O cômodo com paredes de âmbar e ouro foi saqueado por nazistas

A&nbsp;Câmara de Âmbar, sala dourada que um dia pertenceu ao Palácio de Catarina na Rússia — e, antes disso, enfeitou a casa do rei da Prússia — está desaparecida desde o final de 1943. Após diversas reformas, transferências e o saque realizado&nbsp;por nazistas, os itens da sala desapareceram.A Câmara ganhou seu nome por ter suas paredes incrustadas com&nbsp;seis toneladas da pedra, além de ser adornada com ouro. O âmbar era um material protegido pela lei prussiana desde o século XIII.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26171325874273.jpg" alt="Câmara de Âmbar passou a maior parte do tempo no Palácio de Catarina"> &nbsp;Câmara de Âmbar passou a maior parte do tempo no Palácio de Catarina. (Fonte: Kremlin/Wikimedia Commons)</figure>A sala foi um presente para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122098-5-governos-que-tentaram-criar-seu-proprio-superexercito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Frederico I, o primeiro rei do território</a>. O projeto foi feito pelo arquiteto da corte, Andreas Schlüter, e a construção se iniciou em 1701, sob responsabilidade de Gottfried Wolfram.&nbsp;<h2>Transferências da Câmara de Âmbar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26163729037253.jpg" alt="Palácio de Catarina, em São Petesburgo "> &nbsp;Palácio de Catarina, em São Petesburgo. (Fonte: Getty Images)</figure>Originalmente instalada em Charlottenburg, o cômodo foi presenteado e transferido à Rússia em 1716. O então rei da Prússia, Frederico Guilherme I, utilizou as 18 caixas de itens da sala para firmar uma aliança com o czar russo Pedro, o Grande.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124589-os-5-tesouros-mais-valiosos-do-mundo-que-seguem-desaparecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Câmara de Âmbar</a> foi então instalada na Casa de Inverno da realeza russa, em São Petersburgo. Em 1755, a czarina Isabel — filha de Pedro, o Grande e Catarina I — ordenou outra transferência. A sala passou a ocupar o Palácio de Catarina em Pushkin, distrito de São Petersburgo.Foi lá que permaneceu a maior parte de sua existência. Ao longo do século XVIII, passou por outras reformas. Com suas&nbsp;seis toneladas de âmbar&nbsp;em 16 metros quadrados, a estimativa de historiadores é de que valeria US$ 142 milhões (mais de R$ 706 milhões) hoje em dia.<h2>Saque nazista</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26164904797259.jpg" alt="Operação Barbarossa levou nazistas à União Soviética"> &nbsp;Operação Barbarossa levou nazistas à União Soviética. (Fonte: GettyImages)</figure>Adolf Hitler iniciou a <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118686-a-conspiracao-de-rudolf-hess-o-nazista-em-territorio-inimigo.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjcoZ7t4MmEAxXjK7kGHSBRAHcQFnoECAcQAg&amp;usg=AOvVaw0PWMNDZ6PrVVY57PeEcWvG" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Operação Barbarossa</a> em 1941, durante a qual três milhões de alemães invadiram a União Soviética. Com a aproximação das tropas, os funcionários do palácio tentaram esconder a Câmara, sem sucesso.A sala foi desmontada ao longo de 36 horas e os tesouros foram encaixotados. A Câmara de Âmbar então foi reinstalada na Alemanha, no museu do castelo de Königsberg — hoje Kaliningrado, na Rússia.Com o fim da Segunda Guerra Mundial se aproximando, em 1943, a sala foi novamente desmontada. O diretor do museu, Alfred Rohde, foi orientado a encaixotar os itens valiosos e assim o fez. Entretanto, é aí que o rastro da Câmara se torna confuso.<h2>Controvérsias</h2>Rohde contou histórias diversas sobre o paradeiro dos tesouros. Com os bombardeios dos Aliados à Alemanha em agosto de 1944, os itens da Câmara teriam sido destruídos.&nbsp;Ainda assim, Rohde afirmou em uma carta ao seu superior que a "Câmara de Âmbar teria sobrevivido". Até então não se sabe o paradeiro dos itens que um dia compuseram a famosa sala.

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Câmara de Âmbar: a sala desaparecida da realeza russa

Novo filme de Jonathan Glazer usa o comandante de Auschwitz e sua família como veículo para examinar a capacidade humana para o mal

