Imagem de Poveglia: a ilha que tem 50% do solo composto de cinzas humanas no megacurioso

A ilha italiana sempre foi um lugar de morte


<p>Para onde as pessoas vão quando morrem? Para o Céu ou Inferno? Para o Além ou para lugar nenhum? Elas só deixam de existir?</p>



<p>Essas são perguntas existenciais que assombram a humanidade com mais força desde as queixas e as reflexões da geração byroniana do &#8220;mal do século&#8221;, entre 1800 e 1900.</p>



<p>E quando as pessoas estão morrendo, para onde elas vão? A resposta mais óbvia e prática seria o hospital, porém, no século XIV, quando cerca de 60% da população europeia era ceifada pela peste bubônica, a resposta era: elas vão para Poveglia.</p>



<h2>As raízes obscuras</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223133636346.jpg" alt="(Fonte: The Independent/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Independent/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1665, cerca de 300 anos depois que aconteceu a primeira &#8220;onda&#8221; da peste na Europa, causando a morte de aproximadamente 75 milhões de pessoas, o vilarejo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113392-eyam-o-vilarejo-da-peste.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Eyam&nbsp;</a>se destacou por implementar um método de quarentena para evitar que a praga entrasse e devastasse a todos. Os familiares das vítimas foram inibidos de velar os seus mortos, e os cadáveres que não puderam ser enterrados apenas foram largados em becos, pastos e ruas.</p>



<p>Em Eyam, os números de vítimas não ultrapassaram 155 entre os 700 habitantes, mas já foi o suficiente para que a situação se tornasse um caos, devido ao índice de contágio da doença. Qual foi o destino dos milhares de cadáveres da primeira &#8220;onda&#8221; da peste no resto da Europa? Poveglia.</p>



<p>A pequena ilha de 17 acres localizada entre Veneza e Lido, na Lagoa de Veneza, no norte da Itália, foi disputada pelos genoveses e venezianos durante as guerras do Império Napoleônico ao longo do século XIV. A região foi povoada até 1379, quando os habitantes foram transferidos para a ilha italiana de Giudecca devido aos ataques em Veneza orquestrados pelas tropas genovesas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223309777347.jpg" alt="(Fonte: Curious Historian/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Curious Historian/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Por cerca de 200 anos, Poveglia permaneceu desabitada, sendo oferecida pelo Doge aos monges camaldulenses em 1527, que recusaram a oferta. Em meados de 1645, o governo veneziano construiu 5 fortes octogonais para proteger e controlar as idas e vindas da ilha.</p>



<p>Eventualmente, Poveglia acabou sendo controlada pela jurisdição do Serviço de Saúde Pública de Veneza e se tornou um ponto de controle de tudo o que chegava e saía de navio da cidade.&nbsp;</p>



<p>Em 1776, a administração italiana recebeu informações de que haviam pessoas infectadas com a peste bubônica em dois navios cheios que viajavam a caminho da cidade, então decidiram desviá-los até Poveglia para que os tripulantes fossem colocados em quarentena. Não houve um planejamento para que aquelas pessoas fossem salvas, portanto o resultado foi apenas uma catástrofe sem precedentes.</p>



<h2>A ilha da peste</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223426934348.jpg" alt="(Fonte: The Vintage News/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Vintage News/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apenas uma ou outra pessoa deixava Poveglia, mas isso não significava que essa não havia contraído a peste, tampouco que estava curada. Apesar da ineficácia das quarentenas para tratar aquele tipo de doença, as autoridades estavam desesperadas para encontrar um meio de minimizar os danos.</p>



<p>Nas primeiras semanas de infectados enviados para o local sem estrutura nenhuma, estima-se que cerca de 16 mil pessoas morreram. Poveglia também foi transformada em uma vala comum quando os cadáveres dos acometidos pela peste começaram a se empilhar nas ruas de Veneza. Navios e barcaças carregadas de mortos eram despejados na ilha em meio aos vivos.&nbsp;</p>



<p>Acredita-se que muitas pessoas enviadas para Poveglia não estavam de fato contaminadas, uma vez que as autoridades não possuíam um estudo ordenado de sintomas e só coletavam as pessoas que aparentavam estar doentes, sem se importarem se podia ou não se tratar da praga.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223537856349.jpg" alt="(Fonte: Huffopost/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Huffopost/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Quando os agentes oficiais que cuidavam da exportação dessas pessoas para Poveglia não conseguiram mais dar conta de enterrar tantos mortos, eles passaram a queimá-los. Durante 40 anos, a ilha abrigou 160 mil vítimas da doença, e cientistas afirmaram que mais de 50% do solo de Poveglia é constituído por cinzas humanas. As videiras foram as únicas plantações que prosperaram ao longo dos anos, aparentemente apáticas à poeira dos restos mortais que sufocou o crescimento de outras vegetações.</p>



<h2>A ilha da loucura</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223735170350.jpg" alt="(Fonte: New York Daily News/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: New York Daily News/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1922, após mais de 100 anos abandonada, Poveglia ganhou um novo propósito, mas ainda assim obscuro: seria um centro psiquiátrico destinado especialmente para o tratamento de idosos. O governo repaginou os edifícios mal construídos que já existiam na ilha desde a época da peste e transformou-os em um asilo decadente, onde tudo faltava.</p>



<p>Com milhares de pacientes sendo encaminhados para Poveglia, não demorou para que se repetisse a estrutura doentia de abusos e experimentos que assombrava os hospitais psiquiátricos desde o início do século XIX. Nas mãos de médicos em formação ou de má reputação, os pacientes eram submetidos a testes científicos, cirurgias experimentais, lobotomias e abusos generalizados.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223829748351.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 1930, um médico que dissecava e amputava os pacientes para seus experimentos hediondos morreu após se lançar da torre do sino que ficava na estrutura central do sanatório de Poveglia. Algumas histórias afirmam que ele teria ficado assombrado pelos fantasmas da ilha. Não era novidade para ninguém, visto que os próprios funcionários tinham dificuldade em manter o emprego por causa da atmosfera diabólica que cercava o local.</p>



<p>Por incrível que pareça, o hospital permaneceu aberto até 1968, que foi o tempo que as autoridades italianas levou para concluir que o projeto havia sido um fracasso, uma vez que não gerava resultados significativos na recuperação de seus pacientes e só trazia despesas desnecessárias.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20223937358352.jpg" alt="(Fonte: Quora/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Quora/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 2014, Veneza tentou leiloar a ilha, mas, devido ao seu histórico, o único lance que receberam foi de US$ 704 mil. Ninguém quer Poveglia, portanto seu<em> status</em> permanece incerto e atualmente é terminantemente proibida para visitantes. O lugar é considerado um dos mais assombrados de toda a Europa, onde as águas continuam a acumular na areia da costa os ossos humanos perdidos pelo século.</p>



<p>Até hoje o cronista Rocco Benedetti ainda tem razão de sua definição para Poveglia: “Parece um inferno”.</p>


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Poveglia: a ilha que tem 50% do solo composto de cinzas humanas

