Imagem de Como o entretenimento influencia a aprendizagem de uma língua no megacurioso

Uma tendência que vemos crescer é a influência do mercado de entretenimento na aprendizagem de idiomas

Existem diversos motivos para aprender uma nova l&iacute;ngua &mdash; para se comunicar profissionalmente, com familiares, com amigos, durante uma viagem... Mas uma tend&ecirc;ncia que vemos crescer cada vez mais no Duolingo &mdash; plataforma de aprendizado de idiomas mais popular e o app educacional mais baixado do mundo e do Brasil &mdash; &eacute; a influ&ecirc;ncia do mercado de entretenimento na aprendizagem de idiomas.
Afinal, quem n&atilde;o quer entender o que est&aacute; sendo dito ou escrito em <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/jogos" target="_blank" title="Jogos">jogos</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/cinema" target="_blank" title="Cinema">filmes</a>,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/seriados" target="_blank" title="Seriados">s&eacute;ries</a> e programas de TV?
Todos os anos, reunimos todas as &uacute;ltimas tend&ecirc;ncias do estudo de idiomas no Brasil e no mundo no relat&oacute;rio Duolingo Language Report, e as mais de 700 milh&otilde;es de horas que os nossos 500 milh&otilde;es de alunos passaram na plataforma em 2021 nos ajudam a descobrir v&aacute;rias curiosidades e prefer&ecirc;ncias nos mais de 100 cursos dispon&iacute;veis em nosso app.
Um exemplo &eacute; o alto crescimento do estudo de coreano, muito devido &agrave; populariza&ccedil;&atilde;o de filmes e s&eacute;ries, como Round 6, sucesso absoluto da Netflix. Mas, o que realmente nos surpreendeu foi o resultado da l&iacute;ngua mais estudada pelos brasileiros em 2021: o idioma que teve maior crescimento no Brasil foi o turco!
E, novamente, boa parte desse resultado se deve gra&ccedil;as &agrave; grande popularidade das novelas e filmes da Turquia por aqui, com t&iacute;tulos como Emanet e Erkenci Kus, dispon&iacute;veis em servi&ccedil;os de streaming e em alguns canais abertos, que se tornaram um verdadeiro fen&ocirc;meno. No YouTube, alguns epis&oacute;dios contabilizam em torno de 5 milh&otilde;es de visualiza&ccedil;&otilde;es. Voc&ecirc; j&aacute; tinha ouvido falar? Quem sabe n&atilde;o &eacute; uma oportunidade de come&ccedil;ar um novo hobby!
<h2>Os idiomas mais estudados no Brasil</h2>
Al&eacute;m do turco e do coreano, o top 5 dos idiomas mais estudados pelos brasileiros &eacute; composto por japon&ecirc;s, chin&ecirc;s e &aacute;rabe, o que mostra que a cultura asi&aacute;tica segue crescendo no mundo e no Brasil, que &eacute; o segundo mercado do Duolingo.
Se voc&ecirc;, por acaso, n&atilde;o foi um desses brasileiros que contribuiu para o aumento da procura pelo Turco no app, mas ficou interessado, acesse j&aacute; o curso dispon&iacute;vel gratuitamente para falantes de ingl&ecirc;s!
Qual ser&aacute; a l&iacute;ngua que vai bombar neste ano? Voc&ecirc; tem alguma aposta?
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Analigia Martins, colunista do Mega Curioso, &eacute; Diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e Estados Unidos, &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade de Harvard e Bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

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Como o entretenimento influencia a aprendizagem de uma língua

Imagem de 6 conceitos filosóficos bizarros usados na franquia Matrix no megacurioso

A trama de Matrix sempre deixou os espectadores cheios de questionamentos, e fez isso empregando conceitos filosóficos surpreendentes

Grandes atua&ccedil;&otilde;es, efeitos especiais e uma hist&oacute;ria envolvente. Com mais de 20 anos de hist&oacute;ria e 4 longas-metragens lan&ccedil;ados, a franquia Matrix faz parte da cultura pop desde seu lan&ccedil;amento, em 1999 e, sendo assim, volta e meia nos pegamos revisitando sua trama.
No entanto, muitos dos questionamentos apresentados em Matrix n&atilde;o s&atilde;o necessariamente originais, mas conceitos filos&oacute;ficos complexos e, &agrave;s vezes, com s&eacute;culos de exist&ecirc;ncia. Por isso, a seguir vamos apresentar seis&nbsp;conceitos filos&oacute;ficos que Matrix incorporou em sua hist&oacute;ria.
<h2>1. Conceito de liberdade de Kant</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/09/09121222323259.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A Cr&iacute;tica da Raz&atilde;o Pura &eacute; a principal obra da teoria do conhecimento do fil&oacute;sofo Immanuel Kant, publicada pela primeira vez em 1781. Nessa obra, Kant definiu seu conceito de liberdade, segundo o qual voc&ecirc; deveria ser livre para se tornar o que voc&ecirc; &eacute; capaz de ser.
O fil&oacute;sofo alem&atilde;o acreditava que a liberdade seria um componente necess&aacute;rio &agrave; felicidade, ingrediente sem o qual seria imposs&iacute;vel sermos felizes. Em Matrix, esse conceito &eacute; trazido &agrave; tela com frequ&ecirc;ncia: p&iacute;lula azul ou vermelha? A cruel e dura verdade ou a mentira acalentadora? Certamente, quem vivia na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108802-15-incriveis-provas-de-que-a-matrix-existe-de-verdade-e-as-vezes-falha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matrix</a>&nbsp;era feliz, mas n&atilde;o era livre.
<h2>2. O construtivismo de Jean Piaget</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180408309562.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Criado no trabalho do su&iacute;&ccedil;o Jean Piaget, o construtivismo &eacute; uma tese epistemol&oacute;gica que defende o papel ativo do sujeito na cria&ccedil;&atilde;o e na modifica&ccedil;&atilde;o do conhecimento.
No longa-metragem, o construtivismo tem papel crucial quando Neo &mdash; personagem principal, interpretado por Keanu Reeves &mdash; se junta aos demais libertos da Matrix e necessita aprender realidades novas. Todas as novas possibilidades ali e as que foram elaboradas por eles s&atilde;o frutos da teoria do conhecimento em conjunto.
<h2>3. A m&aacute;quina de experi&ecirc;ncias de Nozick</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180533887563.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Robert Nozick &mdash; em sua obra Anarquia, Estado e Utopia (1974) &mdash; prop&ocirc;s uma experi&ecirc;ncia que demonstraria que o hedonismo, conceito que prega o prazer como bem supremo, finalidade e fundamento da vida moral, seria falso. Para isso, prop&ocirc;s um experimento chamado de m&aacute;quina de experi&ecirc;ncias.
Nozick diz para imaginarmos uma m&aacute;quina capaz de reproduzir experi&ecirc;ncias de prazer de maneira fiel &agrave;s reais, a ponto de n&atilde;o sermos capazes de afirmar que n&atilde;o s&atilde;o reais. O fil&oacute;sofo questionava se est&aacute;vamos dispostos a trocar uma vida "real" por essa vida de prazeres, ficando plugados na m&aacute;quina. Em Matrix podemos, novamente, retornar &agrave; cena da escolha da p&iacute;lula. E a&iacute;, qual voc&ecirc; escolheria?
<h2>4. O c&eacute;rebro no jarro de Gilbert Harman</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180810309564.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A ideia do c&eacute;rebro no jarro afirma que a realidade &eacute; falsa e ser&iacute;amos somente um c&eacute;rebro em um jarro. De acordo com essa proposta filos&oacute;fica, haveria um supercomputador respons&aacute;vel por alimentar os n&uacute;cleos sensoriais de nosso c&eacute;rebro com informa&ccedil;&otilde;es falsas e indistingu&iacute;veis das reais.
Apresentada em 1973, Gilbert Harman dizia que outra possibilidade &eacute; que f&ocirc;ssemos corpos em mesas com eletrodos que nos alimentam com informa&ccedil;&otilde;es sensoriais falsas. Bem, parece ser bem &oacute;bvia a rela&ccedil;&atilde;o com Matrix, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<h2>5. O Mito da Caverna de Plat&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07180935216569.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Presente em A Rep&uacute;blica&nbsp;(IV a.C.), de Plat&atilde;o, o Mito da Caverna narra um di&aacute;logo travado entre Glauco e S&oacute;crates. Nele, S&oacute;crates pede a Glauco para imaginar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120612-caverna-de-platao-a-ardua-jornada-em-busca-do-conhecimento-pleno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> subterr&acirc;nea onde homens vivem como prisioneiros, acorrentados desde sempre, vendo apenas sombras projetadas do que ocorreria fora da caverna em uma parede, a partir da luz de um fogo &agrave; frente deles.
O mito seria uma alegoria sobre a forma como vemos o mundo, crendo apenas no que enxergamos e sendo facilmente distra&iacute;dos do que importa, ignorando a possibilidade de que haja uma realidade totalmente diferente da que conhecemos. Lembra da cena com a mulher de vestido vermelho no treinamento de Neo dado por Morpheus? Pois &eacute;...
<h2>6. Joseph Weizenbaum e a aus&ecirc;ncia de empatia na intelig&ecirc;ncia artificial (IA)&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/07/07185835537653.jpg" alt="(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Warner Bros/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
"Empatia" &eacute; um conceito que evoluiu pelos caminhos da Filosofia ao longo do s&eacute;culo XX principalmente. A ideia de se colocar no lugar do outro encontrou eco na tecnologia quando Joseph Weizenbaum criou o primeiro chatbot do mundo, capaz de simpatizar um pouco com os humanos.
Weizenbaum acreditava que se computadores entendessem as emo&ccedil;&otilde;es humanas poderiam assumir cargos em que a empatia fosse elemento preponderante. Por&eacute;m, ele tamb&eacute;m pensava que isso seria desastroso para a humanidade, pois lhes faltaria sabedoria, intui&ccedil;&atilde;o e, ora vejam, empatia. &Eacute; o que vemos na Matrix, cujas m&aacute;quinas tomaram o controle de n&oacute;s e, no fim, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120572-robos-vs-ia-quem-e-quem-na-batalha-das-maquinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intelig&ecirc;ncia artificial</a> nos escraviza.

