Imagem de Teste de DNA: o que eles podem dizer sobre você? no megacurioso

Há muitas informações contidas na carga genética, mas diversas são apenas especulação. Entenda melhor! 

O &aacute;cido desoxirribonucleico (DNA) se destaca por armazenar a informa&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica de grande parte dos seres vivos. Essa mol&eacute;cula &eacute; formada por nucleot&iacute;deos e apresenta forma de uma dupla h&eacute;lice.
H&aacute; 30 anos, realizar um teste de DNA era algo inimagin&aacute;vel, pois a tecnologia ainda estava se desenvolvendo no final da d&eacute;cada de 1990 dentro dos laborat&oacute;rios, e a popula&ccedil;&atilde;o via isso pela televis&atilde;o como algo do futuro.&nbsp;Pois &eacute;, o futuro chegou e agora &eacute; poss&iacute;vel realizar um teste de DNA comprado pela internet e receber todas as informa&ccedil;&otilde;es via e-mail por um pre&ccedil;o acess&iacute;vel.&nbsp;
O teste do DNA ficou popular no Brasil para ser utilizado na identifica&ccedil;&atilde;o de pai biol&oacute;gico de uma pessoa. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">padr&atilde;o de DNA de algu&eacute;m &eacute; &uacute;nico</a> e formado pela combina&ccedil;&atilde;o dos padr&otilde;es do pai e da m&atilde;e. Na pr&aacute;tica, o teste permite identificar na carga gen&eacute;tica do filho o que h&aacute; de semelhante com o poss&iacute;vel pai. Com a tecnologia existente, as amostras que podem ser coletadas pelo sangue, saliva ou fio de cabelo passam por processos que identificam a similaridade. Os testes chegam a ter a confiabilidade de 99,99%.
<h2 style="text-align: justify;">O que um teste de DNA pode revelar? &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01110607082117.jpg" alt="H&aacute; quem diga que no futuro os beb&ecirc;s poder&atilde;o ser geneticamente moldados, na busca de um ser humano perfeito, sem doen&ccedil;as ou imperfei&ccedil;&otilde;es. (Fonte: Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />H&aacute; quem diga que no futuro os beb&ecirc;s poder&atilde;o ser geneticamente moldados, na busca de um ser humano perfeito, sem doen&ccedil;as ou imperfei&ccedil;&otilde;es. (Fonte: Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se no passado o teste de DNA era um instrumento legal para descobrir a paternidade, hoje as empresas j&aacute; utilizam essa tecnologia como um produto. Em 2016, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, j&aacute; existiam 246 empresas de testes gen&eacute;ticos no mundo. No Brasil, j&aacute; &eacute; poss&iacute;vel encontrar empresas que vendem o teste para descobrir diversas informa&ccedil;&otilde;es.&nbsp;
Assim, ao realizar um teste de DNA, &eacute; poss&iacute;vel descobrir sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/39952-defensor-da-supremacia-branca-descobre-que-tem-dna-africano-ao-vivo-na-tv.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestralidade</a>, identificando a origem dos seus antepassados. Conforme os dados v&atilde;o sendo analisados e colocados em um banco de dados, fica mais f&aacute;cil identificar ancestrais em comum e at&eacute; parentes distantes.&nbsp;
Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel identificar aspectos relacionados &agrave; sa&uacute;de e alimenta&ccedil;&atilde;o, como intoler&acirc;ncia &agrave; lactose, efic&aacute;cia de dietas, metabolismo, defici&ecirc;ncia de vitaminas, capacidade antioxidante e de receptor de vitamina D. Muitas pessoas j&aacute; est&atilde;o realizando o teste e levando aos seus m&eacute;dicos e nutricionistas para que eles tenham uma dieta mais alinhada com os resultados que o corpo pode proporcionar.
Outro ponto interessante &eacute; que com a an&aacute;lise do tamanho dos tel&ocirc;meros &eacute; poss&iacute;vel prever a sua longevidade. Os tel&ocirc;meros s&atilde;o estruturas constitu&iacute;das por fileiras repetitivas de prote&iacute;nas e DNA. Sua principal fun&ccedil;&atilde;o &eacute; impedir o desgaste do material gen&eacute;tico e manter a estabilidade estrutural do cromossomo. Assim, a diminui&ccedil;&atilde;o dos tel&ocirc;meros confirma o envelhecimento das suas c&eacute;lulas.&nbsp;
Os testes tamb&eacute;m se popularizaram, pois eles ajudam a predizer a chance que voc&ecirc; tem de desenvolver Alzheimer, Diabetes tipo II, infarto do mioc&aacute;rdio, Parkinson, c&acirc;ncer e outras doen&ccedil;as associadas &agrave; carga gen&eacute;tica e que s&atilde;o heredit&aacute;rias.
<h2>&nbsp;O que um teste de DNA n&atilde;o pode revelar?</h2>
Nem todas as empresas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/102364-seria-possivel-descobrir-e-sequenciar-o-dna-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testes de DNA</a> oferecem servi&ccedil;os relacionados &agrave; previs&atilde;o de etnia e &agrave; localiza&ccedil;&atilde;o de parentes. Algumas delas oferecem informa&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o necessariamente podem ser analisadas com o sequenciamento gen&eacute;tico.&nbsp;
H&aacute; empresas, por exemplo, que prometem uma vis&atilde;o sobre a capacidade atl&eacute;tica das crian&ccedil;as, descobertas de talentos inatos para identifica&ccedil;&atilde;o de poss&iacute;veis g&ecirc;nios. Essa descoberta poderia servir para moldar a carreira do indiv&iacute;duo, com intuito de que ele fa&ccedil;a parte de uma elite. H&aacute; casos, inclusive, de marcas que vendem o teste em conjunto com treinos de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos e alimenta&ccedil;&atilde;o mais indicada, conforme os seus padr&otilde;es gen&eacute;ticos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01110251257115.jpg" alt="J&aacute; houve empresas que inclu&iacute;ram o &ldquo;wine explorer&rdquo; nos resultados, afirmando que seria poss&iacute;vel prever qual vinho voc&ecirc; gostaria baseado na sua carga gen&eacute;tica. (Fonte: Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />J&aacute; houve empresas que inclu&iacute;ram o &ldquo;wine explorer&rdquo; nos resultados, afirmando que seria poss&iacute;vel prever qual vinho voc&ecirc; gostaria baseado na sua carga gen&eacute;tica. (Fonte: Freepik/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A marca &ldquo;AncestryDNA&rdquo; fez parceria com o Spotify para criar listas de reprodu&ccedil;&atilde;o personalizadas com base nas regi&otilde;es ancestrais de onde os clientes v&ecirc;m. A a&ccedil;&atilde;o foi criticada, pois ignora toda a experi&ecirc;ncia vivida pelo indiv&iacute;duo para criar seus gostos e sua cultura. &Eacute; como se, ao ouvir a m&uacute;sica, uma afinidade cultural esquecida seria reativada em nossas c&eacute;lulas.
Alguns cientistas n&atilde;o concordam com essa comercializa&ccedil;&atilde;o, pois d&atilde;o uma falsa autoridade cient&iacute;fica aos testes e podem acabar diminuindo a confian&ccedil;a do consumidor. De fato, o entendimento sobre os testes gen&eacute;ticos ainda &eacute; pouco difundido, e eles s&atilde;o ferramentas importantes para ajudar nas orienta&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas.
Um estudo publicado no livro DNA mystique: the gene as a cultural icon, publicado em 1995, mostrou como as pessoas se sentem influenciadas por sua gen&eacute;tica quando s&atilde;o informadas sobre ela. No estudo, ao dizer para os pesquisados que eles tinham baixa resist&ecirc;ncia ao exerc&iacute;cio f&iacute;sico, os resultados reais eram realmente piores mesmo do que a pessoa n&atilde;o tivesse o gene.&nbsp;
Para aqueles em que foi dito que havia um gene de saciedade em sua carga gen&eacute;tica, o corpo produziu mais horm&ocirc;nio que se correlaciona com a saciedade. Por acreditarem que estavam geneticamente predestinados a algo, essas pessoas tornaram isso verdade.&nbsp;
Em outras palavras, por mais que sejam observadas de perto nossas duplas h&eacute;lices, h&aacute; caracter&iacute;sticas, gostos, v&iacute;cios e amores que n&atilde;o dependem da carga gen&eacute;tica, mas sim das experi&ecirc;ncias, dos h&aacute;bitos e das viv&ecirc;ncias que tivemos.
<h2>Descubra sua Ancestralidade com a Genera</h2>
O teste faz o mapeamento gen&eacute;tico e te mostra suas ancestralidades. Voc&ecirc; pode fazer o teste em casa, por saliva, e mandar para o laborat&oacute;rio analisar.
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Teste de DNA: o que eles podem dizer sobre você?

