Imagem de Qual é o certo: “fui eu que fiz” ou “fui eu quem fez”? no megacurioso

Confira a coluna de língua portuguesa desta semana, que traz mais uma dúvida bem comum do cotidiano

<head></head><body>Entre as opções “fui eu que fiz” e “fui eu quem fez”, qual você escolheria como correta?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/24/24162728564002.gif" alt="(Fonte: Giphy)">(Fonte: Giphy)Eis que… As 2 estão certas!O segredo é atentar sempre para os termos que e quem.Quando é usado o que, o verbo sempre deve concordar com o pronome anterior a ele (no caso da frase do início da coluna, o “eu” =&gt; “eu fiz” =&gt; “eu que fiz”). Dentro dessa lógica, outros exemplos nessa estrutura seriam:Foste tu que fizeste.Fomos nós que fizemos.Veja mais frases possíveis, respeitando a mesma regrinha:Fui eu que preparei o jantar.Foi minha irmã que organizou a festa de Natal em 2018.Eles que estão pagando, então têm a palavra final.Já no caso de quem, pronome de terceira pessoa, o verbo deve concordar com ele: “quem fez” =&gt; “eu quem fez”. Ainda que bem pouco usados, dentro dessa lógica outros exemplos nessa estrutura seriam:Foste tu quem fez.Fomos nós quem fez.Observe mais frases possíveis, seguindo a mesma regrinha:Fui eu quem preparou o jantar.Foi minha irmã quem organizou a festa de Natal em 2018.Quem está pagando são eles, então têm a palavra final. Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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Qual é o certo: “fui eu que fiz” ou “fui eu quem fez”?

Imagem de Singular ou plural? Entenda regras da concordância verbal com numerais no megacurioso

Confira um resumo das regras de concordância verbal em situações que envolvem numerais 

As regras de concordância certamente estão entre os assuntos que geram mais dúvidas no cotidiano na hora de falar e escrever. Quando se trata de numerais fracionários e percentuais, esse cenário parece se intensificar — já reparou?Por conta disso, organizei abaixo um resumo das regras de concordância verbal envolvendo numerais, de acordo com as explicações apresentadas por Domingos Paschoal Cegalla no Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. Confira:<h2>1. Numerais fracionários</h2>Em regra, o verbo acompanha o numerador.&nbsp;Exemplos:Um terço dos funcionários pratica&nbsp;esportes.Dois terços da população vivem&nbsp;nas cidades.<h2>2. Percentuais</h2>O verbo concorda com o número expresso na porcentagem.Exemplos:Cerca de 70%&nbsp;dos idosos foram vacinados.Só 1%&nbsp;dos inscritos não compareceu&nbsp;ao evento.Naquele tempo, 90%&nbsp;do café vinham&nbsp;de São Paulo.<h3>Porém…</h3>O plural é OBRIGATÓRIO nos seguintes casos:a. Quando o verbo precede a porcentagemPerderam-se 10% da colheita.Ficaram grávidas 1%&nbsp;das mulheres.b. Quando a expressão referente à porcentagem vier antes delaDessa imensa mata nativa, 80% foram destruídos.c. Quando o número percentual vier antecedido de adjunto determinativo, como “esses”, “restantes”, “outros”&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/117975-um-pouco-sobre-vocativos-virgula-e-a-expressao-etc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">etc. </a>Os restantes 30%&nbsp;da dívida serão pagos em parcelas mensais.Esses 7%&nbsp;do valor arrecadado se destinam a orfanatos.&nbsp;Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.

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Singular ou plural? Entenda regras da concordância verbal com numerais

Imagem de Explicação ou restrição? Uma vírgula pode mudar tudo no megacurioso

Na coluna de língua portuguesa desta semana, confira como empregar (ou não) a vírgula em contextos de restrição e explicação 

