Imagem de Mutação levou coelhos a andar sobre as patas dianteiras no megacurioso

Os animais da raça saltador de Alfort, originária da França, caminham de uma forma peculiar quando estão com pressa

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/62056-sabia-que-a-carne-de-coelho-pode-matar-as-pessoas-de-fome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coelhos</a> da ra&ccedil;a saltador de Alfort, que andam sobre as patas dianteiras, intrigam os cientistas h&aacute; quase 100 anos. Mas agora, um estudo publicado na PLOS Genetics, na &uacute;ltima quinta-feira (25), pode ter solucionado o mist&eacute;rio em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; origem da sua forma curiosa de se locomover.
Segundo a pesquisa realizada por um grupo de geneticistas e bi&oacute;logos, a raiz do problema est&aacute; no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> da ra&ccedil;a, origin&aacute;ria da Fran&ccedil;a, mais especificamente em uma muta&ccedil;&atilde;o no primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/37303-cientistas-neutralizam-cromossomo-responsavel-pela-sindrome-de-down.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomo</a>, denominado RORB. Esse gene carrega as instru&ccedil;&otilde;es para a s&iacute;ntese de uma prote&iacute;na de mesmo nome, cujas fun&ccedil;&otilde;es s&atilde;o relacionadas ao sistema nervoso, podendo &ldquo;ligar&rdquo; e &ldquo;desligar&rdquo; outros genes.
Caso deixe de funcionar corretamente, o RORB n&atilde;o consegue regular a produ&ccedil;&atilde;o de outras prote&iacute;nas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109865-estimulacao-de-medula-espinhal-ajuda-homens-paralisados-a-andar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medula espinhal</a>, afetando a maneira como ela coordena as mensagens entre o c&eacute;rebro e os m&uacute;sculos dos membros. Problema semelhante j&aacute; havia sido identificado em alguns camundongos, em outros estudos, que andavam de maneira inusitada, e at&eacute; mesmo em certas ra&ccedil;as de cavalos com diferentes padr&otilde;es de marcha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/30/30172042558289.jpg" alt="(Fonte: PLOS Genetics/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PLOS Genetics/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No caso dos coelhos saltadores de Alfort, a interrup&ccedil;&atilde;o das comunica&ccedil;&otilde;es do sistema nervoso com o restante do corpo faz com que eles flexionem as patas traseiras em excesso, tornando-os incapazes de pular. Dessa forma, o andar de &ldquo;bananeira&rdquo; surgiu como uma solu&ccedil;&atilde;o alternativa para a inibi&ccedil;&atilde;o nos movimentos causada pela muta&ccedil;&atilde;o, conforme a pesquisa.
<h2>Como foi feito o estudo?</h2>
Para chegar &agrave; conclus&atilde;o de que a anormalidade nos movimentos do animal tem origem gen&eacute;tica, os pesquisadores cruzaram um coelho macho saltador de Alfort com uma f&ecirc;mea branca da Nova Zel&acirc;ndia, que se locomove normalmente. A partir da&iacute;, foi feito o sequenciamento de DNA dos descendentes, para descobrir qual era o gene da muta&ccedil;&atilde;o, chegando ao RORB.&nbsp;
Vale ressaltar que esses coelhos s&oacute; ficam de ponta-cabe&ccedil;a quando precisam correr. Ao se movimentar de maneira lenta, eles t&ecirc;m as quatro patas no ch&atilde;o. Os pesquisadores afirmaram ainda que, aparentemente, essa forma alternativa de se locomover n&atilde;o causa dor aos animais, mas poderia faz&ecirc;-los n&atilde;o sobreviver por muito tempo se soltos na natureza.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/gxUKMqNX2Uw?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Outro detalhe sobre essa ra&ccedil;a de coelhos dom&eacute;sticos &eacute; que ela tem maior probabilidade de desenvolver problemas de vis&atilde;o, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/acidentes-estranhos/41937-eletricista-desenvolve-cataratas-em-forma-de-estrela-apos-levar-superchoque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">catarata</a> e cegueira.