Imagem de 6 fatos estranhos (porém verdadeiros) sobre o DNA no megacurioso

A gente pode se achar o diferentão, mas a real é que 99,9% do nosso DNA é igualzinho ao de todos os outros humanos

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/35760-hoje-faz-60-anos-que-a-dupla-helice-de-dna-foi-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descoberta da dupla-h&eacute;lice do DNA</a>, na d&eacute;cada de 1950, foi uma das mais importantes revolu&ccedil;&otilde;es da ci&ecirc;ncia na hist&oacute;ria, rendendo o Nobel de Medicina para os respons&aacute;veis (menos para Rosalind Franklin, infelizmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114422-homenagem-a-10-maes-queridas-da-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mas isso &eacute; outra hist&oacute;ria</a>) e abrindo espa&ccedil;o para uma infinidade de novas descobertas.&nbsp;
Se, hoje, a gente fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119222-6-coisas-que-voce-deve-saber-antes-de-fazer-um-teste-de-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testes de DNA</a> ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115391-dna-de-cadeia-quadrupla-abre-caminho-para-terapia-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terapias gen&eacute;ticas</a> contra v&aacute;rias doen&ccedil;as, &eacute; porque a dupla-h&eacute;lice foi descoberta e tem sido estudada incessantemente desde 1953. Claro que, no meio de tantas descobertas &uacute;teis para a humanidade, tamb&eacute;m h&aacute; alguns fatos estranhos &mdash; ou, no m&iacute;nimo, megacuriosos. &Eacute; sobre eles que a gente fala a seguir, nessa lista de seis fatos estranhos (por&eacute;m verdadeiros) sobre o DNA.
<h2>1. O DNA &eacute; comprido &mdash; bem comprido</h2>
Se as h&eacute;lices fossem desenroladas e todos os fios fossem dispostos em sequ&ecirc;ncia, o DNA de cada uma das suas c&eacute;lulas teria cerca de 1,80 metro. Considerando que n&oacute;s temos mais de 100 trilh&otilde;es de c&eacute;lulas, o DNA do corpo todo alcan&ccedil;aria mais de 177 bilh&otilde;es de quil&ocirc;metros, se colocado em fila. Essa dist&acirc;ncia daria pra fazer mais de 600 viagens de ida e volta entre a Terra e o Sol.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01183141884354.jpeg" alt="A dist&acirc;ncia entre a Terra e o Sol &eacute; enorme, mas seu DNA enfileirado poderia cobri-la seis vezes! (Imagem: Reader's Digest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />A dist&acirc;ncia entre a Terra e o Sol &eacute; enorme, mas seu DNA enfileirado poderia cobri-la seis vezes! (Imagem: Reader's Digest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>2. 3 bilh&otilde;es? 3 bilh&otilde;es!</h2>
Esse tamanho todo, talvez, se deva &agrave; grande quantidade de pares de bases que temos em cada mol&eacute;cula de DNA. Ao todo, o genoma humano soma 3 bilh&otilde;es de pares de bases, que se arranjam no formato de dupla-h&eacute;lice. A adenina (A) sempre forma pares com timina (T), enquanto a guanina (G) se liga &agrave; citosina (C).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01182236578345.jpeg" alt="Tr&ecirc;s bilh&otilde;es de pares de bases? &Eacute;, tr&ecirc;s bilh&otilde;es! (Imagem: Rede Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Tr&ecirc;s bilh&otilde;es de pares de bases? &Eacute;, tr&ecirc;s bilh&otilde;es! (Imagem: Rede Globo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>3. Diferent&atilde;o? Que nada!</h2>
Cada ser humano &eacute; &uacute;nico e especial, n&atilde;o &eacute; mesmo? Quer dizer, 0,1% pode at&eacute; ser, mas os outros 99,9% dos 3 bilh&otilde;es de pares do DNA humano &eacute; exatamente igual em todos os 7 bilh&otilde;es de indiv&iacute;duos que andam pela face da Terra. Por&eacute;m, esse 0,1% de 3 bilh&otilde;es ainda &eacute; o suficiente para fazer com que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112548-duas-pessoas-podem-ter-o-mesmo-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cada pessoa seja diferente</a>.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01182820871350.jpeg" alt="Todos n&oacute;s somos 99,9% " clones="" uns="" dos="" outros="" quase="" como="" o="" homem-aranha="" apontando="" imagem:="" dicion="" rio="" popular="" reprodu="" />Todos n&oacute;s somos 99,9% "clones" uns dos outros &mdash; quase como o Homem-Aranha apontando (Imagem: Dicion&aacute;rio Popular/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>4. Gene &eacute; DNA, mas DNA n&atilde;o &eacute; s&oacute; gene</h2>
Muitas pessoas costumam achar que os genes e o DNA s&atilde;o a mesma coisa. Contudo, apenas uma parcela de 1 a 3% do seu DNA &eacute; formada por genes. Ent&atilde;o, o que &eacute; o resto? Bom, as outras partes do DNA existem para controlar a atividade dos seus genes, por&eacute;m n&atilde;o s&atilde;o genes.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01183322554355.jpeg" alt="Apesar dos genes fazerem parte do DNA, o DNA &eacute; mais do que isso (Imagem: Imagem: Pixabay)" />Apesar dos genes fazerem parte do DNA, o DNA &eacute; mais do que isso (Imagem: Imagem: Pixabay)
<h2>5. Ela &eacute; metade italiana, voc&ecirc; sabia?</h2>
Conforme as pesquisas foram avan&ccedil;ando, a tecnologia de an&aacute;lise do DNA se tornou mais acess&iacute;vel &mdash; de modo que, atualmente, fazer testes gen&eacute;ticos &eacute; algo alcan&ccedil;&aacute;vel para muitas pessoas. Um dos testes mais realizados &eacute; o de ancestralidade, que permite saber se voc&ecirc; &eacute; realmente "metade italiana", como a Lady Gaga, ou se voc&ecirc; tem mais gen&eacute;tica ind&iacute;gena do que seus irm&atilde;os... e por a&iacute; vai!
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01183924737357.png" alt="Depois de abrir o e-mail do teste de ancestralidade, &eacute; normal ficar " passada="" com="" os="" resultados="" imagem:="" twitter="" reprodu="" o="" />Depois de abrir o e-mail do teste de ancestralidade, &eacute; normal ficar "passada" com os resultados (Imagem: Twitter/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>6. Basta uma amostra para abrir um novo mundo</h2>
Como dissemos acima, os testes de DNA est&atilde;o ficando cada vez mais acess&iacute;veis. Mas, al&eacute;m da ancestralidade, eles podem revelar uma infinidade de informa&ccedil;&otilde;es. Na real, h&aacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br//ciencia/119227-quais-sao-os-tipos-de-teste-de-dna-e-qual-e-o-melhor-para-voce.htm?utm_source=megacurioso.com.br&amp;utm_medium=internas&amp;utm_campaign=ultimasnoticias" rel="noopener noreferrer" target="_blank">v&aacute;rios tipos de teste de DNA</a> que podem rastrear possibilidade de doen&ccedil;as, demonstrar informa&ccedil;&otilde;es sobre sa&uacute;de e estilo de vida e at&eacute; conectar voc&ecirc; com parentes perdidos.
O mais interessante nisso tudo &eacute; que voc&ecirc; s&oacute; precisa de uma amostrinha do seu DNA, retirada da sua saliva, para ter acesso a esse universo de informa&ccedil;&otilde;es. Ah, a ci&ecirc;ncia!
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01184156204360.gif" alt="Voc&ecirc; pode ficar assim com as informa&ccedil;&otilde;es que podem ser reveladas no seu genoma (Imagem: Tenor)" />Voc&ecirc; pode ficar assim com as informa&ccedil;&otilde;es que podem ser reveladas no seu genoma (Imagem: Tenor)

