Imagem de Rei Charles III ganha primeiro retrato oficial no megacurioso

A pintura vai ilustrar revista sobre a coroação do monarca do Reino Unido

<head></head><body><p>Em preparação para a cerimônia de coroação, que acontece em maio, o <strong>rei Charles III ganhou o seu primeiro retrato oficial como monarca do Reino Unido</strong>, posição assumida após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122903-rainha-elizabeth-ii-do-reino-unido-morre-aos-96-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte da rainha Elizabeth II</a> em setembro do ano passado. A imagem foi apresentada no último dia 28 de março.</p><p>A fotografia, encomendada pelo <em>The Illustrated London News</em>, foi produzida pelo artista Alastair Barford, que já havia retratado a rainha britânica em 2015, a pedido da mesma publicação. Esta nova imagem será utilizada para ilustrar a capa da edição especial sobre a coroação.</p><p>Na pintura a óleo, o filho de Elizabeth II usa terno azul, cobrindo uma camisa branca acompanhada de gravata rosa. Um lenço apresentando a mesma tonalidade da gravata aparece no bolso do paletó, complementando o visual. Veja abaixo:</p><iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/p/CqX8zpgNKpR/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=485&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2F8RKYX%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A37901.200000047684%2C%22ls%22%3A37423.700000047684%2C%22le%22%3A37895.799999952316%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1122" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe><script async="" src="http://www.instagram.com/embed.js"></script><p>O <strong>primeiro retrato oficial de Charles III como rei</strong> traz ainda uma pulseira no pulso esquerdo de Sua Majestade. Trata-se de um presente dado a ele pelo líder indígena Domingo Peas, da Amazônia equatoriana, acessório que representa a relação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122964-8-excentricidades-do-rei-charles-iii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">novo rei inglês</a> com os movimentos de combate às mudanças climáticas e em defesa da sustentabilidade.</p><h2>Capturando a essência do novo rei</h2><p>A pintura oficial do rei Charles III não foi produzida com o monarca inglês posando para o artista. A imagem nasceu após Barford acompanhar o antigo príncipe de Gales em um evento oficial e usar diversas fotografias antigas como referência.</p><p>Em entrevista, o ex-aluno da Queen Elizabeth Scholarship Trust revelou que a ideia era retratar características importantes notadas por ele após acompanhar Charles de perto e observar suas fotos com atenção. Em vez de representá-lo como rei, o artista se concentrou no seu lado mais humano.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;GettyImages&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/06/06094851340064.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><span class="desc">(Fonte: GettyImages)</span></span></p><p>“Eu queria capturar seu calor e sensibilidade, a empatia que existe em suas interações com as pessoas que ele conhece”, disse Bradford, que levou cerca de duas semanas para finalizar o trabalho. “Foi uma honra. É uma grande responsabilidade criar o retrato de alguém que significa tanto”, completou.</p><p>Cabe ressaltar que os retratos oficiais da família real são uma grande tradição entre os britânicos, que teriam iniciado o costume por volta do século XV, como forma de homenagear seus líderes. Antiga ocupante do posto, <strong>Elizabeth II registrou mais de 950 imagens oficiais</strong> ao longo do seu reinado de 70 anos.</p><h2>Cerimônia de coroação</h2><p>A foto oficial será uma das atrações da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123090-pedra-do-destino-sera-usada-na-coroacao-do-rei-charles-iii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerimônia de coroação do rei Charles III</a>, prevista para ocorrer no dia 6 de maio, na Abadia de Westminster, em Londres (Inglaterra). O aguardado evento deve contar com mais de 2 mil convidados, incluindo dezenas de líderes políticos de todo o mundo.</p><p>Nomes como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o americano Joe Biden ainda não têm presença confirmada à coroação de Sua Majestade. Além das personalidades políticas, a cerimônia vai contar com a participação de várias estrelas da música, que farão shows para o público.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:47.713Z

Rei Charles III ganha primeiro retrato oficial

Imagem de Como teria sido, na realidade, a Última Ceia de Jesus Cristo? no megacurioso

Acredite: o que pode ter acontecido de verdade não tem nada a ver com a famosa pintura de Da Vinci