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Mutação levou coelhos a andar sobre as patas dianteiras

Imagem de Esperma pode "lembrar" a dieta nutricional do pai, diz estudo no megacurioso

Embora já se soubesse que o estilo de vida dos pais influencia a qualidade da saúde dos filhos, esta é a primeira vez que isso é demonstrado

<head></head><body>Que o estilo de vida do pai influencia a qualidade da saúde dos filhos já é um fato de conhecimento de qualquer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117079-reprogramacao-epigenetica-faz-celulas-voltarem-a-ser-jovens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudante de epigenética</a>. Porém, até hoje ninguém conseguiu compreender os mecanismos moleculares responsáveis por essa herança.Isso mudou no mês passado, quando uma pesquisa publicada na revista Developmental Cell conseguiu rastrear, e explicar pela primeira vez, de que forma essas assinaturas ambientais hereditárias são transmitidas diretamente do esperma para o embrião.Em um comunicado à imprensa, a principal autora da pesquisa e professora da Universidade McGill, Sarah Kimmins, explicou que a grande descoberta do estudo foi identificar “um meio não baseado em DNA pelo qual os espermatozoides se lembram do ambiente do pai (dieta) e transmitem essa informação ao embrião”.Kimmins destacou que, ao aumentar a compreensão científica dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mecanismos da hereditariedade</a> das experiências de vida paterna, será possível abrir novos caminhos para o estudo da transmissão e da prevenção de diversas doenças.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/20/20171656015015.jpg" alt="Fonte: Ariane Lismer et al./Divulgação">Fonte: Ariane Lismer et al./Divulgação<h2>A metodologia da pesquisa</h2>Outra autora do estudo, a doutoranda Ariane Lismer esclareceu que o maior desafio de trabalhar ao nível molecular do embrião é que você tem poucas células disponíveis para fazer a análise epigenômica. Isso foi, no entanto, compensado no estudo, através da utilização de novas tecnologias e ferramentas epigenéticas.Para definir de que forma as informações que afetam o desenvolvimento passam para os embriões, os cientistas manipularam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/39019-7-fatos-que-voce-ainda-nao-sabia-sobre-esperma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epigenoma do esperma</a>, alimentando camundongos machos com uma dieta pobre em ácido fólico e, em seguida, rastreando os efeitos disso em grupos específicos de moléculas em proteínas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117951-pesquisadores-criam-minicerebros-com-dna-neandertal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">associadas ao DNA</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/20/20173042403016.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesDessa forma, os pesquisadores conseguiram descobrir que as mudanças induzidas por essa dieta em um grupo de moléculas (grupos metil), associadas às proteínas histonas (que “empacotam” o DNA nas células), causaram alterações na expressão genética em embriões e defeitos congênitos na coluna vertebral e no crânio dos descendentes.O que mais impressionou os cientistas foi que essas mudanças provocadas nos grupos metil das histonas dos espermatozoides não apenas foram transmitidas durante a fertilização como permaneceram no embrião em desenvolvimento. O próximo desafio será descobrir se essas deformações induzidas nas proteínas do esperma (histonas) podem de alguma forma ser reparadas.</body>

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Esperma pode 'lembrar' a dieta nutricional do pai, diz estudo

Imagem de Hoje é Dia dos Múltiplos: conheça o mundo misterioso dos gêmeos no megacurioso

Gêmeos choram juntos, pois passaram nove meses unidos na barriga da mãe, e por esse motivo também se acalmam e dormem juntos, mas não aposte nisso

<head></head><body>Hoje, 18 de março, é Dia dos Múltiplos. Feriado introduzido na cidade de São Paulo em 2007 pelo vereador Adilson Amadeu (PTB), a comemoração da data é uma oportunidade para reflexão sobre um universo misterioso, até mesmo para a ciência, e que tem gerado várias lendas e histórias: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/43059-15-curiosidades-sobre-irmaos-gemeos-que-voce-nem-imaginava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo dos gêmeos</a>.Por ser um assunto misterioso e produzir controvérsias, muito do que se sabe sobre os múltiplos hoje ainda é produto de crenças e tradições culturais passadas de pais e mães para os filhos, tanto sobre o que realmente ocorre no momento da concepção quanto à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105324-mais-15-fatos-surpreendentes-relacionados-com-irmaos-gemeos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">convivência dos irmãos gêmeos</a>.Mas o fato de serem gerados em uma mesma gestação, e terem, portanto, a mesma idade, não faz dos gêmeos pares idênticos como muitos pensam. Sim, há gêmeos idênticos, mas há outros totalmente diferentes. Esses desiguais são chamados de dizigóticos, enquanto os similares são os monozigóticos.<h2>Como surgem os gêmeos monozigóticos?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Dietmar Temps/Flickr/Creative Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/09/entenda-por-que-gemeos-identicos-nao-sao-identicos.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/18/18161039660255.jpg" alt="Dietmar Temps/Flickr/Creative Commons/Reprodução">Dietmar Temps/Flickr/Creative Commons/ReproduçãoOs monozigóticos são também chamados de univitelinos e considerados <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116780-gemeos-identicos-mais-antigos-do-mundo-existiram-ha-31-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gêmeos idênticos</a>. Eles são formados a partir do mesmo zigoto, ou seja, depois que o óvulo foi fertilizado. Por esse motivo, eles possuem o mesmo patrimônio genético: são obrigatoriamente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108784-como-seriam-os-filhos-de-gemeos-identicos-casados-com-gemeas-identicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mesmo sexo e praticamente iguais</a>.&nbsp;Porém, as impressões digitais e outras características fenotípicas (resultantes da interação entre os genótipos e o meio) não são idênticas nesses monozigóticos. Embora todos sejam gerados após a fertilização, 30% dos casos são formados por volta do terceiro dia ao passo que cerca de 70% tem formação um pouco mais tardia, por volta de duas semanas depois.<h2>E os gêmeos dizigóticos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/18/18162109508258.jpg" alt="Fonte: Medical Daily/Pinterest/Reprodução">Fonte: Medical Daily/Pinterest/ReproduçãoJá os gêmeos dizigóticos ou bivitelinos, que se originam da liberação de dois ovócitos no momento da ovulação, nascem com a mesma semelhança física e genética que existe entre irmãos não-gêmeos e podem ou não ser do mesmo sexo. Isso ocorre porque são gerados de ovócitos e espermatozoides diferentes. Dessa forma, são chamados de <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/167557-26-fotos-de-celebridades-que-tem-irmaos-gemeos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gêmeos fraternos</a>.Os dizigóticos vêm em duas placentas distintas. No entanto, algumas vezes elas se apresentam tão “coladinhas” que é difícil distingui-las. A gestação de gêmeos bivitelinos é muito comum no caso dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebês de proveta</a>, em virtude de vários embriões serem introduzidos juntos no útero da mulher, quando pode ocorrer a fixação e o desenvolvimento de múltiplos.</body>

