Imagem de Inseto assassino de 50 milhões de anos é encontrado no Colorado no Megacurioso

 Inseto encontrado com suas genitálias intactas ajuda os cientistas a desenvolverem novas conclusões sobre a vida sexual de antigos insetos

Pode parecer improvável, mas encontrar uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117283-conheca-o-inseto-que-parece-uma-pipoca-com-pernas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inseto</a> preservado com órgãos genitais visíveis é um bom motivo para comemoração entre os cientistas. Um novo estudo publicado na revista Papers in Palaeontology descreve uma dessas espécies: um inseto assassino de 50 milhões de anos atrás, encontrado em âmbar, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/minerais/71488-descubra-as-8-pedras-e-cristais-mais-mortais-encontrados-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pedra preciosa</a> feita de resina fossilizada de árvores, foi identificado com suas estruturas ainda intactas.



Academicamente falando, é uma descoberta lucrativa por muitas razões, mas a preservação única de sua cápsula genital (conhecida pelos entomologistas como pigóforo) é mais importante. Após a inspeção, os pesquisadores do novo artigo perceberam que as características internas da genitália do antigo inseto eram claramente visíveis e bem preservadas, fornecendo novos insights e conclusões sobre a vida amorosa de antigos insetos. Esses detalhes são muito raros em pesquisas de insetos fossilizados.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.nytimes.com/2021/01/19/science/assassin-bug-penis-fossil.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20085715985010.jpg" alt="(Fonte: Palaeontological Association/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: Palaeontological Association/Reprodução)</figcaption></figure>



“Uma razão é que as estruturas genitais são compostas por estruturas membranosas, que não se preservam bem”, escreveu o pesquisador do estudo Daniel Swanson, estudante de graduação em entomologia na Universidade de Illinois Urbana-Champaign. “Mesmo em nosso fóssil, a genitália preservada é amplamente representada pelas partes endurecidas. Outra característica desse fóssil é que as duas partes vieram de uma divisão, o que nos permite uma visão interna dessas estruturas. Os fósseis de compressão geralmente preservam apenas a visão das costas ou da barriga, casos em que você não pode realmente ver nada da anatomia interna.”



<h2><a name="_GoBack"></a> O fóssil e os insetos assassinos</h2>



Nomeado de Aphelicophontes danjuddi, o fóssil foi encontrado na Green River Formation, no Colorado, e representa um novo gênero de insetos assassinos. Alguns deles ainda existem e vagam pela terra, tendo como principal característica a “mochila” de formigas mortas nas costas, utilizado para fornecer camuflagem contra os inimigos e melhorar seu desempenho de sobrevivência.



Esse fóssil tem uma história interessante, sendo descoberto pela primeira vez há algum tempo como resultado da rachadura de uma rocha — o que dividiu o inseto quase perfeitamente ao meio. As duas metades foram vendidas a dois colecionadores por um negociante de fósseis, o que significa que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116521-pesquisadores-podem-ter-descoberto-novo-orgao-na-regiao-do-cranio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisadores</a> partiram em uma espécie de caça ao tesouro para rastrear as partes e reuni-las para esse estudo.

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Inseto assassino de 50 milhões de anos é encontrado no Colorado

Imagem de Primeiro ânus de dinossauro preservado é encontrado na China no megacurioso

De acordo com registro de paleontólogos, o ânus encontrado é "perfeito" e "único", além de oferecer novas informações sobre os dinossauros

A descoberta do primeiro ânus de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117103-reconstrucao-digital-de-cerebro-de-dinossauro-surpreende-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauro</a> preservado na China em outubro de 2020 tem trazido novas informações para paleontólogos no mundo todo. Segundo as novas pesquisas, essa parte do corpo desses animais era utilizada para múltiplas funções, ganhando a denominação do que hoje seria uma &#8220;ventilação cloacal&#8221;.&nbsp;



Sendo assim, a parte traseira dos dinossauros era utilizada para a excreção de fezes e urina, mas também para o acasalamento e a postura de ovos. Além disso, os restos mortais estavam tão bem preservados que os cientistas acreditam terem encontrado duas protuberâncias, as quais possivelmente alojavam glândulas odoríferas utilizadas para atrair parceiros.