<head></head><body><p>Entre as religiões cristãs, tem-se por costume relembrar o último momento importante que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a> teve com seus discípulos: a Santa Ceia (ou Última Ceia, como algumas pessoas conhecem).</p><p>Esse encontro que antecedeu a morte de Cristo é relatado nos Evangelhos, mas não traz um detalhe que certamente passa pela cabeça de muitas pessoas: afinal, como ele de fato aconteceu? Todos os participantes estavam realmente sentados ao redor de uma mesa suntuosa e elevada?</p><ul><li><strong>Veja também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123808-4-reliquias-do-corpo-de-jesus-cristo-adoradas-pelos-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 relíquias do corpo de Jesus Cristo adoradas pelos cristãos</a></li></ul><h2>Como teria acontecido de fato a Última Ceia?</h2><p>Antes de falar como o último grande encontro de Cristo com seus discípulos aconteceu, é importante voltar um pouco no tempo para entender os costumes da época. O primeiro ponto a ser notado, por exemplo, é que naquela época as pessoas não se sentavam à mesa para comer — ao menos não como conhecemos atualmente.</p><p>Alguns estudiosos relatam que, na época de Cristo, as mesas não eram "suspensas" ou tinham pernas altas como conhecemos já faz alguns séculos. Nesse período, elas ficavam mais próximas do chão, fazendo com que todos os participantes da refeição ficassem sentados, deitados ou reclinados próximos do local em que estava a comida.</p><p>Dessa forma, a ideia mais próxima do que realmente aconteceu seria algo parecido com o que temos na imagem abaixo:</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Quora&nbsp;" data-fonte-url="https://mvc.gruponzn.com/megacurioso/null"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23141509164247.jfif" alt="Representação de como Jesus e seus discípulos estavam na Última Ceia. (Fonte: Quora/Reprodução)"><span class="desc">Representação de como Jesus e seus discípulos estavam na Última Ceia. (Fonte: Quora/Reprodução)</span></span></p><p>Outro ponto importante é que os textos bíblicos relatam apenas pão e vinho na refeição (que, após a bênção de Cristo, se tornaram seu corpo e sangue, ritual seguido até hoje em igrejas católicas), mas possivelmente o menu era um pouco mais extenso.</p><p>Além do pão e vinho propriamente ditos, o cardápio também trazia carne de cordeiro, molho feito à base de peixe, algo parecido com um ensopado de feijão, azeitonas com ervas que lembram hortelã, frutas e pasta de nozes, que eram alimentos comuns à época.</p><h2>Qual a relação da pintura de Leonardo da Vinci e a Última Ceia?</h2><p>Não há dúvidas de que a imagem que muitos criaram da Santa Ceia está relacionada com a pintura do pintor italiano, mas a verdade é que ela não reflete praticamente nenhum detalhe do que realmente pode ter acontecido.</p><p>Vamos observar alguns desses detalhes a seguir:</p><h3>Horário da refeição</h3><p>Quem observa a pintura tem a impressão de que a Santa Ceia aconteceu durante o dia, já que está claro do lado de fora. Porém, os textos bíblicos e até mesmo as tradições da época indicavam que essas refeições eram realizadas após o pôr do Sol, e muito provavelmente o momento mais importante (a partilha do pão) aconteceu de noite.</p><ul><li><strong>Veja também:</strong> <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113319-5-curiosidades-sobre-a-obra-a-ultima-ceia-de-leonardo-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades sobre a obra 'A Última Ceia', de Leonardo da Vinci</a></li></ul><h3>Menu</h3><p>Como mencionamos mais acima, o menu da última refeição de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121755-qual-era-a-altura-real-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo</a> com seus discípulos tinha algumas opções de pratos, enquanto a pintura mostra basicamente pão. Nem mesmo o vinho mencionado nos Evangelhos aparece sobre a mesa na pintura.</p><h3>Vestimenta</h3><p>No período de Jesus Cristo, a tradição judaica pedia que os participantes do ritual (também conhecido como Pessach, que é a Páscoa dos judeus) feito pelo protagonista dos Evangelhos utilizassem um Talit, acessório religioso parecido com um xale feito de seda. Na pintura, ele não aparece.</p><p>Não relacionados às vestimentas, mas no período em que a Santa Ceia aconteceu também era provável que muitos homens, se não todos, tivessem algum tipo de barba.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Quora&nbsp;" data-fonte-url="https://mvc.gruponzn.com/megacurioso/null"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/23/23141754458248.jfif" alt="Pintura de Balage Balogh é tida como uma das representações mais acuradas no que diz respeito a como a Santa Ceia de fato aconteceu. (Fonte: Quora/Reprodução)"><span class="desc">Pintura de Balage Balogh é tida como uma das representações mais acuradas no que diz respeito a como a Santa Ceia de fato aconteceu. (Fonte: Quora/Reprodução)</span></span></p><h3>Posicionamento à mesa</h3><p>Também mencionamos anteriormente que as chances de Jesus e seus discípulos estarem à mesa usando cadeiras era quase nula. O provável é que eles estivessem sentados no chão ou em pequenos bancos, ou até mesmo reclinados em almofadas.&nbsp;</p><p>A pintura também mostra todos os apóstolos de Cristo à mesa naquele que seria o momento alto desse encontro (a partilha do pão). Porém, Judas Iscariotes, o traidor, já tinha deixado o local pouco antes para colocar em prática o seu plano de entregar o Messias ao poder romano.</p><h2>Outros rituais que aconteciam a época</h2><p>Ao ler os Evangelhos, vemos que um dos gestos de Cristo foi ter lavado os pés dos discípulos ao final da refeição. Para a época, o comum era lavar as mãos em algumas ocasiões, especialmente no início e no final de refeições que tinham pão no menu, antes de rezar e após acordar pela manhã.&nbsp;</p><p>Já sobre os pés, a tradição indica que o gesto era comum antes de comer e antes de ir para a cama, e em muitos casos um criado era o responsável por essa tarefa - motivo que levou Pedro a se escandalizar com o gesto de Cristo num primeiro momento.</p><ul><li><strong>Veja também:</strong> <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121604-entenda-como-foram-os-dias-da-semana-santa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que aconteceu nos 7 dias da Semana Santa?</a></li></ul><h2>Onde a Última Ceia aconteceu?</h2><p>Nos relatos dos Evangelhos, Jesus pede para que alguns de seus discípulos sigam até um lugar determinado e peçam para que o local seja preparado para a refeição sagrada. Alguns estudos indicam que esse lugar seria acima da tumba do Rei Davi, sala que ficou posteriormente conhecida como Sala da Última Ceia ou Cenáculo.</p><p>Aliás, também foi neste lugar que o Espírito Santo desceu sobre Maria e os discípulos na festa de Pentecostes (realizada 50 dias depois da Páscoa). Por conta disso, é considerado um dos lugares mais sagrados de Jerusalém.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:47.629Z