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Hoje é Dia dos Múltiplos: conheça o mundo misterioso dos gêmeos

Imagem de Cientistas propõem criar 'Arca de Noé' na Lua para salvar a Terra no megacurioso

O objetivo do projeto é armazenar um banco de genes de 6,7 milhões de espécies em segurança, para ser usado em caso de desastres globais

<head></head><body>Pensando em garantir a continuidade da vida na Terra em caso de catástrofes globais, cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, querem construir uma espécie de “<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42766-a-historia-sobre-a-arca-de-noe-poderia-ter-acontecido-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arca de Noé</a> Lunar” para armazenar amostras de material genético de milhões de espécies terrestres na <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>. A ideia foi apresentada durante a Conferência Aeroespacial do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), iniciada no último dia 6.Conforme o engenheiro aeroespacial e autor principal do estudo Jekan Thanga, o projeto consiste em criar um banco de genes de 6,7 milhões de espécies terrestres, incluindo seres humanos, que seriam enviadas dentro de “arcas” e armazenadas em poços lunares e tubos de lava subterrâneos que se acredita existirem por lá.Esses poços na Lua seriam o lugar perfeito para guardar as amostras, segundo Thanga, pois oferecem proteção contra as grandes variações de temperatura do satélite natural e outras ameaças existentes na superfície, como a queda de <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35626-qual-e-a-diferenca-entre-asteroide-meteoro-meteorito-e-meteoroide-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meteoritos</a> e radiação cósmica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/16/16094458833058.jpg" alt="Ilustração mostra como seriam armazenadas as arcas com genes nos poços lunares. (Fonte: All Thats Interesting/Reprodução)">Ilustração mostra como seriam armazenadas as arcas com genes nos poços lunares. (Fonte: All Thats Interesting/Reprodução)O projeto seria uma versão espacial e estendida do <a href="https://www.megacurioso.com.br/aquecimento-global/102682-aquecimento-global-causa-alagamento-em-silo-de-sementes-do-fim-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Silo Global de Sementes de Svalbard</a>, no Polo Norte, onde são mantidas mais de 900 mil amostras únicas, cada uma com 500 sementes de plantas, cuja proposta é garantir a biodiversidade do planeta em situações de emergência.<h2>Projeto grandioso</h2>Controladas por robôs e alimentadas por painéis solares instaladas na superfície lunar, as arcas seriam armazenadas em condições extremamente frias e ideais, possibilitando guardar com segurança sementes, espermatozoides, óvulos e outros materiais genéticos.A criação de toda essa estrutura e o envio dos materiais até o satélite envolveria um total de 250 lançamento de foguetes, conforme os cálculos da equipe participante da pesquisa, que considerou a quantidade “não muito grande” — a título de comparação, a construção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116400-estacao-espacial-internacional-ganha-suas-primeiras-geladeiras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estação Espacial Internacional</a> foi feita com 40 lançamentos.Guardadas em locais mais seguros do que se estivessem na Terra, conforme os pesquisadores, as arcas lunares com materiais genéticos poderiam ser utilizadas durante uma eventual reconstrução do planeta após colapsos causados por desastres ambientais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/90639-5-momentos-em-que-a-humanidade-quase-enfrentou-um-apocalipse-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras nucleares</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/98694-por-um-triz-sabia-que-os-humanos-quase-foram-extintos-ha-milhares-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erupções vulcânicas</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113909-as-10-piores-pandemias-e-epidemias-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemias</a>, queda de asteroide ou qualquer outro evento capaz de colocar a biodiversidade em risco.</body>