<h2>Descoberta paleontóloga única</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/5AKJJPJZuphcBxf8thvdJY-970-80.jpg.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20052719767001.webp" alt="(Fonte: Jakob Vinther)" /></a><figcaption>(Fonte: Jakob Vinther)</figcaption></figure>



Apesar da traseira dos dinossauros se assemelhar bastante com alguns animais vivos nos dias de hoje, — como é o caso de alguns crocodilos — os cientistas garantem que a descoberta é totalmente &#8220;única&#8221; e &#8220;especial&#8221;. Em entrevista para o Live Science,&nbsp;o paleontólogo da Universidade de Bristol Jakob Vinther afirmou que a anatomia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/37862-candiru-o-peixe-assassino-que-pode-entrar-na-sua-uretra-ou-anus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ânus</a> do dinossauro é algo nunca antes visto.



Na visão de Vinther, a cloaca pré-histórica descoberta no ano passado não se assemelha em nada com a abertura traseira das aves, as quais seriam os parentes vivos mais próximos dos dinossauros, e também teria algumas diferenças em comparação com a traseira de outros répteis.



O resto mortal pertence ao Psitacossauro,&nbsp;uma espécie de cauda eriçada, do tamanho de um labrador e parente próximo dos Triceratopes. Conforme os dados de historiadores, essa espécie teria habitado a Terra durante o período Cretáceo, o qual ocorreu entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás.



<h2>O ânus de dinossauro</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/oC7rvYYcfE2YkDUZ5wyZuX-970-80.jpg.webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/20/20052726563002.webp" alt="(Fonte: Jakob Vinther)" /></a><figcaption>(Fonte: Jakob Vinther)</figcaption></figure>



De acordo com Jakob, a cloaca surpreendentemente preservada foi descoberta enquanto ele e seu parceiro de pesquisa Robert Nicholls tentavam descobrir qual era a coloração da pele dos Psitacossauros.&nbsp;Por outro lado, nenhum tecido mole do sistema reprodutivo pode ser identificado, o que impossibilitou a determinação do sexo do animal.



Mesmo assim, Vinther acredita que seja mais provável que essa espécie de dinossauro <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/85458-sexo-animal-copula-de-pinguins-nao-e-nada-bonita-de-se-assistir-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">copulava</a>, ao contrário de algumas aves que apenas tocam suas nádegas em um &#8220;beijo cloacal&#8221; para se reproduzirem.&nbsp;



De acordo com os pesquisadores, existem indícios que o orifício era coberto por tons escuros de melanina, a qual forneceria uma proteção antimicróbica para essa região do corpo e impediria que os dinossauros desenvolvessem infecções na cloaca.&nbsp;

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Primeiro ânus de dinossauro preservado é encontrado na China

Imagem de Nova espécie de dinossauro marinho pré-histórico é descoberta no megacurioso

O "dragão marinho" tinha 2 metros de comprimento, olhos esbugalhados e viveu há 150 milhões de anos

Os misteriosos ossos encontrados por um caçador de fósseis amador em uma praia da Inglaterra, em 2009, pertencem a uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116719-fosseis-do-dinossauro-bico-de-pato-na-africa-surpreendem-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dinossauro</a> aquático até então desconhecida. É o que aponta um estudo publicado no último dia 9 de dezembro, conduzido pelas universidades de Portsmouth, no Reino Unido, e a americana Baylor.



Ao encontrar o espécime em Dorset, o encanador e caçador de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110799-os-cientistas-tem-um-truque-bem-curioso-para-diferenciar-fosseis-de-rochas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fósseis</a> Steve Etches acreditava se tratar de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110595-conheca-o-ictiossauro-um-gigante-reptil-marinho-da-era-mesozoica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ictiossauro</a>, mas algo incomum nos dentes do animal chamou a atenção dele. O homem então o levou para a Universidade de Portsmouth, onde a ossada foi estudada durante anos.



Conforme os pesquisadores, o fóssil é de um réptil marinho que habitou os mares há 150 milhões de anos. Ele possuía uma caixa torácica enorme, provavelmente apresentando uma grande capacidade pulmonar, além de olhos esbugalhados com boa capacidade de enxergar no escuro, nadadeiras diminutas e dentes lisos para capturar pequenas presas. A criatura media 2 metros de comprimento.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23093345964322.jpg" alt="Fóssil descoberto em 2009. (Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>Fóssil descoberto em 2009. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



Ele foi classificado como um ictiossauro, mas devido às suas características peculiares, acabou ganhando o seu próprio gênero e espécie. A título de comparação, os ictiossauros eram bem maiores (5 metros de comprimento) e conhecidos por apresentar um corpo semelhante ao dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/43300-como-e-que-os-golfinhos-nao-se-afogam-quando-dormem.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">golfinhos</a>, sem escamas e com dentes bastante afiados, enquanto o novo animal parece uma mistura de golfinho com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116646-tubarao-de-2-cabecas-surge-no-litoral-de-sp-e-intriga-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">tubarão</a>.