<head></head><body>Hoje vamos tratar da influência da vírgula em contextos de restrição e explicação, que são bastante comuns no dia a dia.Observe as frases abaixo:(1) Minha prima, que mora no Rio de Janeiro, é professora.(2) Minha prima que mora no Rio de Janeiro é professora.Elas são quase iguais, não é mesmo? Mas saiba que a presença das vírgulas na primeira frase altera o sentido completamente. E é com esse detalhe que você precisa cuidar bem.No caso da frase 1, trata-se de uma explicação. Estou apenas dando uma informação a mais, referente à cidade onde minha prima mora. A frase poderia ser apenas Minha prima é professora. Implicitamente, compreende-se que tenho apenas uma prima.&nbsp;Já na frase 2, trata-se de uma restrição. A minha prima que mora nessa determinada cidade é professora. Ou seja, implicitamente deduz-se que tenho outras primas vivendo em outros lugares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/09/09153105039273.gif" alt="(Fonte: Giphy)">(Fonte: Giphy)Vamos a mais exemplos:(1) Os alunos, que falavam alto, estavam perturbando a aula.(2) Os alunos que falavam alto estavam perturbando a aula.Novamente, a frase 1 apresenta uma explicação. Nesse caso, estou dando uma informação a mais sobre os alunos; poderia dizer somente Os alunos estavam perturbando a aula. Com as vírgulas, o que se entende é que todos os alunos estavam causando problemas.Já a frase 2 traz o contexto de uma restrição. Nem todos os alunos estavam perturbando a aula — apenas os que falavam alto.&nbsp;Veja que a vírgula pode mudar tudo; então, muita calma e atenção, ok?Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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Explicação ou restrição? Uma vírgula pode mudar tudo

Imagem de Como e quando usar o travessão nos textos? no megacurioso

Frequentemente confundido com o hífen e a meia-risca, o travessão tem regras específicas de uso

<head></head><body>Na prática, o travessão (—) é um verdadeiro mistério para algumas pessoas — mas não precisa ser. Tanto é que já comecei a coluna desta semana empregando exatamente esse sinal de pontuação.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/05/05105449047061.gif" alt="(Fonte: Giphy)">(Fonte: Giphy)Vou explicar melhor. Na gramática normativa da língua portuguesa, o travessão tem regras específicas de uso, que podem ser resumidas da seguinte maneira:<h2>1. Travessão para separar palavras ou orações explicativas ou enfatizadas (como o caso da primeira frase da coluna de hoje)</h2>Exemplos:Um bom ensino — diga-se mais uma vez — exige a valorização do professor.Eles dizem — embora ninguém acredite — que são de confiança.As duas personagens — mãe e filha — tiveram um desfecho marcante na série.A presença feminina em cargos de liderança representa, obviamente, um passo importante — que deve ser encarado como apenas o primeiro de muitos.<h2>2. Travessão no discurso direto</h2>Para mostrar o início da fala de uma personagem, a mudança de interlocutores e a mudança para o narrador por meio de um verbo de elocução — aqueles que anunciam o discurso, como “dizer”, “perguntar”, “responder”, “comentar”, entre outros.&nbsp;Exemplos:— Quanto tempo até o Centro? — perguntou a senhora.— Uns 15 min. — respondeu o motorista.— Obrigada!<h2>Não confunda travessão com hífen e meia-risca</h2>É preciso atenção para não confundir travessão com hífen e meia-risca. Para começar, observe como o tamanho de cada sinal é diferente:<ul><li>Travessão: — (no teclado do computador, use o atalho Alt + 0151)</li><li>Meia-risca: –&nbsp;(no teclado do computador, use o atalho Alt + 0150)</li><li>Hífen:&nbsp;-</li></ul>Além disso, os contextos de uso são bem diferentes. Enquanto o travessão segue as regras listadas no início da coluna, a meia-risca deve ser empregada para ligar as extremidades de um intervalo, como em “ponte aérea&nbsp;Rio–São Paulo” e “1970–1998”.&nbsp;Já o hífen é bem mais frequente, marcando presença em contextos como substantivos compostos (ex.: matéria-prima), palavras formadas por derivação prefixal (ex.: micro-ondas), colocação pronominal (ex.: levá-la), divisão silábica, entre outros.Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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Como e quando usar o travessão nos textos?

