Imagem de Atlantropa: o supercontinente que juntaria África e Europa no megacurioso

Plano do arquiteto alemão Herman Sörgel visava diminuir conflitos no planeta após a Primeira Guerra Mundial

<head></head><body><p>Nos anos 1920, o arquiteto alemão Herman Sörgel desenvolveu um plano no qual acreditava ter a resposta para os fins dos conflitos no planeta Terra: a criação do supercontinente "Atlantropa". A ideia mirabolante uniria África e Europa em uma tentativa de aumentar o território habitacional humano.</p><p>Naquela época, o mundo encontrava-se devastado e ainda tentando se resgatar dos destroços deixados pela Primeira Guerra Mundial. Sörgel, então, avistou a possibilidade de desenvolver um plano que fosse capaz de atenuar os conflitos políticos que se espalhavam pelos continentes e trazer paz para todos.</p><p>Por mais absurdo que pareça, o planejamento criado pelo alemão foi levado a sério por instituições públicas até meados de 1950, quando o projeto perdeu forças. Sörgel acreditava que a existência de mais terra fértil para plantações seria suficiente para acabar com o caos humano.</p><h2>A Panropa de Herman Sörgel</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Map_of_the_Atlantrop_Projekt.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15023701825476.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p><p>Antes de chegar no nome Atlantropa, o projeto nasceu com o batismo de "Panropa". Aos 42 anos de idade, Sörgel se inspirava em construções como o Canal de Suez — uma via navegável artificial que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho — &nbsp;para basear sua criatividade.</p><p>E como funcionária a elaboração do supercontinente? A comunidade internacional construiria barragens em diversas regiões da área, como no Estreito de Gibraltar e no Estreito do Silício, que formariam uma enorme estrada conectiva entre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112660-conheca-o-mito-de-europa-a-rainha-de-creta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Europa</a> e a África.</p><p>Na visão de Sörgel, a construção abriria espaço para mais de 660 mil km² de terra fresca e pronta para a plantação, que usariam da energia hidrelétrica gerada pelas novas represas para fornecer eletricidade para mais de 250 milhões de pessoas todos os dias.</p><p>Com espaço, energia e irrigação abundante, o supercontinente estaria preparado para gerar uma quantidade de alimentos infinita para toda a população. Por consequência, os conflitos e disputas territoriais ao redor da Terra chegariam ao fim.</p><h2>A fundamentação da Atlantropa e a divulgação em massa da ideia</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Herman_Sorgel.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15023740934477.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p><p>A obra de Herman Sörgel surge de um conceito alemão chamado de <em>Lebensraum&nbsp;</em>(em português, Espaço Vivo). O conceito, que posteriormente faria base da ideologia Nazista, acreditava que a característica principal para a prosperidade de um povo seria a abundância territorial.</p><p>Na visão de diversos europeus daquela época, o espaço existente naquele momento dentro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112002-voce-sabia-existe-um-continente-inteiro-embaixo-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">continente</a> seria insuficiente para atingir as demandas da população. E, assim, a ideia foi ganhando força.</p><p>Em 1929, Sörgel lançou o livro <em>Abaixando o Mediterrâneo, Irrigando o Saara: o projeto Panpora.&nbsp;</em>Não demorou muito para que a "solução universal" começasse a se espalhar pela Europa e também pela América do Norte.&nbsp;</p><p>O conceito parecia cada vez mais palpável depois que projetos arquitetônicos como a inundação do Tennessee Valley e a construção da Barragem Hoover tiveram sucesso na década de 1930.&nbsp;</p><p>Posteriormente, o projeto também daria palco para a criação de filmes e romances inspirados pelo plano mirabolante e alcançaria os grande holofotes da mídia mundial.</p><h2>Racismo e nazismo: o lado sombrio de Sörgel</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Nacional-Socialista_dos_Trabalhadores_Alemaes#/media/Ficheiro:Bundesarchiv_Bild_119-0289,_Munchen,_Hitler_bei_Einweihung_Braunes_Haus.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15023353823474.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><span class="desc">(Fonte: Wikimedia Commons)</span></span></p><p>Engana-se quem acredita que Herman Sörgel era um ser humano de caráter ímpar dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sociedade nazista</a> alemã. Ao contrário de seus compatriotas, seus problemas não eram com os judeus, mas sim com as populações africanas e asiáticas.</p><p>O projeto Atlantropa tinha uma boa quantidade de racismo enraizado em sua concepção. O plano de Sörgel era simples: as barragens impediriam que as religiões asiáticas encontrassem seus caminhos dentro do novo supercontinente e a soberania europeia poderia continuar a reinar.</p><p>Além disso, a criação de barragens automaticamente significaria que a água escoada teria que inundar outras regiões. Não somente o Saara seria irrigado, mas também regiões da África Central — onde milhões de pessoas residiam — seriam destruídas e, com elas, milhares de vidas seriam levadas.</p><p>Para Sörgel isso pouco importava. Na Atlantropa, os europeus brancos seguiriam como a raça dominante e usariam da mão de obra escrava africana para desenvolver o supercontinente.</p><h2>Falta de apoio do partido nazista e fim do projeto</h2><p>Ganhando força dentro da Alemanha, o partido nazista já tinha grande poder dentro das decisões políticas no país. Sörgel levou seu projeto até a alta cúpula nazista e viu seu sonho ser rechaçado. Ao focar na África Central, o arquiteto não conquistou o interesse de Adolf Hitler, focado em acabar com as forças soviéticas.</p><p>Sem apoio político e financeiro, Sörgel viu seu sonho ficar cada vez mais distante. A Segunda Guerra trouxe a criação das usinas nucleares, o que fez com que a energia hidrelétrica perdesse espaço dentro da Europa.</p><p>Em Dezembro de 1952, aos 67 anos, Sörgel foi atropelado enquanto pedalava sua bicicleta pelo campus da Universidade de Munique, matando-o. Oito anos depois, o Instituto Atlantropa fecharia as portas pela última vez, enterrando os últimos resquícios de um dos planos mais malucos da história da humanidade.</p><p><br></p></body>

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Atlantropa: o supercontinente que juntaria África e Europa

Imagem de Terra está acelerando a inversão de seus polos magnéticos no megacurioso

