Imagem de Batalha de Pelúsio: como os persas dominaram o Egito usando gatos no megacurioso

O carinho que os egípcios tinham pelos felinos foi a tática perfeita montada pelos inimigos

Para entender como essa &eacute;pica batalha aconteceu, &eacute; preciso saber o quanto os gatos eram populares no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo.</a> Sempre associados &agrave; deusa Bastet, referenciada na arte eg&iacute;pcia com o corpo de uma mulher e a cabe&ccedil;a de um gato, os gatos eram reverenciados e vistos como divindades que protegiam a casa dos esp&iacute;ritos malignos, das doen&ccedil;as e desempenhavam um papel fundamental na vida ap&oacute;s a morte.
Ou seja, os eg&iacute;pcios acreditavam que fazer qualquer tipo de mal para um gato infligiria pragas e outros tipos de desastres naturais sobre o povo. Do ponto de vista social, saindo um pouco da lente m&iacute;stica, os gatos tamb&eacute;m eram adorados porque ca&ccedil;avam ratos e camundongos, o que era essencial em uma sociedade que prosperava por meio de celeiros cheios de gr&atilde;os.
Al&eacute;m disso, os animais exigiam pouca manuten&ccedil;&atilde;o do ponto de vista higi&ecirc;nico e n&atilde;o espalhavam doen&ccedil;as. E foi exatamente devido a sua associa&ccedil;&atilde;o com seres divinos e todo o seu desempenho no imp&eacute;rio, que os gatos deram a vit&oacute;ria a Cambises II na Batalha de Pel&uacute;sio, durante a invas&atilde;o persa do Egito, lan&ccedil;ando a pot&ecirc;ncia em seu derradeiro decl&iacute;nio.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" target="_blank">6 mitos sobre o Egito Antigo que voc&ecirc; provavelmente acredita</a>
<h2>De m&atilde;os atadas</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fa/The_Wall_Street_Persians_and_the_Washington_Egyptians_-_L.M._Glackens._LCCN2011647189.jpg/640px-The_Wall_Street_Persians_and_the_Washington_Egyptians_-_L.M._Glackens._LCCN2011647189.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26141924899215.jpg" alt="(Fonte: Library of Congress/Wikimedia Commons)" />(Fonte: Library of Congress/Wikimedia Commons)
Em maio de 525 a.C., no s&eacute;culo VI, j&aacute; havia ficado claro para os eg&iacute;pcios que eles n&atilde;o eram p&aacute;reos para os persas, que os conquistaram facilmente depois da batalha que aconteceu em Pel&uacute;sio naquele dia.
Fora a disparidade dos ex&eacute;rcitos, o rei dos persas, Cambises II, piorou o cen&aacute;rio para os eg&iacute;pcios quando teve a ideia de coletar o m&aacute;ximo de gatos poss&iacute;veis para us&aacute;-los como escudo durante a invas&atilde;o. Os animais foram carregados no alto, amarrados em escudos, flanqueando comboios em gaiolas e at&eacute; pintados para se camuflarem. Al&eacute;m disso, os persas tamb&eacute;m se cercaram de um ex&eacute;rcito de c&atilde;es e ovelhas.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a class="gs-title" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120895-como-era-a-piramide-social-do-egito-antigo.htm" target="_top" dir="ltr" data-cturl="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120895-como-era-a-piramide-social-do-egito-antigo.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwim-KHbn7L3AhUKkZUCHUo3AxEQFnoECAEQAg&amp;usg=AOvVaw3S1Xaa02sov-bl7kGdPeJE" data-ctorig="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120895-como-era-a-piramide-social-do-egito-antigo.htm">Como era a&nbsp;pir&acirc;mide social do Egito&nbsp;Antigo?</a>
<span class="img-fc" data-fonte="Mus&eacute;e d&rsquo;Art et d&rsquo;Histoire de Gen&egrave;ve/Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cat_mummy-MAHG_23437-P8050394-black.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19152742912398.jpg" alt="(Fonte: Mus&eacute;e d&rsquo;Art et d&rsquo;Histoire de Gen&egrave;ve/Wikimedia Commons)" /><span class="img-fc" data-fonte="Mus&eacute;e d&rsquo;Art et d&rsquo;Histoire de Gen&egrave;ve/Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cat_mummy-MAHG_23437-P8050394-black.jpg">(Fonte: Mus&eacute;e d&rsquo;Art et d&rsquo;Histoire de Gen&egrave;ve/Wikimedia Commons)
O rei persa sabia que os eg&iacute;pcios relutariam em matar os gatos por temerem demais a ira eterna da deusa Bastet&nbsp;sobre eles. Portanto, quando o ex&eacute;rcito persa se aproximou, os eg&iacute;pcios fugiram do campo de batalha e perderam a Batalha de Pel&uacute;sio. O historiador Her&oacute;doto documentou a efic&aacute;cia da t&aacute;tica persa registrando as 50 mil mortes eg&iacute;pcias durante a invas&atilde;o contra as 7 mil persas.
N&atilde;o demorou muito para que o Egito ca&iacute;sse sobre as m&atilde;os de Cambises II, dando in&iacute;cio ao Per&iacute;odo Persa dos Fara&oacute;s no Egito, que duraria quase 200 anos. Ao longo desses dois s&eacute;culos, o Egito foi governado por eg&iacute;pcios apenas por breves per&iacute;odos, at&eacute; que Alexandre, o Grande, e os gregos tomassem conta do territ&oacute;rio depois dos persas, come&ccedil;ando um governo que terminou quando o Imp&eacute;rio Romano anexou o Egito como prov&iacute;ncia, em 30 a.C.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120644-por-que-as-estatuas-do-egito-antigo-tem-o-nariz-quebrado.htm" target="_blank">Por que as est&aacute;tuas do Egito Antigo t&ecirc;m o nariz quebrado?</a>

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Batalha de Pelúsio: como os persas dominaram o Egito usando gatos

Imagem de Entenda a relação entre a 1ª Guerra Mundial e as Revoluções Russas no megacurioso

A participação desastrosa do Império Russo na grande guerra foi o estopim de uma série de revoltas no país, que levaram à criação da União Soviética