<h2>Homenagem a Etches</h2>



A criatura que acaba de ser descoberta foi apelidada pelos participantes do estudo de Thalassodraco etchesi. O nome científico combina a palavra grega “thalasso”, que se refere ao mar, com a latina “draco” (<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/75606-9-formas-mirabolantes-de-matar-um-dragao-segundo-a-mitologia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dragão</a>). Já a última parte, “etchesi”, é uma homenagem ao homem responsável por achar os ossos.



Essa combinação remete às qualidades e capacidades da nova espécie, de acordo com a pesquisa, significando algo como “dragão marinho de Etches” em tradução livre. “Estou muito satisfeito por este ictiossauro ter sido considerado novo para a ciência e muito honrado por ter recebido o meu nome”, comemorou o caçador de fósseis.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/23/23093456370323.jpg" alt="Steve Etches e a sua descoberta. (Fonte: The Etches Collection)" /><figcaption>Steve Etches e a sua descoberta. (Fonte: The Etches Collection)</figcaption></figure>



Finalizado o estudo, o fóssil do T. etchesi ficará exposto no The Etches Collection, um pequeno museu mantido por ele em Dorset, junto com outras descobertas pré-históricas de sua autoria.

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Nova espécie de dinossauro marinho pré-histórico é descoberta

Imagem de Professores descobrem fóssil de ninho de iguana de 115 mil anos no megacurioso

As iguanas cavam abrigos subterrâneos para proteger seus ovos e filhotes de predadores

Recentemente, dois professores da Emory University, em Atlanta nos Estados Unidos, publicaram um relato na revista de pesquisa The Conversation, explicando como, em 2013, eles encontraram a primeira toca de nidificação <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113233-iguanas-congeladas-estao-caindo-do-ceu-na-florida.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">de iguana</a> fóssil conhecida, o primeiro do tipo atribuído a esse gênero de réptil.



Em dezembro de 2013, os professores Anthony J. Martin e Melissa Hage exploravam um corte de estrada na ilha de San Salvador, nas Bahamas, com 19 alunos de graduação em geologia da Emory University. O professor Martin percebeu uma estrutura esquisita na rocha, exposta aleatoriamente por uma escavadeira da estrada.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19190639294010.png" alt="Fonte: CC BY-SA/Reprodução" /><figcaption>Fonte: CC BY-SA/Reprodução</figcaption></figure>



Nos seis anos seguintes, os dois professores passaram a estudar aquele <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116507-fossil-de-pegadas-conta-a-historia-de-uma-jornada-pre-historica.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vestígio fóssil</a> (registro geológico de atividade biológica), com a ajuda de alunos da graduação e do Emory Center for Digital Scholarship.



<h2>A toca das Bahamas</h2>



A configuração geológica da toca de iguana das Bahamas indicou que ela poderia ter cerca de 115 mil anos, o que a localiza na época do Pleistoceno Superior, tempo em que o gelo cobriu a maior parte do planeta; e uma megafauna, com mamutes e preguiças gigantes, habitou a Terra.



Embora nenhuma parte do corpo ou ovos tenham sido descobertos, a estrutura corresponde à largura, profundidade e forma das tocas de nidificação de<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/98266-um-ataque-de-iguana-pode-ser-a-coisa-mais-assustadora-que-voce-ja-viu-hoje.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> iguanas</a> atuais. A evidência mais convincente encontrada pelos pesquisadores dentro da estrutura foi  uma série de camadas de areia compactadas, procedimento feito pela mãe ao sair, para esconder ovos e filhotes dos predadores.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/19/19190830843011.png" alt="Fonte: CC BY-SA/Reprodução" /><figcaption>Esquema da toca: NC? é a câmara do ninho, CZ (1-6) são as zonas de compactação em direção à saída (Fonte: CC BY-SA/Reprodução)</figcaption></figure>



Eles também tiveram certeza de que a estrutura era uma duna interior, local escolhido pelas iguanas para fazer seus ninhos, depois que a professora Melissa encontrou, nas proximidades, um toca fossilizada de caranguejos terrestres, tocas de insetos e traços de raízes preservados no afloramento.