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6 conceitos filosóficos bizarros usados na franquia Matrix

Imagem de Eduardo e Mônica: entenda as referências da música no megacurioso

Um dos maiores sucessos de Legião Urbana trem referências culturais e geracionais da época em que foi composta

"Quem um dia ir&aacute; dizer que n&atilde;o existe raz&atilde;o nas coisas feitas pelo cora&ccedil;&atilde;o". A 1&ordf; frase da m&uacute;sica "Eduardo e M&ocirc;nica" resume a hist&oacute;ria de um casal peculiar. A composi&ccedil;&atilde;o foi feita por Renato Russo e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110301-os-5-cds-mais-vendidos-no-brasil-com-o-selo-acustico-mtv.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lan&ccedil;ada</a> no &aacute;lbum&nbsp;Dois, da banda&nbsp;Legi&atilde;o Urbana, em 1986.
Escrita em forma de enredo, a letra de "Eduardo e M&ocirc;nica" descreve duas pessoas com perfis e rotinas destoantes que, aparentemente, nunca formariam um casal &mdash; at&eacute; que o destino os une. Eles se conhecem em uma "festa estranha com gente esquisita" e acabam tendo filhos g&ecirc;meos. Neste ano, um <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/148798-filme-eduardo-monica-ganha-primeiro-trailer-oficial-assista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filme com o mesmo t&iacute;tulo</a> estreou no Brasil, dirigido por Ren&eacute; Sampaio e estrelado por Alice Braga e Gabriel Leone.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/04/04170618034400.jpg" alt="(Fonte: Globo Filmes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Globo Filmes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2 class="uk-text-justify">Refer&ecirc;ncias culturais</h2>
Como a composi&ccedil;&atilde;o foi feita no contexto cultural da Bras&iacute;lia dos anos 1980 e inspirada nos jovens que faziam parte dela, g&iacute;rias, express&otilde;es e nomes populares da &eacute;poca est&atilde;o presentes na can&ccedil;&atilde;o, al&eacute;m de nomes hist&oacute;ricos da arte. Veja alguns casos e seus significados.
<h3 class="uk-text-justify">Godard</h3>
O programa sugerido por M&ocirc;nica para o primeiro encontro com Eduardo foi ver "um filme do Godard". Esse &eacute; um conhecido nome do cinema: Jean-Luc Godard ficou famoso por obras como O Desprezo (1963), Acossado (1960)&nbsp;e O Dem&ocirc;nio das Onze Horas (1965), t&iacute;picas do movimento franc&ecirc;s de cinema Nouvelle Vague.&nbsp;
<h3 class="uk-text-justify">Bandeira</h3>
Nome marcante do movimento liter&aacute;rio modernista na d&eacute;cada de 1920, o pernambucano Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho foi um poeta, cr&iacute;tico liter&aacute;rio, professor de Literatura e tradutor. Em suas obras, tinha como principal caracter&iacute;stica o pessimismo.
Na letra, ele &eacute; citado no verso: "Ela fazia Medicina e falava alem&atilde;o / E ele ainda nas aulinhas de ingl&ecirc;s / Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus / De Van Gogh e dos Mutantes / De Caetano e de Rimbaud / E o Eduardo gostava de novela / E jogava futebol de bot&atilde;o com seu av&ocirc;"
<h3 class="uk-text-justify">Bauhaus</h3>
Falando dela, Bauhaus foi uma banda de rock fundada na Inglaterra, que acompanhou outras, como Joy Division, no movimento p&oacute;s-punk, caracterizado pelo contexto de Guerra Fria e crise econ&ocirc;mica que abalava o mundo na d&eacute;cada de 1970.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/04/04171150144405.jpg" alt="(Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o)" />Legi&atilde;o Urbana. (Fonte: Divulga&ccedil;&atilde;o)
<h3 class="uk-text-justify">Van Gogh</h3>
Vincent van Gogh &eacute; um dos pintores mais conhecidos da hist&oacute;ria, com milhares de trabalhos registrados nas mais conhecidas pinturas a &oacute;leo com cores vibrantes e tra&ccedil;os expressivos. O holand&ecirc;s se destacou no movimento p&oacute;s-impressionista, que contestava o anterior ao impressionismo.
Van Gogh tamb&eacute;m &eacute; lembrado por seus del&iacute;rios e instabilidade mental, especialmente pelo epis&oacute;dio em que cortou a pr&oacute;pria orelha durante uma briga com o pintor franc&ecirc;s Gauguin e pelo seu suic&iacute;dio em 1890, aos 37 anos. Ele obteve o reconhecimento que buscou ao longo de toda a vida,apenas ap&oacute;s a morte.
<h3 class="uk-text-justify">Mutantes</h3>
Formada durante o movimento Tropicalista da d&eacute;cada de 1960, Os Mutantes foram uma banda de rock psicod&eacute;lico, influenciada pelos The Beatles, mas com elementos brasileiros. Seus integrantes mais representativos foram Rita Lee, Arnaldo Baptista e S&eacute;rgio Dias, que foi o &uacute;nico integrante a permanecer at&eacute; o fim do grupo, em 1978. Outros aspectos no estilo da banda que a tornaram memor&aacute;vel foram a irrever&ecirc;ncia nas apresenta&ccedil;&otilde;es, nas letras, melodias e at&eacute; mesmo nos figurinos.
<h3 class="uk-text-justify">Rimbaud</h3>
Arthur Rimbaud foi um poeta franc&ecirc;s com uma trajet&oacute;ria curiosa: suas obras conhecidas foram escritas durante sua adolesc&ecirc;ncia. J&aacute; sua vida adulta foi marcada por viagens intensas em 3 continentes e por atos imorais e at&eacute; ilegais. Ele morreu aos 37 anos.
<h2 class="uk-text-justify">"Eduardo e M&ocirc;nica" da vida real</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/04/04171237894413.jpg" alt="Leonice e Fernando. (Fonte: Instagram/@ninacoimbra)" />Leonice e Fernando. (Fonte: Instagram/@ninacoimbra)
Apesar de tomar <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/36382-como-seriam-eduardo-e-monica-hoje-em-dia-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diferentes casais</a> como inspira&ccedil;&atilde;o, uma amiga de Renato Russo, a artista pl&aacute;stica Leonice de Ara&uacute;jo Coimbra e seu marido, Fernando Coimbra, s&atilde;o as supostas pessoas da vida real que inspiraram a can&ccedil;&atilde;o.