Imagem de 3 mortes bizarras por instrumentos musicais no megacurioso

Armas de um crime ou morte por exaustão, ao longo da história são diversos os casos de óbitos inusitados envolvendo um instrumento musical


<p>Música é poesia para a vida ou a sinfonia para a morte? Apesar dos seres humanos utilizarem as mais belas canções para ilustrar sentimentos diversos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/98169-por-que-ouvir-musica-triste-faz-a-gente-se-sentir-melhor.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">música</a> também esteve presente em várias histórias de falecimento ou até mesmo assassinato.&nbsp;</p>



<p>Por isso, nós separamos três histórias bizarras de pessoas que foram traídas pela música e bateram as botas enquanto um instrumento musical aparecia como objeto fundamental no momento do óbito. Confere aí!</p>



<h2>1. O golpe da flauta</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/29/29010332924131.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



<p>Na noite do dia 25 de março de 1751, David Mills estava no meio de uma sessão de prática de flauta, quando iniciou uma exaltada discussão com sua colega Elizabeth Jackson.&nbsp;</p>



<p>Sem aceitar qualquer tipo de desaforo, Jackson atirou um castiçal na direção de Mills após o homem proferir algumas frases indelicadas. O flautista, então, retaliou o ataque utilizando seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/21226-seis-tiros-seis-cordas-instrumento-musical-ou-arma-mortal-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">instrumento musical</a> para atingir o lado esquerdo da cabeça da dama.</p>



<p>Após 4 horas de sofrimento e sem conseguir proferir mais uma única palavra, Elizabeth faleceu após o severo trauma em seu crânio.</p>



<h2>2. O cansativo recital de órgão</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/29/29010444722132.jpeg" alt="(Fonte: Bibliothèque Nationale de France)" /><figcaption>(Fonte: Bibliothèque Nationale de France)</figcaption></figure>



<p>Com 67 anos de vida nas costas, o experiente tocador de órgão Louis Vierne preparava-se para um concerto na catedral de Notre Dame no dia 2 de junho de 1937. Entretanto, o idoso músico não aguentou a cansativa rotina de um dos instrumentos musicais mais cansativos do mundo e faleceu durante a apresentação.</p>



<p>Enquanto Vierne tocava as últimas notas da peça, sofreu um ataque do coração e colapsou em frente à plateia. Seus últimos momentos foram marcados por uma trilha sonora triste e impiedosa sobre o fim da vida de um homem.</p>



<h2>3. Abafando um crime com um piano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/29/29010636989133.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



<p>Todo filme de terror também possui uma trilha sonora horripilante para acompanhar sua trama, e não poderia ser diferente para a história do assassinato de Sophia Rasch. Em 1894, Sophia havia contratado Susannah Koczula para trabalhar como babá dos seus filhos Carl, de 10 anos, e sua irmã mais velha Clara.&nbsp;</p>



<p>Em um dos dias de trabalho, Susannah decidiu demonstrar suas habilidades (ou falta delas) no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115608-gato-toca-piano-para-avisar-sua-dona-quando-esta-com-fome.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">piano</a> martelando as teclas no instrumento. Entretanto, tudo havia um objetivo: no andar de cima, o namorado da babá estrangulava a mãe das crianças e fugia com suas jóias. Todo barulho foi abafado pelo estridente piano.</p>


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3 mortes bizarras por instrumentos musicais

Imagem de 5 estradas assombradas nos EUA e suas histórias macabras no megacurioso

Dirigir de noite já pode ser assustador, mas estas autovias nos Estados Unidos levam a experiência para outro nível com suas reputações sinistras


<p>Viajar por algumas estradas à noite pode ser assustador, encarar a vasta escuridão com somente os faróis do carro servindo de fonte de luz pode dar a sensação de que algo pode aparecer repentinamente. Porém, existem pistas nos Estados Unidos levam este sentimento para outro nível, ganhando a estranha reputação de serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120766-6-razoes-cientificas-que-explicam-por-que-vemos-fantasmas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">assombradas</a>. Confira abaixo uma lista com cinco delas e suas histórias macabras.</p>



<h2>1. Estrada Jeremy Swamp, Southbury, Connecticut</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28111712708346.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>De acordo com a Sociedade Histórica da Nova Inglaterra, a Swamp Road, assim como outras vias do sudoeste de Connecticut, é o lar dos “Cabeças de Melão”, pequenas criaturas com aparência humanoide e cabeça gigante, que vivem áreas arborizadas e se alimentam de pequenos animais, gatos e carne de adolescentes.&nbsp;</p>



<p>Algumas pessoas acreditam que estes seres podem ter surgido como o resultado de relacionamentos consanguíneos, já outras teorizam que são pacientes que fugiram de um hospital psiquiátrico. Seja qual for a origem, é melhor evitar cruzar com um deles, não?</p>



<h2>2. Rua Owaissa, Appleton, Wisconsin</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28111254562344.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Existe uma lenda que afirma que a cada lua cheia, uma lápide sangra no cemitério de Riverside, na Rua Owaissa. O túmulo pertence a Kate Blood, que supostamente era uma bruxa que matou seu marido e filhos com um machado, ou foi uma mulher assassinada pelo esposo. Além disso, existem relatos de visitantes que afirmam terem visto uma sinistra figura encapuzada vagando pelo cemitério&#8230;</p>



<h2>3. Estrada Prospector, Garden Valley, Califórnia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28111053123342.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Este trecho acidentado de quase cinco quilômetros promete causar arrepios na espinha de qualquer um, sendo possivelmente o lar de um fantasma de um garimpeiro alto e barbudo que foi assassinado depois de se gabar bêbado sobre os seus bens. Aparentemente, quem avistar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/sobrenatural/103192-confira-mais-10-imagens-que-supostamente-mostram-fantasmas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">entidade</a> – que é considerada por muitos a causa de vários acidentes no local – vai ouvir um sussurro macabro dizendo “Saia da minha propriedade”.</p>



<h2>4. Estrada Sandhill, Las Vegas, Nevada</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28111213608343.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Muitas pessoas acreditam que os túneis inundados sob esta autovia e a Avenida Olive, no Charleston Boulevard, são &#8220;frequentados&#8221; por um casal morto. Indivíduos também já disseram ter ouvido gemidos assustadores e fantasmagóricos vindos da escuridão, além de serem perseguidos pelo espectro de uma velha. Melhor deixar os pombinhos e esta senhora bem quietinhos no canto deles, né?</p>



<h2>5. Ponte da “Noiva Sangrenta”, Steven’s Point, Wisconsin</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/28/28110955388340.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Os boatos dizem que aqueles que passarem pela Rodovia 66 poderão ver o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/49180-halloween-assombrado-conheca-os-10-fantasmas-reais-mais-famosos-do-mundo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">espírito</a> de uma noiva que morreu em um acidente de carro nesta ponte, no dia de seu casamento. Para os mais corajosos, existe até um desafio: quem estacionar no local à meia noite e olhar pelo espelho retrovisor, verá a pobre moça toda ensanguentada sentada no branco de trás. E aí, você toparia essa ideia?</p>


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5 estradas assombradas nos EUA e suas histórias macabras

Imagem de Mao Yin: o famoso bebê sequestrado e vendido para outra família no megacurioso