Imagem de Esse/essa/isso vs. este/esta/isto: como e quando usar? no megacurioso

Entenda melhor o que determina o uso desses pronomes demonstrativos

<head></head><body>Uma das dúvidas mais comuns ao escrever um texto se refere ao uso dos pronomes demonstrativos esse/essa/isso e este/esta/isto e seus derivados. Se você faz parte do grupo de pessoas que sentem dificuldades quanto a esse assunto, acompanhe a explicação a seguir.&nbsp;As diferenças entre os termos têm a ver com 3 aspectos, basicamente. Anote aí!<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/26/26150558318194.gif" alt="(Fonte: Giphy)">(Fonte: Giphy)<h2>1. Lugar/espaço</h2>- Esse, essa&nbsp;e isso: indicam o que está perto da pessoa com quem se fala (interlocutor/leitor).Essa&nbsp;caneca aí é minha.Isso&nbsp;que você está bebendo é café? - Este, esta&nbsp;e isto: indicam o que está perto de quem fala (emissor).Comprei de uma ONG esta&nbsp;caneca que fica aqui na minha mesa.Neste&nbsp;artigo, vamos analisar algumas questões referentes ao jogo. <h2>2. Tempo</h2>- Esse, essa&nbsp;e isso: indicam um tempo passado ou futuro próximo no discurso.Minha irmã se formou em 2012. Nesse&nbsp;mesmo ano, começou a trabalhar como professora.A Sexta-Feira Santa está chegando; nessa&nbsp;data é comum evitar o consumo de carne vermelha. - Este, esta e isto: indicam um período relacionado ao tempo presente ou que ainda não terminou.São muitas as dificuldades enfrentadas neste&nbsp;ano.Esperamos que esta&nbsp;semana seja ótima! <h2>3. Coesão textual</h2>- Esse, essa&nbsp;e isso: revelam algo que já foi mencionado anteriormente.Se a vontade é de comer apenas fast-food, isso&nbsp;significa que provavelmente não é fome de verdade.Lembro que essa&nbsp;história não terminou bem. - Este,&nbsp;esta&nbsp;e&nbsp;isto: referem-se a algo que ainda será mencionado.O mais importante é isto: entender as prioridades do projeto.Este&nbsp;é o foco principal do filme: diversidade. Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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Esse/essa/isso vs. este/esta/isto: como e quando usar?

Imagem de 5 pares de palavras semelhantes, mas com significados diferentes no megacurioso

Sempre que surgir alguma dúvida, o mais seguro é consultar as definições de cada termo

<head></head><body>Sabe aquela história de "parece, mas não é"? Existe muito disso na língua portuguesa. Um exemplo é o que chamamos de palavras parônimas, que são escritas e pronunciadas de modo bastante semelhante, porém apresentam significados completamente diferentes.Veja a seguir alguns dos casos mais comuns:<h2>1. Cavaleiro e cavalheiro</h2>- Cavaleiro: homem que anda a cavalo.Era um cavaleiro bastante experiente, mas caiu da sela.- Cavalheiro: homem gentil, educado. Dependendo do contexto, pode também se referir a qualquer pessoa do gênero masculino.Ele sempre foi muito cavalheiro com todos.Cavalheiros, me acompanhem por gentileza.<h2>2. Comprimento e cumprimento</h2>- Comprimento: refere-se ao tamanho, à extensão de algo.Você já mediu o comprimento dessa cama?- Cumprimento: saudação, elogio ou conclusão de uma tarefa.Por conta da pandemia, os cumprimentos devem acontecer de longe, respeitando o distanciamento.O funcionário novo recebeu vários cumprimentos da equipe pelo trabalho realizado. &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;<h2>3. Descrição e discrição</h2>- Descrição: caracterização de algo em detalhes.Antes de comprar um produto pela internet, é importante ler atentamente a descrição.- Discrição: característica do que é discreto, de quem ou do que não chama a atenção.Esse assunto pede que tenhamos maior discrição no momento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/19/19142934724189.gif" alt="(Fonte: Tenor)">(Fonte: Tenor)<h2>4. Eminente e iminente</h2>- Eminente: algo ou alguém bem importante, em posição superior.O eminente profissional recebeu várias premiações nos últimos anos.- Iminente: algo urgente, prestes a acontecer.As estruturas estão tão prejudicadas que o perigo é iminente.<h2>5. Laser e lazer</h2>- Laser: estrangeirismo; sigla referente a Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation.A operação foi feita a laser.- Lazer: Tempo de folga, descanso ou entretenimento.Momentos de lazer são fundamentais para a saúde.Viu só? Esses são casos em que nem o corretor automático de softwares deve ajudar, pois as palavras existem. Então, sempre que surgir alguma dúvida, o mais seguro é consultar as definições mesmo.Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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5 pares de palavras semelhantes, mas com significados diferentes

Imagem de Um pouco sobre vocativos, vírgula e a expressão ‘etc.’ no megacurioso

Frequentemente ignorados no uso do dia a dia, esses detalhes podem gerar certas inadequações e até confusões dependendo do contexto