Para as famílias alemãs tradicionais, a vida na Europa Central, mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, parecia um sonho. Em sua biografia, o patriarca da família Rudolf Höss descreveu como sua esposa e filhos tiveram todos os desejos concedidos pelo governo durante essa época. Os cinco filhos de Höss, por exemplo, brincavam com tartarugas, gatos e lagartos em sua moradia perto da Cracóvia.Porém, essa vida perfeita mascavara uma verdade sombria: Rudolf era o oficial nazista encarregado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Auschwitz</a>, o maior campo de concentração e extermínio onde os comandados de Adolf Hitler mataram cerca de 1,1 milhão de pessoas — sendo a maioria delas judeus. O filme candidato ao Oscar Zona de interesse (2023), de Jonathan Glazer, imagina a vida cotidiana da família se aventurando pelas fronteiras da vila até reconhecer a realidade que escondiam. Mas como a história real aconteceu?<h2>A vida real de Rudolf Höss</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27010822882003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"> (Fonte: Wikimedia Commons)</figure>Ao contrário de outros filmes importantes sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127933-4-pistas-que-precederam-os-eventos-terriveis-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>, Zona de Interesse nunca retrata explicitamente os horrores cometidos pelos nazistas. Em vez disso, o filme trabalha com o poder da sugestão, mostrando breves vislumbres das chaminés dos crematórios e uma trilha sonora marcante. Porém, o longa-metragem também se desvia muito do seu material original, um romance feito por Martin Amis em 2014 com mesmo nome.No livro, um oficial nazista se apaixona pela esposa do comandante de Auschwitz, que é vagamente baseado em Rudolf Höss, mas não carrega seu nome. E a história real vai mais além. Nascido na Alemanha em 1900, Höss lutou na Primeira Guerra Mundial antes de ingressar em um grupo paramilitar nacionalista. Em 1922, tornou-se um dos primeiros seguidores de Adolf Hitler e logo juntou-se ao Partido Nazista.&nbsp;No ano seguinte, Rudolf e vários cúmplices assassinaram um professor que traiu um colega soldado aos franceses. Ele foi condenado a dez anos de prisão, mas acabou sendo liberto em 1928 sob anistia geral. Entre 1934 e 1940, Höss trabalhou nos campos de concentração de Dachau e Sachsenhausen que, na época, abrigavam principalmente presos políticos. Foi a partir dali que sua jornada de terror foi iniciada.<h2>Ascenção militar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27010754186002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</figure>Tendo seu trabalho reconhecido no passado, Höss foi nomeado comandante do recém-criado Auschwitz. Nessa função, ele transformou o campo no principal centro de extermínio dos nazistas, optando pelo Zyklon B como método mais eficiente de gaseamento. Inclusive, ele mesmo teria dito que essa era a melhor forma de poupas os soldados do peso de "executar múltiplas vítimas, especialmente por causa das mulheres e crianças entre elas".De acordo com historiadores, Höss não era apenas um mero fantoche de Hitler, mas criou suas próprias formas inovadoras e organizadas de matar. No auge do seu campo de concentração, as câmaras de gás de Auschwitz eram capazes de assassinar 2 mil pessoas por hora. Sua família, por sua vez, morava em uma vila administrada pelas forças nazistas ao redor do campo.Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, 9 mil habitantes locais foram expulsos da área para impedir que eles testemunhassem as atrocidades e isolando os prisioneiros do resto do mundo. Contudo, o comandante também teve o "cuidado" de esconder dos filhos a chaminé do crematório, erguendo um muro no jardim e plantando árvores que obstruíam a visão da casa.<h2>O fim da família Höss</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27010713030000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"> (Fonte: Wikimedia Commons)</figure>Em sua autobiografia, Rudolf Höss afirmou que sua esposa Edwiges não tinha conhecimento dos assassinatos ocorridos em Auschwitz. Porém, evidências sugerem o contrário. Os Höss viviam uma vida de luxo, empregando prisioneiros de campos como trabalhadores forçados e apreendendo itens confiscados dos mortos. Além disso, tanto Edwiges como Rudolf eram profundamente antissemitas.&nbsp;Tal como no filme, Rudolf foi transferido para Berlim no final de 1943, com a tarefa de supervisionar as operações em todos os campos de concentração, enquanto sua família permaneceu em Auschwitz. Perto do fim da guerra, os Höss se esconderam no norte da Alemanha, na esperança de poder fugir para a América do Sul — onde muitos nazistas procuraram refúgio.No entanto, todos acabaram sendo capturados em 1946. Após sua captura, Rudolf testemunhou nos julgamentos de Nuremberg, fornecendo detalhes sobre Auschwitz e seu papel nos assassinatos. Sua autobiografia foi escrita enquanto ele esperava sua execução, que aconteceu em 16 de abril de 1947 dentro do campo de extermínio onde cometeu seus crimes. O restante da família ficou na Alemanha, preferindo esconder sua ligação com o infame nazista e minimizar seus crimes.

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'Zona de interesse': a história real por trás da figura de Rudolf Höss

Imagem de Operação Big Bang: o dia em que os ingleses tentaram afundar uma ilha no megacurioso

Uma ilha a meio caminho entre Alemanha e Inglaterra foi considerada uma ameaça após a Segunda Guerra Mundial e explodida com 3,2 quilotons de TNT

<head></head><body>Heligolândia, uma pequena ilha do Mar do Norte na Europa, a 46 quilômetros da costa da Alemanha e 70 quilômetros da costa da Inglaterra, protagonizou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127158-oppenheimer-o-detalhe-oculto-que-o-filme-nao-contou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos eventos literalmente mais explosivos do planeta</a>. No dia 18 de abril de 1947, a Marinha Real Britânica detonou no local o equivalente a 3,2 quilotons do explosivo TNT, até então a maior explosão artificial não nuclear da história mundial.Com menos de dois quilômetros quadrados (pouco mais que o Parque do Ibirapuera, em São Paulo), a ilha é considerada a única ilha offshore da Alemanha, pois não é visível da costa. Existem, atualmente, 1,2 mil habitantes no local, que vivem do turismo e de turístico e uma indústria de turbinas eólicas instalada. &nbsp;No passado, a ilhota já havia sido cenário de conflitos, quando os britânicos a tomaram da Dinamarca em 1807, durante as Guerras Napoleônicas. Em 1890, ela foi devolvida aos alemães em troca de Zanzibar, ilha que era uma potência comercial no oceano Índico. O Kaiser Guilherme II aproveitou para equipar Heligolândia com fortificações e armas, para proteger o recém criado Canal de Kiel, que ligava o mar do Norte ao Báltico.<h2>Operação Big Bang: o bombardeio da ilha</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08171708393394.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Durante a Segunda Guerra Mundial, Heligolândia foi considerada uma ameaça potencial para as forças aliadas. Na época, a Alemanha instalou na ilha novas fortificações e instalações, para apoiar sua frota naval na Batalha do Atlântico. As instalações incluíam túneis subterrâneos, artilharia costeira, um campo de aviação militar e até canetas de armazenamento (docas submarinas) para submarinos nazistas.&nbsp;A Grã-Bretanha bombardeou fortemente a ilha em 1945, que acabou tendo pouca participação na guerra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127621-milhares-sao-evacuados-em-singapura-devido-a-bomba-da-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depois que seus dois mil ilhéus foram evacuados para o continente alemão</a>. Terminado o conflito mundial, os britânicos ocuparam Heligolândia e usaram o local para armazenar as chamadas munições excedentárias.Mas, em 1947, o governo britânico viu uma oportunidade para se livrar para sempre da problemática ilha, que continuaram vendo como potencial ameaça. Por isso, decidiram detonar mais de 7 mil toneladas de munição de guerra britânica excedente que lá se encontrava, em sua maioria projéteis navais e bombas aéreas.<h2>Vida em Heligolândia após o Big Bang</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/08/08175801658420.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Embora jurem que seu objetivo primário não era eliminar a ilha, os britânicos não hesitaram em realizar a grande explosão, mesmo sabendo que o impacto poderia destruir o seu arenito poroso.&nbsp;A detonação eliminou toda a rede de túneis subterrâneos e outras instalações militares de Heligolândia, restando de pé apenas um edifício onde funcionava uma torre antiaérea alemã, mais tarde remodelada como um farol.Quando os ilhéus retornaram em 1952, após a devolução da ilha à Alemanha, não recuperaram nenhuma de suas antigas memórias, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111074-esta-amoreira-se-transforma-em-mini-cachoeira-sempre-que-rola-tempestade.htm#:~:text=Fen%C3%B4meno%20Mega%20Curioso&amp;text=Segundo%20o%20habitante%20que%20aparece,observado%20pela%20popula%C3%A7%C3%A3o%20de%20Dino%C5%A1a." rel="noopener noreferrer" target="_blank">a não ser uma altiva amoreira,</a> que sobreviveu à explosão de 1947 e é reconhecida até hoje como o “Milagre de Heligolândia”.</body>

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Operação Big Bang: o dia em que os ingleses tentaram afundar uma ilha

Imagem de E se Hitler tivesse sido capturado vivo no fim da Segunda Guerra Mundial? no megacurioso

Ao perceber sua derrota, Adolf Hitler cometeu suicídio. Mas o que aconteceria se ele tivesse sobrevivido?