<head></head><body>As Guerras Mundiais estão entre os eventos mais importantes da história mundial, assim como as Revoluções Russas. Mas você sabia que esses eventos estão intimamente ligados — e, sem um, os outros talvez não tivessem acontecido?Pois é! Para começar, é essencial entender que é mais correto falar de "Revoluções Russas", no plural. Isso porque há pelo menos três levantes que merecem destaque na história do país, nas primeiras décadas do século XX.O primeiro, em 1905, ocorreu depois das derrotas acachapantes do Império Russo — até então uma potência militar —, na guerra com o Japão. Nessa época, o país estava se modernizando e começando sua industrialização, muito depois de outras potências europeias. Com isso, existia uma classe operária urbana maior para reclamar por direitos.Além disso, a monarquia czarista estava em decadência, com líderes que não tinham prestígio, mas não abriam mão do poder, bem como denúncias de corrupção e má gestão. A Rússia foi o último país do continente a deixar de uma ser monarquia absolutista, com a criação da primeira constituição e do primeiro parlamento, a Duma, em 1906.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como teria sido o mundo sem a Primeira Guerra Mundial?</a></li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02190220994563.jpg" alt="Manifestações em 1905 abriram caminho para as Revoluções Russas de 1917">Manifestações em 1905 abriram caminho para as Revoluções Russas de 1917<h2>Decadência sem fim</h2>Os levantes que acabamos de relatar acontecem bem antes da Primeira Guerra Mundial, que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121224-3-acontecimentos-que-serviram-como-estopim-para-grandes-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tem início em 1914</a>. Mas eles é que abrem caminho para as Revoluções de 1917 — em meio ao conflito e intimamente ligado a ele.&nbsp;Em resumo: o Império Russo já era impopular e, ainda por cima, resolveu entrar em uma guerra sem muito preparo para isso. Logo nos primeiros meses, o exército já sofreria derrotas colossais, como na Batalha de Tannenberg, quando os russos tiveram mais de 30 mil baixas — ainda que seu contingente fosse maior.&nbsp;Nos anos seguintes, a situação piorou cada vez mais. Com a industrialização tardia, o Império Russo tinha armas antiquadas e pouca competência logística. Assim, faltava de tudo nos frontes de batalha e milhares de soldados morriam a cada derrota.Culpando seus generais pelos sucessivos fracassos na Guerra Mundial, Nicolau resolve entrar pessoalmente no conflito, comandando os exércitos russos. É a última pá de cal na monarquia.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121224-3-acontecimentos-que-serviram-como-estopim-para-grandes-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">3 acontecimentos que serviram como estopim para Grandes Guerras</a></li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02190524385564.jpg" alt="O czar Nicolau II entrou na Guerra, mas só piorou as coisas (Imagem: Wikimedia Commons)">O czar Nicolau II entrou na Guerra, mas só piorou as coisas (Imagem: Wikimedia Commons)<h2>Da guerra às revoluções</h2>Nicolau se achava um grande estrategista militar e tinha absoluta convicção de seu direito de governar o Império Russo — afinal, ele era o czar! Isso estava totalmente distante da realidade do país, na época. Com novas derrotas, não havia mais ninguém que ele pudesse culpar pelo fracasso do exército e sua popularidade só diminuía.&nbsp;Enquanto estava no fronte, Nicolau deixou a czarina Alexandra em seu lugar, no governo. Ela tinha origem alemã (país inimigo da Rússia na guerra) e sofria muita influência de um místico, Grigori Rasputin — odiado e considerado um charlatão, por muitos.&nbsp;Além disso, pesava bastante para a população as baixas na Guerra — que já somavam milhões de mortes — e falta de alimento nas grandes cidades. Não que a produção tivesse diminuído: o desastre na logística e a má gestão financeira é que faziam os russos passarem fome.&nbsp;Em março de 1917 (ou fevereiro, segundo o calendário usado pelo país na época), a população chega num limite. Milhares de mulheres saem às ruas para protestar contra a fome, pedir o fim da guerra e a renúncia do czar. Grande parte dos soldados enviados para conter os protestos resolve se juntar a eles. É a primeira Revolução Russa de 1917.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="http://Rasputin%3A%20conhe%C3%A7a%20a%20hist%C3%B3ria%20de%20um%20dos%20personagens" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rasputin: conheça a história de um dos personagens</a></li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02190625666565.jpg" alt="Protestos eclodiram nas cidades russas, em 1917, estimulados pelo fracasso na Guerra (Imagem: Wikimedia Commons)">Protestos eclodiram nas cidades russas, em 1917, estimulados pelo fracasso na Guerra (Imagem: Wikimedia Commons)<h2>O fim do Império Russo</h2>Em meio às tensões, a elite russa e os parlamentares da Duma aconselham o czar Nicolau a abdicar do trono. Ele aceita fazer nisso a contragosto, segundo historiadores, entregando seu posto ao irmão, Michael. Só que este não quis ascender ao trono.&nbsp;Então, instalou-se uma crise, onde existiam dois governos na Rússia: o "Governo Provisório", dos liberais da Duma, e o Soviete de Petrogrado, liderado por socialistas que se organizavam desde os primeiros levantes, no início do século. Um governo não confiava no outro e os dois discordavam em um ponto importante: a Guerra.Os sovietes exigiam a saída imediata da Rússia da Primeira Guerra Mundial. E isso motivou os alemães a darem uma "ajudinha" para esse lado do conflito: eles enviaram Vladimir Lenin, que estava exilado na Suíça, de volta para a Rússia. Lá, em outubro de 1917 (novembro, pelo nosso calendário), ele liderou a segunda Revolução — que daria poder aos sovietes.Ainda naquele ano, a Rússia assinaria um armistício com a Alemanha. Mas isso não significou a paz no novo país, que ainda enfrentaria uma Guerra Civil pelos próximos anos — até que, já em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) fosse instaurada.</body>

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Entenda a relação entre a 1ª Guerra Mundial e as Revoluções Russas