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'Eduardo e Mônica': entenda as referências da música

Imagem de 5 fatos fascinantes sobre a Disney que você não sabia no megacurioso

Conheça algumas das informações mais curiosas sobre essa empresa que nos proporcionou diversos momentos marcantes ao longo da vida

Quando paramos para pensar em tudo que a&nbsp;Walt Disney Company j&aacute; produziu, fica dif&iacute;cil decidir qual produto foi mais marcante em nossas vidas. Sejam seus personagens marcantes, sejam os enredos fabulosos, todos n&oacute;s j&aacute; fomos tocados no cora&ccedil;&atilde;o pelo menos uma vez por uma de suas obras.
Prestes a completar 100 anos de hist&oacute;ria em 2023, a Disney coleciona uma longa jornada pela ind&uacute;stria do entretenimento, e informa&ccedil;&otilde;es curiosas a respeito dela n&atilde;o faltam por a&iacute;. Pensando nisso, n&oacute;s fizemos uma lista com 6 fatos fascinantes sobre essa empresa que voc&ecirc; provavelmente n&atilde;o sabia. Olha s&oacute;!
<h2 class="uk-text-justify">1. Cofre da Disney</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154416646280.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Talvez voc&ecirc; j&aacute; tenha ouvido falar nisso antes, mas a Disney realmente tem um cofre f&iacute;sico para suas obras-primas. Esse espa&ccedil;o fica localizado na cidade de Glendale, na Calif&oacute;rnia e serve de lar n&atilde;o apenas para todos os filmes da companhia como tamb&eacute;m para os esbo&ccedil;os e modelos usados para faz&ecirc;-los.
O termo "cofre", inclusive, sempre foi usado para se referir a filmes que foram retirados dele e relan&ccedil;ados nos cinemas ap&oacute;s sua exibi&ccedil;&atilde;o original. Por&eacute;m, ap&oacute;s o lan&ccedil;amento da plataforma digital Disney+, todo esse acervo f&iacute;sico acabou se tornando meio obsoleto.
<h2 class="uk-text-justify">2. Fracasso de Pin&oacute;quio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154535881281.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O filme Pin&oacute;quio (1940) &eacute; um dos grandes cl&aacute;ssicos da Disney e o 1&deg; filme a ser relan&ccedil;ado pela empresa em modelo VHS. Entretanto, o que os diretores da companhia n&atilde;o esperavam era o fracasso que ele teria nas bilheterias internacionais &mdash; principalmente pelo custo de produ&ccedil;&atilde;o.
Os mercados europeus eram, na verdade, onde a Disney ganhava muito dinheiro com seus filmes. Por&eacute;m, na &eacute;poca em que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110039-pinoquio-era-uma-farsa-nosso-nariz-encolhe-quando-estamos-mentindo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pin&oacute;quio</a> foi lan&ccedil;ado, o Velho Continente atravessava a Segunda Guerra Mundial, e todas as salas de cinema dessa regi&atilde;o tiveram que ser fechadas.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">3. Carreira vencedora</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154725022282.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
De maneira gloriosa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110725-conheca-a-incrivel-ferrovia-que-walt-disney-construiu-no-quintal-de-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Walt Disney</a> &eacute; o detentor do recorde do maior n&uacute;mero de pr&ecirc;mios da Academia ganhos por uma &uacute;nica pessoa. Ao todo, o criador da empresa conquistou 26 estatuetas do Oscar e foi nomeado 59 vezes. Sua primeira vit&oacute;ria veio com Flores e &Aacute;rvores (1932) &mdash; o primeiro Oscar na categoria de Melhor Curta-Metragem de Anima&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria.
Sua &uacute;ltima vit&oacute;ria, por outro lado, aconteceu com o filme Ursinho Puff e o Dia Chuvoso (1968) postumamente.
<h2 class="uk-text-justify">4. Depend&ecirc;ncia das princesas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154823679284.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Historicamente, a Disney &eacute; conhecida por depender dos seus filmes de princesas para se recuperar dos maus momentos. Um exemplo muito claro disso aconteceu com Cinderela (1950), que realmente resgatou financeiramente o est&uacute;dio depois que o filme se tornou um grande sucesso em 1950.
Na d&eacute;cada de 1940, os Est&uacute;dios Disney tinham atravessado um per&iacute;odo terr&iacute;vel por conta do fracasso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105898-as-15-maiores-bilheterias-de-vencedores-do-oscar-de-melhor-filme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bilheteria</a> dos filmes lan&ccedil;ados durante a guerra. Ent&atilde;o, muitos funcion&aacute;rios decidiram entrar em greve e, se n&atilde;o fosse uma aposta de Walt Disney na menina do sapatinho de cristal, d&eacute;cadas de sucesso pela frente poderiam n&atilde;o ter existido.
<h2 class="uk-text-justify">5. Primeira sequ&ecirc;ncia</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.planocritico.com/wp-content/uploads/2018/07/Bernardo_e_Bianca_na_Terra_dos_Cangurus.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/02/02154917649286.jpg" alt="(Fonte: Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Walt Disney Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ao contr&aacute;rio do que acontecia com as primeiras obras da Disney, o filme Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (1990) foi o primeiro longa-metragem da empresa a receber uma sequ&ecirc;ncia. Entretanto, o enredo foi lan&ccedil;ado apenas teatralmente. A primeira sequ&ecirc;ncia em v&iacute;deo s&oacute; foi mesmo acontecer em O Retorno de Jafar (1994).
Mesmo custando apenas US$ 5 milh&otilde;es, o longa, que fala sobre os acontecimentos ap&oacute;s o filme Aladdin (1992), arrecadou US$ 120 milh&otilde;es em vendas. Isso levou a Disney a fazer muitas sequ&ecirc;ncias diretas em v&iacute;deo para a pr&oacute;xima d&eacute;cada.