No entanto, não foram detectados vestígios de que os filhotes cavaram seu caminho para fora da toca até a superfície, através das camadas de areia, comportamento comum aos filhotes de<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149586-iguanas-congeladas-caindo-ceu-florida.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> iguana</a>. Para os professores, isso pode ser um indício de ninho com falha, uma ocorrência muito provável quando a umidade do solo é muito alta.

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Professores descobrem fóssil de ninho de iguana de 115 mil anos

Imagem de Fóssil de píton mais antigo do mundo é descoberto na Alemanha no megacurioso

Cientistas indicam que antiga píton teria vivido no local há 48 milhões de ano e se desenvolvido para outras espécies existentes na Europa

Um grupo de arqueólogos descobriu recentemente o fóssil mais antigo de píton já conhecido pela humanidade em uma região próxima a Frankfurt, na Alemanha. De acordo com o resultado fornecido pela análise laboratorial do material biológico do animal, essa serpente teria vivido há 48 milhões de anos onde hoje é situada a cidade alemã.



A descoberta traz uma nova perspectiva científica sobre a origem geográfica das pítons. Segundo o estudo, a espécie batizada de Messelopython freyi sugere que as pítons sobreviveram por diversos anos na Europa até evoluírem para parentes vivos mais próximos, como as Xenopeltis e as Pítons-mexicanas.



<h2>Origem das pítons</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16231120730002.webp" alt="(Fonte: Instituto de Pesquisa Senckenberg)" /><figcaption>(Fonte: Instituto de Pesquisa Senckenberg)</figcaption></figure>



Antes do surgimento das novas evidências, existia uma grande dúvida na comunidade científica quanto a real origem das pítons, com versões variando entre o hemisfério norte e o hemisfério sul. “Por esses serem os fósseis mais antigos já vistos, os dados colaboram para o entendimento de uma origem europeia”, disse o coautor do estudo Krister Smith em entrevista para o Live Science.



Os fósseis de Messelopython freyi foram localizados no Sítio fossilífero de Messel, localizado a apenas alguns quilômetros de Frankfurt. Antigamente, a região serviu como uma mina de xisto e quase foi transformada em um lixão durante os anos 1970. 



Por sorte, a região já era notoriamente conhecida como um antro de fósseis do período Eoceno — que ocorreu entre 57 milhões e 36 milhões de anos atrás. Então, em 1995 a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) tomou conta das operações, o que resultou em descobertas magníficas como o recente fóssil de <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/48151-piton-femea-deu-a-luz-seis-filhotes-sem-ter-tido-um-acasalamento.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">píton</a>.



<h2>Evolução da espécie</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16231208918003.webp" alt="(Fonte: Instituto de Pesquisa Senckenberg)" /><figcaption>(Fonte: Instituto de Pesquisa Senckenberg)</figcaption></figure>



De acordo com os dados trazidos pelo Instituto de Pesquisa Senckenberg, as Messelopython freyi tinham aproximadamente o mesmo tamanho das pítons contemporâneas, alcançando a marca de 1 metro de comprimento e exibindo cerca de 275 vértebras.



A descoberta também indica que essas cobras viviam em harmonia com as<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/74153-aperto-mortal-jiboias-matam-por-asfixia-ou-por-parada-cardiaca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer"> jiboias-constritoras</a>, uma espécie de serpente não peçonhenta encontrada nas regiões tropicais da América Central e do Sul e que chegou a habitar a Europa no período <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111892-cientistas-desvendam-causa-de-aquecimento-global-do-paleoceno.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Paleoceno</a> (66 milhões a 23 milhões de anos atrás).



Como as pítons são criaturas oriundas da África, Sudeste Asiático e Austrália, a ligação biológica com as jiboias-constritoras é apenas mais um indício de que a espécie teria sido originada em território europeu antes de se difundir e se adaptar por outras regiões do hemisfério norte.

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Fóssil de píton mais antigo do mundo é descoberto na Alemanha

Imagem de Reconstrução digital de cérebro de dinossauro surpreende cientistas no megacurioso

A grande coleção de fósseis da Universidade de Bristol data de 1800, mas só recentemente foi analisada por softwares de imagem

Cientistas conseguiram reconstruir digitalmente o cérebro de um dinossauro, um Thecodontosaurus, também conhecido como dinossauro de Bristol, e o estudo, publicado na segunda-feira (14), no Zoological Journal of the Linnean Society, mostrou percepções consideradas “surpreendentes” sobre a dieta e o comportamento do réptil.



