Ciência
29/08/2022 às 14:30•2 min de leitura
Nos últimos anos, muita gente resolveu buscar terapia para obter alguma ajuda para atravessar os momentos difíceis. Segundo a American Psychological Association, houve um grande aumento na demanda por tratamentos de saúde mental - e os desafios da pandemia de covid-19 só colaboraram para isso.
A busca de pelo processo terapêutico pode causar a dúvida: como saber se um terapeuta é o certo para você? A qualidade da relação entre o analista e o analisante é um aspecto fundamental para colher bons resultados deste trabalho. Neste texto, trazemos 4 dicas para você saber se este relacionamento está sendo positivo.
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Se você busca um tratamento para algo específico (uma fobia ou um transtorno, por exemplo), é recomendável buscar um profissional que seja especialista na questão. Há psicólogos e psiquiatras que são experientes no tratamento para ansiedade, ou na abordagem com determinadas faixas etárias, por exemplo.
Por isso, a dica é pedir recomendações ao seu médico ou mesmo a pessoas que já passaram pelo mesmo tipo de problema. O psicólogo Joel Minden sugere ligar aos terapeutas selecionados para sentir como é essa primeira interação. “Muitos terapeutas oferecerão consultas gratuitas para discutir sua preocupação e objetivos de tratamento, sua abordagem ao tratamento e como seria se vocês começassem a trabalhar juntos”, explicou ao portal Inverse.
Vale a pena também considerar a "química" com o profissional. Não há nada errado em consultar com vários terapeutas para decidir com qual deles você se sente melhor.
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Depois que você fizer o contato com os terapeutas, ou mesmo depois das primeiras sessões, é recomendável fazer uma autoanálise que ajudará a definir se a terapia está "funcionando" - no sentido de estar sendo produtiva na sua experiência pessoal.
A National Alliance of Mental Health recomenda que o cliente faça a si mesmo as seguintes perguntas:
Dependendo das respostas que surgirem, você terá pistas do que é melhor para você. Pesquisas mostram que a terapia opera melhor quando o analista e o analisante nutrem sentimentos positivos em relação um ao outro.
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O processo de terapia não é universal: um terapeuta que é bom para o seu amigo pode não ser tão bom para você. Um estudo mostrou que clientes que são mais retraídos e submissos tendem a responder melhor quando o analista é mais caloroso, e que clientes mais dominantes preferem que o terapeuta se comporte como um igual.
Por isso, vale a pena se questionar, mais uma vez, sobre como o terapeuta faz você se sentir. Quanto mais satisfeito o cliente estiver, menor será o risco de a terapia se encerrar antes do tempo.
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Se você sentir que a terapia não está "funcionando" (lembrando que este conceito é sempre relativo), é fundamental compartilhar com seu terapeuta estas impressões.
A ideia aqui é que os dois tenham clareza sobre o que estão fazendo, mantendo-se na mesma página. Isso pode envolver, por exemplo, definir objetivos claros sobre o tratamento. Ter noção sobre qual é o seu plano dará segurança para saber se você está progredindo ou não.
"Também é bom lembrar que a mudança leva tempo, especialmente se você está lutando para modificar o comportamento que manteve por anos. Depois de se certificar de que você e seu terapeuta estão em sincronia, planeje fazer terapia por pelo menos alguns meses para decidir se você está se beneficiando dela", sugere o psicólogo Joel Minden.