Artes/cultura
14/07/2022 às 09:00•2 min de leitura
Um dos maiores medos de muitos seres humanos é a morte, a única "doença" para a qual a ciência ainda não encontrou a cura. Pensar na morte é refletir sobre a nossa falibilidade, já que não há como evitá-la. Não por acaso, há quem esteja estudando maneiras para que possamos ficar mais tempo longe dela.
Alguns especialistas preveem que, nos próximos 100 anos, provavelmente teremos uma longevidade até 20% maior da que temos hoje. Isto significa que os seres humanos poderão permanecer vivos até uns 145 anos.
(Fonte: CUF)
Os cientistas estão experimentando drogas que podem ter um efeito na longevidade dos seres humanos. Uma delas é a rapamicina, um agente antitumoral que atua como imunodepressor para evitar a rejeição de órgãos transplantados.
A rapamicina foi descoberta por acidente nos anos 1970, na Ilha de Páscoa, que fica no Oceano Pacífico. A substância foi identificada e analisada após notar-se que as pessoas da ilha andavam descalças, machucavam os pés, mas não pegavam tétano.
Em 2014, pesquisadores publicaram um artigo em que relatavam os efeitos da rapamicina em camundongos. Eles provaram que o uso da substância aumentava a longevidade destes animais em até 26%.
Por consequência, os estudos começaram a ser feitos em pessoas, e estão em andamento em várias partes do mundo. Os cientistas acreditam que a rapamicina possa prevenir e retardar doenças relacionadas à idade, como câncer, Alzheimer, diabetes, cegueira derivada da degeneração macular, osteoporose, entre várias outras.
(Fonte: 2045 Initiative)
E que tal "imprimir" um órgão novo para substituir um que não funciona mais? Em 2013, cientistas divulgaram que haviam usado a bioimpressão para criar um novo rim em 3D. Em 2018, foram produzidas córneas humanas a partir de uma tinta feita de células-tronco. A expectativa dos pesquisadores é que, em 20 anos, seja possível "imprimir" órgãos viáveis para pessoas que necessitam deles.
E pasme: existe um projeto chamado 2045 Initiative que já anunciou que pretende criar corpos humanos extraordinários até o ano de 2045. O projeto foi criado em 2011 pelo bilionário russo Dmitry Itskov, e já anunciou que até a determinada data, irá lançar 4 avatares: uma cópia robótica do ser humano com interação por comando de vez; uma cópia robótica com transferência do cérebro biológico para o androide; a transferência de memória, personalidade e sentimentos de um humano para um corpo androide; a existência de um sistema holográfico que será controlado remotamente por meio de inteligência artificial.
E há, claro, as empresas que estão prometendo congelar corpos humanos após a morte, por cerca de U$ 36 mil (metade do preço se for só a cabeça). A promessa é que, no futuro, estes corpos sejam descongelados e transferidos para um avatar que irá viver para sempre. A questão agora é saber quantas pessoas estarão dispostas a encarar tudo isto.