O infame l&iacute;der nazista Adolf Hitler p&ocirc;s fim &agrave; pr&oacute;pria vida em 30 de abril de 1945. Na verdade, pode-se dizer que ele j&aacute; estava morrendo aos poucos desde o in&iacute;cio daquele ano, conforme a Alemanha se aproximava da derrota na Segunda Guerra Mundial &mdash; e o sonho do Terceiro Reich, com sua ra&ccedil;a ariana pura, ficava cada vez mais distante.&nbsp;
Por isso, ao descobrir que seu aliado de primeira hora, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120077-as-atrocidades-cometidas-por-mussolini-nao-conheceram-limites.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a>, tinha sido executado violentamente na It&aacute;lia, s&oacute; restou uma solu&ccedil;&atilde;o. Adolf Hitler e sua companheira de longa data, <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99656-confira-5-curiosidades-tragicas-sobre-eva-braun-a-esposa-de-hitler.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eva Braun</a>, cometeram suic&iacute;dio no bunker onde passaram os &uacute;ltimos meses de suas vidas &mdash; e onde oficializaram sua uni&atilde;o, um dia antes de morrer.&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a jsname="YKoRaf" class="WlydOe" href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128888-por-que-a-argentina-foi-destino-de-tantos-nazistas-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" data-ved="2ahUKEwjVibSWw8KEAxUAK7kGHZpTBd0QvOMEKAB6BAggEAE" ping="/url?sa=t&amp;source=web&amp;rct=j&amp;opi=89978449&amp;url=https://www.megacurioso.com.br/educacao/128888-por-que-a-argentina-foi-destino-de-tantos-nazistas-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm&amp;ved=2ahUKEwjVibSWw8KEAxUAK7kGHZpTBd0QvOMEKAB6BAggEAE"></a><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128888-por-que-a-argentina-foi-destino-de-tantos-nazistas-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por que a Argentina foi destino de tantos nazistas ap&oacute;s a Segunda Guerra Mundial?</a></li>
</ul>
Dessa maneira, n&atilde;o houve a catarse de "fazer justi&ccedil;a com as pr&oacute;prias m&atilde;os", como os italianos tiveram com Mussolini. Mas tamb&eacute;m n&atilde;o houve um julgamento com o rigor da lei, como outros oficiais nazistas tiveram no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120049-tribunal-de-nuremberg-condenacao-de-nazistas-completa-75-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tribunal de Nuremberg</a>. Hitler decidiu seu pr&oacute;prio fim.&nbsp;
A partir disso, podemos fazer um exerc&iacute;cio de "e se...". Afinal, o que teria acontecido com o l&iacute;der nazista &mdash; e maior culpado pelas atrocidades da Segunda Guerra &mdash;, se ele tivesse sido capturado vivo em Berlim? O que os Aliados fariam com Hitler?
<h2>Entre a execu&ccedil;&atilde;o sum&aacute;ria e um julgamento encenado</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/15/15011817695001.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
J&aacute; em 1942, o primeiro-ministro brit&acirc;nico Winston Churchill dizia com todas as letras que queria Hitler morto ao final da Segunda Guerra Mundial. Ele at&eacute; defendia que o l&iacute;der nazista fosse executado em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124107-a-primeira-fotografia-de-uma-execucao-por-cadeira-eletrica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadeira el&eacute;trica</a>. Para Churchill, esse era o m&eacute;todo mais indicado para algu&eacute;m que ele considerava um g&acirc;ngster.&nbsp;
Conforme a possibilidade se tornava real, o primeiro-ministro brit&acirc;nico continuava defendendo essa ideia da execu&ccedil;&atilde;o sum&aacute;ria, sem direito &agrave; defesa. Segundo ele, qualquer julgamento para um homem como Hitler seria uma farsa.&nbsp;
Por&eacute;m, os l&iacute;deres dos outros pa&iacute;ses aliados n&atilde;o concordavam com essa solu&ccedil;&atilde;o t&atilde;o dr&aacute;stica. Por um lado, acreditava-se que execu&ccedil;&otilde;es sum&aacute;rias passariam a impress&atilde;o de que os aliados tinham medo de julgar os nazistas adequadamente. Mas, al&eacute;m disso, havia quem quisesse algo pr&oacute;ximo daquela farsa mencionada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120259-racismo-genocidio-e-esterilizacao-o-legado-de-winston-churchill.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Churchill</a>.&nbsp;
Josef Stalin, o l&iacute;der da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, defendia o julgamento dos nazistas em um tribunal &mdash; o que foi essencial para a cria&ccedil;&atilde;o do Tribunal de Nuremberg. Para Stalin, a corte era um "teatro" pol&iacute;tico importante e um julgamento depois da Segunda Guerra serviria para aumentar a uni&atilde;o entre seu povo, bem como o prest&iacute;gio internacional de seu pa&iacute;s.&nbsp;
Sob St&aacute;lin, a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica realizou in&uacute;meros julgamentos encenados &mdash; cujos resultados j&aacute; estavam decididos desde o in&iacute;cio. E a ideia dele era que todo o Tribunal de Nuremberg fosse dessa forma, ao contr&aacute;rio dos desejos de Winston Churchill.
<h2>O julgamento de Adolf Hitler</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/15/15011910201002.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A partir disso, n&oacute;s podemos pensar melhor no que aconteceria se Adolf Hitler estivesse vivo quando o Ex&eacute;rcito Vermelho tomou Berlim, em 1945.&nbsp;
Em primeiro lugar, os sovi&eacute;ticos teriam mais poder nos debates que decidiram o formato do Tribunal de Nuremberg. Caso n&atilde;o conseguissem convencer os Aliados ocidentais de fazer um julgamento encenado como queria, Stalin poderia levar Hitler para Moscou. Mantendo-o sob seu poder, o l&iacute;der sovi&eacute;tico poderia "aproveit&aacute;-lo" na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> que come&ccedil;ava a surgir.&nbsp;
Mas outra consequ&ecirc;ncia interessante de capturar Hitler vivo seriam as defesas do Tribunal de Nuremberg. Afinal, a maioria dos l&iacute;deres nazistas alegou que estava "s&oacute; cumprindo ordens" e, por isso, tinha menos culpa.&nbsp;
Caso a origem de todas as ordens &mdash; o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107401-cientistas-confirmam-que-adolf-hitler-cometeu-suicidio-em-1945.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">F&uuml;hrer</a>, em pessoa &mdash; tamb&eacute;m estivesse no banco dos r&eacute;us, ser&aacute; que essas defesas seriam diferentes? Ali&aacute;s, qual seria a defesa do pr&oacute;prio Hitler, j&aacute; que ele n&atilde;o poderia alegar nem o cumprimento de ordens, nem desconhecimento.&nbsp;
Ele poderia alegar que as leis foram criadas ap&oacute;s os crimes, por isso n&atilde;o teriam validade. Ou, ent&atilde;o, dizer que esse tipo de crime s&oacute; pode ser imputado a estados e n&atilde;o pessoas. Por&eacute;m, &eacute; improv&aacute;vel que qualquer uma dessas defesas funcionasse. Hitler receberia o mesmo veredito da maioria de seus companheiros: a morte por enforcamento.&nbsp;
Na verdade, tamb&eacute;m existe outra hip&oacute;tese: mesmo que o F&uuml;hrer n&atilde;o tivesse cometido suic&iacute;dio antes do Ex&eacute;rcito Vermelho tomar Berlim, ele n&atilde;o viveria para chegar a Nuremberg. Ele poderia ser assassinado pelos sovi&eacute;ticos ou sucumbir aos problemas de sa&uacute;de com os quais j&aacute; sofria.