Utilizando técnicas avançadas de imagem e modelagem <a href="http://www.tecmundo.com.br/3d/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">3D</a>, pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, conseguiram “reconstruir” o cérebro de um Thecodontosaurus, um gênero de dinossauros herbívoros que habitava a região onde é a Inglaterra atual, no final do período Triássico, há cerca de 205 milhões de anos.



Em um comunicado, divulgado pela Escola de Ciências da Terra da universidade britânica, Antonio Ballel, um dos autores do estudo, revela “que partes do cérebro associadas a manter a cabeça estável e os olhos e olhar fixos durante o movimento estavam bem desenvolvidas”.



Isso quer dizer que, embora a morfologia dentária sugira que ele se alimentava de plantas, é possível que esse dinossauro tenha se tornado carnívoro.



<h2>Metodologia da pesquisa</h2>



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15082935502003.jpg" alt="Fonte: Antonio Ballel/Divulgação">



Coautor do projeto, o professor Mike Benton explica que o Projeto <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/100390-parece-que-os-dinossauros-eram-bem-menos-ameacadores-do-que-nos-pensavamos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Dinossauro de Bristol</a> surgiu na década de 1990. O projeto de extensão educacional permitiu que muitos alunos aprofundassem suas pesquisas sobre o assunto.



Embora muitos daqueles fósseis tenham sido descobertos em 1800, seu estado de preservação permitiu sua exploração pelos modernos softwares implantados recentemente na universidade. Assim, modelos 3D foram gerados após tomografias que conseguiram extrair digitalmente o osso da rocha, revelando detalhes anatômicos inéditos sobre o cérebro e o ouvido interno. 



Segundo Ballel, a caixa craniana do Thecodontosaurus encontra-se “lindamente preservada” o que permitiu a comparação com a de outros dinossauros. Além das características onívoras, que contrariam as de outros membros pescoçudos de sua família como os diplodocos e os brontossauros, também o estudo do ouvido interno mostrou características auditivas diferenciadas. 



A frequência de audição do dinossauro de Bristol demonstrou uma capacidade aguçada de reconhecer guinchos e grasnados variados de diferentes animais, o que revela algum tipo de complexidade social.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208304-reconstrucao-digital-cerebro-dinossauro-surpreende-cientistas.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208304-reconstrucao-digital-cerebro-dinossauro-surpreende-cientistas.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Reconstrução digital de cérebro de dinossauro surpreende cientistas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Reconstrução digital de cérebro de dinossauro surpreende cientistas

Imagem de Elo perdido explica surgimento dos primeiros dinossauros voadores no megacurioso

Pequeno lagarto de dez centímetros deu origem a colossos voadores com asas de até doze metros de envergadura

Os <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152513-voo-pterossauros-resolver-modernos-problemas-aviacao.htm" target="_blank">primeiros vertebrados a voarem</a> foram os pterossauros, dominando os céus há 150 milhões de anos. Apesar de reinarem absolutos acima do solo, sua origem ainda permanecia nebulosa – agora, sabe-se que esses colossos alados são a evolução de um pequeno bípede terrestre, o lagerpetídeo.



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Pterosaurs 101 | National Geographic" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/mfYuvlE78Nk?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



O registro fóssil dos pterossauros é cheio de lacunas ainda não preenchidas – o Caelestiventus hanseni, seu ancestral mais antigo conhecido, data de 220 milhões de anos e já exibia todos os requisitos para voar.



“Nunca foram encontrados fósseis de pterossauros que não tivessem mecanismos de voo”, disse o  principal autor do estudo publicado na Nature, o paleontólogo argentino Martín Ezcurra, do Museo Argentino de Ciencias Naturales Bernardino Rivadavia. 



Na década de 1980, estudos confirmaram que esses dinossauros se assemelhavam às aves: eles batiam as asas (e não apenas planavam) e andavam sobre os membros posteriores. Na mesma época, surgiu a hipótese de seus parentes mais próximos seriam os lagerpetídeos. Tudo se encaixava na árvore evolucionária, mas não havia evidências que comprovassem essa hipótese.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11224426205003.jpg" alt="" /><figcaption>Lagerpetídeos, pequenos lagartos terrestres deram origem aos pterossauros</figcaption></figure>



Eles viveram entre 237 e 210 milhões de anos atrás; seu tamanho variava entre dez centímetros a um metro e seu peso não devia exceder os cinco quilos. Seus fósseis são difíceis de encontrar (a maioria, de membros posteriores) e estão espalhados por Brasil, Argentina, EUA e Madagascar. 