Sua campanha de resgate foi uma das mais famosas da história da China, assim como seu surpreendente desfecho


<p>Há décadas que o tráfico de crianças tem sido uma atividade sem controle na China, e a maneira como o país lida com isso ainda é considerado muito inconsistente, a julgar pela escassez de dados.&nbsp;</p>



<p>Recentemente, as fontes de pesquisas dos jornais chineses indicaram que aproximadamente 200 mil crianças são sequestradas todos os anos, porém as autoridades argumentam que esse número incluí crianças e adultos. Dessa forma, a Associação de Trabalhadores Sociais da China apresentou que 50 mil crianças são sequestradas para o sistema ilegal.</p>



<p>Em primeiro de janeiro de 2014, como parte de um acordo de Transparência Judicial, o Supremo Tribunal Popular da China (SPC) ordenou que os Tribunais Populares divulgassem seus casos de condenação envolvendo tráfico de crianças, à exceção daqueles que pudessem conter informações classificadas ou ameaçassem violar a privacidade individual. O REN declarou que entre 1980 e 2000 mais de 10 mil crianças foram traficadas em toda a China.</p>



<p>Foi observado que o número de crianças traficadas aumentou de 50, no início da década de 1980, para quase 400, em 1994, segundo informações obtidas em sites de crianças desaparecidas da China. Após o ano de 2002, o índice ficou na casa de 250, porém, entre 2010 e 2013, a polícia da província de Fujian detectou mais de 11 mil casos de tráfico de crianças.</p>



<h2>A raiz estrutural</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15071314913414.jpg" alt="(Fonte: CNN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CNN/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Partindo de 1920, durante o estabelecimento do governo comunista na China, ao longo de 30 anos os cidadãos, principalmente das áreas rurais, passaram a preferir filhos homens do que mulheres. Uma vez que as famílias só podiam ter um filho, eles preferiam o sexo masculino para que ele pudesse destinar esforços à agricultura e provesse a segurança dos pais e avós durante a velhice — além de continuarem uma estrutura hierárquica de poder dentro da geração, colocando o homem como superior.</p>



<p>Acredita-se que no meio rural a definição legal chinesa de tráfico de crianças foi por muitas vezes categorizada como uma forma de adoção ilegal. A necessidade de ter um filho homem a todo custo levou muitas famílias a comprar crianças roubadas expostas nas “vitrines” do sistema criminoso. A maioria dos casos não envolvia trabalho forçado, violência ou abuso sexual, apenas a vontade de poder criar um homem na família.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15071442359415.webp" alt="(Fonte: The Telegraph/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Telegraph/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Quando o limite de filhos por família era atingido e nenhum garoto tinha nascido, era comum que muitos casais optassem por vender suas filhas para poder obter os garotos. Muito embora as meninas tivessem pouco espaço nesse mercado, elas costumavam ser destinadas para a fomentação das velhas estruturas sociais, como viver na casa da família que a comprou até que tivesse idade suficiente para se casar com seu irmão de criação.</p>



<h2>O desespero de Zhenjing</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15071852933421.png" alt="(Fonte: CGTN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CGTN/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Mao Yin tinha apenas 2 anos quando sua mãe, Li Jingzhi, precisou deixar a cidade de Xiam, na província de Shaanxi (China), para viajar a trabalho. Na época, ela trabalhava para uma empresa exportadora de grãos que precisava que ela visitasse os fornecedores no campo em época de colheita. Sendo assim, Yin ficou aos cuidados do pai, Mao Zhenjing.</p>



<p>Em 17 de outubro de 1988, Zhenjing foi buscar o filho na creche e parou no caminho de casa para pegar um pouco de água em um hotel que a família era proprietária. Ele deixou Yin por aproximadamente 2 minutos sozinho no carro, e isso foi o suficiente para que não o encontrasse quando voltou.</p>



<p>“Naquela época, as telecomunicações não eram muito avançadas. Então, tudo que recebi foi um telegrama com as palavras: &#8216;Emergência em casa. Volte imediatamente&#8217;. Eu não sabia o que tinha acontecido”, declarou Jingzhi à <em>BBC</em>.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15072033867424.png" alt="(Fonte: MustShareNews/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: MustShareNews/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A princípio, o casal achou que Yin seria encontrado rapidamente. “Eu achei que ele talvez estivesse perdido e não conseguiu encontrar o caminho de casa. E que pessoas de bom coração o encontrariam e o trariam de volta para mim”, confessou a mãe.</p>



<p>Entretanto, suas esperanças minaram depois de 1 semana sem nenhuma pista do paradeiro de seu filho. O casal imprimiu 100 mil panfletos com a foto do garotinho e os distribuiu em todos os lugares públicos, chegando a colocar até anúncios em jornais locais na sessão de pessoas desaparecidas. Porém, isso não adiantou nada.</p>



<h2>O destino de Yin</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15072336688425.jpeg" alt="(Fonte: CGTN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CGTN/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Jingzhi largou o emprego e iniciou uma campanha massiva de busca ao filho. Ela chegou a aparecer em diversos programas de televisão e foi alvo de milhares de reportagens que clamavam: “Onde está Mao Yin?”.</p>



<p>Sua campanha e organização, <em>Baby Come Home,</em> ajudou 29 outras famílias a encontrar seus filhos desaparecidos e se tornou uma das mais famosas de toda a China. Apesar disso, nenhuma notícia sobre Yin surgiu, mas Jingzhi se mostrava sempre esperançosa: “Acredito que um dia encontrarei meu filho”.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15072433719426.jpeg" alt="(Fonte: InkStone/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: InkStone/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Enquanto isso, Mao Yin tinha sido vendido para um casal morador da província de Sichuan, a cerca de mil quilômetros de onde ele foi sequestrado, pelo valor de aproximadamente R$ 5 mil. Um ano após seu tráfico, ele teve o nome alterado para Gu Ningning e criado como filho único pelo casal.</p>



<p>Yin foi amado, cuidado, frequentou a escola e se formou. Certa vez, ele chegou a ver os pais biológicos na televisão e teve uma estranha sensação de familiaridade, ainda mais com sua foto aos 2 anos ocupando o fundo da tela. No entanto, Yin não conseguiu se lembrar de nada.</p>



<h2>Mãe</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15072539594427.png" alt="(Fonte: CGTN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CGTN/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Até que em 2009, 18 anos depois, o governo chinês criou um banco de dados de DNA destinado aos casais que tiveram seus filhos sequestrados. Em abril de 2020, a polícia chinesa recebeu uma denúncia anônima sobre um homem que vivia em Chengdu, na província vizinha de Sichuan, a 700 quilômetros de distância, que teria sido comprado na década de 1980 quando ainda era criança.</p>



<p>Essa mesma pessoa encaminhou uma foto do homem adulto e, através da tecnologia de reconhecimento facial, as autoridades concluíram que se tratava de Mao Yin, desaparecido há 32 anos. Tudo foi confirmado depois que ele foi submetido a um exame de DNA.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/15/15072718624428.jpg" alt="(Fonte: Mamamia/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Mamamia/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Em 10 de maio, após mais de 300 pistas falsas e anos de espera, Jingzhi finalmente recebeu o telefonema do Departamento de Segurança Pública de Xiam com a tão sonhada notícia.&nbsp;</p>