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E se Hitler tivesse sido capturado vivo no fim da Segunda Guerra Mundial?

Imagem de Por que a Argentina foi destino de tantos nazistas após a Segunda Guerra Mundial? no megacurioso

Com um governo aberto aos países que adotaram a extrema-direita, a Argentina se tornou refúgio dos nazistas que fugiram da Europa após a derrota na Segunda Guerra Mundial

Antes que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank" rel="sponsored">Segunda Guerra Mundial</a> iniciasse, em 1939, os ideais nacionalistas da extrema-direita ganharam espa&ccedil;o; ora se aproveitando do cen&aacute;rio econ&ocirc;mico delicado, ora por meio de discursos que estimulavam o revanchismo. Isso ocorreu at&eacute; que assumissem o controle de diversos Estados &mdash; o que foi observado na Alemanha e It&aacute;lia, por exemplo, onde o nazismo e o fascismo se espalharam gradualmente.
Fato &eacute; que, ap&oacute;s terminado o conflito, em 1945, os mais de 70 milh&otilde;es de mortos n&atilde;o foram a &uacute;nica perda. Para os que sobreviveram em &aacute;reas que se tornaram campo de batalha, era necess&aacute;rio reconstruir n&atilde;o s&oacute; a pr&oacute;pria vida, como o pr&oacute;prio pa&iacute;s. J&aacute; para aqueles que apoiaram o massacre e a persegui&ccedil;&atilde;o &agrave;s minorias, o objetivo era buscar ref&uacute;gio para n&atilde;o responder pelos crimes cometidos e n&atilde;o acabar nas m&atilde;os dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aliados</a>.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09111106566110.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Dentre os destinos mais considerados entre os nazistas, a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127074-por-que-a-argentina-usa-6-tipos-de-dolares-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Argentina</a> era um deles &mdash; o que se confirmou ao longo dos anos seguintes ao t&eacute;rmino da guerra. Quais motivos estariam por tr&aacute;s disso?
<h2>Posicionamento do governo argentino em meio ao conflito</h2>
Juan Domingo Per&oacute;n foi presidente da Argentina entre 1946 a 1952, de 1952 a 1955 e tamb&eacute;m de 1973 a 1974. Em seu governo, os nazistas encontraram n&atilde;o s&oacute; um pol&iacute;tico simp&aacute;tico ao regime, mas tamb&eacute;m um aliado disposto a receber alem&atilde;es em seu territ&oacute;rio.
Vale lembrar, no entanto, que as rela&ccedil;&otilde;es entre os pa&iacute;ses eram anteriores ao governo de Per&oacute;n, dado que a Argentina j&aacute; tinha sido o destino escolhido por muitos imigrantes alem&atilde;es ap&oacute;s a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>. Com a chegada do Terceiro Reich, Hitler buscou fortalecer rela&ccedil;&otilde;es com as comunidades alem&atilde;s espalhadas fora dos seus dom&iacute;nios.
Isso se refletiu em escolas e associa&ccedil;&otilde;es religiosas, entre outras organiza&ccedil;&otilde;es alem&atilde;s presentes em solo argentino. Um dos exemplos mais sombrios desse alinhamento se mostra por meio de uma determina&ccedil;&atilde;o, criada em 1938, que vedava a emiss&atilde;o de vistos a judeus que desejassem entrar na Argentina. Por&eacute;m, ao unir-se com os Aliados, em 1945, ficou mais evidente a dualidade do posicionamento argentino.
Nesse per&iacute;odo, Per&oacute;n ainda lutava para conquistar o poder em meio a instabilidades pol&iacute;ticas, assumindo o governo apenas no ano seguinte. Mas sua influ&ecirc;ncia j&aacute; era exercida anos antes da posse, uma vez que ele participou do golpe de estado que ocorrera em 1943 no pa&iacute;s.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09111709000118.jpg" alt="&nbsp;Juan Domingo Per&oacute;n, que aparece &agrave; direita, permitiu a entrada de nazistas na Argentina. (Fonte: Getty Images)" />&nbsp;Juan Domingo Per&oacute;n, que aparece &agrave; direita, permitiu a entrada de nazistas na Argentina. (Fonte: Getty Images)
<h2>A Argentina como ref&uacute;gio dos nazistas</h2>
A partir das rotas de fugas que ficaram conhecidas como "ratlines", estima-se que 5 mil nazistas tenham fugido para a Argentina. Inclusive, essa migra&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi aceita por outros pa&iacute;ses desenvolvidos. Considerando ainda que muitos nazistas partiam da It&aacute;lia para a Am&eacute;rica do Sul, o aux&iacute;lio dado por membros da Igreja Cat&oacute;lica &eacute; lembrado como um dos motivos para o sucesso desse plano.
Adolf Eichmann, um dos principais nomes do holocausto, tamb&eacute;m estava entre os fugitivos. Preso na Argentina em 1960 por membros do servi&ccedil;o secreto israelense, ele foi condenado e executado dois anos depois. Mas a maioria dos criminosos n&atilde;o pagou pelas suas atrocidades.
Dentre eles, o m&eacute;dico <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120653-josef-mengele-a-morte-do-medico-nazista-em-uma-praia-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Josef Mengele</a>, que viveu em solo argentino e morreu no Brasil, escapando da justi&ccedil;a. Acusado de estar diretamente envolvido no genoc&iacute;dio e nos mais cru&eacute;is experimentos humanos, ele teria fugido da Alemanha em 1945, chegando na Argentina em 1949. Ap&oacute;s outras fugas, em 1961, ele se mudou para o Brasil.
Chile, Paraguai e Uruguai tamb&eacute;m foram outros destinos procurados pelos nazistas, que chegaram na Am&eacute;rica do Sul com nomes falsos e dinheiro roubado dos judeus perseguidos. As marcas deixadas pelas decis&otilde;es tomadas nesse per&iacute;odo da hist&oacute;ria argentina foram significativas. Passadas d&eacute;cadas depois, hoje o pa&iacute;s abriga uma das maiores comunidades judaicas fora de Israel.

