Artes/cultura
26/09/2024 às 06:00•2 min de leituraAtualizado em 26/09/2024 às 06:00
Adolf Hitler, um dos grandes genocidas da história da humanidade, inscreveu seu nome para a posteridade pelas piores razões possíveis. Seus feitos foram tão horrendos que até hoje há quem duvide de que Hitler pudesse expressar os mais sutis traços de sentimentos humanos.
É difícil de acreditar, mas até Hitler, obviamente, tinha sua família. Embora ele não tenha deixado descendentes conhecidos, o ditador teve vários irmãos e outros familiares próximos. O que pode levar ao seguinte questionamento: o que seus parentes estavam fazendo durante a Segunda Guerra Mundial?
A primeira coisa a contar aqui são os antecessores de Hitler: seus pais. Alois, pai do futuro führer, casou-se três vezes e teve várias amantes, o que significa que Adolf provavelmente tinha muitos irmãos desconhecidos. Sua mãe, Klara Polzl, foi a terceira esposa do pai.
Alois e Klara tiveram cinco filhos. Três morreram ainda crianças, e então chegou Adolf, nascido em 20 de abril de 1889, Edmund, em março de 1894 e Paula, em janeiro de 1896. Como Edmund morreu de sarampo com seis anos, a casa de Hitler acabou ficando com quatro rebentos: Alois Jr, Angela (do segundo casamento de Alois), Adolf e Paula.
Quando a Segunda Guerra Mundial explodiu, Adolf Hitler tinha sete parentes próximos que estavam vivos: sua irmã Paula, os meio-irmãos Alois Jr e Angela e os sobrinhos William Patrick, Leo, Heinz e Elfriede. Geli, meia-irmã de Elfriede, por quem supostamente Hitler estava apaixonado, cometeu suicídio em circunstâncias misteriosas em 1931.
Depois que a Alemanha nazista invadiu a Polônia em setembro de 1939, os sobrinhos de Hitler já tinham a idade certa para servir nas forças armadas. Alguns fizeram isso, mas nem todos estavam do mesmo lado.
Sabe-se do destino de alguns parentes, como o sobrinho Heinz, que eram fortes defensores da ideologia nazista. Embora Adolf Hitler tenha se mantido longe dos parentes quando estava no poder, ele tinha apreço por esse sobrinho, e o ajudou a se inscrever no Instituto Nacional de Educação Política, uma escola de elite para futuros líderes do Partido e da SS.
Já Leo estudou numa faculdade e passou a ganhar a vida dando aulas de química na Áustria. Eventualmente, visitava sua mãe, Angela, que administrava a casa de Adolf. Ele também parecia ser bem próximo do tio, embora este não o favorecesse em nada (Hitler se posicionava contra o nepotismo). Em 1941, ele se juntaria ao 6º Exército de Friedrich Paulus, que atacava as tropas soviéticas.
Por isso, Leo acabou capturado e levado para Moscou, onde revelou aos captores informações sobre Hitler. Seu filho, nascido em 1931, é um dos últimos parentes que seguem vivos, mas sempre afirmou que não nutre qualquer simpatia pelo tio-avô.
William Patrick serviu o exército, mas na Marinha dos Estados Unidos. Sua mãe, a irlandesa Bridget Elizabeth Dowling, casou-se com Alois Jr., mas foi abandonada por ele. Por isso, o menino cresceu em Liverpool, onde tentou ser jornalista e chegou a escrever um artigo chamado "Por que eu odeio meu tio". Em 1939, ele embarcou para os Estados Unidos com sua mãe. Lá, William mandou uma carta para o presidente pedindo a poder se unir às tropas para enfrentar as nações do Eixo.
Alois Jr., o meio-irmão de Adolf, não se dava bem como o irmão. Mesmo tendo sido bem educado, ele tinha uma veia rebelde e foi condenado por roubo em 1900 e 1902. Em 1905, ele foi para a Inglaterra, onde casou com Bridget. Ainda assim, ele se filiou em 1927 ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, o que fez com que retomasse o contato com o meio-irmão, mas nunca ocupou nenhum cargo no seu governo.