Mudança está ocorrendo até 10 vezes mais rápido do que os pesquisadores pensavam

<p>O campo magn&eacute;tico da Terra nos protege da radia&ccedil;&atilde;o letal do Sol e mant&eacute;m coesa a nossa atmosfera; sem ele, n&atilde;o haveria vida na Terra.&nbsp;</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" playsinline="" poster="https://thumbs.gfycat.com/EnviousSlowGuppy-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video. <source src="https://thumbs.gfycat.com/EnviousSlowGuppy-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Ele n&atilde;o &eacute; est&aacute;tico, ou seja, o polo norte magn&eacute;tico nem sempre esteve no polo norte geogr&aacute;fico. Os cientistas j&aacute; sabem que eles novamente est&atilde;o se invertendo, mas o que eles descobriram agora &eacute; que isso est&aacute; ocorrendo dez vezes mais r&aacute;pido do que se imaginava, segundo uma pesquisa publicada agora.</p>
<h2>Enfraquecimento antecede a invers&atilde;o</h2>
<p>Em 1995, o astrof&iacute;sico Gary Glatzmaier e o matem&aacute;tico Paul Roberts criaram um modelo de campo magn&eacute;tico autossustent&aacute;vel. Simulando a passagem de 36 mil anos, ele acabou invertendo seus polos, mostrando exatamente o que os cientistas veem hoje: antes de uma revers&atilde;o, o campo magn&eacute;tico torna-se irregular e enfraquece drasticamente.&nbsp;</p>
<p>As &aacute;reas em azul representam para onde o lado norte de um &iacute;m&atilde; apontaria; as &aacute;reas em laranja, o sul. O oval grande representa a dire&ccedil;&atilde;o do magnetismo na superf&iacute;cie da Terra, e o pequeno, abaixo, a dire&ccedil;&atilde;o na superf&iacute;cie do n&uacute;cleo do planeta.</p>
<p style="text-align: center;"></p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 80.4878%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/SaltyPlaintiveAuk-  mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video. <source src="https://thumbs.gfycat.com/SaltyPlaintiveAuk-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Estudos baseados em dados coletados por meio de sat&eacute;lites e de an&aacute;lise de amostras de sedimentos marinhos, fluxos de lava resfriada, bem como estruturas e artefatos humanos mostram que as revers&otilde;es do campo magn&eacute;tico da Terra acontecem a cada 250 mil anos &ndash; a &uacute;ltima vez ocorreu h&aacute; 780 mil anos, ent&atilde;o a pr&oacute;xima est&aacute; muito atrasada.</p>
<h2>&Iacute;m&atilde; de ferro fundido</h2>
<p>O campo que protege o planeta &eacute; formado a mais de 2,8 mil quil&ocirc;metros abaixo da superf&iacute;cie, onde o ferro derretido do n&uacute;cleo externo da Terra se movimenta, criando cargas el&eacute;tricas que determinam os polos magn&eacute;ticos e a liga&ccedil;&atilde;o entre eles.&nbsp;</p>
<div style="max-width: 100vh;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/7JuRZem?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<p>&ldquo;A intensidade do magnetismo pode variar ao longo do tempo e em diferentes locais, no centro e na superf&iacute;cie da Terra. As intera&ccedil;&otilde;es entre o n&uacute;cleo e o campo magn&eacute;tico s&atilde;o complexas. No n&uacute;cleo, o fluxo de ferro fundido torce e estica o campo magn&eacute;tico que, por sua vez empurra o fluxo, resistindo &agrave;s distor&ccedil;&otilde;es que experimenta&rdquo;, explicou ao site <em>Live Science</em> o principal autor do estudo, o geof&iacute;sico Christopher Davies, da School of Earth and Environment da University of Leeds, no Reino Unido.</p>
<p>No &uacute;ltimo s&eacute;culo e meio, a for&ccedil;a do campo magn&eacute;tico vem decaindo, o que significa que o planeta se prepara para girar seus polos magn&eacute;ticos. Davies e tamb&eacute;m a geof&iacute;sica Catherine Constable, do Scripps Institution of Oceanography, usaram um novo modelo do campo magn&eacute;tico, com dados coletados sobre os &uacute;ltimos 100 mil anos.&nbsp;</p>
<h2>Mudan&ccedil;a dez vezes mais r&aacute;pida</h2>
<p>A simula&ccedil;&atilde;o mostrou que o campo magn&eacute;tico pode mudar de dire&ccedil;&atilde;o em at&eacute; 10 graus por ano em zonas onde ele est&aacute; enfraquecendo &ndash; dez vezes mais r&aacute;pido do que o previsto em modelos anteriores e cem vezes mais do que o observado nos &uacute;ltimos cem anos.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ESA/DTU&nbsp;" data-fonte-url="http://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2014/06/Magnetic_field_changes"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15210610047390.jpg" alt="Entre janeiro e junho de 2014, a constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites Swarm registrou mudan&ccedil;as no campo magn&eacute;tico da Terra: tons de vermelho s&atilde;o &aacute;reas onde ele se fortaleceu e azuis, onde ele enfraqueceu." /><span class="desc">Entre janeiro e junho de 2014, a constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites Swarm registrou mudan&ccedil;as no campo magn&eacute;tico da Terra: tons de vermelho s&atilde;o &aacute;reas onde ele se fortaleceu, e azuis, onde ele enfraqueceu.</span></span></p>
<p>Essas mudan&ccedil;as est&atilde;o sendo captadas agora pelos cientistas, por da medi&ccedil;&atilde;o do fortalecimento do magnetismo em altas latitudes; da flutua&ccedil;&atilde;o do campo, que &ldquo;anda&rdquo; pelo globo; e pelo enfraquecimento de um ponto, j&aacute; h&aacute; muito tempo, na regi&atilde;o entre a &Aacute;frica e a Am&eacute;rica do Sul, conhecida como Anomalia Magn&eacute;tica do Atl&acirc;ntico Sul, onde a intensidade de radia&ccedil;&atilde;o &eacute; mais alta do que em qualquer outra &aacute;rea do planeta (o telesc&oacute;pio espacial Hubble, por exemplo, n&atilde;o faz observa&ccedil;&otilde;es quando est&aacute; passando sobre essa regi&atilde;o).</p>
<p><strong>Leia mais sobre o tema</strong>:</p>
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/155042-astronomos-desvendam-misterio-triangulo-bermudas-espacial.htm" target="_blank" title="Astr&ocirc;nomos desvendam mist&eacute;rio do Tri&acirc;ngulo das Bermudas Espacial">Astr&ocirc;nomos desvendam mist&eacute;rio do Tri&acirc;ngulo das Bermudas Espacial</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/155019-campo-magnetico-terra-origina.htm" target="_blank" title="Como o campo magn&eacute;tico da Terra se origina?">Como o campo magn&eacute;tico da Terra se origina?</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153621-campo-magnetico-enfraquecendo-regiao-atlantico-sul.htm" target="_blank" title="Campo magn&eacute;tico est&aacute; se enfraquecendo na regi&atilde;o do Atl&acirc;ntico Sul">Campo magn&eacute;tico est&aacute; se enfraquecendo na regi&atilde;o do Atl&acirc;ntico Sul</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152934-cientistas-explicam-danca-polo-norte-magnetico-terrestre.htm" target="_blank" title="Cientistas explicam a &lsquo;dan&ccedil;a&rsquo; do polo norte magn&eacute;tico terrestre">Cientistas explicam a &lsquo;dan&ccedil;a&rsquo; do polo norte magn&eacute;tico terrestre</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152236-idade-campo-magnetico-terra-divide-ciencia.htm" target="_blank" title="Idade do campo magn&eacute;tico da Terra divide a ci&ecirc;ncia">Idade do campo magn&eacute;tico da Terra divide a ci&ecirc;ncia</a></li>
</ul><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155247-terra-acelerando-inversao-polos-magneticos.htm">Terra está acelerando a inversão de seus polos magnéticos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Terra está acelerando a inversão de seus polos magnéticos