Como teria sido, na realidade, a Última Ceia de Jesus Cristo?

Imagem de Sofonisba Anguissola: uma pintora à frente do seu tempo no megacurioso

Apesar de pouco conhecida hoje, a pintora foi uma das artistas mais renomadas do Renascimento

<head></head><body><p>Sofonisba Anguissola, uma artista italiana nascida em Cremona em 1532, foi uma mulher à frente de seu tempo. Apesar das barreiras que a sociedade colocou diante dela, ela conseguiu se tornar uma das mais importantes pintoras do Renascimento, sendo admirada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120222-em-poema-michelangelo-reclama-sobre-trabalho-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Michelangelo</a> e tendo o mesmo prestígio que outros grandes pintores da sua época.</p><h2>Primeiros passos na pintura</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28120552308223.jpg" alt="Retrato das irmãs de Sofonisba jogando xadrez, atividade que também era considerada masculina. (Fonte: Wikipédia)"><span class="desc">Retrato das irmãs de Sofonisba jogando xadrez, atividade que também era considerada masculina. (Fonte: Wikipédia)</span></span></p><p>No período da Renascença era incomum que mulheres pudessem estudar. Aquelas que conseguiam estudar arte, em geral eram filhas de artistas. Sofonisba era a filha mais velha de uma família nobre, mas seu pai não era um artista. Apesar disso, ele incentivava as filhas a estudarem na mesma medida que fazia com seus filhos. Assim, Sofonisba encontrou sua paixão pela pintura desde cedo.&nbsp;</p><p>Mulheres também não podiam se tornar aprendizes de outros artistas, que era a forma mais comum de ensino na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123372-como-era-a-vida-das-prostitutas-de-luxo-no-renascimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascença</a>. No entanto, Sofonisba conseguiu estudar pintura com Bernardino Campi e Bernardino Gatti. Com o passar do tempo, seu talento não passou despercebido, e ela chamou a atenção de Michelangelo, que se tornou um mentor informal da pintora.&nbsp;</p><h2>Uma forma nova de pintura: os autorretratos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28120658985224.jpg" alt="A pintora foi uma das primeiras a produzir autorretratos. (Fonte: Wikipédia)"><span class="desc">A pintora foi uma das primeiras a produzir autorretratos. (Fonte: Wikipédia)</span></span></p><p>A fama de Sofonisba continuou a crescer, e em 1559, ela se tornou dama de companhia da rainha da Espanha, Elisabeth de Valois, onde continuou a produzir obras até 1573. Foi durante este período que ela pintou algumas de suas peças mais famosas, incluindo vários autorretratos, que não eram um assunto comum para os artistas na época.</p><p>Os autorretratos de Sofonisba eram uma prova de sua habilidade e talento como artista. Ela se pintou em várias configurações e poses, retratando-se como musicista, estudiosa e cortesã. Esses autorretratos não são apenas notáveis por sua beleza, mas também por sua contribuição para o desenvolvimento do gênero. Diz-se que Rembrandt, que veio um século depois, foi o primeiro artista a tornar o autorretrato uma parte importante de sua obra, mas os autorretratos de Sofonisba pavimentaram o caminho para este estilo artístico.</p><h2>O reconhecimento</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28121103987229.jpg" alt="Sofonisba Anguissola, por Anthony van Dyck (1624) (Fonte: National Trust Photographic Library / Bridgeman Images / Reprodução)"><span class="desc">Sofonisba Anguissola, por Anthony van Dyck (1624) (Fonte: National Trust Photographic Library / Bridgeman Images / Reprodução)</span></span></p><p>Ao longo de sua vida, a arte de Sofonisba continuou a ganhar reconhecimento e elogios. Mesmo após sua morte, seu trabalho continuou a inspirar outros artistas, como o grande pintor barroco Anthony van Dyck, que a visitou na Sicília e pintou seu retrato.&nbsp;</p><p>O que torna Sofonisba Anguissola tão especial não é apenas seu talento como artista, mas também sua determinação e perseverança em seguir sua paixão apesar das barreiras que enfrentou. Ela foi uma pioneira para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123734-aurora-cursino-dos-santos-a-prostituta-que-virou-pintora-renomada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres no mundo da arte</a>, provando que o gênero não deveria ser uma barreira para a expressão artística.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:44.010Z