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Cientistas propõem criar 'Arca de Noé' na Lua para salvar a Terra

Imagem de Grupo investe US$ 4 mi em empresa de IA para 'clonar' banda BTS no megacurioso

Investimento em empresa de inteligência artificial teria o propósito de recriar vozes 'hiper-realistas e expressivas' dos membros da banda

<head></head><body>A agência Big Hit Entertainment, responsável por gerenciar a carreira da banda sul-coreana <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/176354-novo-clipe-bts-bate-recorde-visualizacoes-24-horas-youtube.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">BTS</a>, anunciou que irá investir cerca de US$ 4 milhões em uma empresa de inteligência artificial para "clonar" as vozes dos idols k-pop, de forma a elevar ainda mais a popularidade de um dos maiores grupos musicais do planeta.Devido a problemas de lotação de agenda e à necessidade de muitas vezes os integrantes do BTS terem que se desdobrar para estar fisicamente presentes em shows, gravações ou ensaios, a Big Hit entrou em contato com a empresa sul-coreana de tecnologia artificial Supertone para recriar as vozes dos cantores de forma "hiper-realista e expressiva", na tentativa de dinamizar os compromissos e atender os pedidos dos fãs por novas músicas e conteúdos de áudio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/04/04094807009074.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)O alto investimento realizado pela agência do grupo de k-pop faz jus à proposta ousada da Supertone, que sugere a implementação de "experiências totalmente novas" para os fãs. "Por exemplo, o BTS está muito ocupado atualmente, e seria uma pena se eles não pudessem participar do conteúdo por falta de tempo. Portanto, se o BTS usar nossa <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117571-15-imagens-de-pessoas-que-nao-sabem-lidar-muito-bem-com-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a> ao fazer jogos ou audiolivros, ou dublar uma animação, por exemplo, eles não teriam necessariamente que gravar pessoalmente", explicou Choi Hee-doo, CEO da empresa de IA.<h2>A tecnologia de clonagem de voz</h2>A Supertone traz uma tecnologia revolucionária de recriação digital de voz, possibilitando a fabricação de timbres e nuances de qualquer artista a partir de uma emulação via inteligência artificial. “Desenvolvido por meio de pesquisas originais de longo prazo, a rede neural de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115996-cavalo-selvagem-ameacado-de-extincao-ganha-clone-perfeito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clonagem</a> e síntese de voz do Supertone possui a melhor qualidade hiper-realista do mundo”, detalha a descrição dos serviços no site oficial da empresa.Segundo a companhia, a cópia das vozes não fere as políticas de direitos autorais e a empresa arca severamente com o compromisso de responsabilidade e ética, utilizando os sons apenas com autorização legal do detentor original da voz em questão. Dessa forma, a Supertone afirma preocupação com “os problemas que podem surgir quando essa tecnologia é usada para fins errados”, mas garante que “nunca irá monetizar qualquer voz sintética sem a permissão do titular do direito”.</body>

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Grupo investe US$ 4 mi em empresa de IA para 'clonar' banda BTS

Imagem de Homens modernos faziam sexo com neandertais na Idade da Pedra no Megacurioso

Dentes encontrados na ilha de Jersey indicam dupla ascendência de homens modernos e neandertais, confirmando que as duas espécies faziam sexo

Segundo fósseis de dentes, os homens modernos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/99592-primatas-brasileiros-entraram-na-idade-da-pedra-ha-700-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a> faziam sexo com neandertais. Afinal, os dois viveram na Europa e na Ásia ao mesmo tempo, coexistindo por milhares de anos até que os neandertais desaparecessem. Os eventos aconteceram há cerca de 40 mil anos.