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5 fatos fascinantes sobre a Disney que você não sabia

Imagem de Buster Keaton: como o ator segue influenciando astros em 2022? no megacurioso

Grande estrela do cinema mudo, Keaton inspirou algumas das estrelas mais aclamadas da atualidade, como Oscar Isaac e Adam Driver

<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120692-buster-keaton-realizou-o-feito-mais-caro-da-historia-do-cinema-mudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" class="uk-text-justify">Buster Keaton</a> foi considerado um dos maiores nomes de sua era. Em Hollywood, o artista fez de tudo um pouco: trabalhou como ator, comediante, produtor, roteirista e at&eacute; mesmo dubl&ecirc;. Inclusive, seu n&iacute;vel de comprometimento com a s&eacute;tima arte era tamanho que podemos continuar julgando-o como um dos atores mais influentes no s&eacute;culo XXI &mdash; 56 anos ap&oacute;s a sua morte.
Inclusive, grandes nomes do cinema contempor&acirc;neo, como os renomados Oscar Issac e Adam Driver ou a brilhante Awkwafina, s&atilde;o sinais de que a mem&oacute;ria de Keaton ainda permanece pelos bastidores do mundo do cinema. Ent&atilde;o, vamos conhecer mais do que esse incr&iacute;vel artista representa para os filmes de hoje!
<h2 class="uk-text-justify">Precis&atilde;o na atua&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25174226453403.jpg" alt="(Fonte: CBS Films/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CBS Films/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante sua &eacute;poca, Keaton foi julgado como um ator muito contido e por vezes "sem expressividade". Entretanto, a riqueza de sua arte estava nos detalhes. Inclusive, sua t&eacute;cnica de atua&ccedil;&atilde;o &eacute; t&atilde;o marcante que hoje n&oacute;s temos o h&aacute;bito de valorizarmos artistas que conseguem entregar cenas mais pr&oacute;ximas da realidade em vez de atua&ccedil;&otilde;es extravagantes demais.
A abertura de O Homem das Novidades (1928), no qual Buster aspira a ser um cinegrafista de notici&aacute;rio para impressionar uma garota, &eacute; um exemplo disso. Enquanto uma multid&atilde;o animada se re&uacute;ne para ver o casamento de dois famosos, o personagem dele est&aacute; em uma confus&atilde;o, esmagado contra a mulher que conquistar&aacute; seu cora&ccedil;&atilde;o. Mesmo assim, ele permanece sendo uma vis&atilde;o de calmaria no meio do caos.
A calma exterior em meio ao desespero emocional &eacute; algo que tamb&eacute;m podemos ver em Oscar Isaac em Inside Llewyn Davis &mdash; Balada de Um Homem Comum (2013), extremamente aclamado pelos cr&iacute;ticos de cinema. Inclusive, o ator chegou a revelar em um podcast ap&oacute;s a premia&ccedil;&atilde;o que a inspira&ccedil;&atilde;o de seu personagem havia sido Buster Keaton no que ele descreveu como uma "com&eacute;dia de resili&ecirc;ncia."
<h2 class="uk-text-justify">Adaptabilidade e humor melanc&oacute;lico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25174335578404.jpg" alt="(Fonte: Rahy Productions/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Rahy Productions/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando analisamos a totalidade de seu trabalho, podemos dizer que Keaton era um mestre da tragicom&eacute;dia. Algo que similarmente moveu o trabalho de Awkwafina em&nbsp;A Despedida (2019), filme que conta a hist&oacute;ria de uma jovem chinesa que precisa carregar o fardo de manter um segredo de sua v&oacute;, a qual s&oacute; tem s&oacute; mais algumas semanas para viver.
Logo, a personagem de Awkwafina, que se mostra uma pessoa alegre e extrovertida no in&iacute;cio da trama, precisa aprender a controlar seus sentimentos. Diferente de Isaac e Keaton, esse &eacute; um trabalho que exigiu da jovem atriz asi&aacute;tica a capacidade de se adaptar a diferentes formas de um &uacute;nico personagem &mdash; ao contr&aacute;rio da fei&ccedil;&atilde;o imut&aacute;vel.
Entretanto, o astro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120738-6-historias-peculiares-sobre-estrelas-do-cinema-mudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinema mudo</a> j&aacute; havia feito algo parecido em&nbsp;Sherlock Jr. (1924), quando seu personagem l&ecirc; um manual sobre como ser um detetive para poder replicar esses gestos ou quando ganha um momento s&oacute; com a pessoa de seu interesse amoroso no cinema e precisa olhar para tela para aprender como as pessoas beijam. Ao todo, Keaton sempre deu aulas sobre como um &uacute;nico personagem pode se adaptar em diversos cen&aacute;rios.
<h2 class="uk-text-justify">Fisicalidade e precis&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25174840628408.jpg" alt="(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por fim, um tra&ccedil;o marcante de Keaton e pouco lembrado pelas pessoas era como suas performances no cinema eram bastante "atl&eacute;ticas", com uma entrega f&iacute;sica e emocional significativas. Parecido com isso, podemos ver o trabalho de Adam Driver em Hist&oacute;ria de um Casamento (2019), em que doses de humor se unem a um homem firme e de grande expressividade corporal.
Em outras oportunidades, como na atua&ccedil;&atilde;o mais parada de Os Mortos N&atilde;o Morrem (2019), Driver segue mostrando ter tra&ccedil;os de Keaton em seu repert&oacute;rio. Nesse ponto, o astro hollywoodiano sempre foi bom: sua simplicidade podia ser desdobrada em diversas caracter&iacute;sticas &uacute;nicas e que seguem moldando grandes astros at&eacute; hoje no s&eacute;culo XXI.
A carreira de Buster Keaton tomou outros rumos quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120562-5-fatos-surpreendentes-sobre-a-antiga-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a> preteriu o cinema mudo para dar mais espa&ccedil;o &agrave;s novas tecnologias. Mesmo assim, ele sempre ser&aacute; lembrado como um &iacute;cone de toda uma gera&ccedil;&atilde;o e grande influenciador dos m&eacute;todos de atua&ccedil;&atilde;o.

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Buster Keaton: como o ator segue influenciando astros em 2022?