<p>Em 18 de maio, mãe e filho se reencontraram sob um forte cerco realizado pela mídia chinesa. A primeira palavra que Mao Yin disse foi exatamente a mesma que Li Jingzhi esperou anos para ouvir: “Mãe”.</p>


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Mao Yin: o famoso bebê sequestrado e vendido para outra família

Imagem de Janet Airlines, a companhia aérea secreta que todo mundo conhece no megacurioso

Seus aviões sem identificação fazem a ponte aérea entre Las Vegas e a Área 51


<p>Janet era uma dona de casa, provavelmente nascida na década de 1920 e educada para ser mãe e esposa – o que ela acabou de tornando. Nada sabemos sobre ela, a não ser o nome de seu marido: Richard A. “Dick” Sampson.&nbsp;</p>



<p>O que fez de Janet uma personagem ligada a enredos repletos de mistério, altas doses de ficção científica e fiapos de informação foi, na realidade, o trabalho de seu marido: ele era o agente sênior da CIA no comando da <a href="https://www.megacurioso.com.br/Area-51" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Área 51</a> entre 1969 e 1971, e Janet acabou nomeando a linha aérea que, diariamente, transporta funcionários de Las Vegas, no estado americano de Nevada, para o meio da região mais vigiada do planeta.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22174326741108.jpg" alt="Se você vir um Boing 737 sem nome, pode apostar que é da Janet Airlines." /><figcaption>Se você vir um Boing 737 sem nome, pode apostar que é da Janet Airlines.</figcaption></figure>



<p>Dizem que Janet é apenas o acrônimo para <em>Just Another Non-Existent Terminal&nbsp;</em>(&#8220;Somente outro Terminal Inexistente&#8221;) ou <em>J</em><em>oint Air Network for Employee Transportation</em> (&#8220;Rede Aérea Conjunta Para Transporte de Empregados&#8221;). Suas aeronaves cruzam os céus sem um nome impresso na fuselagem; não há balcões de venda de passagens nos aeroportos, ou hangares abertos. Mesmo assim, sua frota se constitui de seis Boeing 737 e mais um punhado de aviões de hélice menores.</p>



<h2>Desde a madrugada</h2>



<p>Os aviões da Janet Airlines saem do Aeroporto Internacional McCarran, o primeiro levantando voo por volta das 3h38m da madrugada. O movimento real começa mesmo por volta das 4h, quando o estacionamento do terminal se enche gradativamente de carros. Ao fim do dia, com os aviões já no pátio, o estacionamento se esvazia até o dia seguinte.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://media1.giphy.com/media/rZIgubFijmyzsOLyqQ/giphy.mp4"></video></figure>



<p>Cerca de 50 minutos depois da partida, o piloto desliga o localizador do avião, mas até mesmo a poeira do deserto sabe para onde ele vai: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ovnis/36615-o-que-ha-de-tao-especial-na-misteriosa-area-51-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">infame Área 51</a>.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://media0.giphy.com/media/Fp7LS9j2fi2bnJltHC/giphy.mp4"></video></figure>



<p>Há dois anos, suas escalas contavam com cerca de 20 voos diários, ida e volta, levando entre 1.500 e três mil funcionários tanto para a instalação ultrassecreta (cerca de 60% dos voos) como para Groom Lake (uma planície de sal usada como pistas de testes, ao norte da Área 51) e mais o Campo de Provas Tonopah Test Range Airport, uma instalação militar restrita a cerca de 50km a sudeste da cidade de Tonopah, além de outros lugares menos secretos que a Área 51 (nesses casos, o piloto não desliga o localizador do avião).</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://media3.giphy.com/media/sRM8pS6j0HzTZTawaR/giphy.mp4"></video></figure>



<h2>Conversas gravadas</h2>



<p>A rotina dos aviões da Janet Airlines sempre foi um segredo à vista de todo mundo, e isso justifica ter despertado uma curiosidade à beira da obsessão. Em 2010, o escritor e artista visual Trevor Paglan morou por uma semana em um hotel com vista para o Aeroporto McCarran, de onde parte a linha secreta. Usando telescópio, câmera e um scanner de rádio, ele rastreou tanto os voos dos Janets como descobriu que tipo de passageiros eles levavam.</p>



<p>“Os funcionários estacionam do lado de fora do terminal não identificado da Janet bem antes das 4h. Eu os vi parados na área de espera sob luzes fluorescentes azuis. Com o tempo, um oficial de segurança na outra extremidade da sala abriu uma porta e os funcionários atravessaram a pista e subiram uma escada móvel. Uma aeromoça em um uniforme azul escuro estava lá para cumprimentar cada um deles antes que eles desaparecessem no interior do avião.”</p>



<p>Captando a conversa entre os controladores de tráfego aéreo, ele rastreou o destino da maioria dos voos da Janet, além de acompanhar a frota de aviões a hélice King Air da companhia aérea para destinos como a Base da Força Aérea de Edwards.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22180059614121.jpg" alt="O terminal da Janet Airlines, no aeroporto de Las Vegas." /><figcaption>O terminal da Janet Airlines, no aeroporto de Las Vegas.</figcaption></figure>



<h2>Segredo mais conhecido do planeta</h2>



<p>A <em>BBC Mundo</em> ouviu, para sua reportagem sobre a Janet Airlines, o porta-voz da Força Aérea americana, Benjamin Newell, que não confirmou nem desmentiu a existência da Janet Airlines ou mesmo de qualquer linha aérea com as mesmas características.</p>



<p>&#8220;É no mínimo absurdo que não reconheçam a existência da Janet Airlines; todo o mundo sabe que ela existe. Entendo, porém, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/45235-por-que-a-area-51-esta-construindo-um-hangar-novo-e-misterioso.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">a necessidade do segredo</a> em relação às atividades logísticas de inteligência e a tudo que esteja relacionado com instalações nucleares&#8221;, disse o professor de Estudos de Inteligência e Segurança Nacional da Coastal Carolina University Joseph Fitsanakis.</p>



<p>Quem sabe (quase) tudo sobre a Janet Airlines em particular e sobre a Área 51 em geral é o grupo que mantém o site <em>Dreamland Resort</em>. Joerg H. Arnu é um dos fundadores e acompanha, desde 1990, as aterrissagens da companhia aérea fantasma na zona da área 51 através de radiofrequência.&nbsp;</p>



<p>“Será que veremos o dia no qual, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/37664-governo-norte-americano-confirma-a-existencia-da-area-51.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">como aconteceu com a Área 51</a>, as autoridades finalmente reconhecerão a existência da Janet Airlines?”</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:05.772Z

Janet Airlines, a companhia aérea secreta que todo mundo conhece

Imagem de Canibal de Oklahoma atraia vítimas para castrá-las no megacurioso

Bob Allen Lee e seu parceiro Thomas Evan Gates respondem judicialmente pelos crimes de cirurgia não licenciada, mutilação e agressão