Imagem de 6 fatos importantes para entender a queda da Bastilha no megacurioso

A revolta popular mudou profundamente a França em 1789 e inspira até hoje

<head></head><body>No dia 14 de julho de 1789, a monarquia francesa assistiu sua derrocada com a queda da Bastilha. A população, insatisfeita e exigindo reformas no sistema político do país, tomou o lugar tido como símbolo do regime absolutista e do despotismo da monarquia Bourbon.A tomada da Bastilha, prisão para os presos políticos, foi o estopim para a Revolução Francesa e se tornou um dos mais importantes eventos do século XVIII. Não apenas para o povo francês, mas para muitos países que se inspirariam no desenrolar do conflito.Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 enganos comuns sobre a Revolução Francesa</a><h2>1. "Queremos pólvora!"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/24/24194500939038.jpg" alt="(Fonte: Fine Art Images/Heritage Images/Getty Images)">(Fonte: Fine Art Images/Heritage Images/Getty Images)O ataque à fortaleza não era apenas simbólico. Durante a tomada, os revolucionários saquearam cerca de cinco canhões e 3 mil armas do Hôtel des Invalides. Porém, de nada adiantava o armamento se não tinham pólvora. Como o material era armazenado na Bastilha, decidiram invadir o lugar.<h2>2. Quase vazia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26175959700446.jpg" alt="(Fonte: Theodor Josef Hubert Hoffbauer/Wikimedia Commons)">(Fonte: Theodor Josef Hubert Hoffbauer/Wikimedia Commons)Embora fosse usada como prisão e contasse com uma estrutura enorme e muito bem protegida, no dia da invasão haviam apenas 7 prisioneiros na Bastilha.No entanto, a libertação dos poucos prisioneiros não tinha nada de trivial, visto que os revolucionários queriam mostrar sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/71495-conheca-carlos-vi-da-franca-um-dos-muitos-monarcas-malucos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revolta contra o poder absoluto do rei</a>, que fazia o que bem entendesse.<h2>3. O grande estopim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/24/24195614306042.jpg" alt="(Fonte: Bibliothèque nationale de France/Wikimedia Commons)">(Fonte: Bibliothèque nationale de France/Wikimedia Commons)A invasão e a consequente queda da Bastilha deixava claro aos franceses que o reinado da monarquia estava chegando ao fim: existia uma tensão muito grande entre a população e a realeza.Assim, a França viu nascer a oportunidade perfeita para o que viria a ser chamada de Revolução Francesa. A tomada da Bastilha, no fatídico 14 de julho de 1789, portanto, foi o estopim para o surgimento dos primeiros fundamentos da constituição moderna do país.<h2>4. Nem sempre foi uma prisão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/24/24195758650046.jpg" alt="(Fonte: Museum of the French Revolution/Wikimedia Commons)">(Fonte: Museum of the French Revolution/Wikimedia Commons)O lugar funcionava como uma prisão, no entanto, a Bastilha foi originalmente usada como fortaleza de batalha durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121744-6-fatos-surpreendentes-sobre-joana-d-arc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra dos Cem Anos</a> (1337–1453) e só começou a receber prisioneiros em 1417.Durante seu funcionamento, eram mandadas para lá as pessoas que se revoltassem contra o rei. Invadi-la não apenas foi útil para os revolucionários obterem pólvora, como também para aumentar o sentimento de libertação no povo.<h2>5. Marcha à Bastilha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/24/24200002369048.jpg" alt="(Fonte: Museum of the History of France/Wikimedia Commons)">(Fonte: Museum of the History of France/Wikimedia Commons)A multidão marchou por três quilômetros e meio até a fortaleza, com armas, pequenos canhões e o que mais pudessem usar. Chegaram ao local por volta das 11 horas da manhã e ali mesmo algumas delegações foram formadas para falar com o Marquês de Launey, governador da Bastilha.Launey era um coronel sem manchas no histórico militar e de pouca relevância, mas era autoritário tanto com prisioneiros quanto com seus soldados. Mais tarde, foi descrito como um “déspota orgulhoso e estúpido”.<h2>6. A queda da Bastilha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26180447450450.jpg" alt="&quot;A Liberdade guiando o povo&quot;, de 1830. (Fonte: Eugène Delacroix/Wikimedia Commons)">"A Liberdade guiando o povo", de 1830. (Fonte: Eugène Delacroix/Wikimedia Commons)Em certo momento, a guarnição da fortaleza abriu fogo contra o povo, mas a multidão aumentou sitiando o lugar. No calor do momento, dois membros da Guarda Francesa optaram pela deserção e se juntaram ao povo.A participação dos soltados amotinados foi fundamental, já que a multidão não sabia como usar a artilharia que roubaram. No final daquela tarde, a Bastilha estava sob o fogo dos revoltosos.Launey até tentou parar os ataques com o blefe de que explodiria os armazéns de pólvora, acabando com boa parte da região leste de Paris. E, como isso não funcionou, entregou a fortaleza no final da tarde.Nos eventos finais da queda da Bastilha, apesar da multidão, menos de 1 mil pessoas entraram no lugar. Mais tarde essas pessoas receberam o título de Vainqueurs de la Bastille (vencedores da Bastilha).</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:09.020Z

6 fatos importantes para entender a queda da Bastilha

Imagem de Segundo escritor, Hitler era viciado em cocaína e outras drogas no megacurioso

O uso abusivo dos narcóticos teria começado em 1936, conforme os diários do médico do ditador