Imagem de Universal Monsters: 6 fatos sobre os filmes de terror de 1930 a 1950 no megacurioso

Os clássicos filmes de monstros da Universal estabeleceram as bases para o horror visual no cinema e apresentaram alguns dos mais icônicos pesadelos

Entre 1930 e 1950, a Universal Pictures dominou as bilheterias de cinema nos Estados Unidos ao apostar nas tend&ecirc;ncias do terror, apresentando olhares in&eacute;ditos sobre o que logo se tornariam as mais ic&ocirc;nicas criaturas das telonas.
Inspirado em cl&aacute;ssicos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">literatura</a> e em movimentos de vanguarda, como o expressionismo alem&atilde;o, o est&uacute;dio abriu as portas para os pesadelos do horror e instaurou novas abordagens visuais, apresentadas em preto e branco, com forte apelo ao bizarro e ao psicologismo gr&aacute;fico.
Conhe&ccedil;a abaixo alguns fatos interessantes sobre o universo cinematogr&aacute;fico dos monstros e descubra de que forma as criaturas fict&iacute;cias do submundo deram origem &agrave;s propostas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120749-por-que-os-ingleses-contavam-historias-de-terror-no-natal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terror</a> moderno.
<h2 class="uk-text-justify">1. Influ&ecirc;ncia do expressionismo alem&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12224724946017.jpg" alt="(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Considerado primeiro exemplo do expressionismo alem&atilde;o nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cinemas</a>, O Gabinete do Dr. Caligari&nbsp;(1920) abriu as portas para que a ind&uacute;stria americana adaptasse suas nuances, especialmente os conceitos est&eacute;ticos de sombras, luz, geometria e distor&ccedil;&otilde;es estruturais. O movimento art&iacute;stico, que buscava simbolizar o mundo al&eacute;m-vida &mdash; sonhos e pesadelos &mdash; de forma manipuladora e perturbadora, chegou &agrave; Hollywood por meio do diretor de fotografia Karl Freund, nome que se tornou refer&ecirc;ncia t&eacute;cnica em obras como Dr&aacute;cula&nbsp;(1931) e A M&uacute;mia (1932).
<h2 class="uk-text-justify">2. Combate contra a censura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12224835369019.jpg" alt="(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por quase 10 anos, a Universal trabalhou em colabora&ccedil;&atilde;o com o guia Motion Picture Production Code (PCA), que visava estabelecer normas de censura requeridas para a aprova&ccedil;&atilde;o de um filme em exibi&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica.
Com isso, Frankenstein&nbsp;(1931) foi um dos longas que&nbsp;tiveram di&aacute;logos recortados, como na ic&ocirc;nica cena em que o monstro ganha vida e, em vez de o cientista louco gritar &ldquo;Est&aacute; vivo! Est&aacute; vivo! Em nome de Deus, agora eu sei como &eacute; SER Deus!&rdquo;, ele esbraveja apenas "Est&aacute; vivo! Est&aacute; vivo!", com o restante do trecho original sendo substitu&iacute;do por sons de trov&otilde;es.
<h2 class="uk-text-justify">3. Veludo: o predecessor da tela verde</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12225111731021.jpg" alt="(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Hoje, recursos de computa&ccedil;&atilde;o gr&aacute;fica e tela verde conseguem fazer verdadeiras m&aacute;gicas no cinema, mas, por serem tecnologias relativamente recentes, muitos diretores da era cl&aacute;ssica tinham que improvisar de outras formas para aplicar t&eacute;cnicas de ilus&atilde;o.
Em O Homem Invis&iacute;vel (1933), por exemplo, Claude Rains, int&eacute;rprete do qu&iacute;mico Jack Griffin, usava veludo por baixo de suas fantasias para desaparecer, combinando sua presen&ccedil;a com ambientes de fundo preto para criar cenas em que parecia flutuar por apartamentos e cen&aacute;rios.
<h2 class="uk-text-justify">4. Apresenta&ccedil;&atilde;o de personagens originais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12225239889022.jpg" alt="(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Igor, o assistente de Frankenstein, &eacute; um dos personagens mais queridos do universo dos monstros e foi criado exclusivamente para os cinemas, j&aacute; que n&atilde;o existe na obra original de Mary Shelley. O vil&atilde;o foi introduzido originalmente em O Filho de Frankenstein (1939) e trouxe uma reinven&ccedil;&atilde;o interessante para o horror na trama, visto que ele utilizava a for&ccedil;a f&iacute;sica e a inoc&ecirc;ncia da criatura costurada para satisfazer o desejo de ver seus inimigos mortos de forma brutal.
<h2 class="uk-text-justify">5. Lon Chaney Jr. e sua versatilidade monstruosa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12225334624023.jpg" alt="(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Lon Chaney Jr., por mais de 1 d&eacute;cada, foi um verdadeiro mestre do figurino e da maquiagem, chegando a atuar como lobisomem, Dr&aacute;cula, Frankenstein e m&uacute;mia em diversos filmes distintos. Al&eacute;m disso, o ator fabricava as pr&oacute;prias fantasias por meio de ferramentas do cotidiano, como arames, el&aacute;sticos, tintas e acess&oacute;rios falsos, tornando-se refer&ecirc;ncia no departamento de efeitos pr&aacute;ticos da Universal.
<h2 class="uk-text-justify">6. Frankenstein Encontra o Lobisomem: o in&iacute;cio do multiverso dos monstros</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/12/12230054361025.jpg" alt="(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universal Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Frankenstein Encontra o Lobisomem, de 1943, foi o 1&deg; caso de universo compartilhado dos cinemas e uniu dois dos mais ic&ocirc;nicos monstros da &eacute;poca em uma mesma obra, ap&oacute;s os sucessos de O Lobisomem (1941) e O Fantasma de Frankenstein (1942). A sequ&ecirc;ncia dos cl&aacute;ssicos foi um trunfo de bilheteria e possibilitou que o est&uacute;dio investisse em novos projetos crossover, como A Casa de Frankenstein (1944), A Mans&atilde;o de Dr&aacute;cula (1945) e Abbott &amp; Costello Contra Frankenstein (1948).

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Universal Monsters: 6 fatos sobre os filmes de terror de 1930 a 1950

Imagem de Maldição do Super-Homem: verdade ou teoria da conspiração? no megacurioso