<h2>Reconstrução</h2>



“Lagerpetídeos são os parentes conhecidos mais próximos, em termos evolutivos, dos pterossauros. Embora não voassem, tinham algumas características anatômicas – na mandíbula, no cérebro, no ouvido interno e nos dentes – similares às dos pterossauros”, disse à Revista Pesquisa Fapesp o coordenador do estudo, o paleontólogo Max Langer, da Universidade de São Paulo (USP).



Para chegar a essa conclusão, a equipe internacional  de paleontólogos examinaram dezenas de fósseis espalhados pelo mundo. O trabalho não é recente; nos últimos 15 anos, cinco grupos de pesquisa de seis países e três continentes se uniram para tentar preencher as lacunas ainda abertas na história evolutiva do pterossauro.



A identificação recente de crânios e membros anteriores semelhantes aos dos pterossauros impulsionou a revisão da árvore genealógica. O uso de técnicas avançadas, como varredura micro-tomográfica (µCT) permitiu reconstruir o cérebro e os sistemas sensoriais dos lagerpetídeos.



<figure class="mt-2"><a href="https://twitter.com/SirJoscha/status/1336704151796011008"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11224214954002.jpg" alt="." /></a></figure>



“Alguns desses fósseis delicados foram coletados há quase 80 anos e, em vez de cortá-los destrutivamente, pudemos reconstruir cuidadosamente a anatomia do cérebro e do ouvido interno desses animais”, disse a paleontóloga Michelle Stocker, da Universidade Virgínia Tech.



<h2>Perfil exigido</h2>



O que tornou os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154945-fossil-indica-ancestrais-dinossauros-pequenos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">lagerpetídeos ancestral dos pterossauro</a>s foi o perfil exigido: pequenos lagartos bípedes que andavam como os pássaros, com as proporções de seus membros delgados, bem como a forma de suas costas, consistentes com o corpo de uma ave. 



Os pesquisadores usaram ainda uma abordagem conhecida como sistemática filogenética para determinar relações entre todos os grupos de organismos, incluindo dinossauros.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11225417057004.jpg" alt="" /><figcaption>Lagerpetídeos e pterossauros são agora considerados grupos irmãos</figcaption></figure>



Essa técnica procura características recém-evoluídas entre organismos diferentes: aquelas evoluídas por último aparecem nas formas mais recentemente divergentes umas das outras, portanto são mais próximas geneticamente.



Os lagerpetídeos tinham os ossos da mão longos, um primórdio da adaptação ao voo, e compartilhavam características específicas com os pterossauros, como estruturas complexas de sua caixa craniana e do ouvido interno.



“Os resultados apresentados nesse estudo preenchem muitas lacunas no caminho evolutivo que levou um pequeno réptil terrestre a gerar o primeiro vertebrado capaz de voar”, disse o paleontólogo Kevin Padian.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208221-elo-perdido-explica-surgimento-primeiros-dinossauros-voadores.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208221-elo-perdido-explica-surgimento-primeiros-dinossauros-voadores.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Elo perdido explica surgimento dos primeiros dinossauros voadores</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Elo perdido explica surgimento dos primeiros dinossauros voadores

Imagem de Fóssil raro de baleia-de-bryde é encontrado na Tailândia no megacurioso

Além da baleia, vestígios de outros animais também foram localizados

Parte da história mundial é contada através da paleontologia, ciência que se dedica a estudar restos e vestígios (fósseis) de vida pré-histórica na Terra. No início de novembro, um desses resquícios foi encontrado na Tailândia: o esqueleto de uma baleia-de-bryde foi achado na província de Samut Sakhon, a 12 km da costa.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/29/29225524389000.jpg" alt="Esqueleto de baleia de Bryde encontrado na Tailândia" /><figcaption>Esqueleto encontrado na Tailândia</figcaption></figure>



Os pesquisadores que encontraram o raro esqueleto da baleia estimam que ela tenha entre 3 mil e 5 mil, mas testes ainda serão feitos para verificar a idade correta. Em um primeiro momento, a equipe de pesquisadores responsável pela escavação encontrou 19 vértebras completas, 5 costelas, uma omoplata e nadadeiras.