L&iacute;der da Alemanha nazista, Adolf Hitler tinha uma intensa rela&ccedil;&atilde;o com as drogas, chegando a fazer uso abusivo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118220-vinho-com-cocaina-a-mistura-que-encantou-papas-e-presidentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coca&iacute;na</a>, hero&iacute;na, morfina e outras subst&acirc;ncias. Quem afirma &eacute; o escritor Norman Ohler, que aborda o assunto no livro &ldquo;Del&iacute;rio Total - Hitler e as Drogas no Terceiro Reich&rdquo;.
Em entrevista &agrave; BBC, o autor contou que seu plano era escrever um romance contando o papel dos narc&oacute;ticos no nazismo. Mas o acesso ao arquivo nacional do pa&iacute;s o levou a mudar de ideia, por conta dos documentos do m&eacute;dico do ditador, Theodor Morell.
Morell se tornou m&eacute;dico de Hitler em 1936, parceria que foi fundamental para o v&iacute;cio do chefe do Partido Nazista, de acordo com Ohler. Os registros acessados por ele indicam que o &ldquo;F&uuml;hrer das Drogas&rdquo; teria recebido pelo menos 800 inje&ccedil;&otilde;es receitadas pelo doutor, das mais variadas subst&acirc;ncias, ao longo de 1.349 dias.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Keystone-France/Gamma-Keystone/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.theguardian.com/books/2016/sep/25/blitzed-norman-ohler-adolf-hitler-nazi-drug-abuse-interview"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/28/28161639641314.jpg" alt="Hitler e seu m&eacute;dico, Theodor Morell. (Fonte: Keystone-France/Gamma-Keystone/Getty Images)" />Hitler e seu m&eacute;dico, Theodor Morell. (Fonte: Keystone-France/Gamma-Keystone/Getty Images)
Isso o levou a se tornar &ldquo;um viciado consumado cujas veias estavam quase em colapso quando ele se retirou para o &uacute;ltimo de seus bunkers&rdquo;, como afirma o escritor. O consumo exagerado tamb&eacute;m foi impulsionado pela grande oferta de drogas na Alemanha, que na &eacute;poca era um dos maiores exportadores de opioides do mundo.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" target="_blank">Auschwitz: o que aconteceu l&aacute; ap&oacute;s a Segunda Guerra Mundial?</a>
<h2>As tr&ecirc;s fases do v&iacute;cio</h2>
No best-seller, Ohler conta que o v&iacute;cio de Hitler teve tr&ecirc;s fases. A primeira foi entre 1936 e 1941, quando o l&iacute;der nazista usou abundantemente inje&ccedil;&otilde;es de vitaminas e glicose.
A segunda etapa teve in&iacute;cio em 1941, quando a Alemanha teve problemas com a R&uacute;ssia. Naquela &eacute;poca, o chanceler do Reich usava esteroides e barbit&uacute;ricos, al&eacute;m de injetar horm&ocirc;nios de animais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26093747233039.jpg" alt="Mussolini e Hitler. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Mussolini e Hitler. (Fonte: Wikimedia Commons)
J&aacute; o terceiro est&aacute;gio do v&iacute;cio, a partir de 1943, foi marcado pelo uso de drogas &ldquo;extremamente pesadas&rdquo;, segundo a obra. Uma delas era o Eukodal, conhecido atualmente como Oxicodona, um analg&eacute;sico opioide muito mais forte que a morfina e capaz de produzir euforia em excesso.
O autor diz que Hitler usou Eukodal pela primeira vez durante um encontro com o l&iacute;der italiano <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120077-as-atrocidades-cometidas-por-mussolini-nao-conheceram-limites.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a>, em 1943. Os efeitos teriam sido t&atilde;o fortes que o chefe nazista falava sem parar na reuni&atilde;o, conseguindo convencer Mussolini a continuar apoiando-o na guerra.
<h2>Speedball e Pervitin</h2>
O F&uuml;hrer tamb&eacute;m era viciado em coca&iacute;na, segundo Ohler, utilizando altas doses dela em sua vers&atilde;o mais pura. Os di&aacute;rios de Morell tamb&eacute;m indicam que, em determinadas ocasi&otilde;es, ele combinava o uso de coca&iacute;na e Eudokal, mistura bastante perigosa conhecida como &ldquo;speedball&rdquo;.
H&aacute; ainda men&ccedil;&atilde;o ao Pervitin, tido pelos alem&atilde;es como um &ldquo;composto m&aacute;gico&rdquo; que aumentava a confian&ccedil;a e o desempenho. Neste caso, a droga era largamente utilizada pela popula&ccedil;&atilde;o e chegava tamb&eacute;m &agrave;s tropas nazistas, que apostavam na subst&acirc;ncia para combater a fadiga, o estresse e o sono.

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Segundo escritor, Hitler era viciado em cocaína e outras drogas

Imagem de Meep Gies: a holandesa abrigou Anne Frank e recuperou seu diário no megacurioso

Saiba mais sobre a holandesa que escondeu a família de Anne Frank e permitiu a publicação de um dos livros mais importantes da história

<head></head><body>Símbolo de resistência ao holocausto nazista, a alemã de origem judaica Anne Frank (1929-1945) relatou, em seu famoso diário, os horrores e as tensões da caça imposta por Adolf Hitler durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121475-os-eua-prenderam-mulheres-por-puro-preconceito-na-1-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. A obra, que anos depois seria referência para inúmeros estudos históricos sobre a época, marcou o legado de uma das narrativas mais dramáticas do século. E tudo isso muito por conta da ajuda da austríaca Miep Gies, que conseguiu protegê-la a todo custo ao recuperar os escritos na antiga fábrica da Opekta.Nascida na Áustria em 15 de fevereiro de 1909, Hermine Santruschitz mudou-se para a Holanda aos 11 anos, passando a experimentar uma vida social movimentada e luxuosa, em contraste à escassez de alimentos em sua terra natal. Ao lado de sua família adotiva, a jovem viu a ascensão do partido <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121477-wunderwaffe-as-armas-gigantes-e-impossiveis-dos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazista</a> inquietar seus novos enteados, e depois de inúmeras recusas para forjar alianças com as tropas alemãs, suas vidas entraram em risco iminente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/13/13030215080000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Forçada a retornar para a Áustria devido à invalidez de seu passaporte, Miep Gies — como passou a ser chamada pelos amigos próximos — casou-se precocemente com um holandês local, pois essa era a única saída para obter a cidadania holandesa e evitar ser deportada pelas autoridades, visto a recente anexação do país pela Alemanha. Foi então que, ao começar carreira profissional na fábrica de Opekta, ela conheceu Otto Frank, chefe que logo se tornou amigo de confiança.Sua vida sofreu uma grande reviravolta quando as forças alemãs invadiram a Holanda, em maio de 1940. Miep Gies uniu-se a outros três funcionários da Opetka e escondeu Frank e sua família nos quartos vagos acima dos escritórios, decidindo ficar calada sobre o paradeiro dos judeus e ajudar o máximo de sobreviventes possíveis. Para isso, ela contou com a ajuda de seu marido, Jan, e adotou uma rotina discreta, comprando sacolas de mercado em quantidades moderadas e garantindo a segurança das pessoas protegidas.<h2>O início da tragédia</h2>Em 4 de agosto de 1944, as fábricas Opetka foram dominadas por nazistas e todos os refugiados escondidos em suas dependências foram levados. Em desespero, Santruschitz tentou ir a todas as delegacias na região para oferecer dinheiro em troca da libertação dos presos, mas sequências negativas de respostas a levaram para uma última revista em seus escritórios abandonados. E foi lá que ela encontrou um diário surrado e com diversas páginas preenchidas, sob autoria da jovem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119782-anne-frank-historia-e-legado-da-jovem-martir-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Annelies Marie Frank</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22085845813028.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A holandesa decidiu guardar o documento em uma escrivaninha e evitou abri-lo com medo de ter acesso a informações confidenciais que pudessem comprometer pessoas próximas, como seu marido, cúmplices e amigos do mercado ilegal. Porém, ao descobrir que a autora do diário havia falecido, vítima no campo de concentração de Bergen-Belsen, ela devolveu o material a seu antigo amigo Otto Frank, pai de Anne, que permitiu a reprodução do diário que comoveu milhões de pessoas pelo mundo.“Tenho cem anos agora. Essa é uma idade admirável, e até cheguei a ela com bastante saúde”, disse Gies, após ser condecorada na Ordem de Orange-Nassau pela Rainha Beatrix, da Holanda. “Então é justo dizer que você teve sorte, e ter sorte parece ser o fio vermelho que atravessa minha vida.”</body>

