 1854, quatro anos após ficar pronto, o Arctic colidiu com um navio a vapor francês. Cerca de 300 pessoas morreram no acidente, mas nem os restos do navio, nem os corpos dos passageiros foram encontrados. A título de curiosidade, o SS Arctic afundou próximo de onde o Titanic também naufragou.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Chamado de Titanic Australiano, o SS Waratah foi um navio britânico de passageiros imponente, com capacidade para 750 passageiros e 150 tripulantes, responsável pelo trajeto entre Londres e Sydney. Em sua segunda viagem, por conta de excesso de peso, acabou não resistindo às águas agitadas e desapareceu próximo à Cidade do Cabo, na África do Sul.
Por décadas, esforços foram feitos para encontrar os destroços do navio e os corpos, de modo a garantir que as famílias pudessem enterrar seus entes queridos. Em 2004, o principal caçador do SS Waratah, deu uma entrevista dizendo que desistia da busca, pois não tinha mais ideia de onde procurar.