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6 fatos estranhos (porém verdadeiros) sobre o DNA

Imagem de Quais são os tipos de teste de DNA e qual é o melhor para você? no megacurioso

Com três métodos de análise mais comuns, cada teste de ancestralidade de DNA pode trazer diferentes graus de informação

Para quem deseja realizar um teste de ancestralidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/119212-christine-salley-a-amostra-de-dna-que-revelou-um-crime.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> e descobrir mais sobre o passado da sua fam&iacute;lia e da sua pr&oacute;pria hist&oacute;ria, &eacute; preciso coletar o m&aacute;ximo de informa&ccedil;&otilde;es poss&iacute;veis sobre esse processo e como realiz&aacute;-lo. O primeiro passo &eacute; saber diferenciar os tipos de teste existentes nos laborat&oacute;rios e qual &eacute; o melhor para alcan&ccedil;ar seu objetivo.
Atualmente, existem tr&ecirc;s testagens mais comuns no mercado: cromossomo Y (ou Y-DNA), mitocondrial (ou mtDNA) e autoss&ocirc;mico. Cada um deles produz um tipo de informa&ccedil;&atilde;o diferente e servem prop&oacute;sitos distintos. Portanto, vamos nos aprofundar sobre o assunto e entender como eles funcionam.
<h2>Teste de Y-DNA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01104857339100.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111956-cromossomo-y-pode-desaparecer-em-futuro-distante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cromossomo Y</a> &eacute; passado de pai para filho em tese sem nenhum tipo de altera&ccedil;&atilde;o, os homens podem identificar ancestralidade patrilinear realizando o teste de Y-DNA. Ou seja, esse &eacute; um teste que s&oacute; serve para indiv&iacute;duos do sexo masculino e ajuda a descobrir mais informa&ccedil;&otilde;es sobre a linhagem gen&eacute;tica masculina da fam&iacute;lia.
Como mulheres n&atilde;o possuem o cromossomo Y, esse tipo de testagem n&atilde;o &eacute; habilitado para o sexo feminino. Entretanto, elas ainda podem descobrir essas informa&ccedil;&otilde;es por meio de irm&atilde;os, pais, tios paternos ou av&ocirc;s paternos.&nbsp;
O teste de Y-DNA serve consegue desvendar o haplogrupo de um homem, que s&atilde;o s&eacute;ries de alelos em lugares espec&iacute;ficos de um cromossomo herdados de um &uacute;nico progenitor no passado. Tendo em vista que um &uacute;nico ancestral masculino &eacute; rastreado por esse g&ecirc;nero de testagem, nenhuma mulher (nem seus ancestrais masculinos) de quem um homem descende aparecem nos resultados.
<h2>Teste de mtDNA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01104915230102.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se por um lado o teste de Y-DNA serve para entendermos a ancestralidade patrilinear, o teste de mtDNA &eacute; exatamente o oposto. Atrav&eacute;s da an&aacute;lise da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112283-ansiedade-pode-estar-relacionada-as-mitocondrias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitoc&ocirc;ndria</a>, &eacute; poss&iacute;vel identificar a ancestralidade matrilinear que &eacute; passada de uma m&atilde;e para o seu filho. Ou seja, nesse caso conseguimos observar a linhagem materna da fam&iacute;lia.
Como ambos os g&ecirc;neros possuem a mitoc&ocirc;ndria, tanto o sexo masculino quanto o feminino podem realizar o teste de mtDNA. Vale ressaltar que esse teste de ancestralidade, assim como o Y-DNA, analisa uma quantidade muito mais restrita de informa&ccedil;&otilde;es.
O teste de DNA mitocondrial revela um haplogrupo de mtDNA, o grupo de ancestrais provenientes da linhagem matrilinear. Como a mitoc&ocirc;ndria &eacute; passada para as crian&ccedil;as somente pela m&atilde;e, esse teste n&atilde;o consegue identificar os dados sobre nenhum dos homens da fam&iacute;lia ou seus ancestrais.
<h2>Teste de DNA autoss&ocirc;mico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01104936387103.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Enquanto os outros dois tipos de testes citados no artigo s&atilde;o mais espec&iacute;ficos trazem informa&ccedil;&otilde;es mais complexas, o teste de DNA autoss&ocirc;mico &eacute; o mais comum de todos e rastreia os cromossomos autoss&ocirc;micos de uma pessoa. Essa &eacute; a parte do nosso material gen&eacute;tico que cont&eacute;m segmentos de DNA pertencentes aos dois lados da fam&iacute;lia.
Sendo assim, podemos analisar nossas linhagens maternas e paternas diretamente ou at&eacute; mesmo de forma indireta. Como todas as pessoas no mundo possuem cromossomos, qualquer indiv&iacute;duo est&aacute; habilitado a realizar um teste de DNA autoss&ocirc;mico e ser&aacute; igualmente eficiente.&nbsp;
Esse tipo de amostragem n&atilde;o carrega informa&ccedil;&otilde;es sobre os haplogrupos, mas consegue identificar pessoas pertencentes a sua &aacute;rvore geneal&oacute;gica e uma estimativa de etnia de sua ancestralidade por porcentagem. Toda essa an&aacute;lise &eacute; feita por meio do banco de dados de um servidor, o qual re&uacute;ne dados de diferentes localidades no mundo.
Ao contr&aacute;rio dos demais testes, testes autoss&ocirc;micos podem confirmar porcentagens de etnias e relacionamentos pr&oacute;ximos com outros indiv&iacute;duos vivos ou mortos em um alto n&iacute;vel de precis&atilde;o.
<h2>Qual teste realizar?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01105003106104.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Antes de abordarmos qual teste de DNA &eacute; o mais indicado para cada pessoa, devemos entender quais s&atilde;o os motivos para uma pessoa ser testada. Quais informa&ccedil;&otilde;es eu posso obter ap&oacute;s a coleta do meu material gen&eacute;tico? As principais delas s&atilde;o:
<ul>
<li>Entender a &aacute;rvore geneal&oacute;gica da fam&iacute;lia;</li>
<li>Padr&otilde;es de migra&ccedil;&atilde;o de ancestrais;</li>
<li>Descobrir parentes perdidos na hist&oacute;ria familiar;</li>
<li>Compreender a porcentagem &eacute;tnica de uma fam&iacute;lia;</li>
<li>Testagem de paternidade;</li>
<li>Rastreamento de doen&ccedil;as no hist&oacute;rico familiar;</li>
<li>Informa&ccedil;&otilde;es sobre sa&uacute;de e estilo de vida.</li>
</ul>
Como o DNA carrega diversas informa&ccedil;&otilde;es important&iacute;ssimas sobre a nossa exist&ecirc;ncia na Terra, s&atilde;o v&aacute;rios os resultados que podemos obter ap&oacute;s sermos analisados e a escolha de qual teste dever&aacute; ser feito depende muito de qual &eacute; o seu objetivo. Portanto, tenha em mente os seguintes fatores:
<ul>
<li>Y-DNA: como esse teste analisa apenas o cromossomo Y, ele &eacute; o mais indicado para quem deseja descobrir mais informa&ccedil;&otilde;es sobre seu pai biol&oacute;gico e a linhagem masculina de seus antecessores diretos.&nbsp;</li>
<li>mtDNA: esse teste s&oacute; pode rastrear a linhagem matrilinear da &aacute;rvore geneal&oacute;gica da fam&iacute;lia e possui campo de an&aacute;lise mais limitado. Entretanto, ele consegue observar informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas existentes h&aacute; milhares de anos.</li>
<li>Autoss&ocirc;mico: o mais comum e mais diverso. Apesar de n&atilde;o ser t&atilde;o espec&iacute;fico quanto os demais testes, a ancestralidade autoss&ocirc;mica revela informa&ccedil;&otilde;es muito mais precisas sobre etnicidade e rela&ccedil;&otilde;es familiares pr&oacute;ximas.&nbsp;</li>
</ul>
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<ul>
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</ul>