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Meep Gies: a holandesa abrigou Anne Frank e recuperou seu diário

Imagem de 6 fatos surpreendentes sobre Joana d'Arc no megacurioso

Guerreira e santa, Joana d'Arc foi heroína do exército francês, mas entrou na história ao ser queimada em praça pública aos 19 anos

<head></head><body>Poucos personagens são tão emblemáticos na história como Joana d'Arc. Queimada viva em uma fogueira, foi beatificada e canonizada cinco séculos depois pelo Vaticano, depois de ser usada como símbolo pelos católicos contra os protestantes.Declarada símbolo nacional da França pelo imperador <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napoleão Bonaparte</a>, é uma figura popular sobre a qual muitos fatos ainda são desconhecidos. Te contamos alguns deles neste artigo. Confira.<h2>1. Usava roupas masculinas como mecanismo de defesa</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Jules Eugène Lenepveu/Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://commons.wikimedia.org/wiki/Jeanne_dArc#/media/File:Lenepveu,_Jeanne_d'Arc_au_siege_d'Orleans.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/21/21163602706090.jpg" alt="(Fonte: Jules Eugène Lenepveu/Wikimedia Commons)">(Fonte: Jules Eugène Lenepveu/Wikimedia Commons)Quando foi julgada e condenada à morte, uma das alegações contrárias a seu respeito era o fato de utilizar roupas masculinas. Historiadores defendem a tese que Joana tomou tal decisão para impedir, ou desencorajar, que fosse estuprada nos acampamentos.O pesquisador medieval Adrien Harmand afirma, em Jeanne d'Arc, son costume, son armure : essai de reconstitution (<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101655-3-pontos-que-vao-mudar-a-forma-como-voce-ve-a-lendaria-joana-d-arc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Joana d'Arc</a>, seu traje, sua armadura: reconstrução experimental, em tradução livre) que a escolha teria ligação com seu desejo de castidade.Outro elemento trazido por estudiosos, é que, durante sua prisão, usar roupas masculinas teria surtido efeito em torná-la indesejável aos guardas, protegendo-a de ser violentada sexualmente.<h2>2. Joana d'Arc foi precursora do corte de cabelo "Bob"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/21/21170202022102.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Antes de entrar para a história da moda como um corte de cabelo associado às francesas do século XX, o "Bob", corte que deixa o cabelo próximo à altura da mandíbula, geralmente com franja, foi usado pela guerreira.Um tanto ao acaso, Joana d'Arc cortou seu cabelo desta maneira, e foi inspiração para Monsieur Antoine, cabeleireiro mais famoso da Paris do início do século XX. A Primeira Guerra Mundial ajudou a popularizar o corte, usado em busca de melhor higiene.<h2>3. Foi queimada em duas etapas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/21/21173349711105.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Queimar um corpo toma tempo, mas Joana não era uma pessoa qualquer. Tendo sido capaz de motivar um exército e uma nação a não desistir do combate, sua figura gerava admiração em parcelas da população.De forma a não deixar suspeitas sobre seu fim, seu corpo foi retirado da fogueira e exposto em praça pública por um período. O objetivo é que ninguém duvidasse de que seu fim havia chegado. Posteriormente, seu corpo carbonizado voltou às chamas, até que se desintegrasse por inteiro.<h2>4. Crime que levou à sua morte não foi bruxaria</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/21/21172414211104.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Entre os crimes de que foi acusada, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120070-por-que-a-bruxaria-esta-em-alta-na-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxaria</a> constava na lista. Contudo, não foi essa a razão efetiva para ser condenada à morte e queimada viva. Das 70 acusações iniciais, seus supostos crimes reduziram para 12 em alguns meses após sua captura pelos ingleses.&nbsp;Historiadores afirmam que as acusações seriam retiradas ou reduzidas, de forma que cumprisse uma pena mais simples. Porém, ao ser visitada por juízes, havia retomado o uso de roupas masculinas e alegava estar ouvindo vozes. Foi condenada à fogueira como uma "herege reincidente".<h2>5. Nunca esteve em campo de batalha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/21/21171851930103.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar das histórias perpetuadas pela literatura e cinema, Joana nunca chegou a pegar em armas e combater inimigos durante a Guerra dos Cem Anos. Seu papel foi muito maior em elevar o moral das tropas francesas.Ainda que tenha acompanhado tropas e criado estratégias, sua função no campo de batalha costumava se resumir a segurar bandeira. Apesar de não guerrear, foi ferida em duas situações, com uma flecha no ombro e uma besta na perna.<h2>6. Foi conhecida por diferentes nomes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/21/21162134267089.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ela entrou para a história e foi santificada com o nome de Joana d'Arc, mas não foi a única maneira pela qual era conhecida. Em sua cidade natal, Domrémy, no nordeste francês, os cidadãos a conheciam pelo nome de Jehanette.&nbsp;Outras alcunhas encontradas em registros da época mostram o nome Jehanne acompanhado de diferentes sobrenomes: d'Arc, Tarc, Romée e Vouthon. Momentos antes de seu primeiro julgamento, assinou documentos como "Jehanne la Pucelle", ou "Joana, a empregada".Historiadores acreditam que mesmo o d'Arc que conhecemos poderia não ser um sobrenome oficial, mas um palpite da jovem sobre a alcunha de seu pai.</body>

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6 fatos surpreendentes sobre Joana d'Arc

Imagem de Olga de Kiev: a viking assassina e vingadora que virou santa católica no megacurioso

Princesa do Rus de Kiev no século X, Olga iniciou uma vingança sangrenta pela morte do marido antes de se converter ao cristianismo