<p>No inicio de outubro, uma história chocou os habitantes de Oklahoma, nos Estados Unidos. Bob Lee Allen, de 53 anos, e seu assistente Thomas Evan Gates, de 42 anos, foram acusados de realizar uma série de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116510-homem-dobrado-anda-depois-de-28-anos-apos-cirurgia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cirurgias</a> sem licenciamento, mutilação e agressão aos pacientes.</p>



<p>De acordo com os relatos de uma vítima de 28 anos de idade para a polícia, Allen — que disse ser um canibal — &nbsp;e Gates removeram cirurgicamente seus testículos em uma cabana afastada da cidade, onde armazenavam partes do corpo humanos em um freezer.</p>



<h2>Procedimento consentido</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23011806182184.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



<p>Conforme reportado pelo <em>The Independent,&nbsp;</em>as autoridades locais foram levadas à cabana para maiores investigações. No local, os policiais encontraram equipamentos médicos, toalhas e papéis ensanguentados, remédios analgésicos e um par de <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/75696-9-curiosidades-divertidas-sobre-os-testiculos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">testículos</a> congelados em uma sacola.</p>



<p>Apesar da cena brutal, o procedimento não ocorreu de forma involuntária. A vítima teria procurado por serviços de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106489-que-sentenca-voce-escolheria-prisao-ou-castracao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">castração</a> irregulares online, e terminou por contratar Bob Lee Allen para realizar a operação.&nbsp;</p>



<p>Em uma conversa informal pelo Skype, Allen então teria dito que possuía 15 anos de experiência com cirurgias similares e estaria disposto a operá-lo de maneira gratuita com uma única condição: que pudesse documentar todo o procedimento para &#8220;uso pessoal&#8221;.</p>



<p>Então, cliente e &#8220;médico&#8221; se encontraram no aeroporto de Dallas no dia 11 de outubro, quando pegaram a estrada para o local onde ocorreria a cirurgia, nos arredores de Oklahoma.&nbsp;</p>



<h2>Prendendo o canibal</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/23/23011506441178.jpg" alt="(Fonte: LeFlore County Sheriff Office)" /><figcaption>(Fonte: LeFlore County Sheriff Office)</figcaption></figure>



<p>Segundo o depoimento da vítima para os investigadores, após administrar uma boa dose de analgésicos para o paciente, Allen teria &#8220;começado a rir e dizer que era um canibal&#8221;. O cirurgião também disse que, caso o rapaz falecesse na mesa de cirurgia durante a castração, seu corpo seria despejado na floresta como em outras vezes — dando a entender que essa era uma prática recorrente.</p>



<p>Um dia depois da tragédia e de ter chegado no hospital com a virilha ensanguentada, o rapaz castrado então informou a polícia o endereço da cabana onde tudo acontecia. Além das provas encontradas no dia 15 de outubro, as autoridades também acharam alguns pendrives com informações sobre o caso.</p>



<p>Não demorou muito para que conseguissem prender Allen e Gates. De maneira involuntária, os homens apareceram no hospital onde a vítima estava sendo tratada, onde foram capturados e denunciados por uma série de crimes.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:05.613Z

Canibal de Oklahoma atraia vítimas para castrá-las

Imagem de Marinha americana irá pesquisar 'fenômenos aéreos não-identificados' no megacurioso

Não só os curiosos, mas também cientistas e militares estão preocupados com objetos de comportamento estranho filmados


<p>A Marinha dos Estados Unidos reconheceu recentemente que alguma atitude deveria ser tomada em relação às ocorrências de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113323-livro-defende-que-ovnis-seriam-pilotados-por-humanos-do-futuro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">objetos de comportamento estranho</a> capturados em vídeo por pilotos de jato ao longo dos anos. Os avistamentos foram igualmente relatados por controladores de voo e técnicos.</p>



<p>Dessa forma, em agosto passado, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114302-marinha-dos-estados-unidos-divulga-oficialmente-3-videos-de-ovnis.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Marinha americana</a> constituiu uma Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não-Identificados (UAP na sigla em inglês) cujo objetivo é investigar a natureza e a origem dessas estranhas imagens, e determinar se os objetos ali gravados poderiam representar uma ameaça à segurança nacional.</p>



<p>Os UAPs observados nos últimos tempos têm acelerações estimadas entre 100 g’s até milhares de g’s. O “g” é uma unidade de aceleração ligada à ressonância e à vibração dos tecidos dos organismos. Uma aceleração súbita acima de 75 g’s pode causar ferimentos graves e até mesmo a morte em seres humanos.</p>



<p>Apesar desses números impressionantes, não se registrou até agora nenhum tipo de perturbação do ar visível, nem estrondos sônicos. Tudo isso reunido se parece muito com os folclóricos registros &nbsp;de OVNIs que sempre aparecem nas mídias com alertas do tipos “Eles estão entre nós”.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22075136242475.jpg" alt="Fonte: KTS Image/Getty Images/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: KTS Image/Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>O novo projeto de pesquisa de UAPs</h2>



<p>Porém, no atual projeto, a tônica presente &nbsp;nesses fenômenos é de que eles sejam estudados em bases <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113153-ovni-pentagono-revela-ter-video-ultrassecreto-sobre-caso-de-2004.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estritamente científicas</a>, inclusive com o uso de satélites para rastreamento de possíveis eventos de UAP futuros.</p>



<p>Um dos cientistas que defendem uma pesquisa séria sobre os objetos de comportamento estranho, Ravi Koppparapu, do Goddard Space Flight Center da NASA, afirmou ao site <em>Live Science</em>: &#8220;Acho que as pessoas pensam imediatamente em &#8216;alienígenas&#8217; quando ouvem OVNIs/UAPs, e quero que os cientistas não caiam nessa&#8221;.</p>



<p>Estudante da habitabilidade planetária em exoplanetas, Kopparapu adverte: &#8220;Seja estritamente agnóstico e não deixe que ideias preconcebidas turvem os julgamentos. Tenha a mente aberta. Considere isso como um problema de ciência. Se descobrir que eles têm explicações mundanas, que seja&#8221;.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:05.724Z

Marinha americana irá pesquisar 'fenômenos aéreos não-identificados'

Imagem de Conheça o caso da família nos EUA que foi aterrorizada pelo 'Vigia' no megacurioso

O sonho do novo lar se transformou em pesadelo quando os Broaddus passaram a receber cartas ameaçadoras


<p>Quando Derek e Maria Broaddus compraram uma casa no endereço 657 Boulevard, na pacata cidade de Westfield, nos Estados Unidos, acreditaram que estavam mudando para o lar de seus sonhos, um lugar ideal para seus três filhos. Infelizmente, a situação logo virou um pesadelo, quando a família começou a receber cartas perturbadoras assinadas pelo &#8220;Vigia”.</p>