Segundo o Ministro do Meio Ambiente da Tailândia Varawut Silpa-archa, que disponibilizou fotografias do achado em seu Facebook, devido à fragilidade do esqueleto, a equipe teve de se apressar nas pesquisas e, no final de novembro, em mais uma parte da escavação, foram encontrados fragmentos de ossos, incluindo as vértebras cervicais, costela e crânio com mandíbulas.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/29/29230042471003.jpg" alt="Ministro do meio ambiente, Varawut Silpa-archa e alguns pesquisadores ao lado do fóssil" /><figcaption>Ministro do meio ambiente, Varawut Silpa-archa e alguns pesquisadores ao lado do fóssil</figcaption></figure>



O crânio mede cerca de 3 metros e o esqueleto completo chega a 12 metros de comprimento. Além da baleia, também foram encontrados restos de outros animais, como dentes de tubarão, arraias, conchas, caranguejos e cracas do mar.



<h2>Esqueleto irá ajudar a pesquisar o passado da espécie</h2>



Os especialistas acreditam que o esqueleto vai auxiliá-los a entender a biodiversidade do passado. De acordo com o pesquisador de mamíferos Marcus Chua, da Universidade Nacional de Singapura, eles poderão também fazer uma comparação com as baleias de hoje.



“O esqueleto fornecerá informações sobre as condições paleobiológicas e geológicas da época, incluindo estimativa do nível do mar, tipos de sedimentos e as comunidades biológicas contemporâneas. Portanto, esta descoberta fornece uma janela para o passado”, afirmou Chua em entrevista à BBC.



Para determinar a idade do esqueleto, os pesquisadores vão utilizar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/85339-afinal-como-funciona-o-processo-de-datacao-atraves-do-carbono-14.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">carbono 14</a> e espera-se que os resultados saiam ainda em dezembro.



<h2>Um mamífero de 40 toneladas</h2>



As baleias-de-bryde são cinza-azuladas e têm corpos longos, uma barbatana dorsal e três cristas no topo da cabeça. Grande parte de suas vidas, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/42101-8-fatos-estranhos-e-surpreendentes-sobre-as-baleias.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">baleias </a>desta espécie passam sozinhas ou em pares. Não são criaturas muito ágeis, sua velocidade média chega a apenas alguns poucos quilômetros por hora. Sua dieta consiste principalmente em plâncton, peixes de cardume e pequenos crustáceos, tais como caranguejos e camarões.



Enquanto o filhote possui 4 metros de comprimento, o macho mede cerca de 15 metros e a fêmea pode chegar a 16,5 metros. Uma baleia adulta tem o peso máximo de 40 mil quilos.



Elas podem ser encontradas ao redor do mundo, em oceanos ou águas mais costeiras e preferem águas de 16 °C ou mais. Vivem em áreas tropicais, subtropicais e temperadas quentes.

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Fóssil raro de baleia-de-bryde é encontrado na Tailândia

Imagem de Megalodon: berçários revelam lado cuidadoso de tubarão gigante no megacurioso

Criadouros espalhados pelo planeta abrigavam filhotes e jovens megalodons até estarem preparados para enfrentar os perigos do mar aberto

Entre 23 milhões e 3,6 milhões de anos atrás, uma espécie de tubarões gigantes habitou a Terra. Com comprimento estimado em 15 metros, acredita-se que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116551-teoria-afirma-que-o-megalodon-ainda-existe.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">megalodons</a> tenham sido a maior espécie de tubarões predatórios a já ter vivido no planeta.



Porém, apesar de sua descrição assustadora, um novo estudo revelou um lado meigo dessas grandes criaturas. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Valência, na Espanha, os espécimes extintos eram donos de diversos “berçários” espalhados por todo o mundo, onde preparavam seus bebês para enfrentar os desafios da vida.



<h2>Os berçários de megalodon</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/30/30025320750004.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



Em 2010, cientistas descobriram o primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109987-voce-ja-viu-como-e-um-bercario-de-tubaroes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">berçário</a> de megalodons no Panamá. Desde então, mais cinco potenciais centros de cuidados para filhotes e jovens da espécie entraram para a lista. Recentemente, diversos fósseis desses tubarões foram vistos ao nordeste da Espanha, sendo a maioria de animais ainda noviços ou recém-nascidos.