<head></head><body>Muitos santos da Igreja Católica tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119333-6-santos-catolicos-com-historias-bem-curiosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias inusitadas</a>, que fogem do estereótipo de figuras serenas e benevolentes que podemos associar a eles. Olga de Kiev, padroeira das viúvas e dos convertidos, bastante venerada na Ucrânia, é um dos maiores exemplos disso. Antes de ser canonizada, ela protagonizou uma vingança sangrenta, <a href="https://www.megacurioso.com.br/seriados/44546-5-fatos-e-personagens-historicos-que-podem-ter-inspirado-game-of-thrones.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">digna de Game of Thrones</a>.Ainda adolescente, Olga se casou com Igor, herdeiro do primeiro mandatário do Rus de Kiev, Rurik. Esse reino medieval tinha alianças com a tribo dos drevlianos, no que hoje é o norte da Ucrânia. Mas, quando Rurik morreu, estes pararam de pagar seus impostos — e Igor foi até lá para cobrar a dívida. Então, foi brutalmente assassinado.&nbsp;Os drevlianos ainda propuseram casamento entre seu príncipe e a viúva, Olga, então com 20 anos. O filho dela, Sviatoslav, tinha apenas três anos e era jovem demais para ser o novo rei.Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121102-5-santos-que-foram-extremamente-duros-na-queda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 santos que foram extremamente duros na queda</a><h2>Eu aceito... só que não</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22115606232204.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para formalizar sua "proposta indecente", os drevlianos mandaram 20 diplomatas — que Olga fingiu que receberia bem. Porém, ela conduziu a delegação para a beira de um grande buraco e ordenou que seus soldados jogassem todos lá dentro, para depois enterrá-los vivos.&nbsp;Antes que as notícias da recepção pouco calorosa chegassem aos drevlianos, Olga mandou uma mensagem, dizendo que aceitaria a oferta de casamento do príncipe. Mas só com uma condição: que ele enviasse seus chefes mais leais para buscá-la, como forma de mostrar boa vontade ao povo dela, em Kiev.&nbsp;Mais uma vez, Olga fingiu receber todos bem e até ofereceu sua casa de banhos para que os chefes se refrescassem após a longa viagem. Quando eles estavam lá, "de boas", ela mandou queimar a casa com todos dentro.&nbsp;<h2>A vingança final</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Album/Alamy Stock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.alamy.com/olgas-avenge-to-the-drevlians-museum-russian-national-library-st-petersburg-author-bruni-fyodor-antonovich-image220265703.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22172243393454.jpg" alt="(Fonte: Album/Alamy Stock)">(Fonte: Album/Alamy Stock)Entre os drevlianos, ninguém ficou sabendo da morte dos emissários em Kiev — as notícias não corriam tão rápido nos tempos medievais, né? Assim, deu tempo de Olga correr até a capital drevliana, ainda fingindo aceitar a oferta de casamento. Ela apenas pediu para dar um banquete em honra ao seu marido morto.&nbsp;Quando os convidados já estavam bêbados, os soldados de Olga começaram uma chacina, matando cerca de 5 mil pessoas. Em seguida, os soldados do Rus de Kiev sitiaram a cidade com um cerco que durou mais de um ano. Observando que os drevlianos estavam resistindo mais do que o planejado, Olga fez uma "oferta de paz".&nbsp;Ela disse que aceitaria os drevlianos de volta ao reino, pagando os tributos devidos, se eles mandassem três pombas e mais uma pomba de cada casa. Claro que a oferta era repleta de segundas intenções: os soldados de Olga amarram panos com enxofre e ácido sulfúrico nas aves e as enviaram de volta para a cidade. Então, toda a capital drevliana queimou.&nbsp;Todas as pessoas que tentaram escapar foram mortas pelos soldados do Rus de Kiev e quem sobreviveu precisou se submeter a Olga.&nbsp;Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121287-kyiv-ou-kiev-saiba-qual-e-a-grafia-certa-da-capital-da-ucrania.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kyiv ou Kiev? Saiba qual é a grafia certa da capital da Ucrânia</a><h2>A santidade de Olga</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/22/22171754190450.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Depois dessa vingança sangrenta, como Olga se tornou uma santa católica? Acontece que ela foi à Constantinopla a convite do imperador Constantino. Ele era um cristão fervoroso e, nessa visita, convenceu Olga a se converter.&nbsp;Ela voltou para Kiev, convertida, e pregou para seu povo até o fim da vida. Os esforços tiveram resistência de seu filho, já rei, mas foram continuados pelo neto, Vladimir I. Ele foi quem iniciou o culto a avó, que se tornaria santa séculos depois. Por influência de Olga, o Rus de Kiev e os países que nasceram dele, como Rússia e Ucrânia, são majoritariamente cristãos.</body>

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Olga de Kiev: a viking assassina e vingadora que virou santa católica

Imagem de Campos de filtragem: o método russo para 'roubar' ucranianos no megacurioso

A prática do século passado é considerada um grave crime de guerra, ferindo o que foi determinado em 1949 nas Convenções de Genebra

<head></head><body>Quando a Rússia finalmente<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120964-russia-e-ucrania-entenda-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;invadiu a Ucrânia</a>, em 24 de fevereiro de 2022, após anos de tensões e ameaças, não só se concretizou uma realidade até então imaginada apenas por historiadores, como também lançou o mundo para o século passado, mais especificamente para o cenário doloroso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121220-gruinard-a-ilha-britanica-da-morte-da-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial.</a>E com isso, além dos bombardeios, êxodo massivo, mortes, destruição e colapso econômico — reviveu alguns terrores oriundos daquele período, como os campos de filtragem. Na história russa, os lugares surgiram durante a União Soviética e eram usados para rastrear cidadãos soviéticos que retornavam do pós-guerra considerados "suspeitos", ainda que tivessem sido prisioneiros da Alemanha nazista de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121477-wunderwaffe-as-armas-gigantes-e-impossiveis-dos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a>.Essas pessoas, portanto, foram impedidas de voltarem para o que ainda havia sobrado de suas vidas e famílias, rastreadas e realocadas em campos improvisados antes de serem autorizadas a reentrarem no país.<h2>Revivendo o passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19143212564308.jpg" alt="(Fonte: Stoyan Nenov/Reuters)">(Fonte: Stoyan Nenov/Reuters)Os campos de filtragem tiveram uma trajetória ainda mais sórdida e trágica durante a Segunda Guerra da Chechênia, ocorrida entre 1999 e 2009. Um relatório publicado em 2000 pela organização Human Rights Watch aponta vários abusos e violações dos direitos humanos que aconteceram por parte dos soldados russos em 1999. Estupros, espancamentos e tortura de civis foram os mais documentados.Em matéria ao Yahoo News, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas Greenfield, expôs relatórios que indicam que agentes do Serviço Federal de Segurança russa estão confiscando passaportes, identidades, celulares e separando famílias umas das outras para encaminhá-las para campos de filtragem, revivendo esse capítulo dantesco na história russa.“Eu não preciso explicar que esses chamados 'campos de filtragem' são uma reminiscência. É assustador, e não podemos desviar o olhar”, disse ela.<h2>Sem escolha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19143305610315.jpg" alt="(Fonte: Imagem de Satélite/Maxar Technologies)">(Fonte: Imagem de Satélite/Maxar Technologies)Os documentos acusam que civis ucranianos foram removidos à força de seu país agora na guerra e transportados por ônibus para campos de filtragem, onde foram interrogados por horas a fios, tiveram suas impressões digitais coletadas, foram fotografados, forçados a entregar todos os tipos de documentos que carregavam, e depois enviados para cidades na Rússia.As autoridades ucranianas estimam que mais de 40 mil civis foram removidos à força da Ucrânia até então. Em entrevista ao The Guardian de Roskov, na Rússia, uma mulher ucraniana que pediu para que tivesse sua identidade preservada, disse que foi conduzida por soldados russos em um ônibus com 300 pessoas para um abrigo antiaéreo até um campo cheio de tendas militares na fronteira com a Rússia.Uma vez lá, a sobrevivente teve seu telefone revistado, foi questionada se tinha alguma informação sobre o exército ucraniano, ou se possuía amigos trabalhando para as Forças Armadas e para o governo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19143342814317.jpg" alt="(Fonte: Stringer/Anadolu Agency/Getty Images)">(Fonte: Stringer/Anadolu Agency/Getty Images)“Eles também me perguntaram o que eu pensava sobre a Ucrânia, sobre Putin e o conflito. Foi muito degradante”, revelou a mulher. Ela também tentou deixar claro que todo o processo, inclusive ser enviada para a Rússia depois do rapto, não foi uma escolha.Em resposta, as autoridades russas negam a existência dos campos de filtragem. Além disso, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que os soldados russos não removeram à força os cidadãos ucranianos, e que eles apenas fugiram para a Rússia voluntariamente para escapar da violência do conflito.Em contraponto, não só o governo ucraniano desmente a alegação russa, como um jornal russo chamado Rossiyskaya Gazeta mostrou imagens de satélite confirmando a existência de um campo de filtragem montado na vila ucraniana de Bezimenne, atualmente controlada pela Rússia, onde 5 mil civis foram processados para "evitar que nacionalistas ucranianos se infiltrassem na Rússia disfarçados de refugiados".Conforme as Convenções de Genebra, os campos de filtragem configuram como crime de guerra desde a quarta Convenção, escrita em 1949.</body>