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Por que a Argentina foi destino de tantos nazistas após a Segunda Guerra Mundial?

Imagem de Como as tropas da Idade Média sitiavam um castelo na vida real? no megacurioso

Sitiar um castelo medieval era uma das tarefas mais difíceis e muitas vezes impossíveis na história das guerras

<head></head><body>Embora os filmes e séries de TV sempre usem um tom mágico e heroico quando se trata de sitiar inimigos em castelos, na verdade, as pessoas faziam isso na Idade Média principalmente por poder e controle territorial. Quanto aos épicos guerreiros, na maioria das vezes sua motivação era apenas, conquistar, estuprar e pilhar por pura diversão e lucro. &nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/75732-viagem-no-tempo-como-era-a-vida-em-um-castelo-medieval.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Verdadeiros centros de poder e controle nas regiões onde estavam localizados</a>, essas fortalezas inexpugnáveis só poderiam ser atingidas, ou pelo menos ameaçadas, se fossem sitiadas. Sitiar significa isolar ou bloquear aquele castelo do resto do mundo, cortando suas fontes de abastecimento e comunicação com o exterior.&nbsp;Para isso, a forma mais utilizada era montar um acampamento do lado de fora da edificação e vigiar todas as saídas possíveis, para forçar os defensores a se renderem por fome, sede ou doença. Outra modalidade de cerco era um assalto direto, atacando as muralhas, embora a história mostre que, na prática, você precisava de proporção de tropas superior a 10:1 para invadir um castelo e capturá-lo com sucesso.&nbsp;<h2>Por que os ocupantes dos castelos levavam a melhor?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06082610020003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Quem tem apenas uma experiência cinematográfica em ataques a castelos não tem ideia de como é insano tentar invadir uma fortaleza dessas, e como era raríssimo que isso acontecesse na real. A história ensina que há três explicações pelas quais <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125540-7-formas-de-defesa-incriveis-usadas-em-castelos-medievais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os ocupantes das cidadelas venciam</a>. A primeira, contra-atacar, era mais rara, pois, se estavam sitiados, é porque a força agressora era mais forte, ou melhor equipada.A segunda forma pela qual os defensores geralmente levavam a melhor seria sendo ajudados por um exército aliado que viesse auxiliar na defesa, ou atacar diretamente as tropas sitiantes.Mas, a melhor maneira de vencer um cerco em qualquer momento dos dez séculos da Idade Média foi tão somente se abrigar, da maneira mais confortável possível, atrás das suas belas, gigantescas e resistentes muralhas, e... sobreviver aos sitiantes. Que, enquanto isso, ficavam lá fora na chuva, no sol, na neve, enfrentando fome e doenças.&nbsp;<h2>Como um sítio a um castelo terminava na maioria das vezes?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/06/06085329315011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Por ser uma tarefa que demandava muitos recursos e planejamento, a verdade é que tanto sitiar como ser sitiado envolvia um processo de administração extremamente chato. Imagine ficar sentado sem fazer nada emocionante a não ser jogar pedras e óleo fervente em seus oponentes, isso se eles tivessem equipamentos para um ataque.Dessa forma, embora cada sítio fosse único <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127585-4-invencoes-que-surgiram-durante-a-idade-das-trevas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e as armas evoluíssem ao longo do tempo</a>, o que ocorria na maioria das vezes é que a grande preocupação dos sitiantes se resumia a não morrer de doenças e perguntar o tempo todo ao inimigo se ele não toparia fazer um acordo.Na iminência de ficar sem suprimentos e/ou dinheiro, ou soldados suficientes para ficar do seu lado, a negociação era a solução adotada na quase totalidade dos sítios a castelos medievais.</body>

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Como as tropas da Idade Média sitiavam um castelo na vida real?

Imagem de Ilha de Clipperton: o passado trágico da ilha mexicana disputada por vários países no megacurioso

Disputado por diferentes colonos, o pequeno atol carrega uma história trágica de inúmeras mortes em 1917