Durante o período, era comum que as duas espécies se encontrassem. Então, segundo análises de 11 dentes encontrados em uma caverna, eles faziam sexo e tinham filhos. Afinal, os exemplares provam que os indivíduos tinham ascendência tanto dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115533-humanos-de-hoje-tem-dna-de-neandertais-e-de-ancestral-desconhecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo neanderthalensis</a>, como do Homo sapiens.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2021/02/02/dentes-pre-historicos-sugerem-sexo-na-idade-da-pedra-com-neandertais"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/03/03091350416027.jpg" alt="(Fonte: National Memory Museum/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: National Memory Museum/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>DNA de neandertais existe até hoje</h2>



Além dos dentes encontrados, provas da descendência do cruzamento das duas espécies podem ser encontradas até hoje. Afinal, a maioria dos europeus tem cerca de 2% de DNA neandertal nos genomas.



Os dentes foram encontrados em Jersey, ilha no Canal da Mancha. A região é conhecida como La Cotte de St. Brelade e foi escavada pela primeira vez em 1910. A análise dos exemplares foi publicada no Journal of Human Evolution e concluiu que os 11 dentes pertenciam a dois indivíduos diferentes. Os homens viveram há cerca de 48 mil anos e têm características de ambas as espécies.



Porém, até o momento, não foram realizadas análises de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115867-manipulacao-do-dna-e-a-base-da-nova-revolucao-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> para comprovar a dupla ascendência. Para isso, será preciso recuperar o DNA das amostras. O que, segundo os pesquisadores, é uma questão de sorte. Afinal, a idade pode prejudicar essa preservação.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2021/02/02/dentes-pre-historicos-sugerem-sexo-na-idade-da-pedra-com-neandertais"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/03/03091446709028.jpg" alt="(Fonte: National Memory Museum/Reprodução)" /></a><figcaption>(Fonte: National Memory Museum/Reprodução)</figcaption></figure>



Ainda assim, a conclusão de que os dentes pertenciam ao resultado do cruzamento entre homens modernos e neandertais é bastante assertiva. Isso porque os exemplares contam com raízes de dentes parecidas com o dos neandertais, enquanto a coroa dos dentes é mais similar aos humanos modernos.



Por outro lado, existe ainda a possibilidade de que a espécie fosse isolada geograficamente e tivesse desenvolvido suas próprias características. Porém, essa é uma teoria remota, já que a região costumava ficar conectada à França. Por isso, a teoria mais provável é a de que, sim, homens modernos faziam sexo com neandertais durante a Idade da Pedra.&nbsp;

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Homens modernos faziam sexo com neandertais na Idade da Pedra

Imagem de Por que o nosso cabelo escurece com o passar do tempo? no Megacurioso

Muita gente nasce com cabelo loirinho, loirinho... mas se torna morena conforme vai envelhecendo. A ciência explica porque isso acontece

Esse redator que vos escreve tem um interesse pessoal pelo tema dessa matéria — eu sou um exemplo de alguém que nasceu 100% loirinho, com aquele <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/115338-conheca-a-mulher-de-83-anos-com-o-cabelo-do-tamanho-de-uma-serpente.htm" target="_blank">cabelo</a> amarelo-ovo, tipicamente nórdico. Com o passar do tempo, os fios foram ficando mais escuros, mais escuros&#8230; até que se tornaram castanho-escuros. Sou quase moreno



Você deve conhecer alguma pessoa que passou por isso no seu círculo de amigos ou na sua família. Você talvez seja a pessoa que saiu do time das <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/28652-os-homens-realmente-preferem-as-loiras-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">loiras</a> conforme crescia! Pois eu sempre me perguntei porque isso aconteceu comigo e, agora, finalmente posso dormir em paz com a resposta.&nbsp;



Tá, eu exagerei. Mas é uma questão interessante, né? Como pode nosso cabelo mudar tanto, apenas com o passar do tempo?&nbsp;



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://unsplash.com/photos/5BRIjMTKFkU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21230242533012.jpg" alt="O menininho nórdico dessa foto poderia ser eu... (Fonte: Unsplash)"/></a><figcaption>O menininho nórdico dessa foto poderia ser eu&#8230; Ou não. Eu não era tão fofinho&#8230; (Fonte: Unsplash)</figcaption></figure>



<h2>A culpa é dos melanócitos</h2>



Se a gente quiser voltar à nossa infância loirinha, só recorrendo a um bom cabeleireiro — e olhe lá! Os responsáveis por isso são os melanócitos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44648-e-verdade-que-as-celulas-do-corpo-humano-se-renovam-a-cada-7-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> localizadas por toda nossa cabeça, debaixo de cada fio de cabelo. Elas que criam os pigmentos que dão cor para as madeixas, a partir das informações que carregamos em nossos genes.&nbsp;



Aí você talvez diga: &#8220;espera aí, mas meus genes não mudaram&#8230; então como eu fiquei morena?&#8221;. A questão, minha colega, é que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112795-tecnica-de-edicao-de-genes-da-resultado-em-pacientes-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes</a> não se comportam da mesma forma a vida toda: os hormônios podem ativar ou desativar certos genes. Desse modo, quando uma pessoa atinge a puberdade, os genes podem &#8220;mandar&#8221; os melanócitos produzirem mais pigmento. E aí, o cabelo escurece.&nbsp;