<head></head><body>Para a coluna desta semana, selecionei dois assuntos interessantes que são um tanto quanto ignorados no uso do dia a dia, mas podem gerar certas inadequações e até confusões dependendo do contexto. Vamos lá?<h2>O que são vocativos?</h2>Vocativo&nbsp;é o termo que tem a função de chamar, invocar ou interpelar dentro da oração. E detalhe: é OBRIGATÓRIO separar com vírgula o vocativo de outros termos na frase. Caso contrário, o significado é alterado completamente. Observe alguns exemplos: Você viu a professora Helena? — Sem vocativo. Aqui o nome da professora é Helena.Você viu a professora, Helena? — Com vocativo. Aqui não se sabe o nome da professora, mas o da pessoa com quem se fala é Helena. Não é meu amigo?&nbsp;— Sem vocativo. Questionamento quanto à amizade em si.Não é, meu amigo? — Com vocativo. Questionamento buscando uma confirmação sobre algum assunto = não é mesmo? não é isso?Não é meu, amigo?&nbsp;— Com vocativo. Questionamento sobre a posse de algo. No dia a dia, usamos muito os vocativos em conversas de modo geral. A lição que fica é: cuide com a vírgula! Bom dia, pessoalOlá, genteObrigado(a), meu amor<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/12/12145719074275.gif" alt="(Fonte: Tenor)">(Fonte: Tenor)<h2>Por que não se deve usar “e etc.”</h2>Aproveitando que na coluna da semana passada abordamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/117863-e-hora-de-entender-os-porques.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o uso dos porquês</a>, já recorri a um deles logo acima para iniciar este novo tópico — chegou a reparar? Agora, veja a seguir as regras a respeito de etc.1. Etc. é uma expressão latina (et cetera) que significa “e as demais coisas”; sendo assim, o “e” já está implícito e a grafia “e etc.” significa uma repetição (por isso, não deve ser usada).2. Pode-se usar ou não usar a vírgula antes do etc.3. Já quanto ao ponto após o “c”, não há discussão: é preciso inserir o ponto no final, mesmo que seja no meio de frases.4. Quando o termo etc. finaliza uma frase, não se deve duplicar o ponto. Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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Um pouco sobre vocativos, vírgula e a expressão ‘etc.’

Imagem de É hora de entender os porquês no megacurioso

Existem 4 tipos, então é preciso ter atenção para não confundir

<head></head><body>O uso dos porquês é, certamente, um dos pontos que mais geram dúvidas na hora da escrita. Afinal, são quatro formas no total: por que, por quê, porque e porquê. Que tal entender melhor como elas funcionam e o raciocínio necessário para memorizar — e não errar mais?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/05/05114059981121.gif" alt="(Fonte: Giphy)">(Fonte: Giphy)<h2>1. POR QUE (separado e sem acento)</h2>a. Para formular perguntas (pode ser substituído por “por qual motivo”, “por qual razão” etc.):&nbsp;- Direta: Por que ela veio?- Indireta: Gostaria de saber por que ela veio.b. Iniciando orações adjetivas (pode ser substituído por "pelo qual", "pela qual" etc.):Grandes são as transformações por que vêm passando as cidades.<h2>2. POR QUÊ (separado e com acento)</h2>Usado em final de frases ou depois de pausa acentuada. Também pode ser substituído por “por qual motivo”, “por qual razão” etc.Os dois se dão mal por quê?Estava um tanto confusa sem saber por quê.<h2>3. PORQUE (junto e sem acento)</h2>Esse é causal ou explicativo. Sempre que for possível substituir por “pois” ou por “uma vez que”, por exemplo.Ele dormiu até tarde porque&nbsp;estava cansado.<h2>4. PORQUÊ (junto e com acento)</h2>Funciona como substantivo (sinônimo de “motivo”, “razão’’), então sempre vem precedido de artigo.É preciso entender exatamente o porquê&nbsp;desse comportamento.Espero que este resumo ajude a tornar o assunto mais fácil por aí.Até semana que vem!***Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.</body>

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É hora de entender os porquês

Imagem de Concordância verbal: a maioria das pessoas ‘vai’ ou ‘vão’? no Megacurioso

Entenda melhor como expressões como “ a maioria” funcionam quando se trata de concordâncias

Conforme explica o gramático Domingos Paschoal Cegalla, em seu Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, quando o sujeito da oração inclui uma expressão quantitativa (a maioria, parte de, uma porção de, metade de, o resto de etc.) e um substantivo ou pronome no plural, a concordância verbal pode ser feita no singular ou no plural. A escolha é sua! Notícia boa, né? Veja exemplos:



A maioria das pessoas se confundem com isso.