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Campos de filtragem: o método russo para 'roubar' ucranianos

Imagem de Robert Houdin: o "pai" do ilusionismo conseguiu evitar uma guerra no megacurioso

Inspiração para Harry Houdini, Robert levou a mágica para outro nível ao convencer povos argelinos que os franceses eram mais fortes

Muito antes das For&ccedil;as Armadas dos EUA recrutarem artistas para fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119805-ghost-army-um-exercito-de-artilharia-inflavel-enganou-os-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tanques infl&aacute;veis</a> em 1944 para enganar os alem&atilde;es, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, e do pr&oacute;prio m&aacute;gico <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119091-jasper-maskelyne-o-magico-que-enganou-a-todos-na-2-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jasper Maskelyne</a> fazer o mesmo do ex&eacute;rcito da Gr&atilde;-Bretanha &mdash; esse tipo de truque j&aacute; havia causado muita confus&atilde;o, como aconteceu quando Napole&atilde;o III entrou em contato com Robert Houdin.
Jean-Eug&egrave;ne Robert-Houdin, um artista franc&ecirc;s nascido em 7 de dezembro de 1805, considerado o "pai da m&aacute;gica moderna", ficou encantado pelo ilusionismo quando ainda bem jovem ao assistir outros m&aacute;gicos muito de perto para entender como tudo funcionava, principalmente se eles cometessem algum erro.
Antes de se tornar "O Grande Robert Houdin" &mdash; de quem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120408-o-segredo-por-tras-das-6-maiores-ilusoes-de-harry-houdini.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Harry Houdini</a> tiraria o nome c&eacute;lebre como inspira&ccedil;&atilde;o &mdash;, ele passava seu tempo construindo rel&oacute;gios na loja de sua fam&iacute;lia, o que facilitou na confec&ccedil;&atilde;o de dispositivos que serviram de inspira&ccedil;&atilde;o para grandes nomes do ilusionismo do s&eacute;culo XX.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119091-jasper-maskelyne-o-magico-que-enganou-a-todos-na-2-guerra-mundial.htm" target="_blank">Jasper Maskelyne: o m&aacute;gico que enganou a todos na 2&ordf; Guerra Mundial</a>
<h2>A grande inova&ccedil;&atilde;o &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/18/18175629701585.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O primeiro passo para a grande mudan&ccedil;a na vida de Houdin aconteceu quando ele construiu um teatro inteiro no antigo Palais Royal, em Paris, para poder se apresentar como m&aacute;gico, atraindo multid&otilde;es pela maneira s&oacute;lida como se vestia, sem nenhum tipo de parafern&aacute;lia brilhante ou roupas extravagantes, muito diferente dos outros m&aacute;gicos. Ele elevou o status do ilusionismo a um patamar quase sobrenatural, algo endossado e sustentado por Houdini mais tarde.
Em 1856, suas habilidades m&aacute;gicas surpreendentes chegaram aos ouvidos do imperador Napole&atilde;o III, que queria conquistar a col&ocirc;nia francesa da Arg&eacute;lia depois que uma rebeli&atilde;o de nativos despertou preocupa&ccedil;&atilde;o. Para isso, ele buscou o m&aacute;gico para manter o controle da col&ocirc;nia e impedir que os santos dos religiosos, conhecidos como marabus, "incentivassem" a rebeli&atilde;o e causassem uma guerra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/07/07194630032437.jpg" alt="(Fonte: Star Film/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Star Film/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para controlar a situa&ccedil;&atilde;o, Houdin usou do seu ilusionismo para convencer o povo de que a magia francesa era mais forte do que a argelina, o que evitaria confronto e derramamento de sangue.
O m&aacute;gico realizou uma variedade de truques que desestimularam os nativos e aumentou o medo contra os franceses, provando, por exemplo, a fraqueza dos marabus ao fazer um homem musculoso n&atilde;o conseguir levantar uma simples caixa com al&ccedil;a do ch&atilde;o. Eles se convenceram que suas armas eram in&uacute;teis e nunca seriam t&atilde;o poderosas quanto as da mil&iacute;cia francesa.
O que Houdin fez o consagrou para sempre no teatro do ilusionismo, servindo de inspira&ccedil;&atilde;o para uma gera&ccedil;&atilde;o de m&aacute;gicos que prosperaram durante os s&eacute;culos XIX e XX, tanto na Europa quanto na Am&eacute;rica.