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Quais são os tipos de teste de DNA e qual é o melhor para você?

Imagem de 6 coisas que você deve saber antes de fazer um teste de DNA no megacurioso

O que exatamente é um teste de DNA e como ele funciona? Chegou a hora de responder algumas de suas maiores dúvidas

Ao passo que realizar testes de DNA se tornou algo mais comum e de f&aacute;cil acesso para as pessoas, mais d&uacute;vidas surgem sobre esse processo. Quando voc&ecirc; recebe o kit de testagem, voc&ecirc; ser&aacute; instru&iacute;do a seguir uma s&eacute;rie de recomenda&ccedil;&otilde;es para que o laborat&oacute;rio possa colher uma amostra do seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115533-humanos-de-hoje-tem-dna-de-neandertais-e-de-ancestral-desconhecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a>. Isso pode ser desde um pouco de saliva em um tubo ou uma amostra coletada por meio de cotonete no interior da sua boca.
Por&eacute;m, para que tudo isso serve? Hoje n&oacute;s vamos esclarecer algumas das maiores d&uacute;vidas a respeito dos testes de DNA e trazer outras informa&ccedil;&otilde;es importantes sobre esse processo para que voc&ecirc; se mantenha atualizado. Preste aten&ccedil;&atilde;o!
<h2>1. Entendendo os testes de DNA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01095131387061.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Afinal, por que algu&eacute;m realizaria um teste de DNA? Essa pequena amostra de material gen&eacute;tico pode dizer muito sobre n&oacute;s mesmos. Ao analisarmos o DNA de perto, podemos nos aprofundar sobre v&aacute;rias de nossas "fun&ccedil;&otilde;es" presentes no c&oacute;digo gen&eacute;tico, tal como informa&ccedil;&otilde;es sobre sa&uacute;de e estilo de vida.
Alguns testes gen&eacute;ticos s&atilde;o extremamente eficientes para compreendermos o hist&oacute;rico de nossas fam&iacute;lias. Isto &eacute;, ajudando voc&ecirc; a entender sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/39951-pesquisador-revela-a-mais-extensa-arvore-genealogica-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;rvore geneal&oacute;gica</a>, os padr&otilde;es de migra&ccedil;&atilde;o de seus ancestrais e at&eacute; mesmo identificar parentes que voc&ecirc; nunca soube que tinha.
<h2>2. Riscos de privacidade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01095313199064.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
&Eacute; importante estar atento a todo tipo de informa&ccedil;&atilde;o, pois os testes de DNA carregam dados extremamente relevantes sobre a sua gen&eacute;tica. Portanto, empresas que n&atilde;o estabelecem um contrato de confidencialidade e prote&ccedil;&atilde;o de dados podem usar suas informa&ccedil;&otilde;es para meios n&atilde;o t&atilde;o interessantes.
Al&eacute;m disso, testes de DNA podem carregar informa&ccedil;&otilde;es que talvez voc&ecirc; n&atilde;o esteja preparado para ouvir. Um dos exemplos disso s&atilde;o os casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/101204-11-pessoas-que-nao-foram-bem-treinadas-para-essa-tal-de-paternidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paternidade</a> atribu&iacute;da incorretamente ou dados chocantes sobre o hist&oacute;rico familiar.
<h2>3. Escolhendo o servi&ccedil;o de testagem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01095343090065.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Antes de realizar um teste de DNA, &eacute; importante buscar mais informa&ccedil;&otilde;es sobre o local onde voc&ecirc; ser&aacute; testado. Quanto maior for a base de dados deles, maiores ser&atilde;o as chances de voc&ecirc; descobrir mais coisas sobre o hist&oacute;rico da sua fam&iacute;lia ou at&eacute; mesmo um parente perdido por a&iacute;.
Quando se trata de informa&ccedil;&otilde;es sobre sa&uacute;de e estilo de vida, os testes de DNA usam algumas das mesmas informa&ccedil;&otilde;es. Este &eacute; realmente um processo de correspond&ecirc;ncia, mas em vez de procurar por membros da fam&iacute;lia, o provedor de teste procura caracter&iacute;sticas correspondentes, particularmente marcadores gen&eacute;ticos para certas doen&ccedil;as e caracter&iacute;sticas.
<h2>4. Estrutura do DNA</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01095407059066.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
De maneira resumida, o DNA &eacute; um c&oacute;digo. A ordem e combina&ccedil;&atilde;o desse c&oacute;digo fornece instru&ccedil;&otilde;es para que o organismo crie mat&eacute;ria org&acirc;nica. Segmentos de DNA convertem amino&aacute;cidos em prote&iacute;nas. Prote&iacute;nas, por sua vez, fazem todo tipo de coisa, incluindo gerar novas c&eacute;lulas.
E assim formam-se os tecidos, &oacute;rg&atilde;os e a nossa exist&ecirc;ncia. Longas fitas de DNA s&atilde;o chamadas de cromossomos. Esses cromossomos s&atilde;o passados de pai e m&atilde;e para filho. O DNA da crian&ccedil;a cont&eacute;m um c&oacute;digo que representa as caracter&iacute;sticas de ambos os pais.
<h2>&nbsp;5. As limita&ccedil;&otilde;es das testagens</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01095429309067.png" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Os cromossomos funcionam quase como a impress&atilde;o digital de cada um de nossos pais. Por isso, mesmo irm&atilde;os de pais ou m&atilde;es diferentes compartilham uma boa quantidade de informa&ccedil;&otilde;es. O mesmo vale para os primos, mas dessa vez em uma quantidade menor e por a&iacute; vai.
Quanto mais procuramos pelo passado, menos informa&ccedil;&otilde;es sobre o sequenciamento gen&eacute;tico ir&atilde;o coincidir com nossos antepassados. Por isso, existe um determinado limite para quanto conseguimos "voltar no tempo" e tudo isso depende do tipo de testagem adotada.
<h2>6. Os tipos de teste</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/07/01/01095454606068.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Normalmente, existem tr&ecirc;s tipos de testes diferentes: Autoss&ocirc;mico, Y-DNA e mtDNA, sendo o primeiro o mais comum entre eles. Eles podem ser administrados a homens e mulheres e remontar &agrave; linhagem de ambos os sexos. O teste de Y-DNA s&oacute; pode ser feito com homens e rastreia o DNA de volta &agrave; ancestralidade patrilinear (basicamente de pai para av&ocirc; e bisav&ocirc;).
O mtDNA, por outro lado, foi criado para as mulheres e acompanha a ancestralidade matrilinear. Os testes autoss&ocirc;micos podem fornecer informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas de qualidade que remontam a quatro ou cinco gera&ccedil;&otilde;es de uma fam&iacute;lia. Como os testes de Y-DNA e mtDNA s&atilde;o mais focados em um lado da linha, voc&ecirc; pode obter informa&ccedil;&otilde;es mais antigas, mas com menos dados sobre a estrutura familiar.