Localizado a mil km de dist&acirc;ncia da costa oeste do M&eacute;xico, hoje propriedade da Fran&ccedil;a, um pequeno <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127023-atol-de-bikini-testes-de-bombas-nucleares-criaram-santuario-marinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atol</a> abandonado no Oceano Pac&iacute;fico j&aacute; foi disputado por in&uacute;meros colonos. Esse local se chama Ilha de Clipperton, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125559-little-saint-james-a-ilha-de-jeffrey-epstein-e-seu-legado-de-abuso.htm" target="_blank" rel="sponsored">espa&ccedil;o super remoto</a> e com uma hist&oacute;ria sinistra cheia de assassinatos, loucura e coc&ocirc; de p&aacute;ssaros.
A regi&atilde;o j&aacute; foi conhecida como Ilha da Paix&atilde;o depois que marinheiros franceses a encontraram no in&iacute;cio do s&eacute;culo XVIII, mas seu nome atual vem de um pirata ingl&ecirc;s chamado John Clipperton, que lutou na Guerra da Sucess&atilde;o Espanhola. Inclusive, ele usou os 2,3 km&sup2; de terra como esconderijo &mdash; e dizem que ele teria enterrado um tesouro por l&aacute;.
<h2>Coloniza&ccedil;&atilde;o m&uacute;ltipla</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05034828366002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A Ilha de Clipperton &eacute; uma ilha tropical que continha ricos dep&oacute;sitos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118857-guano-o-segredo-trazido-pelas-fezes-de-morcego.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guano</a> &mdash; fezes acumuladas de p&aacute;ssaros e morcegos que podem ser usadas como fertilizantes. Em 1856, os Estados Unidos reivindicou o terreno sob a Lei das Ilhas Guano, a qual determinava posse norte-americana para algumas propriedades na regi&atilde;o.
Contudo, a Fran&ccedil;a tamb&eacute;m reivindicou Clipperton tempos depois, e o M&eacute;xico chegou a enviar um navio de guerra para anexar a ilha e construir uma col&ocirc;nia l&aacute; em 1897. Os brit&acirc;nicos, ent&atilde;o, tomaram a sua vez em 1906, estabelecendo um assentamento de minera&ccedil;&atilde;o de guano da Pacific Island Company em conjunto com o M&eacute;xico, o que resultou na constru&ccedil;&atilde;o de um farol, uma ferrovia e quart&eacute;is.
A Gr&atilde;-Bretanha acabou desistindo do terreno em 1908 devido &agrave; fal&ecirc;ncia de sua empresa e, em 1914, havia pelo menos 100 pessoas vivendo na ilha, incluindo homens, mulheres e crian&ccedil;as. Por conta da Revolu&ccedil;&atilde;o Mexicana que acontecia naquele momento, o fornecimento de alimentos vitais &agrave; terra e seus habitantes foi cortado severamente, provocando a morte dos habitantes de escorbuto ou de fome.
<h2>Fim tr&aacute;gico</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/05/05034858622003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Quando a Ilha de Clipperton j&aacute; enfrentava uma situa&ccedil;&atilde;o cr&iacute;tica e muitos de seus habitantes j&aacute; haviam morrido, um faroleiro recluso chamado Victoriano &Aacute;lvarez e um punhado de mulheres e crian&ccedil;as eram os &uacute;nicos sobreviventes. Completamente fora de si, &Aacute;lvarez chegou a se declarar "rei da ilha" e iniciou um reinado maligno contra as mulheres, escravizando, matando e estruprando-as at&eacute; que restassem apenas tr&ecirc;s delas e oito crian&ccedil;as.
Felizmente, seu terror foi posto fim por Tirza Rend&oacute;n &mdash; supostamente sua v&iacute;tima favorita &mdash;, que o matou. No dia 18 de julho de 1917, o navio Yorktown da marinha dos EUA resgatou as mulheres e as crian&ccedil;as dias ap&oacute;s a morte do torturador. Os norte-americanos voltaram a ocupar Clipperton ap&oacute;s o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, mas desde ent&atilde;o ela &eacute; mais um territ&oacute;rio franc&ecirc;s desabitado.
A regi&atilde;o s&oacute; &eacute; visitada ocasionalmente por cientistas, pescadores e, involuntariamente, por alguns n&aacute;ufragos. Nenhuma outra tentativa de colonizar o atol foi feita desde ent&atilde;o e o passado violento da ilha permanece desconhecido para a maioria das pessoas, quase como uma maneira de apagar as in&uacute;meras atrocidades cometidas ali.

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Ilha de Clipperton: o passado trágico da ilha mexicana disputada por vários países

Imagem de Os '13 imundos': o grupo de soldados dos EUA que causou terror na 2ª Guerra Mundial no megacurioso

Liderados pelo nativo Choctaw, os 13 soldados ficaram conhecidos pelo seu jeito indisciplinado, mas também pelo seu heroísmo em batalha

<head></head><body>Quem conhece <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a história da Segunda Guerra Mundial</a>, jamais poderia conceber que, entre os protagonistas da icônica Operação Overlord que resultou na invasão da Normandia no dia 6 de junho de 1944, estava um grupo de soldados problemáticos.&nbsp;Conhecidos como os “13 imundos”, eles eram conhecidos por não gostar de se barbear ou tomar banho (daí o nome) e suas táticas de combate pouco ortodoxas.&nbsp;No entanto, esse grupo de arruaceiros, que chegou a explodir parte do quartel e até roubar um trem para ir beber em uma cidade próxima, se tornou uma lenda: à 1ª Seção de Demolição da Companhia Regimental Sede do 506º Regimento de Infantaria Paraquedista, 101ª Divisão Aerotransportada, do Exército dos Estados Unidos.&nbsp;Romantizados no livro Doze Condenados, de E.M. Nathanson, que depois virou um filme com o mesmo nome, estrelado por Lee Marvin em 1967, os 13 imundos reais são normalmente vistos em documentários, durante os preparativos para o Dia D, usando seus vistosos cortes de cabelo ao estilo moicano e suas pinturas de guerra dos nativos Choctaw.&nbsp;<h2>Como os soldados americanos se tornaram os 13 imundos?</h2>Originalmente, a 1ª Seção de Demolição foi designada e treinada como sabotadores de demolição. Isso significa que&nbsp;eles deveriam realizar missões de sabotagem e destruição, atrás das linhas inimigas, explodindo pontes, equipamentos, trilhos, depósitos de suprimentos e outros alvos estratégicos.Enquanto aguardavam o transporte que os levaria para missões quase suicidas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128553-5-cidades-destruidas-pela-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em territórios ocupados pelos alemães</a>, os 13 homens ficaram na Inglaterra, nas chamadas "cabanas de Nissen", uma espécie de oca indígena feita de chapas de aço. Na época, eles se recusavam a tomar banho, e usavam a sua ração de água para cozinhar a carne de animais que roubavam em uma mansão vizinha.&nbsp;O líder informal do grupo, sargento Jake McNiece, um nativo Choctaw, tinha um tremendo foco nas missões, mas um total desrespeito pela disciplina e pelas normas militares. "Não éramos assassinos nem nada, apenas não fizemos tudo o que deveríamos fazer de algumas maneiras e fizemos muito mais do que eles queriam que fizéssemos em outras. Estávamos sempre em apuros", resumiu Jack Agnew, um dos 13 imundos.&nbsp;<h2>Os feitos heroicos dos 13 imundos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/31/31091433043007.jpg" alt="(Fonte: Exército dos EUA)">(Fonte: Exército dos EUA)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127719-arqueologos-descobrem-catapulta-para-avioes-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O primeiro salto de combate</a> do 1º Pelotão de Demolição, 506º Regimento de Infantaria Paraquedista, ocorreu exatamente no Dia D. Os 13 imundos pularam de paraquedas atrás das linhas inimigas para realizar missões de sabotagem e desestabilizar as defesas alemãs. Caindo em um pântano, o "imundo" Jack Womer foi o único sobrevivente em um pântano onde ele e outros quarenta paraquedistas pousaram.O segundo salto ocorreu em setembro de 1944, na Operação Market Garden, que visava garantir pontes cruciais nos Países Baixos.&nbsp;Depois de Market Garden, Jake McNiece voltou sem permissão de Paris e se ofereceu como voluntário para os Desbravadores, onde, junto com Jack Agnew, continuou saltando de paraquedas à frente das forças principais de combate.</body>