Imagem de Lua teve oceano de magma por cerca de 200 milhões de anos no megacurioso

Novo estudo indica que rochas derretidas estavam presentes por mais tempo que suposições iniciais indicavam

<p>Um novo estudo indica que o sat&eacute;lite natural da Terra pode ter contado com um oceano incandescente por cerca de 200 milh&otilde;es de anos, um tempo muito superior ao indicado por hip&oacute;teses cient&iacute;ficas estabelecidas at&eacute; ent&atilde;o. A descoberta pode auxiliar na compreens&atilde;o da evolu&ccedil;&atilde;o do nosso sistema, uma vez que a Lua nasceu pouco ap&oacute;s a forma&ccedil;&atilde;o de nosso lar.</p>
<p>Acredita-se que o surgimento do corpo celeste ocorreu depois da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151030-nova-pesquisa-explica-colisao-resultou-terra-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colis&atilde;o de dois protoplanetas</a>, tamb&eacute;m chamados de embrion&aacute;rios, sendo que um deles deu origem a nosso planeta e o outro, um objeto do tamanho de Marte chamado Theia, foi pulverizado &ndash; aquecendo as coisas no espa&ccedil;o.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.universetoday.com/wp-content/uploads/2019/01/0123_IMPACT-apv6-b-2nhagit-1280x720.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/12/12193726227121.jpg" alt="Impacto massivo entre corpos celestes deu origem &agrave; Terra e &agrave; Lua." /><span class="desc">Impacto massivo entre corpos celestes deu origem &agrave; Terra e &agrave; Lua.</span></span></p>
<p>Maxime Maurice, cientista planet&aacute;rio do Centro Aeroespacial Alem&atilde;o em Berlim, explica a import&acirc;ncia da pesquisa: "A lua primitiva, que se acumulava nos destro&ccedil;os desse impacto massivo, era muito quente &ndash; quente o suficiente para que seu manto rochoso fosse derretido e formasse o que chamamos de oceano de magma."</p>
<p>Evid&ecirc;ncias do acontecimento j&aacute; foram encontradas anteriormente devido &agrave; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154892-lua-conter-metais-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">composi&ccedil;&atilde;o da crosta lunar</a>, formada por res&iacute;duos flutuantes cristalizados pelas condi&ccedil;&otilde;es do ambiente. "Enquanto a ideia da exist&ecirc;ncia do oceano &eacute; aceita por grande parte da comunidade cient&iacute;fica, o tempo levado para que ele se solidificasse permaneceu um mist&eacute;rio por muito tempo."</p>
<p>"Modelos anteriores indicavam que foi realmente r&aacute;pido. Apenas algumas dezenas de milh&otilde;es de anos", complementa Maurice. R&aacute;pido para o Universo, claro, s&oacute; que o per&iacute;odo, aparentemente, foi muito maior.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://amp.insider.com/images/57a4cfc5dd089561358b4707-1136-851.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/12/12193909775123.jpg" alt="Oceanos de magma podem ter durado bem mais que se acreditava at&eacute; ent&atilde;o." /><span class="desc">Oceanos de magma podem ter durado bem mais que se acreditava at&eacute; ent&atilde;o.</span></span></p>
<h2>Umas rugas a mais</h2>
<p>Um novo modelo que considerasse a influ&ecirc;ncia de diversos processos daquela &eacute;poca desconsiderados at&eacute; agora foi desenvolvido pelos pesquisadores &agrave; frente da revela&ccedil;&atilde;o, como a chamada convec&ccedil;&atilde;o do manto, o modo como os redemoinhos podem se formar e agitar rochas derretidas e que, na Terra, causam o vulcanismo.</p>
<p>A partir desses detalhes, Maxime e sua equipe chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que a solidifica&ccedil;&atilde;o pode ter durado de 150 a 200 milh&otilde;es de anos, cerca de 10 vezes mais que o previsto inicialmente. Al&eacute;m disso, novas informa&ccedil;&otilde;es quanto &agrave; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145437-estudo-revela-idade-exata-lua-reforca-teoria-grande-impacto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idade da Lua</a> foram descobertas e sugerem que ela se formou entre 4,4 e 4,45 bilh&otilde;es de anos atr&aacute;s, adicionando de 50 a 100 milh&otilde;es de velas a seu anivers&aacute;rio e aproximando a data &agrave; de surgimento do n&uacute;cleo terrestre.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.wsls.com/resizer/cbC0aS_qM71OvFpiH0i203YGclo=/1600x1122/smart/filters:format(jpeg):strip_exif(true):strip_icc(true):no_upscale(true):quality(65)/arc-anglerfish-arc2-prod-gmg.s3.amazonaws.com/public/VSEW73NF6FDNXOELM3UWDG2IVA.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/12/12194235886124.jpg" alt="Calma de hoje em dia demorou bilh&otilde;es de anos para acontecer." /><span class="desc">Calma de hoje em dia demorou bilh&otilde;es de anos para acontecer.</span></span></p>
<p>Caso as estimativas sejam acertadas, &eacute; poss&iacute;vel que o evento das grandes colis&otilde;es &ndash; &uacute;ltima etapa da origem de planetas &ndash; ainda estava ativo 150 milh&otilde;es de anos ap&oacute;s a forma&ccedil;&atilde;o da Sistema Solar. "Existe uma forte liga&ccedil;&atilde;o entre o nascimento da Lua e a forma&ccedil;&atilde;o do n&uacute;cleo da Terra, uma vez que o impacto massivo possivelmente resultou em um derretimento de larga escala do manto de nosso planeta, auxiliando na cria&ccedil;&atilde;o da camada mais interna."</p>
<p>"Foi incr&iacute;vel ver que nossos resultados evidenciaram todas essas implica&ccedil;&otilde;es", finaliza Maurice.</p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m</strong>:</p>
<ul>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/144012-8-filmes-abordam-chegada-homem-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 filmes que abordam explora&ccedil;&atilde;o espacial e a chegada do homem na Lua</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154578-assimetria-entre-dois-lados-lua-explicada-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Assimetria entre os dois lados da Lua &eacute; explicada em novo estudo</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152988-astronomos-unem-esforcos-monitorar-impactos-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Astr&ocirc;nomos unem esfor&ccedil;os para monitorar impactos na Lua</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147024-astrofotografo-cria-imagem-lua-partir-48-mil-fotografias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Astrofot&oacute;grafo cria imagem da Lua a partir de 48 mil fotografias</a></li>
</ul><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155126-lua-teve-oceano-magma-cerca-200-milhoes-de-anos.htm">Lua teve oceano de magma por cerca de 200 milhões de anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Lua teve oceano de magma por cerca de 200 milhões de anos