Se voc&ecirc; considerou por um momento que isso teria a ver com o personagem do Super-Homem, acertou, mas n&atilde;o exatamente. N&atilde;o &eacute; nada relacionado &agrave; criptonita ou ao Lex Luthor, mas sim a uma s&eacute;rie de infort&uacute;nios que os atores que entraram na pele do her&oacute;i &mdash; e dos envolvidos na produ&ccedil;&atilde;o &mdash; passaram durante as adapta&ccedil;&otilde;es da hist&oacute;ria para o cinema e a televis&atilde;o.
As teorias prop&otilde;em que a maldi&ccedil;&atilde;o tenha come&ccedil;ado com George Reeves, respons&aacute;vel por interpretar o her&oacute;i de 1951 a 1958 na s&eacute;rie televisiva As Aventuras do Super-Homem. Ainda que a televis&atilde;o como ve&iacute;culo fosse considerada pequena em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; ind&uacute;stria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a>, Reeves n&atilde;o deixou de se tornar um astro ao assumir o emblem&aacute;tico papel. Por isso, ele apareceu em mais de 40 filmes ao longo de sua carreira, at&eacute; que a maldi&ccedil;&atilde;o o alcan&ccedil;asse.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07210123197429.jpg" alt="George Reeves. (Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />George Reeves. (Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 16 de junho de 1959, um ano ap&oacute;s o fim das grava&ccedil;&otilde;es da s&eacute;rie, ele foi encontrado morto em um quarto sem janelas no andar de cima de sua casa, em Benedict Canyon, Los Angeles. A morte foi considerada um suic&iacute;dio, visto que sua namorada estava na casa quando ouviu um disparo, mas muitos acreditam que h&aacute; mais aspectos nessa hist&oacute;ria.
<h2 class="uk-text-justify">A segunda v&iacute;tima</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07210214822430.jpg" alt="Christopher Reeve. (Fonte: Galerie Prints/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Christopher Reeve. (Fonte: Galerie Prints/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1978, Christopher Reeve foi lan&ccedil;ado ao estrelato ao interpretar o Super-Homem no filme, reprisando o papel at&eacute; Superman IV: The Quest for Peace, em 1987. Dois anos antes, ele havia come&ccedil;ado a praticar equita&ccedil;&atilde;o para o filme Anna Karenina&nbsp;e nunca mais parou. Em 27 de maio de 1995, seu cavalo se recusou a pular uma das barras e p&ocirc;s um fim a toda a sua vida de sucesso.
Reeve caiu para a frente do animal, mas suas m&atilde;os ficaram emaranhadas nas r&eacute;deas, fazendo-o cair de cabe&ccedil;a, quebrando sua primeira e segunda v&eacute;rtebras, causando uma les&atilde;o na coluna cervical que o paralisou do pesco&ccedil;o para baixo. Ele nunca mais foi o mesmo tendo que conviver com a paralisia.
Em 10 de outubro de 2004, Reeve morreu no Northern Westchester Hospital, em Nova York, devido &agrave; insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca associada ao ferimento catastr&oacute;fico de mais de 1 d&eacute;cada atr&aacute;s &mdash; isso porque durante o acidente ele ficou algum tempo sem respirar.
<h2 class="uk-text-justify">A sucess&atilde;o de desastres</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07210429229431.jpg" alt="Marlon Brando. (Fonte: Vogue/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Marlon Brando. (Fonte: Vogue/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por&eacute;m, a sucess&atilde;o de desastres e coincid&ecirc;ncias que deram origem &agrave; maldi&ccedil;&atilde;o do Super-Homem n&atilde;o se restringiu apenas &agrave;queles que interpretaram o her&oacute;i, mas a todos que estiveram envolvidos na produ&ccedil;&atilde;o da hist&oacute;ria.
<ul class="uk-text-justify">
<li>Lee Quigley, o ator que interpretou o beb&ecirc; Clark Kent, morreu por abuso de solventes com apenas 14 anos, ap&oacute;s uma vida marcada pela fama em ter sido o her&oacute;i quando pequeno.</li>
<li>Tr&ecirc;s anos ap&oacute;s dar vida &agrave; Lois Lane pela &uacute;ltima vez, Margot Kidder sofreu um acidente de carro que a privou de trabalhar por v&aacute;rios anos. Ap&oacute;s se recuperar, ela sofreu um colapso nervoso, em 1996, e foi encontrada no quintal da casa de um estranho, espancada, careca, com dentes danificados e em um estado de profundo abalo psicol&oacute;gico. Ela chegou a fingir a pr&oacute;pria morte, certa de que seu ex-marido estava tentando mat&aacute;-la, e acabou morando nas ruas.</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/07/07210656323433.jpg" alt="Margot Kidder. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Margot Kidder. (Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Marlon Brando, que encarnou Jor-El no filme de 1978, tamb&eacute;m sofreu com o rastro da suposta maldi&ccedil;&atilde;o do filme, quando seu filho Christian assassinou o namorado de sua filha Cheynne, que tirou a pr&oacute;pria vida em 16 de abril de 1995, aos 25 anos, ap&oacute;s perder a cust&oacute;dia de seu 2&deg; filho devido a um diagn&oacute;stico de esquizofrenia.&nbsp;
A maldi&ccedil;&atilde;o evaporou por um tempo, voltando em 2006, com o filme&nbsp;Superman:&nbsp;O Retorno.&nbsp;Kate Bosworth, respons&aacute;vel por interpretar Lois Lane, atribuiu sua separa&ccedil;&atilde;o de Orlando Bloom &agrave; maldi&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, tr&ecirc;s pessoas que trabalharam na produ&ccedil;&atilde;o do DVD do filme ficaram terrivelmente feridas &mdash; uma foi assaltada e espancada, outra caiu de uma janela e outra de uma escadaria.
Em meio a toda essa malha de conspira&ccedil;&atilde;o, Henry Cavill disse que n&atilde;o acredita em uma maldi&ccedil;&atilde;o do Super-Homem, e que os incidentes considerados como uma evid&ecirc;ncia s&atilde;o explicados como puro azar ou coincid&ecirc;ncias.

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Maldição do Super-Homem: verdade ou teoria da conspiração?

Imagem de A dura batalha pela sobrevivência das salas de cinema no megacurioso

As salas de cinema enfrentam desafios para continuar existindo, e a pandemia de covid-19 apenas agravou esse cenário

