Ciência
16/03/2020 às 13:00•2 min de leitura
Com a disseminação da doença COVID-19 provocada pelo coronavírus, muitos países e regiões do mundo estão declarando quarentenas às suas populações. Mas, afinal, o que isso significa e qual é a importância da estratégia para o combate a essa pandemia mundial?
A quarentena é a restrição do movimento de pessoas sadias para impedir a exposição da população a uma doença transmissível que ainda não tem um diagnóstico médico confirmado. Essa medida de saúde pública é uma estratégia que os órgãos responsáveis têm para garantir a proteção da sociedade.
A prática é antiga e não se sabe ao certo quando foi aplicada a primeira vez. A quarentena foi aplicada ao longo da história da humanidade, um exemplo foi durante a peste negra que se espalhou pela Europa no século XIV, quando todos os navios vindos de áreas contaminadas tinham de esperar 40 dias para desembarcar em Veneza.
Porém, apesar do nome, a quarentena não precisa ter necessariamente 40 dias e deve ser realizada pelo período máximo de incubação de doenças, tempo compreendido entre a infecção e a manifestação dos sintomas. No caso do coronavírus, segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, o tempo de incubação varia de 2 a 14 dias.
A cidade chinesa de Wuhan conseguiu reduzir a COVID-19 com quarentena. (Fonte: Pixabay)
As funções da quarentena são evitar que as doenças se espalhem e tranquilizar a população frente a um surto de epidemia ou pandemia. A estratégia foi importante para reduzir os casos de contaminação pela COVID-19 na cidade de Wuhan (China) — onde o surto de coronavírus começou — e vem sendo aplicada em países da Europa e nos Estados Unidos.
O isolamento é a separação, por questões médicas, das pessoas com diagnóstico classificado como caso suspeito, ou seja, pessoas que tiveram algum contato com um caso confirmado. O isolamento é realizado em ambiente domiciliar ou hospitais. Já a quarentena é um ato administrativo estabelecido pelos órgãos de saúde e direcionado à restrição obrigatória do trânsito de pessoas sadias com a finalidade de evitar a disseminação da doença e a sobrecarga dos serviços de saúde.