<h2>Descubra sua Ancestralidade com a Genera</h2>
O teste faz o mapeamento gen&eacute;tico e te mostra suas ancestralidades. Voc&ecirc; pode fazer o teste em casa, por saliva, e mandar para o laborat&oacute;rio analisar.
<ul>
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</ul>

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6 coisas que você deve saber antes de fazer um teste de DNA

Imagem de Christine Salley: a amostra de DNA que revelou um crime no megacurioso

Em 2018, a mulher só queria encontrar sua mãe biológica, mas se deparou com algo pior

<head></head><body>Em meados de 2018, Christine Marie Salley, moradora do estado de Virgínia, nos Estados Unidos, decidiu contratar um investigador particular para descobrir quem eram seus pais biológicos.Após algumas buscas, o homem identificou a mãe de Salley como Pamela Dianne Duffey, através de uma papelada de adoção. Para confirmar a suspeita, o investigador requisitou amostras de DNA de Salley para enviar para o GEDmatch, um serviço online de genealogia.O site indicou uma relação de mãe e filha com Salley a partir de uma amostra não identificada que havia sido enviada para a base de dados pelas autoridades do estado de Virgínia.<h2>A mulher no deserto</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;People&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcReCEoE-xWNp2gAEv1-ACP2CfvGk8aOSwbHz-i4fg0FgfoK_phndIiKQAyfCDjIaQKW-BAnS0dxvcE&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/29/29171852796340.jpg" alt="Pamela Dianne Duffy. (Fonte: People/Reprodução)">Pamela Dianne Duffy. (Fonte: People/Reprodução)Em novembro de 1980, um arqueólogo de Ludlow, na Califórnia, descobriu uma cova rasa no deserto de Mojave contendo os restos mortais de um homem e uma mulher. De acordo com a perícia, eles foram espancados e depois mortos a tiros, porém a polícia foi incapaz de identificá-los devido ao estado avançado de decomposição.A amostra de DNA de Salley foi compativa com a dessa mulher desconhecida, cujo nome poderia ser Pamela Dianne Duffey. Os investigadores do condado de San Bernardino reabriram o caso de 40 anos e pediu para que Salley fornecesse tudo o que tinha sobre sua mãe.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Closer&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRnh_ZWyfDtQfT9HJkd5NiMLby1z3WAPnHeDaV5wUfoWaAEB3UZiutUqIU02966EBOH2JP0C-chQnk&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/29/29172401152344.jpeg" alt="William Everette Lane. (Fonte: Closer/Reprodução)">William Everette Lane. (Fonte: Closer/Reprodução)O Departamento de Justiça da Califórnia combinou os testes e descobriu que Duffey tinha apenas 21 anos quando foi assassinada. Salley se lembrou que sua mãe biológica foi muito amiga de um homem chamado Digger Lane antes de sumir de sua vida.O nome, porém, não constava em nenhum documento, mas os investigadores encontraram um William Everette Lane com um registro, inclusive presidiário, parecido com o de Digger Lane. Com família em Jacksonville, na Flórida, seus parentes foram rastreados e forneceram às autoridades amostras de DNA que foram compatíveis com as do homem enterrado com Duffey no deserto.Então eles só precisavam do assassino.<h2>O nome dele</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/29/29172513088346.jpg" alt="(Fonte: FOX 5 San Diego/Reprodução)">(Fonte: FOX 5 San Diego/Reprodução)O Gabinete do Xerife de San Bernardino já tinha um suspeito em mente: Howard Neal, então com 68 anos, condenado à prisão perpétua em 1982 por estuprar e matar sua sobrinha de 13 anos e seu amigo de 12 anos, além de matar o próprio irmão.Neal estivera na mesma região onde Duffey e Lane foram enterrados e havia se mudado para o Mississippi logo em seguida.Em entrevista, o criminoso confessou que deu carona ao casal e os levou até sua residência, onde acabou entrando em uma discussão com o homem e sentiu que seria morto se não o matasse. Ele reforçou que Duffey implorou por sua vida, dizendo que tinha uma filha – reforçando a crença dos investigadores de que essa seria Salley.O Departamento do Xerife encerrou o caso e devolveu os restos mortais para as respectivas famílias, transformando a vontade de Christine Salley de se reencontrar com a mãe em um filme de terror.</body>

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Christine Salley: a amostra de DNA que revelou um crime

Imagem de Ministro da Rússia quer clonar guerreiros mortos há 3 mil anos no megacurioso

Sergei Shoigu deseja montar um exército com os povos cita, mas pode haver mais por trás disso