N&atilde;o &eacute; segredo para ningu&eacute;m que o cinema enfrenta s&eacute;rios obst&aacute;culos na atualidade. E, claro, estamos falando tamb&eacute;m dos est&uacute;dios, dos cineastas, das produtoras, enfim, de todos os envolvidos com a s&eacute;tima arte, mas neste artigo trataremos especificamente do cinema enquanto espa&ccedil;o f&iacute;sico.
Os servi&ccedil;os de streaming n&atilde;o impactaram apenas a ind&uacute;stria do cinema tradicional, mas tamb&eacute;m impuseram um "rombo" nas grandes, m&eacute;dias e pequenas salas de cinema, especialmente em pa&iacute;ses como o Brasil &mdash; e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/coronavirus/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a> ajudou a amplificar esse problema.
Com muitas estreias exclusivas no circuito digital ou com distribui&ccedil;&atilde;o limitada em salas f&iacute;sicas, muitos cin&eacute;filos deixaram de frequentar esses espa&ccedil;os. A esse cen&aacute;rio soma-se a porcentagem de p&uacute;blico ainda reticente a frequentar as salas em virtude da pandemia.
<h2 class="uk-text-justify">Como as salas de cinema se sustentam?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04225103977041.jpg" alt="Pandemia agravou a crise no setor e impulsionou o fechamento de mais de 300 salas de cinema. (Fonte: Folha de S&atilde;o Paulo)" />Pandemia agravou a crise no setor e impulsionou o fechamento de mais de 300 salas de cinema. (Fonte: Folha de S&atilde;o Paulo)
Uma sala de cinema obt&eacute;m receita de 3 formas: ingressos, alimenta&ccedil;&atilde;o e&nbsp;publicidades que passam antes da exibi&ccedil;&atilde;o dos filmes. Sem espectadores, mas com o aluguel do espa&ccedil;o a ser cobrado, a conta passou a n&atilde;o fechar. S&oacute; a pandemia fez a receita das salas de cinema no Brasil despencar 86%, de acordo com dados do setor obtidos pelo site Filme B, especializado em acompanhar o mercado audiovisual.
Se, em 2019, atingimos um recorde de 3,5 mil salas de cinema em todo o pa&iacute;s, a pandemia sozinha fechou mais de 300 &mdash; e isso em um Brasil onde 40% das cidades n&atilde;o t&ecirc;m nem 1 m&iacute;sera tela de cinema, como apontou uma pesquisa de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE).
A realidade das grandes cadeias de salas de cinema, como tamb&eacute;m das independentes e de rua, &eacute; problem&aacute;tica antes mesmo da pandemia. Acumulavam-se problemas na tela e na ac&uacute;stica, cadeiras desconfort&aacute;veis, pre&ccedil;os pouco convidativos, sem contar salas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/43108-mofo-tambem-tem-sentimentos-e-cientistas-conseguiram-provar-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mofadas</a> ou com mau cheiro, al&eacute;m do p&uacute;blico barulhento e mal-educado, a depender do t&iacute;tulo em exibi&ccedil;&atilde;o.
A experi&ecirc;ncia de assistir a um filme em uma tela grande foi deixando de ser agrad&aacute;vel. Ent&atilde;o, hoje o desafio para arrastar <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/34556-cinefilo-reproduz-cenas-de-filmes-famosos-com-blocos-de-lego-galeria-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cin&eacute;filos</a>&nbsp;&agrave;s salas de cinema &eacute; maior. Contudo, a reabertura gradual em v&aacute;rias cidades pelo mundo mostrou que, talvez, esse p&uacute;blico esteja disposto a dar um novo voto de confian&ccedil;a, mas o desafio &eacute; grande para entregar uma experi&ecirc;ncia agrad&aacute;vel.
<h2 class="uk-text-justify">Por que gostamos de ir ao cinema?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04225216151042.jpg" alt="Crescimento do streaming tamb&eacute;m tirou alguns lan&ccedil;amentos das salas de cinema e afastou o p&uacute;blico. (Fonte: Zanone Fraissat/Folhapress)" />Crescimento do streaming tamb&eacute;m tirou alguns lan&ccedil;amentos das salas de cinema e afastou o p&uacute;blico. (Fonte: Zanone Fraissat/Folhapress)
Muitos apaixonados por filmes t&ecirc;m relatado que o distanciamento social evidenciou aspectos da experi&ecirc;ncia de ir a uma sala de cinema que n&atilde;o podiam ser percebidos em casa. Pasmem: ter outros espectadores ao lado &eacute; um desses fatores. Al&eacute;m da catarse coletiva em uma cena qualquer de um filme, o poder de concentra&ccedil;&atilde;o &eacute; outro elemento apontado como preponderante na escolha por sair de casa e ir at&eacute; uma sala de cinema.
Esse certamente &eacute; um empecilho com o qual os servi&ccedil;os de <a href="https://www.tecmundo.com.br/streaming" rel="noopener noreferrer" target="_blank">streaming</a> provavelmente n&atilde;o contavam. Se s&atilde;o capazes de oferecer os filmes sem longas filas, com o poder de defini&ccedil;&atilde;o de hor&aacute;rio, a possibilidade de pausa e longe de gente barulhenta comendo pipoca ao seu lado, eles t&ecirc;m a competi&ccedil;&atilde;o das redes sociais, dos smartphones e mesmo da campainha de casa.
Em resumo, a experi&ecirc;ncia de ir a uma sala de cinema para assistir a um filme, seja da franquia de super-her&oacute;i do momento, seja um filme tailand&ecirc;s cult, envolve dedica&ccedil;&atilde;o e concentra&ccedil;&atilde;o, aspectos que estar em casa, na melhor das hip&oacute;teses, n&atilde;o consegue entregar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/04/04225308948043.jpg" alt="Crescimento do streaming tamb&eacute;m tirou alguns lan&ccedil;amentos das salas de cinema e afastou o p&uacute;blico. (Fonte: Zanone Fraissat/Folhapress)" />Crescimento do streaming tamb&eacute;m tirou alguns lan&ccedil;amentos das salas de cinema e afastou o p&uacute;blico. (Fonte: Zanone Fraissat/Folhapress)
A batalha pela sobreviv&ecirc;ncia das salas de cinema, no Brasil e no exterior, passa menos pela sele&ccedil;&atilde;o de filmes exclusivos nas grandes telas e mais pelo bom oferecimento de uma viv&ecirc;ncia art&iacute;stica, ou seja, assistir a um filme n&atilde;o pode ser visto apenas como um h&aacute;bito de consumo simples, mas como aprecia&ccedil;&atilde;o de arte.
E tudo bem se diretores como Denis Villeneuve, do longa-metragem <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/227341-duna-onde-assistir-filme-ficcao-cientifica-denis-villeneuve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Duna</a>, defendem que suas pel&iacute;culas sejam assistidas no cinema, pois em muitos aspectos os filmes s&atilde;o planejados para utilizar alguns recursos que apenas uma sala profissional oferece. Contudo, para que isso se torne uma realidade, as empresas detentoras das grandes, m&eacute;dias e pequenas redes de salas de cinema precisam estar preparadas para atender ao que a arte necessita: sil&ecirc;ncio, conforto ou som e imagem impressionantes. Quando n&atilde;o o combo completo.

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A dura batalha pela sobrevivência das salas de cinema

Imagem de As coincidências doentias durante as gravações do filme A Profecia no megacurioso

Não é para menos que ele entrou para a lista dos filmes de terror 'amaldiçoados desde o princípio'