Outra informação interessante é que existem dois pigmentos que dão cor às nossas <a href="https://www.youtube.com/watch?v=XsYVERo8FtQ&amp;ab_channel=JulianoSposito" rel="noopener noreferrer" target="_blank">madeixas de cabelo</a>: a eumelanina determina quão escuro seu cabelo é, enquanto a feomelanina mexe com a temperatura da cor. Pessoas ruivas tem muita feomelanina.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.allthingshair.com/pt-br/penteados-cortes/ideias-de-coloracao/ideia-de-coloracao-com-conseguir-o-tom-loiro-escuro-acinzentado-6-1/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/21/21230918507013.jpg" alt="Se o seu cabelo escureceu, a alternativa é ir ao cabeleireiro. Que tal um loiro acidentado? (Fonte: All Things Hair)"/></a><figcaption>Se você está insatisfeita com a cor do seu cabelo, você pode pintá-lo com esse <a href="https://www.youtube.com/watch?v=KAhl9P4vPk8&amp;ab_channel=Globoplay" rel="noopener noreferrer" target="_blank">loiro acidentado</a>, elaborado pelo Luiz Cláudio (Fonte: All Things Hair)</figcaption></figure>



<h2>Também é por isso que nosso cabelo fica branco!</h2>



Se você associou essa história da eumelanina com o fato de termos <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/75514-mito-ou-verdade-arrancar-um-fio-de-cabelo-branco-faz-nascerem-dez-no-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabelos brancos</a> quando envelhecemos, você está correto! Como explicamos, os melanócitos produzem pigmentos mais fortes ou mais fracos, de acordo com nossos genes.&nbsp;



A questão é que essas células começam a não funcionar tão bem, conforme a velhice começa a bater na nossa porta. Aí os novos fios de cabelo não tem tanto pigmento para crescerem morenos, como na juventude. Eles começam a ficar grisalhos e, em muitos casos, totalmente branquinhos.&nbsp;



Mas isso é algo que também depende da sua genética: se os seus parentes continuam com cabelo escuro até os cinquenta ou sessenta, quer dizer que seus melanócitos são bem fortes e aguentam mais tempo. Felizmente, é o meu caso. Papai já passou dos 60 e agora que tá começando a ficar grisalho. Obrigado, genética!&nbsp;



Antes que você diga que o estresse deixa <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103817-4-razoes-para-pessoas-jovens-apresentarem-cabelos-brancos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode deixar os cabelos brancos</a>, saiba que não é bem assim. O que acontece é que o estressa faz o cabelo cair mais rápido. Aí, se os seus melanócitos já não estão 100%, os novos fios nascem brancos. E, no fim das contas, escrever posts para o Mega não me causa nenhum estresse. Posso ter deixado de ser loiro, mas não terei cabelos brancos tão cedo.&nbsp;



Nem vou ficar <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/39809-mito-ou-verdade-os-carecas-sao-mesmo-mais-viris-do-que-os-cabeludos-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">careca</a>, como nosso editor.



[Nota do editor: isso não vai ficar barato, querido redator!]

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Por que o nosso cabelo escurece com o passar do tempo?

Imagem de Por quanto tempo embriões humanos podem permanecer congelados? no megacurioso

Utilizados em técnicas de fertilização in vitro e de criopreservação, os embriões sobrevivem armazenados em baixas temperaturas por muito tempo

O nascimento de uma garotinha nos Estados Unidos chamou a atenção da comunidade médica em 2020. No dia 26 de outubro, Molly Everette Gibson nasceu de um embrião congelado há 27 anos, o que estima-se ser um novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116967-recorde-bebe-nasce-de-embriao-congelado-ha-27-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">recorde</a> de tempo que um embrião humano ficou congelado antes de nascer. 



Segundo a reportagem produzida pelo The Washington Post, o embrião havia sido congelado em 1992 e permaneceu guardado em um refrigerador criogênico até 2012. Depois disso, a amostra embrionária foi colocada em um contêiner com nitrogênio líquido e levada até um banco de esperma, onde seria implantada no útero de Tina Gibson em fevereiro deste ano.



<h2>Sobrevivência do embrião humano</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/98/Human_Embryo.png/1280px-Human_Embryo.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16192112835320.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /></a><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



Pensando em toda a jornada da família Gibson, quanto tempo um embrião humano pode permanecer congelado e ainda ser eficiente? “Indefinidamente”, é o que diz o professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Stanford, Barry Behr. E tudo isso é graças ao processo chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116779-zhan-wenlian-a-primeira-mulher-da-china-em-criopreservacao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">criopreservação</a>. 