Imagem de Mina de 12 mil anos é descoberta sob as águas do México no megacurioso

Segundo cientistas, o lugar é como uma 'cápsula do tempo submarina'; caverna continha mineral importante para os povos indígenas

<p>N&atilde;o &eacute; de hoje que a esp&eacute;cie humana se enfia em cavernas para obter minerais preciosos. Uma equipe de <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/">arque&oacute;logos</a> e mergulhadores descobriu uma mina de 10 mil a 12 mil anos atr&aacute;s, debaixo das &aacute;guas da pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n, no M&eacute;xico.&nbsp;</p>
<p>Contudo, o que nossos antepassados ind&iacute;genas buscavam naquela caverna n&atilde;o era ouro, diamantes ou outros metais que a gente valoriza hoje em dia. Eles mineravam ocre, um mineral vermelho que era muito utilizado pelas popula&ccedil;&otilde;es pr&eacute;-hist&oacute;ricas.&nbsp;</p>
<p>O ocre tinha uma variedade enorme de usos, dependendo do povo, desde atividades do dia a dia (como espantar mosquitos ou prote&ccedil;&atilde;o solar), at&eacute; ser usado em rituais ou como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112971-arte-rupestre-mais-antiga-do-mundo-exibe-episodio-de-caca.htm">pigmento para pinturas rupestres</a>.&nbsp;</p>
<p>N&atilde;o se sabe exatamente para que os ind&iacute;genas mexicanos mineravam o ocre por ali, mas os cientistas sabem que o material encontrado tinha grande quantidade de ars&ecirc;nio. Como esse elemento &mdash; embora hoje a gente saiba que &eacute; t&oacute;xico e deve ser manipulado com cuidado &mdash; &eacute; um eficiente repelente de insetos, essa &eacute; uma aposta segura.&nbsp;</p>
<h2>Antiguidade preservada pelas &aacute;guas</h2>
<p>O que impressiona, nessa descoberta, &eacute; como as minas se encontram preservadas, mesmo <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/">depois de milhares de anos</a>.&nbsp;</p>
<p>"&Eacute; uma c&aacute;psula do tempo submarina. &Eacute; uma oportunidade rara observar algo com tamanha preserva&ccedil;&atilde;o", afirmou Brandi MacDonald, pesquisadora da Universidade do Missouri (Estados Unidos) que liderou a pesquisa, ao portal Live Science.&nbsp;</p>
<p>Nas cavernas, a equipe encontrou os locais de minera&ccedil;&atilde;o quase intactos, com amostras de ocre, e at&eacute; restos de fogueiras feitas pelos ind&iacute;genas. Al&eacute;m disso, acharam pedras que eram usadas como ferramentas e pilhas de pedras usadas para localiza&ccedil;&atilde;o nas cavernas. Sim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115029-cientistas-recriam-rosto-de-homem-da-idade-das-pedras.htm">tudo de pedra</a>, afinal nossos ancestrais n&atilde;o tinham outras ferramentas.&nbsp;</p>
<p>Sobre isso, inclusive, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75576-simpatica-foca-pede-carinho-na-barriga-para-mergulhador-video.htm">mergulhadores</a> que encontraram a caverna suspeitaram que as pedras estavam dispostas de uma maneira diferente do natural, mas n&atilde;o entenderam que elas eram usadas para minera&ccedil;&atilde;o. At&eacute; porque eles n&atilde;o s&atilde;o arque&oacute;logos, n&atilde;o &eacute; mesmo? O grupo, que se chama CINDAQ (Centro Investigador do Sistema Aqu&iacute;fero de Quintana Roo), se dedica h&aacute; mais de duas d&eacute;cadas a preservar as cavernas submarinas desse estado, no leste do M&eacute;xico.&nbsp;</p>
<p>Em 2017, eles descobriram as primeiras amostras de que havia algo diferente nas cavernas e foi a&iacute; que come&ccedil;ou a parceria com os arque&oacute;logos.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cindaq.org/copy-of-sagitario-la-mina"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09234426380388.jpg" alt="Pilha de pedras usada para localiza&ccedil;&atilde;o (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Pilha de pedras usada para localiza&ccedil;&atilde;o (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cindaq.org/copy-of-sagitario-la-mina"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09234726553389.jpg" alt="Local de minera&ccedil;&atilde;o de ocre (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Local de minera&ccedil;&atilde;o de ocre (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cindaq.org/copy-of-sagitario-la-mina"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09235132414392.jpg" alt="Local de Minera&ccedil;&atilde;o de Ocre (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Local de Minera&ccedil;&atilde;o de Ocre (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/ice-age-mining-cave-mexico.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/09/09234820959391.jpg" alt="Resqu&iacute;cios de fogueira (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><span class="desc">Resqu&iacute;cios de fogueira (Fonte: CINDAQ/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</span></span></p>
<h2>Um min&eacute;rio debaixo d'&aacute;gua?</h2>
<p>Nem sempre as minas estiveram debaixo d'&aacute;gua. At&eacute; cerca de 8 mil anos atr&aacute;s, o local era seco e nossos ancestrais podiam caminhar por ele. Por&eacute;m, com o final da &uacute;ltima <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105238-voce-sabe-com-qual-frequencia-a-terra-mergulha-em-eras-do-gelo.htm">era glacial</a>, o n&iacute;vel dos mares aumentou e todas essas cavernas foram inundadas.&nbsp;</p>
<p>As minas estarem secas, contudo, n&atilde;o significa que minerar o ocre era f&aacute;cil, j&aacute; que os ind&iacute;genas entravam em cavernas com centenas de metros de comprimento, contando apenas com pedras como ferramentas.&nbsp;</p>
<p>O tamanho das minas e a complexidade delas &mdash; ainda mais se pensarmos que elas s&atilde;o de 10 a 12 mil anos atr&aacute;s &mdash; realmente impressionam. No site do CINDAQ &eacute; poss&iacute;vel "passear" por v&aacute;rios modelos 3D das cavernas, como esse que o grupo publicou no Instagram, recentemente.&nbsp;</p>
<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/CCZeRXlhmYt/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="12" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);">
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<p style="margin: 8px 0 0 0; padding: 0 4px;"><a href="https://www.instagram.com/p/CCZeRXlhmYt/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style="color: #000; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none; word-wrap: break-word;" target="_blank">Estamos tan emocionados que finalmente se han publicado tres a&ntilde;os de arduo trabajo. Aqu&iacute; est&aacute; el 50% del modelo 3D que produjimos. Esto representa alrededor de 9,000 fotograf&iacute;as y fue renderizado en supercomputadoras en la Iniciativa de Ingenier&iacute;a del Patrimonio Cultural de UCSD. Para obtener m&aacute;s informaci&oacute;n sobre el estudio, haga clic en nuestra biograf&iacute;a. Hay un art&iacute;culo de National Geographic en l&iacute;nea. Tambi&eacute;n puede visitar nuestro sitio web para ver m&aacute;s modelos. . . We are so thrilled that three years of hard work has finally been published. Here is 50% of the 3D model we produced. This represents about 9,000 photographs and was rendered on supercomputers at UCSD&rsquo;s Cultural Heritage Engineering Initiative. For more information on the study click on our bio. There is an article from National Geographic Online. You can also visit our website to see more models. . . #cenote #mexicocavediving #cenotes #cavediving #cavedivingmexico #quintanaroo #exploration #explorer #water #agua #explore #aquifer #zerogravitydivecenter #halcyondivesystems #santidiving #guediver #guehq #m&eacute;xicosalvaje #m&eacute;xico #mcep #riossubterraneos #oxbelha #suex_dpv_official #scuba #the_explorers_club #koox_hanal #freshwater #buceo #dronedeploy</a></p>
<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;">Uma publica&ccedil;&atilde;o compartilhada por <a href="https://www.instagram.com/cindaq_mexico/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px;" target="_blank">&nbsp;CINDAQ</a> (@cindaq_mexico) em <time datetime="2020-07-08T22:42:19+00:00" style="font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px;">8 de Jul, 2020 &agrave;s 3:42 PDT</time></p>
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</blockquote>