Lan&ccedil;ado em 6 de junho de 1976, o filme A Profecia (The Omen) segue a hist&oacute;ria da inf&acirc;ncia de Damien Thorn (Harvey Spencer Stephens), trocado ap&oacute;s seu nascimento pelo filho natimorto de Robert Thorn (Gregory Peck), embaixador americano no Reino Unido. O que o diplomata e sua fam&iacute;lia n&atilde;o sabem &eacute; que o seu filho de 5 anos &eacute; filho de Sat&atilde;, nascido de um chacal na sexta hora do sexto dia do sexto m&ecirc;s, destinado a se tornar o Anticristo.
O sucesso do filme o colocou em uma franquia, que come&ccedil;ou dois anos depois de seu lan&ccedil;amento, terminando em 1991 com Omen IV: The Awakening. Muitas pessoas, por&eacute;m, lembram da hist&oacute;ria a partir do remake de 2006.
A produ&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ficou de fora da &ldquo;maldi&ccedil;&atilde;o&rdquo; que acompanha os bastidores dos filmes de terror, como aconteceu em O Exorcista e Poltergeist, sendo acometida por uma s&eacute;rie de acontecimentos bizarros nos est&uacute;dios e fora deles.
<h2>Coincid&ecirc;ncias estranhas &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10094401603057.jpg" alt="(Fonte: Imdb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Coisas estranhas come&ccedil;aram a acontecer em A Profecia ainda na fase pr&eacute;-produ&ccedil;&atilde;o. Poucos meses antes de o elenco se reunir para a primeira leitura do roteiro, o filho do ator principal Gregory Peck se suicidou. Mas isso n&atilde;o foi nem a ponta do iceberg de infort&uacute;nios e desastres, afinal de contas, qualquer pessoa poderia dizer que isso n&atilde;o passou de um tr&aacute;gico acontecimento que em nada tinha a ver com o contexto do filme.
No entanto, em setembro de 1975, Peck viajava para Londres para gravar sua primeira cena quando seu avi&atilde;o foi atingido por um raio, o que quase causou a queda do transporte no mar. No mesmo dia, a aeronave de Mace Neufeld, produtor executivo do filme, tamb&eacute;m foi atingida durante um voo para Los Angeles. Enquanto inspecionava uma das loca&ccedil;&otilde;es do filme em Roma, o produtor Harvey Bernhard quase foi acertado por um raio. Em depoimento, ele disse que parecia que o diabo estava trabalhando para que o filme n&atilde;o fosse feito.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10094459447058.jpg" alt="(Fonte: Bloody Disgusting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Bloody Disgusting/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
V&aacute;rios personagens s&atilde;o atacados por animais ferozes ao longo de A Profecia, visto que o dem&ocirc;nio &eacute; frequentemente associado ao controle de criaturas indefesas. Em uma das cenas, por exemplo, babu&iacute;nos amea&ccedil;am o pequeno Damien (Harvey Spencer Stephens) e Katherine (Lee Remick), enquanto cachorros perseguem Robert Thorn (Gregory Peck) por um cemit&eacute;rio.
Nas grava&ccedil;&otilde;es, o adestrador dos macacos morreu no dia seguinte a filmagem da cena no zool&oacute;gico, e a matilha de c&atilde;es que perseguiu Peck ficou t&atilde;o violenta que atacou quase fatalmente seu dubl&ecirc;.
<h2>A &uacute;ltima fatalidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/10/10094647822060.jpg" alt="(Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: IMDb/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A morte da escultora brit&acirc;nica Liz Moore foi considerado o &uacute;ltimo acontecimento estranho para a conta da produ&ccedil;&atilde;o do filme. Em 13 de agosto de 1976, ela teve a cabe&ccedil;a completamente decepada quando um pneu se soltou de uma roda e acertou o ve&iacute;culo guiado pelo especialista em efeitos especiais, John Richardson, que escapou ileso do acidente.
Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, a fatalidade foi muito similar a uma cena do filme em que o personagem Keith Jennings, interpretado por David Warner, morre quando uma l&acirc;mina se solta de uma m&aacute;quina em um canteiro de obras e decepa sua cabe&ccedil;a enquanto ele investiga as origens sobrenaturais de Damien.
Obviamente, &eacute; imposs&iacute;vel dizer que o contexto maligno de A Profecia tenha algo a ver com a quantidade de situa&ccedil;&otilde;es perturbadoras que aconteceram durante as grava&ccedil;&otilde;es, embora n&atilde;o d&ecirc; para n&atilde;o se chocar com as coincid&ecirc;ncias.&nbsp;
De qualquer forma, tudo isso serviu para refor&ccedil;ar a reputa&ccedil;&atilde;o de &ldquo;amaldi&ccedil;oado desde o princ&iacute;pio&rdquo; do filme, e empurrar o p&uacute;blico em dire&ccedil;&atilde;o ao cinema mais pr&oacute;ximo.

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As coincidências doentias durante as gravações do filme A Profecia

Imagem de “Não olhe para cima” é reflexo da cultura do abstrato no megacurioso

Os absurdos da trama podem ser explicados pela manipulação da verdade que assola a sociedade atualmente


O sucesso mais recente da Netflix, N&atilde;o olhe para cima, despertou a aten&ccedil;&atilde;o, inicialmente, por conta de seu elenco de peso. Depois da estreia, por&eacute;m, a trama principal envolvendo um cometa avassalador e a rea&ccedil;&atilde;o dos negacionistas frente &agrave; ci&ecirc;ncia, causou respostas e discuss&otilde;es muito ativas nas redes sociais. Sob a dire&ccedil;&atilde;o de Adam McKay, o filme leva ao p&uacute;blico uma vis&atilde;o de como, mesmo em um mundo com tantas fontes de informa&ccedil;&otilde;es, a verdade ainda pode ser contada de diversas maneiras.
Na produ&ccedil;&atilde;o, os personagens mostram como a sociedade &mdash; e seus governantes &mdash; est&aacute; alheia aos interesses e &agrave;s necessidades da massa. Al&eacute;m disso, o filme demonstra como uma verdade pode ser alterada e manipulada, principalmente quando os l&iacute;deres de uma na&ccedil;&atilde;o colocam os seus interesses &agrave; frente da seguran&ccedil;a da popula&ccedil;&atilde;o, difundindo uma s&eacute;rie de inverdades.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/fonte-netflix-reproducao-06174549595387.jpg" alt="(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&Eacute; preciso entender que a quest&atilde;o principal do filme, no entanto, n&atilde;o &eacute; a facilidade em manipular, como muita gente tem interpretado, mas sim a cultura do abstrato. Isto &eacute;, vivemos em uma era em que a realidade se confunde entre o real e o virtual. Tamb&eacute;m estamos passando por uma falta de f&eacute;, que tem rela&ccedil;&atilde;o com a era virtual, em que tudo se tornou question&aacute;vel, mesmo por pessoas que n&atilde;o conhecem nada sobre o assunto.
Al&eacute;m disso, essa futilidade &eacute; resultado de um narcisismo impregnado na atual sociedade, muito por reflexo das redes sociais, em que por tr&aacute;s de uma tela o ser humano potencializou o narcisismo instintivo, transformando-o em algo abstrato, visto que ningu&eacute;m &eacute; soberano o suficiente &mdash; a n&atilde;o ser que seja uma pessoa imortal ou escusa de defeitos, o que, sabemos, n&atilde;o existe. Na vida, assim como o equil&iacute;brio &eacute; praxe, tamb&eacute;m &eacute; a sem&acirc;ntica: o virtual &eacute; abstrato e, com ele, nossa vida est&aacute; se tornando fantasiosa.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/06/fonte-netflix-reproducao-06174906222390.jpg" alt="(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Netflix/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No enredo, os pol&iacute;ticos gananciosos e extravagantes nos d&atilde;o a percep&ccedil;&atilde;o de como se pode votar de forma incoerente, mostrando uma sociedade vazia e sem cogni&ccedil;&atilde;o para perceber pessoas incompetentes e fraudulentas &mdash; nesse sentido, a cr&iacute;tica &eacute; mais que v&aacute;lida, dado os governantes mundiais atuais. E a sociedade em si, mergulhada em uma cultura pautada pela futilidade, desacredita daqueles que n&atilde;o s&atilde;o &ldquo;famosos&rdquo; o suficiente.
Para quem ainda n&atilde;o viu, N&atilde;o olhe para cima aborda a guerra contra a ci&ecirc;ncia promovida por um grupo de empres&aacute;rios que elegem pol&iacute;ticos &ldquo;marionetes&rdquo; com interesses ego&iacute;stas e gananciosos em detrimento do bem-estar mundial. Diante disso, quando &ldquo;cai a ficha&rdquo; da realidade, j&aacute; &eacute; tarde demais. E, caso a trama se torne realidade, somos todos culpados tamb&eacute;m. Esse &eacute; o reflexo dos riscos que vivemos atualmente.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD, neurocientista com forma&ccedil;&otilde;es em Neuropsicologia, Biologia, Hist&oacute;ria, Antropologia, Neurolingu&iacute;stica, Neuroplasticidade, Intelig&ecirc;ncia Artificial, Neuroci&ecirc;ncia aplicada &agrave; aprendizagem, Filosofia, Jornalismo e forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito, chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International e membro da Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neuroci&ecirc;ncias.