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Robert Houdin: o 'pai' do ilusionismo conseguiu evitar uma guerra

Imagem de Bunkers apocalípticos: o negócio que fatura milhões por ano no megacurioso

O empreendimento, que surgiu em 1950 com casas subterrâneas para o fim do mundo, atingiu seu auge de prosperidade durante a pandemia e a recente invasão da Ucrânia pela Rússia

<head></head><body>Os chamados bunkers do fim do mundo foram impulsionados em dois momentos mais marcantes do século XX, a começar pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114962-turismo-atomico-testes-nucleares-na-las-vegas-de-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Atômica</a> dos Estados Unidos, em 16 de julho de 1945, atingindo seu auge com a explosão das bombas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Little Boy e Fat Man</a>, seguido pelos 921 testes e explosões realizados pelo governo na Base de Testes de Nevada.Todos os aspectos da vida americana foram afetados por esse período, especialmente com os ataques à Hiroshima e Nagasaki, que mostraram aos cidadãos o quão nocivo e perigoso era mexer com radiação, desestimulando uma indústria capitalista inteira que prosperava desde o início do século XX produzindo tudo que contivesse o material, visando facilitar ou trazer inovações para a vida cotidiana.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19145658927345.jpg" alt="(Fonte: National Nuclear Security Administration/Nevada Site Office)">(Fonte: National Nuclear Security Administration/Nevada Site Office)As tensões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119642-louis-reard-criou-o-biquini-que-revolucionou-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a> potencializaram esse sentimento de incerteza e destruição, portanto as pessoas começaram, por conta própria, a fabricar nos terrenos de suas casas bunkers improvisados para tentar se safar de um possível <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119983-holocausto-nuclear-como-seria-a-aniquilacao-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apocalipse nuclear</a>. Seguindo essa rota, empresas compraram a ideia, passando a construir e vender silos em áreas desérticas como uma maneira de lucrar com o "fim do mundo iminente".A partir de 1960, ainda que em meio a tantas incertezas do período atômico, os fenômenos ufológicos tomaram conta do mercado que estimulava os bunkers do fim do mundo, isso porque o país entrou na Era dos Discos Voadores, potencializando a ideia, agora não mais de um fim do mundo nuclear, mas de colonização por parte de criaturas extraterrestres.<h2>Desespero por sobrevivência &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19145802411347.jpg" alt="(Fonte: Survival Condo Project)">(Fonte: Survival Condo Project)Afetados pelas perspectivas, pesquisadores da Universidade da Geórgia trancaram grupos de homens, mulheres e crianças, com idades entre 3 e 70 anos, em bunkers por seis vezes entre 1962 e 1964, durante períodos variados, para analisar os impactos de subsistência com biscoitos de trigo e água em um ambiente considerado opressor, sem água de banho, beliches ou cobertores.O estudo chegou à conclusão, após sua última etapa de testes, de que "nenhum efeito psicológico ou social deletério ocorre a partir de períodos de duas semanas de confinamento em grupo sob condições severas".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19145847786350.jpg" alt="(Fonte: Bradley Garrett/Reprodução)">(Fonte: Bradley Garrett/Reprodução)Por outro lado, um relatório publicado pela US National Science Foundation, em 1960, apontou que o tempo prolongado no subsolo pode envolver muitas privações fisiológicas, incluindo dificuldades de concentração, irritabilidade, depressão e distúrbios de personalidade. Ou seja, as pessoas até poderiam sobreviver, mas não prosperar, o que seria uma questão de tempo para que o sentimento de inquietação e outros aspectos raivosos tomassem conta do grupo, trazendo caos para o ambiente.Mas, no final das contas, nada disso importava para as pessoas que buscavam esses locais seguros, pois qualquer realidade era melhor que ser desintegrado por uma bomba, sofrer com os índices de radiação, ser dizimado ou viver à mercê de uma vida alienígena denominada implacável.<h2>A terceira e quarta onda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19145943927352.jpg" alt="(Fonte: Terravivos/Reprodução)">(Fonte: Terravivos/Reprodução)Foi assim que lugares como a Vivos, uma comunidade global de bunkers apocalípticos, surgiu em 1980, através da mente do CEO Robert Vicino. A instalação militar na base de Black Hills, no condado de Fall River (Dakota do Sul, EUA), é uma espécie de rancho, com 160 quilômetros de estradas particulares.Localizados também em Indiana, esses bunkers da Vivos são destinados às famílias de classe média, custando cerca de US$ 35 mil cada, mas podendo ultrapassar US$ 2 milhões em silos extremamente luxuosos para guardar os milionários do mundo. A empresa de Vicino também possui um grande negócio na Europa, onde é comercializado como "a solução definitiva de seguro de vida para famílias de alta renda".A pandemia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, não só foi responsável por paralisar o mercado imobiliário, como aumentar a demanda por bunkers do fim do mundo, evocando uma terceira onda na história desses locais de refúgio. “As pessoas achavam que éramos loucos porque nunca acreditaram que algo assim pudesse acontecer. Agora eles estão vendo”, disse Vicino, em entrevista ao The Verge.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Verge&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/NuYSK0iM39VgY8NGeca_6JE9isQ=/1400x788/filters:format(jpeg)/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_asset/file/19962378/VRG_4011_Bunker_001.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/19/19150035224355.jpg" alt="(Fonte: Terravivos/Reprodução)">(Fonte: Terravivos/Reprodução)Com isso, empresas de produção de bunkers, como a Rising S Company e a Survival Condo, fizeram updates em suas instalações durante a pandemia para poderem capitalizar ainda mais com os medos propagados pela contaminação do vírus. Muitas delas divulgaram que possuem sistemas de alta tecnologia na filtragem de partículas do coronavírus, bem como depuradores de ar para eliminar todos os patógenos antes de entrar no espaço subterrâneo.A quarta onda nos mercados dos bunkers do fim do mundo veio mais rápido do que os empresários imaginaram, com a guerra entre a<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121550-como-a-ucrania-pode-ganhar-a-guerra-contra-a-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Rússia e a Ucrânia</a>, sob o fantasma da possibilidade de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121529-se-a-russia-iniciar-uma-guerra-nuclear-qual-arma-ela-pode-usar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ataque nuclear</a>, despertando o mesmo sentimento de 77 anos atrás, quando tudo começou.Em matéria ao The Guardian, Gary Lynch, CEO da Rising S Company no Texas, disse que normalmente atendia 100 consultas por mês sobre interessados em adquirir um bunker apocalíptico, mas em fevereiro, os números dispararam para 3 mil. Ele vendeu 5 bunkers em um dia de fevereiro, a preços que variam de US$ 70 mil a US$ 240 mil.Não há sombra de dúvida que a guerra renovou o mercado, mais uma vez apoiado na ansiedade, desespero e medo — a outra metade intrínseca do DNA humano, além do sentimento de sobrevivência a qualquer custo.</body>

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