thumb-image-2024-02-29T14:04:49.129Z

Mina de 12 mil anos é descoberta sob as águas do México

Imagem de Como o campo magnético da Terra se origina? no megacurioso

Tentando desvendar mistérios sobre o vital escudo de proteção terrestre

<p>O campo magn&eacute;tico terrestre consiste em uma esp&eacute;cie de escudo que protege o nosso mundo da a&ccedil;&atilde;o dos ventos solares e de part&iacute;culas c&oacute;smicas; sendo assim, representa uma estrutura que impede que a perigosa radia&ccedil;&atilde;o vinda do espa&ccedil;o chegue at&eacute; n&oacute;s. Os cientistas sabem que essa barreira (sem a qual a vida como conhecemos provavelmente n&atilde;o existiria na Terra) &eacute; produzida pelo movimento do ferro flu&iacute;do presente no n&uacute;cleo do planeta, mas nem todos os mecanismos que geram esse vital fen&ocirc;meno s&atilde;o conhecidos.</p>
<h2>Entranhas do mundo</h2>
<p>De acordo com pesquisadores da Carnegie Science, o tal movimento por tr&aacute;s da gera&ccedil;&atilde;o do campo magn&eacute;tico terrestre &eacute; conhecido como <a href="https://carnegiescience.edu/news/how-does-earth-sustain-its-magnetic-field" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geod&iacute;namo</a>. Na tentativa de compreender melhor a sua din&acirc;mica e origem, uma equipe internacional de cientistas criou modelos que replicam as condi&ccedil;&otilde;es do centro da Terra e simula&ccedil;&otilde;es. Os pesquisadores focaram a aten&ccedil;&atilde;o na presen&ccedil;a de elementos mais leves no n&uacute;cleo de ferro para determinar se eles teriam alguma influ&ecirc;ncia na forma&ccedil;&atilde;o do campo e descobriram que sim.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cosmos Magazine / Andrzej Wojcicki / Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://cosmosmagazine.com/geoscience/core-conundrum-how-old-is-earth-s-magnetic-field/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/08/08194940496511.jpg" alt="Complexidades terrestres" /><span class="desc">Complexidades terrestres.</span></span></p>
<p>Conforme explicaram os cientistas, o nosso planeta se formou a partir do material presente no disco protoplanet&aacute;rio, composto por g&aacute;s e poeira c&oacute;smica, que envolvia o Sol nos prim&oacute;rdios do Sistema Solar. Esses componentes foram colidindo e se agregando at&eacute;, eventualmente, darem origem &agrave; Terra. Al&eacute;m disso, os materiais mais densos se concentraram no n&uacute;cleo, enquanto os demais formaram as camadas, segundo sua densidade, que hoje comp&otilde;em o manto e a crosta terrestres.</p>
<p>Levantamentos s&iacute;smicos apontam que, embora o centro da Terra seja constitu&iacute;do principalmente por ferro flu&iacute;do, existem outros elementos "misturados" em menores quantidades, como enxofre, oxig&ecirc;nio, hidrog&ecirc;nio, carbono e sil&iacute;cio &mdash; e este &uacute;ltimo parece ter um papel importante no efeito de geod&iacute;namo.</p>
<h2>Simula&ccedil;&otilde;es</h2>
<p>Uma quest&atilde;o que os cientistas tentaram responder foi se apenas o calor emitido pelo n&uacute;cleo da Terra e que flui pelo manto seria suficiente para produzir o efeito. Os pesquisadores, sabendo que os silicatos s&atilde;o muito abundantes no manto e que o sil&iacute;cio &eacute; o terceiro elemento mais comum no interior do planeta, vindo apenas depois do ferro e do oxig&ecirc;nio, resolveram apostar nele em suas simula&ccedil;&otilde;es.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;European Space Agency / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="http://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2003/05/Solar_wind_buffets_Earth_s_magnetic_field"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/08/08195026606512.jpg" alt="Processo din&acirc;mico e constante" /><span class="desc">Processo din&acirc;mico e constante.</span></span></p>
<p>As modelagens apontaram que quanto menor fosse a propriedade de condu&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica de um elemento, mais baixo seria o limiar necess&aacute;rio para produzir o geod&iacute;namo, e que, se o limiar fosse baixo o suficiente, apenas a convec&ccedil;&atilde;o t&eacute;rmica poderia impulsionar o calor fluindo a partir do n&uacute;cleo terrestre e gerar o efeito.</p>
<p>Ademais, conforme revelaram as simula&ccedil;&otilde;es, bastaria uma concentra&ccedil;&atilde;o de mais ou menos 8% de sil&iacute;cio no n&uacute;cleo do planeta para manter a transmiss&atilde;o de calor necess&aacute;ria para sustentar a atividade do geod&iacute;namo sempre em funcionamento. E que papel teriam os demais elementos presentes no interior da Terra? Os pesquisadores pretendem ampliar os experimentos para incluir carbono, oxig&ecirc;nio e enxofre e descobrir.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155019-campo-magnetico-terra-origina.htm">Como o campo magnético da Terra se origina?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:04:49.066Z