Após uma analise laboratorial dos restos mortais, os pesquisadores acreditam que essa espécie de tubarão gigante utilizada os berçários para criar seus filhotes até que eles estivessem prontos para lutar pelas suas próprias vidas contra outros adversários vorazes no fundo do oceano.



O estudo também sugere que, conforme o número de espaços para o desenvolvimento dos espécimes mais jovens acabou caindo de proporção com o passar dos anos, esse fator possa ter contribuído para que a espécie entrasse em extinção.



<h2>Prática entre tubarões</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/30/30025307735003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



Segundo a análise dos pesquisadores espanhóis, a concepção de berçários para a proteção de filhotes não era uma prática única dos megalodons — existindo também entre tubarões modernos. Um dos exemplos disso é o criadouro de diversas espécies desse animal localizada no norte da Patagônia, na Argentina. 



O berçário de tubarões mais antigo já encontrado pela ciência possui cerca de 200 milhões de anos, é o que sugere a análise laboratorial de ovos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112693-fossil-de-dinossauro-de-230-milhoes-de-anos-e-encontrado-no-brasil.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fossilizados</a> e pequenas amostras de dentes de bebês tubarão de apenas 1 milímetro de comprimento. O local foi descoberto em 2011 no Quirguistão.



As informações obtidas recentemente sugerem que os megalodons somente alcançavam a fase adulta aos 25 anos de idade, quando “desabrochavam” sexualmente. Portanto, além de prevenir contra os ataques de outros predadores, os berçários eram uma medida protetiva para assegurar a reprodução da espécie.

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Megalodon: berçários revelam lado cuidadoso de tubarão gigante

Imagem de Pássaro pré-histórico tinha cabeça de velociraptor e bico de tucano no megacurioso

O pequenino crânio do Falcatakely foi submetido a uma tomografia computadorizada que revelou um rosto de Velociraptor e bico de tucano

O que poderia ser o resultado de um bizarro mashup de animais em algum programa de computador foi descrito, e provado, como real em um estudo publicado na quarta-feira (25) na revista Nature: cientistas encontraram o crânio fossilizado de 68 milhões de anos de um pássaro com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108977-de-acordo-com-cientistas-dinossauros-evoluiram-para-aves.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">rosto de Velociraptor</a> e bico de tucano.



Do tamanho de um corvo atual, o Falcatakely forsteraegen viveu a noroeste da ilha de Madagascar durante o final do período Cretáceo, época em que os grandes <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/44929-dinossauro-com-quatro-asas-da-pista-sobre-evolucao-dos-passaros.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dinossauros</a> caminhavam pela Terra. O que chamou a atenção dos pesquisadores foi a morfologia do bico, que se mostrou diferente de todas as aves mesozóicas conhecidas.  



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/26/26165522329213.webp" alt="Fonte: Mark Witton/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Mark Witton/Divulgação</figcaption></figure>



Num e-mail ao site Live Science, um dos autores da pesquisa, o professor de anatomia da Universidade de Ohio, Patrick O’Connor, explicou: “Os pássaros do Mesozóico, ou de qualquer época, não têm rostos construídos como este”, embora tenham percebido uma ligeira semelhança com aves do grupo coroa, árvore genealógica que inclui os atuais tucanos.



<h2>Descoberta e análise do fóssil</h2>



O crânio do Falcatakely foi descoberto em 2010 por pesquisadores em um bloco de arenito lamacento, e não se encontrava inteiro, mas estava “primorosamente preservado” segundo o estudo. Na época, a peça não foi submetida a uma tomografia computadorizada, o que só veio a ser feito sete anos depois, segundo O’Connor.



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="OConnor etal 2020 Falcatakely Video Montage" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/VrIfX2UgoVA?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



Quando analisaram o resultado, os cientistas perceberam que o pequenino crânio de 8,5 cm tinha um  bico incomum para a época. <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45601-9-passaros-enormes-que-foram-extintos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">O pássaro</a> “compôs o seu rosto com os mesmos ossos, e de maneira semelhante, a um animal como o Velociraptor”, disse  ao Live Science, Alan Turner, co-autor e professor de anatomia da Stony Brook University de Nova Iorque.



O pequeno bico agora analisado é uma prova da evolução convergente, um fenômeno no qual uma característica semelhante evolui de forma independente em duas espécies distintas, sem ancestral comum.

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