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Os '13 imundos': o grupo de soldados dos EUA que causou terror na 2ª Guerra Mundial

Imagem de Conop 8888: o plano dos EUA contra um apocalipse zumbi no megacurioso

Descubra os detalhes surpreendentes do plano elaborado pelo Departamento de Defesa dos EUA para combater um apocalipse zumbi

<head></head><body>No possível cenário de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/zumbis/101634-estudo-revela-quanto-tempo-a-humanidade-aguentaria-a-um-apocalipse-zumbi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse zumbi</a>, o Comando Estratégico dos Estados Unidos (USSTRATCOM) desenvolveu o Conop 8888, um intrigante plano que detalha como as forças armadas americanas responderiam a uma invasão de zumbis.Apesar de sua natureza fictícia, o documento oferece visões fascinantes sobre as considerações jurídicas, políticas e práticas envolvidas em uma guerra contra os "mortos-vivos".<h2>Abordagem jurídica e operacional</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/21/21183815027002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Lançado em abril de 2011, o plano oferece uma visão única das implicações jurídicas e operacionais envolvidas na defesa contra zumbis. O documento destaca que as operações militares seriam regulamentadas pelo direito nacional e internacional apenas no que diz respeito à vida humana e animal.Isso daria ao governo ampla flexibilidade para conduzir ações hostis contra zumbis. O documento também aborda como as forças militares lidariam com diferentes tipos de “mortos-vivos”, desde os patogênicos até os resultantes de experimentos.Além disso, o plano descreve fases estratégicas, desde a instrução do público sobre a natureza dos zumbis até a reconstrução da autoridade governamental após a eliminação das ameaças. Surpreendentemente, o Conop 8888 também prevê ações coordenadas globalmente, destacando a preocupação com a proteção de aliados estrangeiros.<h2>Dissuasão e ataque anti-zumbi</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/21/21184105199003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Uma das fases cruciais do plano é a dissuasão, mesmo reconhecendo que os próprios <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123462-zumbis-sao-biologicamente-possiveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zumbis</a> não podem ser dissuadidos. No entanto, essa fase busca restaurar a confiança na capacidade do governo em combater a ameaça zumbi por meio de operações abrangentes.O documento destaca a importância de instruir militares e o público sobre a natureza das criaturas, seguido por varreduras em áreas infectadas, eliminação de zumbis e queima de corpos para evitar infecções. Além disso, o Conop 8888 revela uma estratégia multifásica que aborda a complexidade de enfrentar esses seres, incluindo considerações específicas para diferentes tipos de ameaças, como os zumbis armados e os zumbis vegetarianos.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/21/21184354482004.png" alt="Trecho do Conop 8888. (Fonte: Wikimedia Commons)">Trecho do Conop 8888. (Fonte: Wikimedia Commons)Diante do caráter peculiar do Conop 8888, surge a pergunta: por que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114528-pentagono-divulga-novos-relatorios-sobre-perseguicoes-a-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pentágono</a> se deu ao trabalho de criar um plano tão extraordinário? Segundo o USSTRATCOM, o documento serve como uma ferramenta de treinamento interna, proporcionando uma experiência valiosa no desenvolvimento de planos militares em um cenário fictício. A escolha de um apocalipse zumbi, embora peculiar, permite treinar o pessoal sem os riscos políticos associados ao uso de cenários reais.O Conop 8888 é, sem dúvida, uma abordagem única e criativa para o treinamento militar. Esse plano extravagante não reflete uma séria expectativa de um apocalipse zumbi, mas sim uma ferramenta eficaz para treinar as forças armadas em situações extremas. À medida que exploramos os detalhes desse plano surpreendente, podemos apreciar a criatividade por trás dele e reconhecer a importância do treinamento militar em cenários fictícios para garantir a prontidão das forças frente às ameaças reais.</body>

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Conop 8888: o plano dos EUA contra um apocalipse zumbi

Imagem de 5 batalhas históricas que os filmes de Hollywood ensinaram (muito) errado no megacurioso

Esses filmes praticamente reescreveram a história, com cenas bastante diferentes do que aconteceu na realidade