Como o campo magnético da Terra se origina?

Imagem de Campo magnético da Terra muda com velocidade maior que a esperada no megacurioso

Segundo novo estudo, mudanças na direção do campo magnético ocorrem até dez vezes mais rápido do que se imaginava

<head></head><body><p dir="ltr">Um estudo recente publicado na última segunda-feira (6), pelo periódico <em>Nature Communications</em> foi capaz de descobrir novos dados acerca do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114200-idade-do-campo-magnetico-da-terra-divide-a-ciencia.htm">campo magnético</a> da Terra. Os pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra em parceria com a Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos analisaram dados do comportamento do núcleo terrestre por meio de sistemas de computadores em cerca de 100 mil anos.</p><p dir="ltr">O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114666-campo-magnetico-esta-se-enfraquecendo-na-regiao-do-atlantico-sul.htm">campo magnético</a> nada mais é do que uma espécie de manto formado por correntes elétricas criado ao redor do núcleo do planeta devido ao constante movimento das substâncias que por lá estão presentes.&nbsp;</p><p dir="ltr">Esse campo é importante para o nosso cotidiano ao nos ajudar a guiar alguns dos nossos sistemas de localização, como a bússola e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115026-spacex-lanca-satelite-gps-da-forca-espacial-dos-eua-veja-ao-vivo.htm">GPS</a>. Sua direção acaba sendo afetada diretamente por conta movimento constante ao qual é submetido. Sendo assim, é possível que, conforme muitos anos se passem, o norte magnético se torne o sul magnético e assim sucessivamente.&nbsp;</p><p dir="ltr">A pesquisa publicada nesta semana, apura, nesse sentido, que essa mudança de direção pode ocorrer até dez vezes mais rápido do que o que se pensava anteriormente.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nature Communications&nbsp;" data-fonte-url="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/07/campo-magnetico-da-terra-pode-mudar-mais-rapido-do-que-se-imagina.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/08/08023540025069.jpg" alt="(Nature Communications/Reprodução)"><span class="desc">(Nature Communications/Reprodução)</span></span></p><h2 dir="ltr">Forças do campo magnético</h2><p dir="ltr">A descoberta pode ajudar em novas pesquisas acerca de como as mudanças no campo magnético afetam diretamente a vida na Terra. Sobretudo, porque as mudanças efetivas no núcleo do planeta deixam vestígios grandiosos e podem ser visualizados em sedimentos, fluxos de lava e até materiais desenvolvidos por seres humanos.</p><p dir="ltr">De acordo com o estudo recente, no entanto, essas mudanças rápidas na direção do campo acabam colaborando para o enfraquecimento local de sua força. Chris Davies, principal autor do artigo, disse, por meio de um comunicado, que as lacunas sobre esse assunto ainda precisam ser preenchidas com novas informações que poderão ajudar a entender melhor o sistema por trás do núcleo terrestre.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ESA/NASA&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographicbrasil.com/meio-ambiente/2019/10/campo-magnetico-terra-muda-frequencia-polo-nucleo-planeta-escudo-radiacao"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/08/08023623322070.jpg" alt="(ESA/NASA/Reprodução)"><span class="desc">(ESA/NASA/Reprodução)</span></span></p><p dir="ltr">"Temos um conhecimento ainda incompleto sobre nosso campo magnético de 400 anos atrás", afirmou o pesquisador. Sua colega Catherine Constable, coautora do estudo, ressaltou a importância de se continuar investigando aspectos mais profundos do campo magnético para que novas descobertas sejam realizadas sobre o assunto.</p><p dir="ltr">Ter um conhecimento maior sobre como as mudanças e oscilações ocorrem no núcleo terrestre, o que inclui sua velocidade, é importante para que reconfigurações de satélites sejam possíveis, assim como o tratamento das mudanças na exposição à radiação que podem resultar de uma reversão do campo, já que ele nos protege dos raios solares.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:48.767Z

Campo magnético da Terra muda com velocidade maior que a esperada

Imagem de Oceano oculto na Antártida pode contribuir para o derretimento do gelo no megacurioso

Negligenciado por muito tempo no campo científico, hipótese levantada tem fundamento