Sofonisba Anguissola: uma pintora à frente do seu tempo

Imagem de 5 fatos incríveis sobre as pinturas de Johannes Vermeer no megacurioso

Amplie seus conhecimentos sobre o trabalho do famoso pintor holandês

<head></head><body><p>O pintor <strong>Johannes Vermeer</strong> viveu entre 1632 e 1675, período em que a Holanda, país onde nasceu e morou, vivenciava a sua idade de ouro. O artista é um dos principais nomes do barroco holandês e se destaca por apresentar obras ricas em detalhes únicos. Confira, agora, 5 fatos interessantes sobre Vermeer e seus principais trabalhos.</p><h2>1. A vida que Vermeer levou ainda é um mistério</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28094611846081.jpg" alt="O Geógrafo, obra de 1669. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><span class="desc">O Geógrafo, obra de 1669. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</span></span></p><p>Ao que tudo indica, Vermeer parece ter levado uma vida modesta, deixando para a posteridade uma série de dúvidas a seu respeito. Não se sabe, por exemplo o que o teria levado ao universo da pintura ou mesmo quem teria sido seu mestre, fazendo com que exista a hipótese que ele tenha sido autodidata.</p><p>Sabemos hoje que houve períodos onde Vermeer pintava por encomenda, indicando que trabalho era apreciado por mecenas. A presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124002-conheca-sotaques-de-todo-o-planeta-em-um-mapa-interativo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mapas</a>, a figura do astrônomo e do geógrafo em suas pinturas também são tidas como marcas de seus interesses pessoais.</p><p>Fora de Delft, entretanto, Vermeer não era tão famoso, fazendo com que seu nome fosse relativamente desconhecido até meados do século XIX.</p><h2>2. Nem todas as suas obras foram encontradas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28095922141094.jpg" alt="A Aula de Música, obra de 1662. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><span class="desc">A Aula de Música, obra de 1662. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</span></span></p><p>Nos últimos anos de sua vida, Vermeer passou por grandes dificuldades financeiras. Após ele morrer, com 43 anos, deixando para trás sua esposa, suas obras chegaram a ser vendidas no esforço de liquidar parte das dívidas que ele havia deixado.</p><p>Diferente do ocorrido com outros artistas, não foram encontrados rascunhos deixados para trás. Mas ainda assim, foram poucas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111505-18-pinturas-classicas-recriadas-digitalmente-com-celebridades-modernas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinturas</a> encontradas do holandês, que produziu poucas obras. Graças à investigação do jornalista Etienne-Joseph-Théophile Thoré e do pesquisador John Michael Montias, hoje temos pelo menos 34 pinturas identificadas.</p><p>Pesquisadores ainda acreditam que é possível que novas obras possam ser encontradas futuramente, já que elas podem ter sido atribuídas a outros artistas do período.</p><h2>3. Há presença de elementos realistas na pintura</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28092314227067.jpg" alt="Moça Lendo Uma Carta à Janela, 1657-1659. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><span class="desc">Moça Lendo Uma Carta à Janela, 1657-1659. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</span></span></p><p>Em suas pinturas, além da perspectiva tridimensional, há riqueza de detalhes e apresentação de cenas aparentemente corriqueiras e com presença feminina em sua maioria. Isso não significa que Vermeer não tenha recorrido à distorção de objetos para obter o efeito desejado na pintura.</p><p>Mas forma geral, as obras ressaltam a predileção de Vermeer pela perspectiva realista, resultando num trabalho em que é possível se admirar com o efeito das camadas de cores na representação do efeito da luz sobre diferentes objetos.</p><p>Em <em>Moça Lendo Uma Carta à Janela (1657-1659),</em> por exemplo, apesar de o foco estar voltado para a figura feminina, a cortina é um dos elementos que se destaca, parecendo até mesmo ter sido colocada para provocar no observador o desejo de puxá-la para ver mais do cômodo.</p><h2>4. A obra mais famosa também é alvo de estudo</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28101911646118.jpg" alt="Moça com Brinco de Pérola, 1664-1667. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><span class="desc">Moça com Brinco de Pérola, 1664-1667. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</span></span></p><p>Em <em>Moça com brinco de pérola</em>, obra mais famosa e considerada do gênero <em>tronie</em>, em que é apresentada uma figura desconhecida em trajes elegantes, os detalhes ganham vida, a exemplo do lenço dourado e da expressão facial marcante.</p><p>Como consequência direta da busca de Vermeer pelos melhores pigmentos para utilizar em suas pinturas, temos em evidência o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113358-conheca-4-das-cores-mais-raras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">azul ultramarino</a>, que é dificilmente encontrado em outras obras e era considerado mais valioso que o ouro.</p><p>Pesquisadores também examinaram a fundo o trabalho, descobrindo novos detalhes nas camadas de pintura, como a cortina na cor originalmente verde, que teve o tom modificado em virtude da passagem do tempo, a revisão no formato da orelha e a presença de cílios na figura central, apesar de não serem perceptíveis a olho nu.</p><p>A técnica de pintura adotada por Vermeer impressiona por conferir até mesmo textura ao tecido, deixando-o com aspecto bastante realista.</p><h2>5. Obras de Vermeer são ricas em simbologias</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28100848400105.jpg" alt="A Leiteira, 1658-1659. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><span class="desc">A Leiteira, 1658-1659. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</span></span></p><p>A presença da fé católica é recorrente nas obras, ainda que nem sempre se faça evidente com um primeiro olhar, o que é justificada tanto pela cosmovisão do artista quanto pela demanda do período, uma vez que as cenas bíblicas possuíam alto valor. Já na segunda fase de seu trabalho, as representações da vida doméstica são frequentes na obra de Vermeer.</p><p>Ainda assim, as simbologias observadas em suas obras são as mais diversas, já que na falta de escritos deixados por Vermeer, muito se especula sobre seus possíveis significados.&nbsp;</p><p>Em <em>A Leiteira (1658-1659),&nbsp;</em>por exemplo, temos a presença de elementos que remetem à pureza, como o leite, e a própria postura da mulher e dos objetos e alimentos dispostos sobre a mesa, fazendo com que ela seja apresentada numa perspectiva positiva e virtuosa.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:43.984Z