Durante a criopreservação, o embrião é congelado e armazenado em nitrogênio líquido na temperatura de -196 ?°C, o que já é capaz de interromper qualquer atividade biológica. Dessa forma, é como se as células que formam os primeiros estágios da vida humana simplesmente entrassem em pause e esperassem por uma resposta externa para voltarem a se reproduzir.



Portanto, mesmo que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/102081-embriao-artificial-e-criado-sem-necessidade-de-ovulo-ou-espermatozoide.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">embrião</a> passe décadas congelado, ele pode continuar crescendo naturalmente uma vez que seja “reaquecido” e implantando no útero. Isso explica o fato de Molly Gibson ter nascido após 27 anos sem qualquer tipo de complicação no parto.



<h2>Influência externa</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://pixabay.com/pt/photos/gravida-gestante-gestacao-2635034/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16192152755321.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" /></a><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



Por mais que os procedimentos criogênicos consigam fazer os embriões permanecerem congelados e intactos por vários anos consecutivos, ainda existem fatores externos que podem provocar certos tipos de dano ao material genético, explicou Behr em entrevista para o Live Science.



A radiação ionizante proveniente do Sol, que é capaz de atravessar todo tipo de material, é um dos fatores que pode colocar a “imortalidade” dos embriões em risco. De acordo com Behr, essa radiação provoca mutações ou danos ao material genético embrionário, comprometendo sua durabilidade.



Entretanto, os casos ainda são muito raros. Por mais que exista uma determinada cautela, o material coletado pela Universidade de Stanford não exibe nenhuma evidência de diferença na saúde dos bebês nascidos de embriões congelados e daqueles vindos de embriões recém transferidos.

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Por quanto tempo embriões humanos podem permanecer congelados?

Imagem de Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens no megacurioso

Terapia revolucionária devolveu a visão a camundongos cegos por trauma, doença ou velhice

O olho é um dos primeiros órgãos que se desgastam com o tempo, e foi por isso que pesquisadores da Escola de <a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Medicina</a> de Harvard o escolheram para testar a ideia de que seria possível fazer retroceder o relógio das células. E eles o fizeram.



Matéria de capa da revista Nature, o trabalho da equipe teve como ponto de partida a pesquisa do geneticista Shinya Yamanaka, laureado com um Nobel pela identificação de quatro fatores de transcrição (Oct4, Sox2, Klf4 e c-Myc) com a capacidade de apagar “sinais” específicos nas células, fazendo elas voltarem ao seu estado embrionário primitivo.



<figure class="mt-2"><a href="https://www.nature.com/articles/d41586-020-03403-0"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04175730323130.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Nature/Reprodução</figcaption></figure>



A terapia empregada foi desenvolvida por aquele que se tornaria o principal autor do estudo: o geneticista Yuancheng Lu. O principal problema era o quanto seria possível virar os ponteiros do relógio biológico para trás, pois, sem controle, a célula poderia regredir tanto que sua função acabaria se perdendo. 



Para resolver isso, Lu usou três dos genes Yamanaka (Oct4, Sox2 e Klf4, abandonando o quarto, c-Myc), levados até a retina dos olhos dos camundongos por um vírus inofensivo.



Os resultados não tardaram: o nervo óptico lesionado de um dos animais se regenerou, a perda de visão em camundongos como uma doença que emula o glaucoma humano foi revertida e ratos cegos por conta da velhice voltaram a enxergar.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04180202420131.jpg" alt="" /><figcaption>As células do nervo óptico lesionado se regeneraram em camundongos idosos tratados</figcaption></figure>



<h2>Liga e desliga</h2>



Se a maioria das células do nosso corpo têm as mesmas moléculas de DNA, a diferenciação de suas funções é determinada por apenas alguns genes específicos, e determinar quais serão lidos e expressados é a função do epigenoma, um sistema, grosso modo, que liga e desliga os genes de acordo com padrões específicos, sem alterar a sequência do DNA.



Para saber qual gene ativar ou que deve ser deixado adormecido, são usados “sinais” chamados de marcadores epigenéticos, os quais são moléculas que se conectam às bases do DNA em um processo chamado de metilação (justamente porque são moléculas dos grupos metil, ou CH3 – um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio).



Essas moléculas são como um aviso de que aquele gene não deve ser ativado – uma maneira de administrar como o DNA é usado pela célula sem alterar a sequência do genoma. Com o tempo, porém, a máquina bem azeitada começa a falhar pelo desgaste das peças: as células passam a ler os genes errados, dando origem a doenças do envelhecimento.