<head></head><body><p>Existe uma plataforma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104806-por-que-o-gelo-e-tao-escorregadio.htm">gelo</a>, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99000-10-coisas-sobre-a-antartida-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm">Antártida</a>, conhecida como Ross, que é a maior placa flutuante de gelo da Terra. Ela possui 480 mil quilômetros quadrados em sua extensão. Por meio da ilha de Ross, há uma cavidade oculta oculta que se estende por até 700 quilômetros ao sul da costa da Antártida e permanece praticamente inexplorada. Nela, um oceano se forma com suas marés altas e baixas.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images Plus&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/ocean-under-antarctica-future-climate.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/07/07043828130127.jpg" alt="(Leamus/Getty Images Plus)"><span class="desc">(Leamus/Getty Images Plus)</span></span></p><p>Um estudo recente tem observado o quanto as correntes oceânicas contribuem para o derretimento das geleiras. Talvez isso contribua para uma das maiores incertezas dos pesquisadores com relação às previsões de modelos climáticos na atualidade, já que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/37007-qual-e-a-parte-mais-funda-do-oceano-.htm">oceano</a> pode aquecer cada vez mais as cavidades glaciais.&nbsp;</p><p>Por enquanto, existem poucos dados referentes sobre como a água do oceano se mistura com o gelo e como isso o afeta diretamente. Durante muito tempo, essas questões não foram levadas em consideração, mas parece que nos últimos anos mudanças têm surgido no que tange esse tipo de estudo.</p><h2 dir="ltr">Pesquisas por dentro do gelo</h2><p dir="ltr">Na década de 1970, outros pesquisadores se debruçaram em conhecer a cavidade oceânica sob a plataforma de gelo central de Ross. Nessa época, descobriu-se, mesmo com a tecnologia limitada da época, que haviam camadas finas de massas de água, com temperaturas e salinidades sutilmente diferentes entre elas.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ocean Wide Expeditions" data-fonte-url="https://oceanwide-expeditions.com/blog/the-most-epic-journey-in-the-world-ross-sea-antarctica"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/07/07044542758128.jpeg" alt="(Fonte: Ocean Wide Expeditions)"><span class="desc">(Fonte: Ocean Wide Expeditions)</span></span></p><p dir="ltr">Há três anos, um jato de água quente perfurou 350 metros de gelo para que o oceano oculto pudesse ser estudado. Os pesquisadores conseguiram realizar medições importantes e detalhadas na água, além de conseguir deixar aparelhos que fossem capazes de realizar um monitoramento das correntes das ondas e também de sua temperatura.</p><p dir="ltr">Com os dados em mãos, os especialistas descobriram que o oceano oculto possui uma temperatura de 2 °C. De alguma forma, o gelo acabou isolando os ventos furiosos e a temperatura congelante da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/44415-misterio-gelado-conheca-a-teoria-sobre-as-estranhas-entradas-da-antartida.htm">Antártida</a>, fazendo com que a água não fosse afetada.</p><p dir="ltr">De alguma forma, as pesquisas se mostram muito importantes para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113155-mudancas-no-clima-podem-matar-americanos-de-formas-inesperadas.htm">relações climáticas</a> do mundo, já que o derretimento das geleiras pode causar um aumento significativo no nível do mar. A ilha de Ross não é a única ameaçada com o aquecimento de seu oceano oculto, mas por conta de seu tamanho, a maior delas, é uma das mais preocupantes quando se pensa na cadeia oceânica existente.</p><p dir="ltr">Pode ser que leve muito tempo, pode ser que ocorra daqui há alguns anos. É importante ficar de olho nesses oceanos ocultos.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:48.690Z

Oceano oculto na Antártida pode contribuir para o derretimento do gelo

Imagem de Nossa Lua tem mais metais do que se pensava, afirma NASA no megacurioso

Satélite encontrou grandes quantidades de óxidos de ferro e titânio. Descoberta também ajuda a explicar origem da Lua. 

<head></head><body><p>Do que é feita a Lua? Bom, ao que parece, nosso satélite natural tem bastante metal — mais até do que os cientistas pensavam, até agora. A sonda LRO, da NASA, (Orbitador de Reconhecimento Lunar, em português) encontrou grandes quantidades de óxidos de ferro e titânio, principalmente abaixo da superfície da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/40260-os-11-segredos-mais-estranhos-da-lua.htm">Lua</a>, em grandes crateras.&nbsp;</p><p>Essa descoberta é importante porque traz pistas de como a Lua se formou, algo que os cientistas vem debatendo há décadas.&nbsp;</p><h2>Agora, tudo faz sentido!</h2><p>Tudo, tudo talvez não... Afinal, a ciência é feita mais de perguntas do que de respostas. Mas, com certeza, a nova descoberta da LRO ajuda a explicar algumas dúvidas sobre a origem do nosso satélite natural.</p><p>Isso porque a teoria mais aceita sobre a formação da Lua é que um proto-planeta se chocou com a Terra, quando ela ainda era jovem, jogando destroços no espaço. Esses destroços eventualmente se juntaram pela força da gravidade, gerando nossa Lua. Mas os cientistas observavam um furo nessa teoria: as terras-altas da Lua têm pouco metal, enquanto outras partes planas têm minerais metálicos em maior concentração.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/Unsplash&nbsp;" data-fonte-url="https://unsplash.com/photos/jlV2k_Fx0fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/06/06172652873348.jpg" alt="Fonte: NASA/Unsplash"><span class="desc">Fonte: NASA/Unsplash</span></span></p><p>Por outro lado, o novo achado da LRO ajuda a explicar essa discrepância: os cientistas encontraram mais metal em crateras grandes e as evidências aumentavam conforme as crateras ficavam maiores e mais profundas.&nbsp;</p><p>Segundo a teoria formulada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114936-tritao-maior-lua-de-netuno-pode-receber-missao-da-nasa.htm">NASA</a>, com base nesses dados, isso pode significar que a concentração de metais na lua realmente é em níveis mais profundos da suas rochas, abaixo da superfície. Mas, conforme meteoros se chocam com a superfície do nosso satélite natural, eles vão "escavando" a superfície e expondo esses depósitos. Isso explicaria a baixa quantidade de metal nas terras-altas.</p><h2>Um pequeno passo para o homem...&nbsp;</h2><p>Claro que essa é uma explicação bem simplificada. Até porque nenhum equipamento realmente "viu" os depósitos de metal. Eles foram detectados com um instrumento chamado Mini-RF (Miniature Radio Frequency), que analisa as capacidades dos materiais de transmitir ondas elétricas.&nbsp;</p><p>A publicação da NASA sobre a descoberta ressalta que ela não configura uma resposta definitiva sobre a origem da <a href="https://www.megacurioso.com.br/lua/novidades/">Lua</a>, mas "reduz a incerteza sobre a distribuição de óxidos de ferro e titânio na subsuperfície lunar". Agora, os cientistas farão testes no hemisfério sul da Lua, para observar se os mesmos padrões dessa descoberta se repetem por lá.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:48.533Z

Nossa Lua tem mais metais do que se pensava, afirma NASA

Imagem de Os diamantes mais famosos do mundo nasceram perto do centro da Terra no megacurioso

Até agora se acreditava que todos os diamantes naturais existentes tenham se formado entre 150 a 200 quilômetros da superfície