&Eacute; comum que o cinema tome certas liberdades criativas ao retratar <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eventos hist&oacute;ricos</a>. Afinal, isso pode ser importante para dar um efeito dram&aacute;tico a uma cena ou tornar alguma hist&oacute;ria mais compreens&iacute;vel para o p&uacute;blico. Al&eacute;m disso, por mais que os roteiristas pesquisem, um ou outro detalhe pode simplesmente passar despercebido.&nbsp;
Por&eacute;m, uma coisa &eacute; tomar liberdades criativas ou errar em detalhes. Outra bem diferente &eacute; contar a hist&oacute;ria de forma totalmente errada &mdash; algo que muitos filmes de Hollywood fizeram nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas.&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122050-6-fatos-sobre-dinossauros-que-jurassic-park-te-ensinou-errado.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 fatos sobre dinossauros que Jurassic Park te ensinou errado</a></li>
</ul>
Para muitos leigos, essas quest&otilde;es talvez n&atilde;o chamem aten&ccedil;&atilde;o. Mas, para quem estudou os eventos hist&oacute;ricos retratados ou foi testemunha ocular dos fatos, esses erros s&atilde;o mais dif&iacute;ceis de perdoar. A seguir, n&oacute;s listamos alguns exemplos de erros graves em filmes de guerra hollywoodianos.
<h2>1. Pearl Harbor (2001)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/oGYcxjywx0o?si=H5mHAR6YtyCdqycV" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Pearl Harbor foi um dos maiores sucessos de bilheteria de sua &eacute;poca &mdash; mas um dos principais fracassos entre os historiadores. Tamb&eacute;m &eacute; importante ponderar que muitos dos soldados que estiveram na batalha verdadeira ainda eram vivos em 2001 e assistiram ao filme.&nbsp;
Para come&ccedil;ar, os jipes usados no filme eram de 1950, da &eacute;poca da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120724-como-desertores-americanos-viraram-estrelas-na-coreia-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra da Cor&eacute;ia</a> (uma d&eacute;cada depois do ataque ao porto de Pearl Harbor) e as armas mostradas n&atilde;o eram as verdadeiras. O filme tamb&eacute;m mostra os japoneses mirando em instala&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas, mas esse nunca foi o alvo principal e s&oacute; uma pessoa nesses locais morreu na batalha.
Os piores erros, por&eacute;m, est&atilde;o nos aeroportos: o filme mostra torpedos atingindo as pistas da base a&eacute;rea, mas isso &eacute; algo que nem faria sentido numa batalha real. Al&eacute;m disso, os her&oacute;is do filme conseguem levantar voo numa pista de decolagem em pleno bombardeio. Ainda que os soldados de verdade tenham levantado voo para enfrentar os japoneses, eles fizeram isso em outra pista, mais distante da batalha.
<h2>2. Cora&ccedil;&atilde;o Valente (1995)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1NJO0jxBtMo?si=Zlw6nbBD-PCsEh4G" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Cora&ccedil;&atilde;o Valente foi produzido, dirigido e estrelado por Mel Gibson, no papel do l&iacute;der <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121947-7-curiosidades-sobre-a-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escoc&ecirc;s</a> William Wallace. E embora o filme tenha agradado aos cr&iacute;ticos de cinema, ganhando Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor, ele n&atilde;o foi recebido da mesma forma pelos historiadores.
Segundo os especialistas, as roupas e pinturas corporais dos escoceses de Cora&ccedil;&atilde;o Valente s&atilde;o completamente diferentes das utilizadas na &eacute;poca. Al&eacute;m disso, a linha do tempo do filme n&atilde;o faz sentido com a realidade: a Esc&oacute;cia s&oacute; foi invadida um ano antes da rebeli&atilde;o de William Wallace, e n&atilde;o durante sua juventude, como diz o roteiro.
Mas o principal erro est&aacute; na batalha que &eacute; cl&iacute;max do filme. A Batalha da Ponte Stirling s&oacute; teve um resultado favor&aacute;vel para os escoceses por causa da ponte: os ingleses atravessavam aos poucos, facilitando o ataque. Mas n&atilde;o h&aacute; ponte alguma na batalha do filme.
<h2>3. Outlaw King (2018)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Q-G1BME8FKw?si=PwOMWbt5G6AlCuXK" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
As Guerras de Independ&ecirc;ncia da Esc&oacute;cia tamb&eacute;m foram retratadas em outros filmes, como Outlaw King, lan&ccedil;ado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122094-lembra-quando-a-netflix-era-uma-locadora-de-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix</a> em 2018. Aqui, o protagonista &eacute; Roberto de Bruce, rei dos escoceses que se rebela contra o dom&iacute;nio ingl&ecirc;s &mdash; pegando em armas para isso.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123700-6-fatos-sobre-a-realeza-britanica-que-the-crown-te-ensinou-errado.htm" target="_blank" rel="sponsored">6 fatos sobre a realeza brit&acirc;nica que The Crown te ensinou errado</a></li>
</ul>
Em uma das principais cenas do filme, Roberto batalha contra as for&ccedil;as inglesas, lideradas por Eduardo II. Roberto est&aacute; em desvantagem num&eacute;rica, mas consegue neutralizar seus inimigos e tem a oportunidade de liquidar Eduardo II. Por&eacute;m, o deixa ir, mostrando sua superioridade.
Contudo, Eduardo estava bem longe da Batalha de Loudoun Hill. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125110-se-o-atual-rei-charles-e-o-3-quais-foram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei ingl&ecirc;s</a> at&eacute; batalhou diretamente com os escoceses, mas muito tempo depois &mdash; e foi o pr&oacute;prio Eduardo que conseguiu fugir, sem depender da bondade de Roberto de Bruce.&nbsp;
<h2>4. 300 (2007)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/UrIbxk7idYA?si=4uYRlI-vKK8xMuor" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Voc&ecirc; deve saber que o rei Xerxes provavelmente n&atilde;o se parecia com o Rodrigo Santoro careca. Mas n&atilde;o &eacute; disso que estamos falando.&nbsp;
Nas batalhas de verdade, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124871-como-era-a-preparacao-de-um-guerreiro-espartano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espartanos</a> lutavam com armaduras &mdash; e n&atilde;o com as roupinhas min&uacute;sculas, usadas para mostrar os m&uacute;sculos do rei Le&ocirc;nidas no filme. Al&eacute;m disso, todos os capacetes tinham plumas, e n&atilde;o s&oacute; o do rei. Outro erro hist&oacute;rico &eacute; mostrar os persas usando rinocerontes e elefantes contra os espartanos.
Mas, a principal cr&iacute;tica ao filme de 2007 &eacute; afirmar que as tropas do rei Le&ocirc;nidas enfrentaram seus inimigos sozinhas. Na verdade, os 300 tiveram o aux&iacute;lio dos atenienses, em um cap&iacute;tulo importante do processo de unifica&ccedil;&atilde;o das cidades-estado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia Antiga</a>.&nbsp;
<h2>5. Napole&atilde;o (2023)</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Mlmu8AaRyMY?si=Ul1RsYEQbOQh-vCD" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Para terminar nossa lista, um filme recente que causou pol&ecirc;mica ao retratar uma figura t&atilde;o conhecida da hist&oacute;ria ocidental: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124285-a-obsessao-historica-das-pessoas-pelo-penis-de-napoleao-bonaparte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napole&atilde;o Bonaparte</a>.
Para come&ccedil;ar, h&aacute; um erro enorme em uma das batalhas mais importantes do filme. Quando o rei franc&ecirc;s tenta tomar uma das rotas comerciais mais importantes dos brit&acirc;nicos, no Egito, h&aacute; uma batalha pr&oacute;xima das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pir&acirc;mides</a>. H&aacute; at&eacute; uma cena em que um canh&atilde;o arranca peda&ccedil;os da constru&ccedil;&atilde;o milenar.&nbsp;
Contudo, isso n&atilde;o seria poss&iacute;vel, j&aacute; que os canh&otilde;es da &eacute;poca n&atilde;o tinham poder de fogo para atirar t&atilde;o alto. Al&eacute;m disso, por mais que a batalha tenha acontecido pr&oacute;xima &agrave;s Pir&acirc;mides, ela n&atilde;o foi t&atilde;o perto assim &mdash; na verdade, as tropas lutaram a cerca de 15 km dos monumentos.&nbsp;
Dito isso, a principal cr&iacute;tica ao filme est&aacute; na forma como Napole&atilde;o &eacute; retratado quase como um ditador sanguin&aacute;rio. Essa &eacute; uma vis&atilde;o bastante brit&acirc;nica sobre o l&iacute;der, falhando em reconhecer suas qualidades e sua popularidade junto ao povo franc&ecirc;s. Vale lembrar que o diretor do filme, Ridley Scott, &eacute; brit&acirc;nico.

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