5 fatos incríveis sobre as pinturas de Johannes Vermeer

Imagem de 6 obras de arte famosas que foram destruídas acidentalmente no megacurioso

Acidentes aéreos, erro humano ou guerras podem acabar com obras icônicas em minutos

<head></head><body><p>Quando pensamos em obras de arte destruídas, logo vem à mente imagens de vandalismo ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123724-os-6-maiores-roubos-da-historia-da-arte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roubo</a>. No entanto, há casos em que essas preciosidades foram perdidas sem que ninguém tivesse a intenção de destruí-las. Listamos 6 exemplos de obras de arte que foram danificadas ou perdidas por acidente.</p><h2>1. O bombardeio de Dresden e a perda da coleção Pröll-Heuer</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28002841501558.jpg" alt="Obra foi destruída na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Wikipédia)"><span class="desc">Obra foi destruída na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Wikipédia)</span></span></p><p>Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade alemã de Dresden foi bombardeada pelos Aliados, causando a destruição de grande parte da cidade, incluindo a coleção de arte Pröll-Heuer, que contava com 21 obras de arte. Dentre elas estava a pintura "Os Quebradores de Pedra" de Gustave Courbet.&nbsp;</p><h2>2. A obra de Lucian Freud esmagada em um triturador</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28003134548560.jpg" alt="Obra foi triturada por engano. (Fonte: Getty Images)"><span class="desc">Obra foi triturada por engano. (Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Em 2000, uma pequena pintura a óleo sem título de Lucian Freud chegou à casa de leilões Sotheby's, em Londres. No entanto, ela foi acidentalmente colocada em uma área destinada a caixas vazias para descarte e dois trabalhadores acabaram triturando a obra em uma máquina trituradora de papel. O erro só foi percebido quando a equipe da casa de leilões notou que a pintura não estava onde deveria.</p><h2>3. O original da foto "Lunch atop a Skyscraper"</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28003240857561.jpg" alt="Negativo da foto foi perdido para sempre. (Fonte: Wikipédia)"><span class="desc">Negativo da foto foi perdido para sempre. (Fonte: Wikipédia)</span></span></p><p>A famosa foto "Lunch atop a Skyscraper", de 11 trabalhadores da construção civil almoçando em uma viga a 244 metros de altura, é uma das imagens mais icônicas de Nova York. Apesar da sua fama, atualmente, qualquer versão da foto que circula é provavelmente uma reprodução de uma reprodução, já que o negativo original de vidro foi quebrado e uma das partes nunca foi encontrada.</p><h2>4. A queda do avião suíço e a perda da obra "Le Peintre" de Picasso</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28003505026562.jpg" alt="Pintura de Picasso foi destruída em acidente aéreo. (Fonte: Getty Images)"><span class="desc">Pintura de Picasso foi destruída em acidente aéreo. (Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Em setembro de 1998, um avião da Swissair que viajava de Nova York para Genebra caiu no Oceano Atlântico, matando todos os 229 passageiros e tripulantes a bordo. O avião também transportava a pintura “Le Peintre” do lendário cubista Pablo Picasso. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123553-por-que-obras-de-arte-sao-tao-caras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Avaliada em cerca de $ 1,5 milhão de dólares na época</a>, a obra de arte foi enviada como uma carga comum pelos remetentes e, por isso, não recebeu uma embalagem adequada que poderia protegê-la do acidente.</p><h2>5. O quadro de Emanuel Leutze que foi destruído duas vezes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28003620761563.jpg" alt="Primeira versão do quadro foi destruída em bombardeio. (Fonte: Wikipédia)"><span class="desc">Primeira versão do quadro foi destruída em bombardeio. (Fonte: Wikipédia)</span></span></p><p>Embora ainda exista uma versão do quadro Washington Crossing the Delaware (1850) no Metropolitan Museum of Art de Nova York, a primeira representação da pintura foi parcialmente destruída por um incêndio no estúdio do artista em 1850, logo após sua criação. Apesar do incidente, o quadro foi restaurado e adquirido pela Kunsthalle Bremen em 1863, mas ele acabou sendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123731-6-obras-de-arte-que-foram-perdidas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destruído definitivamente</a> em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, em um ataque aéreo aliado em Bremen, na Alemanha.</p><h2>6. A escultura Balloon Dog (Blue) de Jeff Koons</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28003828761564.jpg" alt="Escultura de Jeff Koons imita um cachorro feito de balões. (Fonte: Getty Images)"><span class="desc">Escultura de Jeff Koons imita um cachorro feito de balões. (Fonte: Getty Images)</span></span></p><p>Recentemente, a escultura de porcelana que imita um cachorro feito com balões estava em exposição em pedestal transparente quando uma mulher deu um pequeno chute nela. Para o azar da visitante, a peça, avaliada em 42 mil dólares, caiu no chão e se partiu em diversos pedaços.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:43.836Z