<head></head><body>Durante uma reunião online da Sociedade Geográfica Russa, em abril desse ano, o Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, anunciou seus planos para clonar os restos mortais de guerreiros citas mortos há mais de 3 mil anos. Eles foram descobertos na República de Tuva, em meados da década de 1990, por um grupo de arqueólogos da Sibéria.Um dos mais fortes aliados do presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106467-vladimir-putin-planeja-missao-russa-para-explorar-marte-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vladimir Putin</a>, Shoigu, sendo nativo de Tuva, disse que seu objetivo de clonagem é visando "a abundância de DNA que foi preservado no permafrost siberiano". Ele teria sido auxiliado por um mestre xamã durante as escavações para que não "irritasse" os espíritos desse povo iraniano da Antiguidade Clássica, e agora planeja construir um exército de mortos.“É claro que gostaríamos muito de encontrar a matéria orgânica, e acredito que você entenda o que viria depois disso”, disse ele, segundo o Daily Mail. “Seria impossível fazer algo com isso, se não Dolly, a Ovelha. Em geral, será muito interessante”.<h2>Peça de propaganda ou não?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Yahoo News&nbsp;" data-fonte-url="https://s.yimg.com/ny/api/res/1.2/y3t9IoB3NwCbGINGIupgeA--/YXBwaWQ9aGlnaGxhbmRlcjt3PTcwNTtoPTM1Mi41/https://s.yimg.com/uu/api/res/1.2/jnPDMLB3A7k7S7N5tqAIEA--~B/aD00NTA7dz05MDA7YXBwaWQ9eXRhY2h5b24-/https://media.zenfs.com/en/hearst_mens_health_171/ec7ed13e98bb49adcfb35d5bd7877697"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/25/25180041996396.jpg" alt="(Fonte: Yahoo News/Reprodução)">(Fonte: Yahoo News/Reprodução)Em 2018, Shoigu retomou as escavações iniciadas em 1998, dessa vez com especialistas russos e suíços, encontrando os restos mortais enterrados dos guerreiros com seus cavalos.“A descoberta mais interessante foram os restos mortais de sacrifícios de cavalos”, disse o arqueólogo Timur Sadykov. “Isso mais uma vez confirma a herança cultural de Kurgan”.No entanto, a bagagem histórica sempre foi tida como a menos importante de todo o processo, ainda mais com a descoberta de ossos fossilizados que alimentaram a esperança de clonagem da Sociedade Geográfica Russa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/25/25180309166397.jpg" alt="(Fonte: Diário Liberdade/Reprodução)">(Fonte: Diário Liberdade/Reprodução)“Muitas coisas já foram confirmadas, mas ainda há muito o que ser feito”, disse Shoigu, segundo o Sputnik News.Apesar de a comparação com a ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado que ganhou as manchetes do mundo em julho de 1996, ainda é incerto o quão empenhado o governo russo está para clonar de volta à vida o exército cita.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/25/25180533195398.jpg" alt="(Fonte: Kabarin/Reprodução)">(Fonte: Kabarin/Reprodução)Por outro lado, assim como cientistas políticos e um relatório da PBS de 2017 avaliaram, o Kremlin e a própria mídia trabalham em conluio para produzir desinformação de modo a confundir as demais autoridades perante o mundo.Portanto, existe a possibilidade de que o anúncio tenha sido feito com duplo propósito político, visto que recentemente a Rússia implantou quase 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia – o que daria uma ótima peça de propaganda política. </body>

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Ministro da Rússia quer clonar guerreiros mortos há 3 mil anos

Imagem de Qual é a espécie mais geneticamente diversa do mundo? no megacurioso

Entenda qual espécie possui a maior diversidade de genes em sua composição e o que esse fenômeno significa para a natureza

<head></head><body>Você faz ideia de qual seja a espécie de seres vivos mais geneticamente diversa existente no mundo? É possível que o primeiro pensamento de uma pessoa passe por uma espécie de borboleta com mais de 20 cores diferentes, ou até mesmo alguma bactéria que se divide a cada 20 minutos e adquire novas mutações. Entretanto, ambas respostas estão incorretas.De acordo com cientistas, a atual detentora desse recorde é uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/45687-conheca-mais-8-cogumelos-estranhos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cogumelos</a> que vive em madeira podre chamados de "Gillies". Do outro lado, os linces são animais com baixíssima diversidade genética. Possuir diversidade de genes é uma característica bastante favorável aos seres vivos, já que isso garante adaptação aos mais diferentes tipos de ambiente.<h2>Hiperdiversidade genética</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28043837065000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Essencialmente, a diversidade genética é medida pela quantidade de vezes que duas fitas de DNA presentes em uma mesma localização genômica variam entre si dentro de uma população. Portanto, a diversidade genética significa a porcentagem de posições dentro do genoma onde se espera que dois indivíduos de uma determinada espécie tenham bases de <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/85635-exame-de-dna-nao-esclarece-misterio-sobre-a-origem-do-santo-sudario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> diferentes — compostas pelos nucleotídeos A, T, C e G.Segundo um estudo publicado na Molecular Biology and Evolution&nbsp;em 2015, os cogumelos Gillies têm diversidade de nucleotídeos de até 20%. Em outras palavras, isso significa que dois cogumelos diferentes terão bases de DNA diferentes em 20 de cada 100 posições estabelecidas em seus genomas.&nbsp;Além de serem considerados os eucariontes mais geneticamente diversos no mundo, essa espécie pode ser chamada de hiperdiversa, com diversidade nucleotídea superior a 5%. Por métodos de comparação, os seres humanos possuem diversidade nucleotídea de apenas 0,1%.&nbsp;<h2>Importância da diversidade genética</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/28/28044038051001.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A diversidade genética entre espécies pode ser definida por inúmeros fatores. Entre eles, os mais comuns são: taxa de mutação, tamanho da população e estabilidade da população. Quanto maior cada um desses índices for, maiores são as chances de uma espécie desenvolver uma variedade de genes elevada.Essa é uma característica bastante importante entre os seres vivos, pois é ela quem determina quais espécies serão mais capazes de se adaptar a diferentes tipos de ambientes. Isso pode ser exemplificado no caso de pestes ou doenças que acometem grandes populações.Se surgir uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116662-mortalidade-da-covid-19-pode-estar-ligada-aos-nossos-genes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença</a> que mate organismos ao atacar a versão de um gene, e essa é a única versão que a espécie tem, essa doença poderá exterminar a espécie inteira de uma só vez. Por outro lado, espécies geneticamente diversas podem sofrer ataque a um gene, mas talvez possuam uma versão com maior resistência à doença, salvando a espécie.</body>

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Qual é a espécie mais geneticamente diversa do mundo?

Imagem de "Velho coronavírus" pode ter infectado asiáticos há 25 mil anos no megacurioso

Conjunto de mutações em genes asiáticos teria ajudado ancestrais a desenvolverem uma maior resistência ao vírus

<head></head><body>Há cerca de 25 mil anos, antigos povos do leste da Ásia podem ter confrontado uma primeira variante do coronavírus, sendo os principais responsáveis por transmitir um conjunto de genes mutantes e mais resistentes para as gerações seguintes.Para que um vírus tenha sucesso em sua replicação, é necessário que ele seja capaz de interagir com centenas de proteínas humanas diferentes, além de contar com um pouco de sorte para "sequestrar" células que estejam com seus sistemas de combate "desligados". Dessa forma, a codificação dessas proteínas surge como principal responsável por uma série de mutações de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118380-jesse-gelsinger-e-o-polemico-caso-de-terapia-genica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genes</a>, sendo transmitidos posteriormente ou selecionados, em suas novas formas, para as próximas gerações.Porém, através de pesquisas com ferramentas modernas e bancos de dados públicos, cientistas da Universidade do Arizona identificaram que os genes mutantes que adicionam uma vantagem — como maior resistência ou meios de combate a um vírus — são mais propensos à hereditariedade, como foi identificado especialmente em pessoas de ascendência do leste asiático. Segundo pesquisas, essas variantes apareceram com uma frequência maior do que o esperado, e tudo indica que estão ajudando os orientais a se tornarem mais resistentes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/26/26094832005061.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock / Reprodução)">(Fonte: Shutterstock / Reprodução)Das 420 proteínas estudadas em 26 grupos humanos diferentes em todo o mundo, 10% indicaram que a frequência de surgimento das vantagens adaptativas surgiram há 25 mil anos, continuando a se espalhar por quase 15 mil anos devido a uma série de outros incidentes epidêmicos que possam ter assolado as populações do leste terrestre por um longo período de tempo.<h2>Mistérios sobre o vírus primordial</h2>Apesar dos estudos presumirem a existência de um vírus que há muito tempo entra em contato com a humanidade, não há conclusões definitivas sobre a participação de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118379-4-coisas-que-prejudicam-nosso-olfato-alem-da-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a> como principal meio de impulsão da adaptação em humanos, visto que pode ter sido uma outra espécie de vírus que interagiu com as células de uma forma similar ao SARS-CoV.Com os resultados das pesquisas, cientistas e virologistas se unem para compreender como os humanos antigos conseguiram sobreviver a uma infecção de um possível coronavírus e como tais resultados podem funcionar como um "sistema de alerta antecipado" de combate a novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118430-6-coisas-que-devem-mudar-depois-da-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemias</a>.</body>

