Ciência
16/10/2019 às 10:00•2 min de leitura
Talvez você nunca tenha ouvido falar no nome de Cleomir de Souza Pinheiro, mas este pesquisador é o responsável por uma criação que pode melhorar e muito a vida de milhares de pessoas que sofrem de diabetes no Brasil e no mundo. Pesquisador no INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), ele é o responsável pelo desenvolvimento de um hidrogel capaz de evitar amputações das extremidades de pacientes que sofrem de diabetes.
Estudando e trabalhando no desenvolvimento do produto há duas décadas, Cleomir conseguiu chegar ao hidrogel que tanto sonhava. Feito à base de gengibre amargo, o produto foi testado em 27 pacientes diabéticos, explicou o doutor em Biologia e Recursos Naturais.
Os pacientes sofriam com úlceras nos pés e tinham indicação para amputação. O resultado do tratamento com o hidrogel? Cura em 95% dos casos. O pesquisador afirma que o potencial anti-inflamatório, analgésico, vasodilatador e cicatrizante do gengibre amargo “oferece” a cura. Sendo testado desde 2004, pacientes que o utilizaram afirmam que o tempo para a cura foi de menos de dois meses após iniciar o uso do hidrogel.
A produção do hidrogel motivou a criação da Biozer da Amazônia, empresa que está encubada no INPE e é a responsável por desenvolver o produto desde a produção do gengibre amargo até a efetiva chegada do hidrogel ao mercado.
O trabalho é desenvolvido em parceria com a Unicamp, a Faculdade de Medicina do ABC, a Universidade do Estado do Amazonas, a Universidade Federal do Amazonas e a Fundação de Controle da Oncologia do Estado do Amazonas.
A comercialização do hidrogel deve iniciar ainda neste ano. Para isso, a patente já foi requerida e assim que a Anvisa fizer a liberação o produto deve estar disponível para compra.