6 obras de arte famosas que foram destruídas acidentalmente

Imagem de Brasil recebe 'Mundial de Rabiscos' e leva campeão para a Europa no megacurioso

Brasil é um dos 60 selecionados para sediar o Red Bull Doodle Art, cujas inscrições estão abertas. Vencedor ainda pode ganhar NFT exclusiva da obra

<head></head><body><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105143-13-desenhos-que-mostram-o-lado-divertido-do-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Desenhar</a> é uma arte e, por conta disso, surgiu o <strong>Red Bull Doodle Art</strong> — ou "campeonato mundial de rabiscos", como está ficando popularmente conhecido. Nessa competição, os participantes podem usar a criatividade para dar vida a desenhos simples e feitos de modo livre.</p><p>Além do Brasil, mais de 50 países vão participar dessa disputa que levará o vencedor (que pode ser qualquer pessoa com mais de 18 anos) para a Holanda. Lá, os melhores de cada país serão avaliados e o vencedor terá a sua ilustração transformada em uma NFT.</p><ul><li><strong>Veja também:</strong> <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121073-o-que-e-nft-e-por-que-esse-mercado-esta-crescendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é NFT e por que esse mercado está crescendo?</a></li></ul><p>“A experiência do evento é algo único, pois eu nunca havia visto um concurso de desenho voltado ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109161-veja-20-doodles-historicos-escolhidos-pela-google.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doodle</a>. Ter sido vencedor abriu a possibilidade para experiências inéditas, como uma viagem à África do Sul, em que conheci novas pessoas e culturas diferentes, gerando um enriquecimento para minhas obras”, comenta Ramar Gama, vencedor em 2014, e jurado na última edição do evento, em 2017.</p><p>“Foi uma grande honra participar e ter a chance de representar o Amazonas, na época. Ter sido campeão foi uma grande surpresa, pois naquele período eu não era tão confiante quanto à minha arte. No doodle havia muitas referências à cultura, à fauna, à flora e à culinária do meu estado e região, muitas vezes desconhecidos por parte do Brasil. Levar este desenho, com essa representação do meu local de nascimento, para o mundo, foi um momento mágico”, afirma Alef Vernon, campeão na edição de 2017 e que possui quase 200 mil seguidores em uma rede social.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01131754752088.jpg" alt="Todas as formas de desenho são bem vindas no concurso organizado pela Red Bull. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><span class="desc">Todas as formas de desenho são bem vindas no concurso organizado pela Red Bull. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</span></span></p><h2>Como será a seleção nacional?</h2><p>Para os que estão interessados em participar, foi mencionado que a decisão da melhor arte da etapa nacional vai acontecer em São Paulo. Quem quiser se inscrever deve acessar <a href="https://www.redbull.com/br-pt/events/red-bull-doodle-art-brasil" rel="noopener noreferrer" target="_blank">este link</a> até o dia 31 de março e seguir as etapas descritas abaixo:</p><ul><li>Baixe o template oficial do evento. Você pode imprimir, fazer o seu doodle e, depois, digitalizar a obra. Obras feitas por meio de software de design gráfico também são válidas;</li><li>Faça o upload do seu Doodle e complete o formulário de inscrição no site oficial do evento;</li><li>Clique em 'enviar' e fique atento ao e-mail de confirmação em sua caixa de entrada.</li></ul><p>Vale mencionar que todas as inscrições serão julgadas por especialistas do país. No total, 40 obras avançam à final nacional, sendo que uma será escolhida para representar o Brasil, em maio, na Holanda, por votação online.&nbsp;</p><p>O vencedor brasileiro ainda terá mentoria de um artista para aprimorar as técnicas visando à fase mundial, que contará com workshops e uma imersão exclusiva unindo tecnologia e arte.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:43.058Z