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'Velho coronavírus' pode ter infectado asiáticos há 25 mil anos

Imagem de Jesse Gelsinger e o polêmico caso de terapia gênica no megacurioso

O jovem nasceu com uma doença rara e o que decidiu fazer mudou seu destino

Quando Jesse Gelsinger nasceu, em 18 de junho de 1981, em Tucson, no Arizona (EUA), ele j&aacute; conseguiu o feito de quebrar as expectativas de vida. Aos 2 anos, ele foi diagnosticado com uma vers&atilde;o considerada branda de um raro dist&uacute;rbio metab&oacute;lico denominado S&iacute;ndrome de Defici&ecirc;ncia de Ornitina Transcarbamilase (OCTD), uma doen&ccedil;a gen&eacute;tica do f&iacute;gado ligada ao cromossomo X, que consiste na incapacidade de metabolizar a am&ocirc;nia (um subproduto da degrada&ccedil;&atilde;o de prote&iacute;nas), que atinge n&iacute;veis letais no sangue.
O caso &eacute; considerado fatal logo ao nascimento, com a maioria dos beb&ecirc;s entrando em coma e sofrendo danos cerebrais irrevers&iacute;veis. O &iacute;ndice de mortalidade aponta morte em no m&iacute;nimo 1 m&ecirc;s de vida. Contudo, Gelsinger teve a sorte de o gene da ornitina transcarbamilase ter sofrido muta&ccedil;&atilde;o em apenas algumas partes de suas c&eacute;lulas, em uma condi&ccedil;&atilde;o conhecida como mosaicismo som&aacute;tico.
<h2>Tentando viver</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31183917182435.jpg" alt="(Fonte: Jesse Gelsinger/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Jesse Gelsinger/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para sobreviver de maneira saud&aacute;vel com sua doen&ccedil;a, Gelsinger se mantinha vivo com uma dieta extremamente pobre em prote&iacute;nas e um regime de aproximadamente 50 comprimidos di&aacute;rios de medica&ccedil;&atilde;o especial.
Ele era conhecido por ser um jovem perspicaz, querido, doce e que nutria uma paix&atilde;o incontrol&aacute;vel por luta livre profissional e motocicletas. Em 1999, quando estava no auge de sua adolesc&ecirc;ncia, aos 18 anos, Gelsinger perdeu um pouco o controle de si mesmo e de sua doen&ccedil;a, pois a rebeldia da fase o deixou &ldquo;de saco cheio&rdquo; de toda a dieta e medica&ccedil;&atilde;o regradas.
Isso levou o jovem a ter crises de sa&uacute;de que colocaram sua vida em risco. Ele parou de tomar seus rem&eacute;dios, passou a ingerir comida em excesso e acabou sendo encontrado no sof&aacute; de sua casa por seu pai, vomitando incontrolavelmente. No mesmo dia, Gelsinger teve de ser intubado e mantido em coma induzido at&eacute; que seus n&iacute;veis de am&ocirc;nia estivessem sob controle.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184431577440.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s ser extubado e ter mais uma chance de continuar vivendo, Gelsinger recebeu a not&iacute;cia de seu m&eacute;dico de que um ensaio cl&iacute;nico para um potencial tratamento de OTCD estava sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Pensilv&acirc;nia, na Filad&eacute;lfia. O procedimento visava corrigir o gene OTC, que produz uma enzima que impede o ac&uacute;mulo de am&ocirc;nia no sangue.
Os pacientes que se submetessem &agrave; experimenta&ccedil;&atilde;o teriam injetadas c&oacute;pias funcionais do gene que havia sido anexado a um adenov&iacute;rus (um tipo de v&iacute;rus do resfriado) alterado para ser inofensivo que infectaria as c&eacute;lulas do f&iacute;gado do paciente e integraria o gene adicionado em seu DNA cromoss&ocirc;mico.
Em linhas gerais, Gelsinger estaria sendo submetido a uma terapia de gene.
<h2>A terapia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184649516441.jpg" alt="(Fonte: NHGRI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NHGRI/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mais amplamente explorada durante a d&eacute;cada de 1970, a terapia g&ecirc;nica &eacute; considerada um verdadeiro &ldquo;sonho cient&iacute;fico&rdquo; para tratar pessoas com doen&ccedil;as gen&eacute;ticas, inserindo um gene nas c&eacute;lulas de um paciente em vez de usar medicamentos ou cirurgia. Desde aquela &eacute;poca, os cientistas t&ecirc;m tentado v&aacute;rias abordagens para o procedimento, incluindo substituir um gene mutante que causa a doen&ccedil;a por uma c&oacute;pia saud&aacute;vel dele, inativando ou &ldquo;eliminando&rdquo; o gene mutado que est&aacute; funcionando incorretamente ou at&eacute; mesmo introduzindo um novo no corpo para ajudar a combater a doen&ccedil;a.
Na &eacute;poca em que Gelsinger foi informado sobre as possibilidades de uma cura no futuro, o tratamento experimental havia prolongado a vida somente de ratos de laborat&oacute;rio criados para serem deficientes em enzimas OTC. Portanto, os cientistas estavam confiantes de que o m&eacute;todo de reparo de genes que eles estavam testando pudesse ser usado para tratar v&aacute;rias doen&ccedil;as hep&aacute;ticas.
A princ&iacute;pio, o teste ao qual o jovem foi submetido era considerado um estudo de seguran&ccedil;a, com o objetivo de apenas aprimorar e avan&ccedil;ar o tratamento para beb&ecirc;s com a mesma doen&ccedil;a que ele, e n&atilde;o melhorar sua sa&uacute;de. Apesar disso, Gelsinger quis participar, portanto voou direto para a Filad&eacute;lfia em setembro de 1999.
<h2>Caso Gelsinger</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science History Insitute/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencehistory.org/sites/default/files/styles/rte_full_width/public/paul_gelsinger.jpg?itok=FWHcWSBZ"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184826752447.jpg" alt="(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science History Institute/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 13 de setembro de 1999, Gelsinger foi o 18&ordm; paciente a receber o adenov&iacute;rus modificado. Pacientes anteriores a ele no estudo experimental sentiram apenas sintomas semelhantes aos da gripe, por&eacute;m o jovem teve uma rea&ccedil;&atilde;o muito pior. Em menos de 1 dia, ele ficou desorientado, apresentou sinais de icter&iacute;cia (pele amarelada devido ao ac&uacute;mulo de bilirrubina no sangue) e, em seguida, a resposta inflamat&oacute;ria do seu organismo o levou a desenvolver um perigoso dist&uacute;rbio de coagula&ccedil;&atilde;o do sangue, causando insufici&ecirc;ncia renal, hep&aacute;tica e pulmonar.
Quatro dias depois de ter&nbsp;a primeira dose injetada, Gelsinger teve os aparelhos desligados ap&oacute;s ser declarada a sua morte cerebral. Tanto a equipe m&eacute;dica quanto os cientistas se mostraram surpresos com a maneira como o quadro do jovem piorou t&atilde;o rapidamente, culminando em seu &oacute;bito quase imediato.
A morte de Gelsinger, um paciente considerado est&aacute;vel e saud&aacute;vel, em um tratamento experimental volunt&aacute;rio de terapia g&ecirc;nica, causou um verdadeiro colapso no campo de estudo e na &aacute;rea de pesquisa biol&oacute;gica. A maioria dos ve&iacute;culos de imprensa definiu os pesquisadores como &ldquo;ambiciosos demais&rdquo;, cuja ansiedade os levou a tomar atalhos que desrespeitavam as regras destinadas a proteger as pessoas em vez de colocar suas vidas em risco. A fam&iacute;lia de Gelsinger alegou que eles n&atilde;o foram devidamente alertados sobre os problemas imediatos &agrave; transfus&atilde;o e nem a longo prazo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31184950534448.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;O que aconteceu com o jovem fez todo o campo da terapia g&ecirc;nica desaparecer por pelo menos 10 anos. At&eacute; mesmo o termo &lsquo;terapia gen&eacute;tica&rsquo; se tornou uma esp&eacute;cie de an&aacute;tema&rdquo;, comentou a bioqu&iacute;mica Jennifer Doudna, respons&aacute;vel por descobrir o mecanismo de edi&ccedil;&atilde;o de genes CRISPR-Cas9. &ldquo;Ningu&eacute;m queria doar para as pesquisas, tampouco algum pesquisador poderia ter seu nome vinculado ao termo&rdquo;.
A investiga&ccedil;&atilde;o do Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos apontou que os cientistas envolvidos no caso de Gelsinger, inclusive James Wilson, ent&atilde;o diretor do Instituto de Terapia Gen&eacute;tica Humana, quebraram diversos protocolos de conduta do experimento, como: inclus&atilde;o de Gelsinger como substituto de outro volunt&aacute;rio que desistiu, apesar de ele ter altos n&iacute;veis de am&ocirc;nia que deveriam t&ecirc;-lo impedido de participar; falha da universidade em alertar que dois pacientes j&aacute; haviam experimentado efeitos colaterais graves; e n&atilde;o ter informado na documenta&ccedil;&atilde;o de consentimento as mortes de macacos que receberam o tratamento.
A Universidade da Pensilv&acirc;nia e o Centro M&eacute;dico Nacional Infantil tiveram de pagar mais de US$ 500 mil ao governo como forma de indeniza&ccedil;&atilde;o pelas quebras de diretrizes do procedimento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/03/31/31185123176449.jpg" alt="(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: WHYY/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s o rev&eacute;s do caso, o campo de estudo de terapia g&ecirc;nica levou 20 anos para se reestabelecer, com empreendimentos p&uacute;blicos e privados investindo bilh&otilde;es de d&oacute;lares para alternar ou substituir genes defeituosos nas pessoas e promover melhores chances de vida, ou uma vida saud&aacute;vel, aos pacientes.&nbsp;
Contudo, at&eacute; ent&atilde;o, s&oacute; foi poss&iacute;vel comercializar medicamentos, terapias para linfoma, tratamento que reverte uma forma de cegueira heredit&aacute;ria e terapia para atrofia muscular espinhal.
De acordo com os cientistas, a atual terapia gen&eacute;tica &eacute; mais segura do que a do passado, por&eacute;m ainda existem muitas quest&otilde;es acerca dos riscos do procedimento e do qu&atilde;o seguro &eacute;.