<h2>Bem-vindos ao terror</h2>



<p>A primeira correspondência chegou em uma noite de junho. Derek havia acabado de pintar as paredes de sua nova residência e foi verificar a caixa de correio, apenas para encontrar um envelope endereçado ao “novo proprietário”.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/19/19145219897180.jpg" alt="(Fonte: Facebook - Derek Broaddus/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Facebook &#8211; Derek Broaddus/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>As primeiras linhas continham palavras calorosas, dando boas-vindas à família, mas logo passou para sentenças bizarras e <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99945-9-lugares-sinistros-que-mais-parecem-cenarios-de-filmes-de-terror.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">assustadoras</a> que descreviam como o autor estava vigiando o local por décadas, e que aparentemente o pai e o avô também haviam feito o mesmo no passado.</p>



<p>“Você conhece a história da casa? Você sabe o que está dentro dessas paredes? Por que vocês estão aqui? Eu vou descobrir”, dizia a carta. Além disso, o Vigia também quis saber o nome das crianças, afirmando que assim seria mais fácil atraí-las.</p>



<p>Perturbado pelo conteúdo sombrio, o pai de família entrou em contato com a polícia local, que recomendou a ele tirar qualquer equipamento de construção do lado de fora caso o responsável pela ameaça decidisse jogá-los pela janela. O outro conselho consistiu em não dizer nada para os vizinhos, pois todos eram suspeitos naquele momento.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/19/19145519353182.jpg" alt="(Fonte: Zillow/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Zillow/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O casal decidiu entrar em contato com os Woods, que haviam vendido a casa para eles, só para descobrir que Andrea Woods já tinha recebido uma nota desse tipo antes, mas considerou uma brincadeira de mau gosto e a jogou fora. Aparentemente, a mulher morou com o marido na casa por 23 anos, e só ouviu falar do tal Vigia esta única vez.</p>



<h2>Perseguição</h2>



<p>A segunda carta surgiu duas semanas após a primeira, mas desta vez já cotinha o nome da família no campo de destinatário, e listava as três crianças Broaddus por data de nascimento e apelido. O mais aterrorizante para o casal é que o documento também mencionava um cavalete que uma das crianças havia montado em uma varanda que só poderia ser vista dentro da propriedade e perguntava se a garota em questão era a artista da família.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/19/19145546540183.jpg" alt="(Fonte: Zillow/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Zillow/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Extremamente em pânico e nervosos, Derek e Maria suspenderam as reformas e pararam de levar seus filhos para a casa, apenas para receber uma terceira correspondência algumas semanas depois com os dizeres “Para onde vocês foram? A 657 Boulevard está sentindo sua falta”.</p>



<h2>Possíveis suspeitos</h2>



<p>O detetive Leonard Lugo, do departamento de polícia de Westfield, foi responsável pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/42324-4-historias-tipicas-de-filmes-de-terror-que-foram-baseadas-em-casos-reais.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">investigação</a> por um tempo, chegando a suspeitar que Michael Langford, um dos vizinhos do casal e diagnosticado com esquizofrenia, estava por trás das ameaças.</p>



<p>Entretanto, o DNA encontrado em um dos envelopes indicava que a responsável era uma mulher, e a amostra não batia com ninguém da família de Michael.</p>



<p>Desesperados por uma resolução, os Broaddus chegaram a entrar em contato com o FBI, uma empresa de segurança chamada Kroll e até mesmo com um linguista forense, mas ninguém foi capaz de encontrar as respostas que eles tanto precisavam.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/19/19145612744184.jpg" alt="(Fonte: Zillow/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Zillow/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>“No final do dia, tudo se resumiu ao que estávamos dispostos a arriscar. E não íamos colocar nossos filhos em perigo”, explicou Maria sobre a decisão de vender a casa depois de seis meses desde a primeira carta.</p>



<p>Infelizmente, todos os compradores em potencial sumiam ao descobrirem sobre o Vigia, e aos poucos a comunidade começou a se perguntar se a própria família não estava escrevendo as ameaças como uma forma de saírem de uma casa que não podiam pagar, o que Derek nega veementemente até hoje.</p>



<h2>Medidas desesperadas</h2>



<p>Sem saber mais o que fazer, e sem conseguir vender, o casal decidiu demolir a residência e construir algo novo no local, apenas para receber mais uma correspondência sombria prometendo vingança caso os planos fossem em frente.</p>



<p>“Talvez um acidente de carro. Talvez um incêndio. Talvez algo tão simples como uma doença leve que nunca parece passar, mas faz você se sentir mal dia após dia. Talvez a misteriosa morte de um animal de estimação. Entes queridos morrem de repente. Aviões, carros e bicicletas podem dar problema. Os ossos quebram”, dizia o Vigia no documento.</p>



<p>No final, a família finalmente conseguiu vender a casa em 2019, com um prejuízo de US$ 440 mil (mais de R$ 2 milhões). Mas mesmo em momentos sombrios, algo de bom pode surgir, e no caso dos Broaddus, além da paz de espírito de não sofrerem mais ameaças, também teve a compra dos direitos de sua história pela Netflix, para uma adaptação deste conto real e <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/106932-o-misterio-de-terror-e-erebus-os-navios-que-desapareceram-nos-anos-1840.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">assustador</a>.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:05.566Z

Conheça o caso da família nos EUA que foi aterrorizada pelo 'Vigia'

Imagem de 'A garota na caixa': Colleen Stan ficava 22 horas por dia em um caixão no megacurioso

Sequestrada aos 20 anos, ela foi submetida a todos os tipos de abuso, inclusive ser confinada por anos em um caixão embaixo de uma cama.


<p>Nascida em 31 de dezembro de 1956, na cidade de Eugene, no Oregon (Estados Unidos), Colleen J. Stan tinha apenas 20 anos quando aceitou pegar uma carona, era dia 19 de maio de 1977. Afinal de contas, na década de 1970, a prática de pegar carona era extremamente comum para a sociedade da época, tanto entre jovens e adultos quanto entre as crianças. O sequestro ainda não havia atingido uma taxa expressiva para ser considerado um problema de segurança pública.</p>



<p>Colleen queria ir para o aniversário de um amigo que morava no norte da Califórnia, mas o seu problema era a falta de um carro para uma viagem de aproximadamente 600 km. Portanto, sem saída, ela passou a avaliar as caronas em potenciais, recusando duas delas até que uma van azul parasse no acostamento: ao volante estava Cameron Hooker, de 23 anos, com sua esposa Janice Hooker, de 19 anos, e as duas filhas no colo.</p>



<p>A jovem enxergou ali apenas uma jovem família comum e resolveu aceitar a sugestão de carona, embarcando no automóvel. Esse foi o maior erro de sua vida.</p>



<h2>A caixa de Hooker</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14150822064221.jpg" alt="Colleen Stan. (Fonte: Daily Mail/Reprodução)" /><figcaption>Colleen Stan. (Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Quando a van parou em um posto de gasolina para abastecer durante o trajeto, Colleen resolveu ir ao banheiro. “Uma voz me disse para correr e pular pela janela e nunca mais olhar para trás”, confessou Colleen no tribunal. “Mas eu me acalmei, calei meus medos e voltei para o carro”.</p>



<p>O que a garota não sabia, porém, era que Cameron nutria uma doentia fantasia com escravidão sexual e enxergou nela uma oportunidade de concretizá-la. Sendo assim, Janice não o impediu quando ele saiu da estrada e seguiu para uma área remota. Uma vez lá, Cameron ameaçou Colleen com uma faca em seu pescoço para que ela colocasse a cabeça dentro de uma caixa de madeira que impedia a entrada de ar, luz e qualquer som.</p>