Brasil recebe 'Mundial de Rabiscos' e leva campeão para a Europa

Imagem de Castelo Rá-Tim-Bum: artista brasileiro recria personagens usando IA no megacurioso

Inteligência artificial foi utilizada para fornecer imagens em alta resolução e destaca detalhes nunca vistos dos personagens da década de 1990

<head></head><body><p>O artista brasileiro Bruno Sartori apresentou, em seu perfil oficial no Twitter, imagens em alta resolução do clássico seriado noventista <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118318-passarinho-de-castelo-ra-tim-bum-foi-interpretado-por-24-atores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Castelo-Rá-Tim-Bum</a>. Baseadas em artes conceituais e em fotos antigas, as fotos destacam os personagens como nunca vistos e reforçam a importância do uso da tecnologia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122203-o-que-aconteceria-se-uma-ia-se-tornasse-completamente-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a> na manutenção de legado histórico e na revitalização de arquivos muitas vezes esquecidos.</p><p>Por meio de uma longa <em>thread </em>nas redes sociais, Sartori esclareceu como foi possível refazer os detalhes de 24 personagens com detalhes claros e em traços modernos. Segundo ele, a ideia foi mostrar a capacidade das ferramentas de IA, que aliadas a edições em Photoshop foram capazes de dar vida à estética e à atmosfera do seriado da TV Cultura. O processo levou cerca de um mês e foi conduzido por meio da rede chamada Stable Diffusion, um "centro de treinamento" que combina fotos em baixa resolução com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123852-grace-hopper-a-matematica-que-mudou-os-rumos-da-programacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem de códigos</a> avançada.</p><p>Nenhuma dessas imagens existiam, e surpreendentemente a ferramenta soube capturar com perfeição os traços dos atores e atrizes, incluindo expressões faciais, figurinos, maquiagens e outros detalhes. Dessa forma, foi possível chegar a resultados que beiram a realidade, com destaque para a recriação da aparência humana. Confira abaixo as imagens em inteligência artificial e confira a riqueza de informações em cada uma delas:</p><h2>1. Nino, por Cassio Scapin</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28000750826550.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>2. Morgana, por Rosi Campos</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28000910454551.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>3. Victor, por Sérgio Mamberti</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28001008553552.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>4. Biba, por Cinthya Rachel</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28001112955553.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>5. Pedro, por Luciano Amaral</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28001926898554.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>6. Zequinha, por Fredy Allan</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28002104634555.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>7. Dr. Abobrinha, por Paschoal da Conceição</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28002209284556.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>8. Caipora, por Patrícia Gaspar</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28002323830557.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>9. Telekid, por Marcelo Tas</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004158481570.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>10. Bongô, por Eduardo Silva</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004305191577.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>11. Etevaldo, por Wagner Bello</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004413334582.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>12. Penélope, por Ângela Dippe</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004508886583.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>13. Patativa, por Dilmah Souza</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004605239584.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>14. Passarinha, por Ciça Meirelles</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004659188585.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>15. Tíbio, por Flávio de Souza</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004751673586.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>16. Perônio, por Henrique Stroeter</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004848051587.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>17. Lara, por Fabiana Prado</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28004938833588.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>18. Lana, por Theresa Athayde</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28005034059589.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>19. Celeste, por Álvaro Petersen Jr.</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28005122199590.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>20. Porteiro, por Cláudio Chakmati</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28005209963591.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>21. Flap e Tap, por Gérson de Abreu</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28005806660592.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>22. Adelaide, por Luciano Ottani</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28005911696593.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>23. Gato, por Fernando Gomes</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="Bruno Sartori" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28010020872594.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p><h2>24. Mau, por Cláudio Chakmati</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Insira a fonte&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28010157699599.jpeg" alt="(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: Bruno Sartori - Twitter / Reprodução)</span></span></p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.761Z

Castelo Rá-Tim-Bum: artista brasileiro recria personagens usando IA

Imagem de Maior roubo de obras de arte da história brasileira faz 17 anos  no megacurioso

Ocorrido em fevereiro de 2006, roubo ao Museu da Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, gerou prejuízos estimados em US$ 50 milhões