<p>Uma pesquisa apresentada na &uacute;ltima quarta-feira (24) na Confer&ecirc;ncia de Goldschmidt, encontro anual organizado pela Associa&ccedil;&atilde;o Europeia de Geoqu&iacute;mica e Sociedade Geoqu&iacute;mica norte-americana determinou que os dois diamantes mais famosos do mundo -- o Hope e o Cullinan -- se formaram a uma profundidade muito maior do que a da maioria dos demais.</p>
<p>Na verdade, segundo a nova pesquisa essas duas pedras precios&iacute;ssimas se formaram num dos locais mais profundos da Terra, numa regi&atilde;o pr&oacute;xima ao n&uacute;cleo do planeta.</p>
<p><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113837-diamante-achado-no-canada-mostra-detalhes-sobre-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os estudos</a> at&eacute; hoje mostraram que todos os diamantes naturais existentes no mundo se formaram a dist&acirc;ncias entre 150 a 200 quil&ocirc;metros de profundidade, sob a press&atilde;o que existe no local onde a crosta terrestre encontra o manto externo mais fluido, o que representa a camada m&eacute;dia do planeta.&nbsp;</p>
<p>Essa press&atilde;o existente abaixo das placas tect&ocirc;nicas &eacute; que empurra as gemas at&eacute; a superf&iacute;cie, pois nenhum instrumento de minera&ccedil;&atilde;o jamais chegou perto desses locais de nascimento.&nbsp;</p>
<p>Por&eacute;m, o novo estudo, divulgado na confer&ecirc;ncia virtual, prop&otilde;e que os dois diamantes mais impressionantes j&aacute; encontrados n&atilde;o se formaram a profundidades m&eacute;dias, mas a muitos quil&ocirc;metros <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/mais-lidas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abaixo da superf&iacute;cie</a> do que poder&iacute;amos pressupor.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Giphy&nbsp;" data-fonte-url="http://www.giphy.com/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/26/26190646018415.gif" alt="O diamante &quot;Cora&ccedil;&atilde;o do Oceano&quot; do filme Titanic se inspirou no Hope. (Fonte: Giphy)" /><span class="desc">O diamante "Cora&ccedil;&atilde;o do Oceano" do filme Titanic se inspirou no Hope. (Fonte: Giphy)</span></span></p>
<h2>A metodologia da nova pesquisa</h2>
<p>Embora o Hope e o Cullinan sejam pedras que se destacam das demais por sua beleza diferenciada, &eacute; bom lembrar que todos os diamantes s&atilde;o formados por cristais de carbono junto com diversas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112148-novo-mineral-e-achado-dentro-de-um-minusculo-diamante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impurezas qu&iacute;micas</a> presentes no fundo da Terra. Portanto, diamantes da mesma esp&eacute;cie provavelmente se formaram em condi&ccedil;&otilde;es semelhantes.</p>
<p>Pesquisadores do Instituto Americano de Gemologia analisaram duas gemas menos famosas por&eacute;m com as mesmas caracter&iacute;sticas do Hope e do Collinan. Em ambos foram encontradas impurezas semelhantes mas tamb&eacute;m outras diferentes de qualquer outro diamante.</p>
<p>Essa diferencia&ccedil;&atilde;o se deve &agrave; presen&ccedil;a de um mineral chamado bridgemanita, que &eacute; muito comum no interior da Terra, mas que n&atilde;o se forma nem na crosta e nem no manto superior, mas somente nas camadas "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114849-estruturas-inesperadas-perto-do-nucleo-da-terra-sao-detectadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superprofundas</a>" mais pr&oacute;ximas ao n&uacute;cleo. Esse fato comprovou a teoria dos pesquisadores.</p>
<p>Evan Smith, l&iacute;der da pesquisa do Instituto Gemol&oacute;gico, declarou: "Encontrar esses minerais presos em um diamante significa que o pr&oacute;prio diamante deve ter se cristalizado a uma profundidade em que existe a bridgmanita, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114950-bolhas-no-centro-da-terra-podem-ser-maiores-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muito profunda</a> dentro da Terra."</p>

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Os diamantes mais famosos do mundo nasceram perto do centro da Terra

Imagem de Saiba mais sobre o continente perdido abaixo da Nova Zelândia no megacurioso

Um novo mapa trouxe mais detalhes sobre o continente submerso conhecido como Zelândia 

<head></head><body><p>Você sabia que há um oitavo continente no planeta 95% coberto por água? A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113450-segredos-do-continente-perdido-da-zelandia-sao-revelados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zelândia</a>, também conhecida como Te Riu-a-Maui no idioma Maori, ganhou status formal de continente em 2017, mas ainda continua desconhecida pela maioria das pessoas. Mas novos mapas podem ajudar a resolver essa questão.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GNS Science&nbsp;" data-fonte-url="https://www.livescience.com/lost-continent-zealandia-new-tectonic-map.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25101249431260.jpg" alt="O mapa detalhado do novo continente. (Fonte: GNS Science)"><span class="desc">O mapa detalhado do novo continente. (Fonte: GNS Science)</span></span></p><p>A <em>GNS Science</em>, uma organização de pesquisa e consultoria de riscos geográficos mantida pelo governo da Nova Zelândia, criou um <a href="https://data.gns.cri.nz/tez/index.html?content=/mapservice/Content/Zealandia/Home.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo conjunto de mapas</a> e ferramentas para mostrar mais o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112002-voce-sabia-existe-um-continente-inteiro-embaixo-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">continente</a> ao público. Com 5 milhões de quilômetros quadrados, o continente foi descoberto nos anos 1990 por cientistas.&nbsp;</p><p>Os novos mapas revelam a batimetria — a forma do fundo do oceano — da Zelândia, bem como o seu histórico <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/37312-pangeia-moderna-os-continentes-conseguiriam-juntar-novamente-suas-bordas-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tectônico</a>. Um dos detalhes interessantes é que os dados mostram como o vulcanismo e o movimento tectônico moldaram o continente ao longo de milhões de anos.&nbsp;</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GNS Science&nbsp;" data-fonte-url="https://data.gns.cri.nz/tez/index.html?content=/mapservice/Content/Zealandia/Home.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25101609853263.jpg" alt="O mapa com dados de geociência. (Fonte: Reprodução / GNS Science)"><span class="desc">O mapa com dados de geociência. (Fonte: Reprodução / GNS Science)</span></span></p><p><a href="https://data.gns.cri.nz/tez/index.html?content=/mapservice/Content/Zealandia/Home.html" rel="noopener noreferrer" target="_blank">No site disponibilizado</a>, é possível navegar pelos diferentes tipos de mapas, descobrir diversas informações sobre eles e ainda conhecer mais sobre o continente perdido. Os dados foram fornecidos pelo projeto Seabed2030, uma iniciativa global de mapear o fundo do oceano do planeta inteiro até 2030.&nbsp;</p></body>

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