
Ciência
22/08/2011 às 15:34•1 min de leitura
A internet facilitou muito o acesso a qualquer tipo de informação. Com isso, cresceu também o número de usuários em busca de pornografia na rede mundial. Uma pesquisa divulgada na revista Psychology Today acaba de indicar que essa facilidade pode estar causando mais problemas do que melhorando a vida dos usuários.
O urologista italiano Carlo Foresta desenvolveu um estudo na Universidade de Pádua e concluiu que a pornografia virtual pode deixar os homens impotentes. A pesquisa notou que os mais atingidos são jovens, sem qualquer distinção de cultura, classe social ou nível de educação. Entre aqueles que foram procurar algum tratamento para as disfunções sexuais, um número considerável (70%) assumiu fazer uso intenso de material pornográfico disponível na internet.
Entre os problemas mais comuns, os jovens afirmam não conseguir manter uma ereção quando estão com uma parceira, mas se masturbam normalmente com os estímulos visuais de sites pornográficos. Outros ainda relatam a falta de interesse nas parceiras ou uma demora muito grande para ejacular.
Como já foi comprovado, a masturbação por si só não afeta o corpo de maneira nenhuma. Sendo assim, os pesquisadores concluíram que os problemas apresentados só poderiam estar relacionados ao fato dos homens entrevistados recorrerem excessivamente à pornografia e buscarem ver, cada vez mais, situações extremas para se sentirem excitados.
A solução encontrada até o momento é a privação de 6 a 12 semanas do uso da pornografia – e, em alguns casos até da masturbação, já que não é possível se excitar sem o estímulo visual. Esse é o tempo necessário para que o cérebro se acostume com novos tipos de estímulo sem os recursos da internet. Os que apostaram no tratamento apresentaram uma melhora significativa. Depois do período de recuperação, o jovem volta a ter ereções completas e cresce o desejo por parcerias sexuais reais.