A maioria das pessoas se confunde&nbsp;com isso.



Metade dos candidatos foi aprovada.&nbsp;(Aqui, observe para a adequação para o feminino)



Metade dos candidatos foram aprovados.



Uma porção de fãs foi ao evento em 2018.



Uma porção de fãs foram&nbsp;ao evento em 2018.



Acreditamos que a maioria das pessoas vai gostar desta dica.



Acreditamos que a maioria das pessoas vão gostar desta dica.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://tenor.com/view/thumbsup-yes-ok-gif-5848546"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/26/26122324779136.gif" alt="(Fonte: Tenor)" /></a><figcaption>(Fonte: Tenor)</figcaption></figure>



<h2>Papo-cabeça</h2>



Sempre que for possível, faça uma pausa antes de considerar um texto concluído. A melhor coisa nessa hora é ir tomar um café, esticar as pernas ou algo assim por uns 10 minutos. Ao retornar, releia o texto buscando eventuais ajustes necessários. Verifique ortografia, pontuação, padronizações, repetições de termos etc.&nbsp;



Pode até parecer que não, mas esse pequeno distanciamento gerado pela pausa já permite que detalhes sejam mais facilmente notados e corrigidos. Ou seja, só vantagens!



Até semana que vem!



***



Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.

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Concordância verbal: a maioria das pessoas ‘vai’ ou ‘vão’?

Imagem de Sinônimos: exemplos de casos que exigem atenção redobrada no Megacurioso

O fato de um termo ser sinônimo de outro não significa necessariamente que ele pode ser usado em todos os contextos da mesma forma

O senso comum afirma sem hesitar: “são sinônimos, então é possível trocar um pelo outro se quiser”. No entanto, a realidade não é exatamente essa. E quem confirma isso é o próprio Houaiss — um dos mais conceituados dicionários de língua portuguesa — ao definir o verbete “sinônimo”: “palavra que tem com outra uma semelhança de significação que permite que uma seja escolhida pela outra em alguns contextos, sem alterar a significação literal da sentença”. &nbsp;



Atenção ao trecho grifado: &#8220;em alguns contextos&#8220;. Isso quer dizer que é preciso redobrar a atenção, pois nem sempre substituir um termo por outro é tão simples quanto parece. Nesse sentido, existem algumas sutilezas linguísticas que devem ser observadas a fim de garantir clareza na comunicação — o objetivo principal.&nbsp;



Para auxiliar na identificação desses casos, selecionamos três estruturas que costumam aparecer com frequência em diferentes textos. Com exemplos, fica mais fácil visualizar. Veja só:



<h2>1. Graças a&nbsp;</h2>



&#8220;Graças a&#8221; é uma expressão comumente usada como sinônimo de “devido a”, “em virtude de”, “por causa de”; no entanto, isso nem sempre faz sentido, pois “graças a” traz a ideia de algo positivo.



Na frase O paciente melhorou graças à medicação, funciona perfeitamente. Por outro lado, causa estranhamento em O paciente morreu graças à medicação.



<h2>2. Imaginar&nbsp;</h2>



O verbo &#8220;imaginar&#8221; significa criar na imaginação, visualizar na mente; então, não é adequado usar no caso de situações que comprovadamente são reais, portanto não exigem imaginação.&nbsp;



Em Imagine como seria a vida sem boletos para pagar, o verbo faz sentido. Já em Imagine que, no útero, o bebê se alimenta pelo cordão umbilical, não combina; afinal, bebês se alimentam pelo cordão umbilical antes do nascimento. Não é algo a ser imaginado.



<h2>3. Contar com&nbsp;</h2>



Essa expressão é comumente usada como sinônimo de “ter”, “possuir”; porém, nem sempre a construção se adequa, visto que “contar com” traz a ideia de algo positivo.



No exemplo Os assinantes contam com mais vantagens no plano premium, não há problemas. Já em&nbsp;Apesar de ser novo, o hotel conta com problemas de manutenção, essa realmente não é a melhor forma de expressar o cenário.



Você já tinha percebido isso?



Até semana que vem!



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Debora Capella, colunista semanal do Mega Curioso, é mestre em Estudos da Linguagem e atua nas áreas de revisão, edição, tradução e produção de textos há 15 anos.

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