
Estilo de vida
14/07/2017 às 13:19•2 min de leitura
Nós aqui do Mega Curioso já falamos a respeito do daltonismo em diversas ocasiões, mas, basicamente, ele se refere a uma condição visual que consiste na dificuldade de diferenciar algumas cores de outras, como o azul do amarelo e o verde do vermelho, por exemplo. Esse distúrbio, que é quase sempre hereditário, é provocado por uma alteração no pigmento dos cones, um dos fotorreceptores presentes nos nossos olhos.
Os tipos mais comuns de daltonismo são a protanopia, que se caracteriza pela visão tons predominantemente marrons, beges, verdes ou cinzas, a deuteranopia, que consiste na visão em tons de marrom, e a tritanopia, caracterizada pela visão em tons puxando para o rosado. No entanto, também existe um grupo bem pequeno de pessoas que apresenta uma condição chamada acromatopsia, o que significa que elas contam com visão acromática e somente enxergam em tons de branco, cinza e preto.
Criança com acromatopsia fotografada pela belga Sanne de Wilde
Pois, de acordo com Laura Mallone, do site Wired, enquanto os tipos mais comuns do daltonismo afetam 1 em cada 12 homens ou 1 em cada 100 mulheres, apenas 1 em cada 30 mil pessoas nasce com acromatopsia — o que significa que somente 0,0003% da população mundial apresenta esse problema. No entanto, existe um lugar onde o índice de pessoas com essa condição é surpreendente alto, chegando a somar 10% dos habitantes locais!
Segundo Laura, esse local é a ilha Pingelap, situada na Micronésia, um belíssimo paraíso tropical repleto de pássaros, peixes e outros animais multicoloridos, vegetação exuberante e areias branquinhas banhadas pelo sol e por um mar turquesa de tirar o fôlego. Entretanto, uma parte considerável da população da ilha não consegue distinguir essa explosão de cores por conta de ter visão acromática.
(BBC)
Como se isso não fosse triste o suficiente, além de não conseguirem enxergar cores, as pessoas que têm acromatopsia são hipersensíveis à luz e geralmente sofrem com uma série de outros problemas visuais. E como é que essa pequena ilha — que conta com uma área de cerca de 1,8 quilômetro quadrado — foi reunir tantos indivíduos com visão acromática?
Conforme explicou o neurologista Oliver Sacks em seu livro “The Island of the Colorblind” — “A Ilha dos Daltônicos” em tradução livre —, no final do século 18, a população de Pingelap foi quase completamente arrasada por um tufão que atingiu a ilha. Apenas alguns habitantes sobreviveram ao evento, entre eles o rei local, que, como você deve ter deduzido, sofria de acromatopsia.
Habitante de Pingelap (BBC)
Como se trata de uma condição hereditária, muitos de seus descendentes nasceram com a condição, e como a ilha é um lugar relativamente isolado, não existe uma grande variedade genética entre os habitantes. Atualmente, Pingelap tem uma população de pouco mais de 200 pessoas, que vivem da pesca e do cultivo de frutas, e conta com apenas uma escola elementar, uma rua asfaltada e duas igrejas, mas é famosa por ter um número extraordinariamente alto (proporcionalmente falando, claro!) de indivíduos que não enxerga nenhuma cor.
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