<p>Então, ele dirigiu até chegar na cidadela de Red Bluff, localizada no extremo norte do Vale Central da Califórnia, onde Colleen foi arrastada até o porão da casa e brutalmente estuprada por Cameron. Vendada, ele a pendurou pelos pulsos em ganchos no teto, espancou, eletrocutou, chicoteou e a queimou. Logo em seguida, Cameron e Janice tiveram relações sexuais diante do corpo suspenso da garota enquanto ela gritava de dor.</p>



<h2>A garota que não existia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14151136536223.jpg" alt="Cameron Hooker. (Fonte: Pinterest/Reprodução)" /><figcaption>Cameron Hooker. (Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>No momento em que a família se mudou para um trailer, o inferno de Colleen piorou. Ela passou a ser mantida 22 horas por dia em um caixão de madeira que o casal deixava embaixo de sua cama. As duas filhas deles sequer sabiam que a jovem estava sendo mantida ali contra a sua vontade, tampouco que ela morava na casa, visto que ela aparecia apenas por uma ou duas horas por dia para limpar o local e cuidar delas.</p>



<p>Uma hora antes de sair para o mundo, Colleen tinha que “concordar” em ser violentada por Cameron para poder se alimentar. Em meados de janeiro de 1978, o homem ofereceu a jovem o benefício de passar mais tempo fora da caixa se ela concordasse em ser sua escrava sexual para o resto de seus dias. Colleen não teve muita escolha, visto que era forçada a olhar por horas a fio a fotografia de Marie Elizabeth Spannhake, a vítima antes dela cujo corpo jamais foi encontrado.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14151343506224.jpg" alt="Janice Hooker. (Fonte: Film Daily/Reprodução)" /><figcaption>Janice Hooker. (Fonte: Film Daily/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Cameron alterou o nome de Colleen para K. Cameron Hooker, a proibiu de chamá-lo de qualquer nome além de “mestre” e passou a submetê-la a horas de brutais sessões de sadomasoquismo que chegavam a arrancar sangue das genitálias dela. Em troca, Colleen pôde passar mais tempo ao ar livre, muito embora isso dependesse do bom humor do rapaz.</p>



<p>O abuso psicológico feito por Cameron também foi fundamental para diluir qualquer sentimento de fuga que surgisse em Colleen. Ele dizia frequentemente que fazia parte de uma seita satânica chamada &#8220;A Companhia&#8221;, que vigiava sua família a todo o momento para caso ela tentasse fugir.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14151546115228.jpg" alt="(Fonte: Daily Mirror/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Daily Mirror/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O controle foi tanto ao longo dos anos que Cameron até permitiu que ela visitasse os próprios pais em sua companhia. Ela não conseguiu contar nada, e os familiares tampouco descobriram.&nbsp;</p>



<p>Cameron tirou uma foto deles em meio a paisagem bucólica onde moravam para que a família dela acreditasse que a jovem estava envolvida com algum tipo de culto, por isso não se comunicava regularmente nem pedia por dinheiro. Temendo que ela se afastasse para sempre, eles apenas concordaram em deixar as coisas como estavam.</p>



<h2>2,555 dias</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14151909902229.jpeg" alt="(Fonte: Stay or Survive Podcast/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Stay or Survive Podcast/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Após 7 anos de todos os tipos de violência, em &nbsp;agosto de 1984, Cameron Hooker decidiu que tornaria Colleen sua segunda esposa, o que não agradou em nada Janice. Sendo assim, foi ela que contou a Colleen que A Companhia não existia, dando forças a ela para poder escapar de sua vida em cativeiro e pegar um ônibus de volta para casa.</p>



<p>A princípio, Janice implorou para que Colleen não denunciasse seu marido, pois acreditava que ele pudesse ser reabilitado. No entanto, quando ela mesma percebeu que o caso de Cameron não tinha jeito, denunciou-o em pessoa para a polícia.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14152030493233.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: All That&#8217;s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Janice confessou que foi torturada e submetida a lavagem cerebral desde o dia em que eles se conheceram, e que ela desenvolveu técnicas de negação e compartimentou vários aspectos de sua vida, sendo apenas conivente com tudo o que Cameron fazia por pura inativação emocional.</p>



<p>Em audiência realizada em 1985, Cameron Hooker foi acusado de agressão sexual e sequestro com faca, sendo condenado a 104 anos de prisão após o depoimento de Janice Hooker. Em 2015, o juiz negou sua liberdade condicional e decretou que ela só seria considerada novamente depois que o criminoso cumprisse mais 15 anos de prisão.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/14/14152200943237.jpg" alt="Colleen Stan atualmente. (Fonte: Answeafrica/Reprodução)" /><figcaption>Colleen Stan atualmente. (Fonte: Answeafrica/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apesar dos problemas crônicos e de todo o estresse psicológico, Colleen Stan seguiu com sua vida, formou-se em contabilidade, casou, teve uma filha e é comprometida em ajudar mulheres em situação de abuso. Sua trajetória foi descrita por Stephen Kemp em 2016 no filme <em>A Garota na Caixa</em>.</p>



<p>Em entrevista à revista <em>People</em> sobre como ela aguentou os 7 anos, Colleen Stan disse: “Eu aprendi que poderia ir a qualquer lugar em minha mente. Você apenas se retira da situação real que está acontecendo e vai para outro lugar. Você vai a um lugar agradável, perto das pessoas que você ama. Qualquer coisa que te faça feliz”.</p>


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'A garota na caixa': Colleen Stan ficava 22 horas por dia em um caixão

Imagem de David Ghantt cometeu o segundo maior roubo da história dos EUA no megacurioso

Só teve um problema: o homem e a sua quadrilha não passavam de amadores


<p>Desde pequena, o sonho de Kelly Campbell sempre foi ser rica, inclusive ela gostava de falar isso para sua mãe o tempo todo. O desejo de Campbell era não ter que se preocupar com o dinheiro de aluguel, pagamentos, contas atrasadas e tudo mais. Ela queria ser feliz, pois milionários eram felizes dirigindo seus carros importados, vivendo sofisticadamente, usando diamantes e se vestindo bem em lugares paradisíacos.</p>



<p>A realidade de Campbell era muito diferente. Para ela, os ricos também eram as pessoas que não tinham que trabalhar 3 turnos em uma fábrica de tecidos nem fazer horas extras varrendo estacionamentos, tampouco abandonar a escola porque tiveram um filho aos 17 anos. Essa era sua vida no Condado de Gaston, na Carolina do Norte (EUA).</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08110853463115.jpg" alt="David Ghantt. (Fonte: Zimbio/Reprodução)"/><figcaption>David Ghantt. (Fonte: Zimbio/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Paralelamente, David Scott Ghantt também se queixava da vida medíocre que tinha. Apesar de ele ser o supervisor noturno do cofre da Loomis, Fargo &amp; Co. (uma empresa de transporte de dinheiro) e ver milhares de dólares todos os dias, ele era mal pago. Ghantt trabalhava de 75 a 80 horas semanais por US$ 8,15 a hora, mal tinha tempo de voltar para casa e era extremamente infeliz.</p>