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Jesse Gelsinger e o polêmico caso de terapia gênica

Imagem de Qual a ligação entre indígenas do Brasil e antigos povos australianos? no megacurioso

De acordo com pesquisadores, os povos antigos teriam chegado na América pelo estreito de Bering há 20 mil anos 

<head></head><body>Em 2015, especialistas encontraram uma ligação genética entre os povos <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/99410-deuses-brasileiros-conheca-7-divindades-da-cultura-indigena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indígenas</a> do Brasil e da Austrália. Agora, em um estudo recente, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116521-pesquisadores-podem-ter-descoberto-novo-orgao-na-regiao-do-cranio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisadores</a> descobriram que o marcador genético Y, que faz a ligação entre os povos, foi ainda mais difundido na América do Sul, estando presente em outras comunidades indígenas de diferentes regiões do Brasil e do <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44518-proxima-parada-peru-um-pais-com-paisagens-lindas-e-incrivel-gastronomia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peru</a>.&nbsp;"Nossos resultados mostraram que o sinal genético da Australásia, anteriormente descrito como exclusivo de grupos amazônicos, também foi identificado na população costeira do Pacífico", disse Tábita Hünemeier, uma das pesquisadoras do estudo.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06144044566247.jpg" alt="Comunidade indígena no Mato Grosso do Sul. (Visual Hunt/Reprodução)">Comunidade indígena no Mato Grosso do Sul. (Visual Hunt/Reprodução)Em 2021, a USP (Universidade de São Paulo) começou a pesquisar o sinal Y em 383 indígenas sul-americanos. Eles encontraram o sinal nos povos Karitiana, Suruí, Guaraní Kaiowá e Xavánte no Brasil, além do povo Chotuna do Peru.O marcador foi apelidado de sinal Y por ser a letra inicial de "Ypykuera", que é uma palavra indígena do povo tupi que significa "ancestral".&nbsp;<h2>A "ponte" do Estreito de Bering</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/06/06144517570252.jpg" alt="Localização da suposta &quot;ponte&quot; formada no estreito de Bering.&nbsp;">Localização da suposta "ponte" formada no estreito de Bering.&nbsp;Cientistas teorizaram que os ancestrais dos nativos americanos de hoje chegaram à América do Norte caminhando por uma "ponte" terrestre que conectou os continentes da Ásia e da América do Norte quando a mais recente Era do Gelo baixou o nível do mar.Acredita-se que eles começaram no sudeste da Ásia, mudaram-se para o norte e depois se misturaram aos antigos povos da Sibéria e Beringian.De lá, esse povo antigo teria feito a longa jornada pela ponte de terra no estreito de Bering, chegando à América e povoando a costa do Pacífico.<h2>O sinal Y em indígenas norte-americanos</h2>Um dos mistérios em relação ao sinal Y que assola os pesquisadores é o fato de que não foi encontrado o marcador genético nas tribos indígenas norte-americanas — local por onde os povos deveriam ter passado para poder chegar na América do Sul.&nbsp;Algumas teorias foram levantadas: uma delas é que é possível que os povos antigos tenham se fixado na costa e se mudado rapidamente, sem deixar marcadores genéticos para trás, mas também é possível que a colonização europeia na América do Norte tenha apagado completamente qualquer sinal Y nas tribos indígenas do norte.As pesquisas devem continuar avançando nos próximos anos para tentar responder essas e outras questões.</body>

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