<h2>Juventude restaurada</h2>



Os processos de metilação do DNA (ou seja, quando os grupos metil se fixam a ele) acontecem durante o desenvolvimento embrionário, produzindo a diferenciação celular. Ao envelhecer, a célula perde os padrões juvenis de metilação, e os genes que deveriam ser ativados são desativados e vice-versa (algumas dessas mudanças são previsíveis e têm sido usadas para determinar tanto a idade biológica de células como de tecidos).



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04180807331132.jpg" alt="" /><figcaption>A retina de um dos camundongos que receberam a terapia genética rejuvenesceu</figcaption></figure>



Para desenvolver a terapia usada nos camundongos, os pesquisadores levantaram a hipótese de que, se a metilação do DNA realmente controla o envelhecimento, apagar alguns dos sinais poderia reverter a idade das células e dos tecidos, restaurando-os ao seu estado anterior e jovem.



“Confirmados por estudos posteriores, esses resultados poderão ser transformadores no tratamento de doenças da visão relacionadas à idade, como o glaucoma, beneficiando toda a terapêutica médica para doenças em geral”, disse um dos autores do estudo, o geneticista David Sinclair, ex-professor de doutorado de Yuancheng Lu.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208109-reprogramacao-epigenetica-celulas-voltarem-jovens.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208109-reprogramacao-epigenetica-celulas-voltarem-jovens.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens

Imagem de Gêmeos idênticos mais antigos do mundo existiram há 31 mil anos no megacurioso

Os esqueletos foram encontrados na Áustria e datam do Paleolítico Superior

Um túmulo encontrado em 2005 no sítio arqueológico de Krems-Wachtberg, na Áustria, pode ser o sepultamento mais antigo de gêmeos já registrado. Isso é o que indica um estudo publicado neste mês no periódico <a href="https://www.nature.com/articles/s42003-020-01372-8">Communications Biology</a>. 



Por meio de testes de DNA, os pesquisadores concluíram que os esqueletos pertenciam a irmãos gêmeos idênticos; um deles morreu pouco após o nascimento e o outro, cerca de 50 dias depois. Além disso, a menos de 2 metros do local havia um terceiro bebê, de aproximadamente 3 meses, com relação genética de terceiro grau — provavelmente um primo.



Os restos mortais dos três bebês estavam cobertos de ocre, um pigmento vermelho usado frequentemente em sepultamentos antigos em todo o mundo. Ainda, entre outras coisas, havia no túmulo duplo contas feitas de marfim de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/42331-10-gigantes-animais-pre-historicos-e-assustadores.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mamute</a> e uma omoplata enorme — também de mamute —, que protegeu os pequenos corpos por milhares de anos.



<h2>Descobertas e confirmações</h2>



De acordo com a bióloga Maria Teschler-Nicola, líder do estudo, descobrir um sepultamento múltiplo do Paleolítico já é especial por si só. Sendo assim, o fato de existir DNA em quantidade suficiente e de alta qualidade para ser extraído e analisado superou todas as expectativas. “Isso pode ser comparado a um bilhete de loteria”, explica a especialista em <a href="https://www.nhm-wien.ac.at/presse/pressemitteilungen2020/zwillinge_wachtberg" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um comunicado</a>.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/15/15113936304003.jpg" alt="(Fonte: OREA-ÖAW/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: OREA-ÖAW/Reprodução)</figcaption></figure>



Para determinar a idade, os pesquisadores analisaram o segundo incisivo superior de cada bebê, atentando especialmente à “linha do recém-nascido”, uma linha escura no esmalte do dente que separa o esmalte formado no período pré-natal daquele formado após o nascimento. Além disso, analisando elementos químicos, como isótopos de carbono, nitrogênio e bário, a equipe constatou que ambos os gêmeos foram amamentados. 



Aparentemente, o grupo enterrou o primeiro gêmeo e, em seguida, reabriu a sepultura para enterrar o segundo. Os pesquisadores explicam que essa descoberta confirma a prática histórico-cultural de reabertura de túmulo para fins de novo sepultamento, que nunca havia sido documentada antes em um cemitério do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114873-escultura-de-passaro-pode-rescrever-a-historia-do-leste-asiatico.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Paleolítico</a>.



Embora não se saiba exatamente o que causou a morte desses gêmeos e a de seu provável primo, tudo leva a crer que foram eventos dolorosos para o grupo. Os enterros extraordinários “parecem implicar que a morte dos bebês foi uma grande perda para a comunidade e sua sobrevivência”, afirma Maria Teschler-Nicola.

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