<p>“Eu me sentia encurralado, até que um dia, na sala de descanso, surgiu uma piada sobre roubar o lugar. De repente, a ideia não me pareceu tão ridícula assim”, declarou ele em uma entrevista.</p>



<h2>Traçando um plano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08111403199121.jpeg" alt="Michelle Chambers. (Fonte: Alchetron/Reprodução)"/><figcaption>Michelle Chambers. (Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Ex-veterano de guerra da linha de frente na Guerra do Golfo, Ghantt nunca teve problemas com a lei. Ele seguiu uma vida correta, conseguiu um trabalho, conheceu sua esposa e se casou. Toda a rotina comum de sua vida, inclusive o próprio casamento, perdeu ainda mais o sentido depois que ele conheceu Kelly Campbell, em novembro de 1996.</p>



<p>Os dois começaram a se envolver enquanto ela ainda trabalhava na Loomis. Eles negam que tenham sido amantes, mas tudo sempre apontou para essa possibilidade. No entanto, o que importa é que foi Campbell que incentivou a ideia de roubar o banco.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08112438550126.jpg" alt="(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Durante uma conversa, Steve Chambers, um vigarista amigo de infância de Campbell e ex-informante do FBI, sugeriu a ela que roubassem o Loomis, Fargo &amp; Co. A mulher gostou da ideia e a passou para Ghantt, que também concordou.</p>



<p>O roubo teria a ajuda de Chambers, sua esposa, Michelle, Michael Gobbies e outros 4 comparsas. O plano seria Ghantt permanecer no cofre até depois de seu turno da noite para deixar os 4 cúmplices entrarem no cofre e encherem uma van com a quantidade que conseguissem de dinheiro. Ghantt, por sua vez, fugiria com US$ 50 mil, a quantia máxima legalmente autorizada para cruzar a fronteira dos Estados Unidos com o México.</p>



<p>Para não levantar suspeitas, Chambers ficaria com a maior parte do dinheiro e transferiria para Ghantt de acordo com suas necessidades. Assim que a poeira abaixasse, Ghantt voltaria ao país para que pudessem dividir igualmente a quantia roubada.</p>



<h2>Mais do que esperado</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08112651549131.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: All That&#8217;s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Na noite de 4 de outubro de 1997, Ghantt autorizou que um funcionário que ocupava o turno noturno fosse embora. Para poder dar início ao roubo, ele desativou duas câmeras de segurança instaladas perto do cofre. No entanto, ele não conseguiu desativar a terceira câmera e confessou mais tarde que simplesmente esqueceu. Esse foi o seu maior erro.</p>



<p>Foi só depois que a van encostou e eles abriram o cofre que perceberam o problema: os fardos de dinheiro eram pesados. A quadrilha passou a somente lançar para dentro do veículo o máximo de dinheiro que conseguiam pegar até que não coubesse mais – o roubo inteiro durou cerca de 1 hora. Apesar do esforço, eles conseguiram roubar US$ 17 milhões, muito mais do que pretendiam.</p>



<p>Sendo assim, como planejado, Ghantt fugiu para o México e se hospedou na ilha-resort de Cozumel, na Península de Yucatán.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08112931424132.jpg" alt="(Fonte: Daily Motion/Reprodução)"/><figcaption>Steve Chambers e Kelly Campbell. (Fonte: Daily Motion/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Na manhã seguinte, foram os funcionários que notaram algo de errado quando chegaram para trabalhar. O FBI rapidamente foi acionado e apontou Ghantt como o principal suspeito do roubo, visto que era o único funcionário que não aparecera para seu turno.</p>



<p>A suspeita foi confirmada quando os investigadores resgataram as imagens da terceira câmera que Ghantt não conseguiu desativar, onde mostrava toda a cena do crime, principalmente o homem carregando as pilhas de dinheiro para a van blindada.</p>



<p>O veículo foi encontrado 2 dias depois com cerca de US$ 3, 3 milhões deixados para trás. Eles também encontraram a caminhonete de Ghantt abandonada em um depósito.</p>



<h2>A falha do plano</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08113402348138.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: All That&#8217;s Interesting/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Apesar do roubo bem-sucedido, o amadorismo do crime foi entregando a quadrilha aos poucos. Entretanto, interceptar e conectar todos os membros da quadrilha ao crime foi uma tarefa um pouco difícil.</p>



<p>Mesmo sabendo que gastar toneladas de dinheiro logo depois de um roubo era como desenhar um alvo nas costas, Campbell e Chambers não conseguiram se conter.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08113821601140.jpeg" alt="(Fonte: Alchetron/Reprodução)"/><figcaption>Kelly Campbell. (Fonte: Alchetron/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Uma semana depois do crime, Chambers e a esposa compraram um conversível branco e uma BMW Z3. Michelle começou gastando na butique Susan C. Anthony, em Lincolnton, na Carolina do Norte, inventando conversas sobre como seu marido era um rico dono de cassinos em Atlantic City. Além disso, o casal se mudou do trailer onde viviam para uma mansão de luxo avaliada em US$ 635 mil.</p>



<p>Michelle Chambers denunciou a sua posição quando perguntou ao caixa do banco qual era a quantia que poderia depositar sem que fosse denunciada aos federais. Achando estranho a pergunta, o profissional do banco preencheu um relatório de atividade suspeita e rapidamente o FBI encontrou o casal, passando a monitorá-los.</p>



<h2>&#8220;Gênios do crime&#8221;</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/08/08114011899141.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)"/><figcaption>(Fonte: Pinterest/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O FBI só conseguiu localizar Ghantt após interceptar uma ligação de Chambers em que o ex-veterano de guerra pedia mais dinheiro para poder ficar no resort. Foi então que os investigadores também descobriram que Chambers estava cansado das demandas de Ghantt e tinha decidido contratar um assassino de aluguel para dar um fim no comparsa.</p>



<p>Em primeiro de março de 1998, o FBI prendeu Kelly Campbell. No mesmo dia, pegaram David Scott Ghantt no hotel de luxo onde estava hospedado. No dia seguinte, a polícia federal invadiu a mansão dos Chambers, prendeu o casal e todos os cúmplices.</p>



<p>Em 12 de março, os 8 membros da quadrilha foram indiciados por lavagem de dinheiro e furto a banco. Os cúmplices receberam liberdade condicional, mas Steven e Michelle Chambers foram condenados a 11 anos e 3 meses de prisão federal, bem como multados em uma quantia de US$ 3,5 milhões. Ghantt encarou 7 anos e 8 meses de prisão e teve que pagar uma multa de US$ 26 mil. Com insistência judicial, ambos terminaram a pena em 2006.</p>



<p>Em 2016, Jared Hess dirigiu a comédia <em>Masterminds&nbsp;</em>(&#8220;Gênios do Crime&#8221;), baseada no crime que se tornou o segundo maior roubo da história dos Estados Unidos naquela época, embora tenha sido o primeiro e mais cômico de todos.</p>


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