<head></head><body><p>Em 24 de fevereiro de 2006, quatro homens invadiriam o Museu da Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, para roubar pinturas de valores inestimáveis. Com um prejuízo estimado em US$ 50 milhões (cerca de R$ 260 milhões, em cotação atual), o assalto se tornaria o maior golpe contra <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123731-6-obras-de-arte-que-foram-perdidas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obras de arte</a> da história brasileira, em um evento que não terminaria bem para o acervo pertencente à Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya.</p><p>Pertencente ao Ministério da Cultura, a chácara de 25.000 metros quadrados que abriga o museu foi alvo de um oportunismo durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carnaval</a> de 2006. Enquanto o bloco das Carmelitas passava pela região e chamava a atenção de multidões, uma gangue atravessou o sistema de segurança do local, fez nove reféns e roubou obras de renomados artistas internacionais. Porém, apesar da magnitude do crime envolvendo o patrimônio histórico, as autoridades fizeram pouco caso.</p><p>Segundo registros policiais, os bandidos levaram as telas "Marine", de Monet, "Dois balcões", de Dalí, "Jardim de Luxemburgo", de Matisse, e "A Dança", de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118069-pablo-picasso-a-vida-e-a-morte-de-um-dos-fundadores-do-cubismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Picasso</a>. Além disso, o livro "Toros", também uma composição do mestre espanhol, teria sido capturado junto dos outros projetos. Indícios apontaram que houve um furto logo em seguida — durante a fuga —, mas investigadores não chegaram a conclusões sobre quem teria sido o autor.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;O Globo&nbsp;" data-fonte-url="https://oglobo.globo.com/cultura/livros/livro-relembra-maior-roubo-de-obras-de-arte-da-historia-brasileira-18577798"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/24/24132236673540.jpg" alt="(Fonte: O Globo / Reprodução)"><span class="desc">(Fonte: O Globo / Reprodução)</span></span></p><p>Na época, o motorista da Kombi foi preso, enquanto dois funcionários do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), trabalhadores internos do museu, foram intimados ao lado dos seis vigilantes terceirizados. Roberto Rodrigues, o segurança que teria sido agredido com uma coronhada pelos bandidos, não compareceu ao chamado as autoridades.</p><h2>O descaso das autoridades</h2><p>Com dificuldades institucionais, o inquérito teria ignorado possíveis interrogatórios com três dos visitantes mantidos reféns, bem como informações sobre a análise das digitais recolhidas na cena do crime. Curiosamente, o descaso teria sido semelhante ao que houve em 1989, quando as mesmas obras de Matisse e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117643-necrofilia-estupro-e-violencia-o-lado-sombrio-de-salvador-dali.htm#:~:text=Por%20anos%2C%20Dalí%20comparou%20seu,ao%20dia%20diante%20do%20espelho." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dalí</a> foram roubadas, apesar de terem sido posteriormente recuperadas. Além disso, o comunicado inicialmente enviado pela Polícia Federal listou apenas três obras roubadas, em vez das cinco confirmadas pela curadoria.</p><p>O roubo à Cháchara do Céu jamais foi solucionado e acabou caindo no esquecimento. Anos depois, parte da obra “A Dança” foi encontrada numa fogueira no morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro. “Jardim de Luxemburgo”, de Matisse, chegou a ser anunciado num site de leilões em Belarus, país do Leste Europeu, por um lance mínimo de US$ 13 milhões.</p><p>"Durante um grande evento, os esforços estão concentrados em um lugar. O cobertor é curto e os roubos são mais comuns. O roubo de arte alimenta uma série de outros crimes, ele não é nada secundário. Em escândalos recentes no Brasil, foram apreendidas centenas de obras de arte, mas a arte não é tratada como parte do crime", conclui a jornalista Cristina Tardáguila, autora do livro investigativo <em>A Arte do Descaso</em>.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:42.435Z

Maior roubo de obras de arte da história brasileira faz 17 anos 

Imagem de A história do Falsificador Espanhol e suas forjas 'perfeitas'  no megacurioso

Famoso por recriar obras da era medieval, falsificador teria feito uma fortuna vendendo pinturas falsas tão boas que pareciam verdadeiras

<head></head><body><p>No finalzinho do século XIX e começo do século XX, um certo indivíduo parece ter feito uma fortuna vendendo obras de arte. Até aí tudo bem, sabemos que pinturas podem mesmo ser artigos bastante valiosos. O problema é que, neste caso, <strong>o pintor comercializava&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121759-5-falsificacoes-de-obras-de-arte-que-eram-na-verdade-originais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>falsificações de pinturas</strong></a><strong>&nbsp;medievais</strong>.</p><p>Agora, duas folhas de pergaminho que teriam sido obra do agora famoso <strong>"Falsificador Espanhol"</strong> estão sendo expostas ao público brasileiro em São Paulo, na Casa Museu Ema Klabin.</p><h2>A história do Falsificador Espanhol</h2><p>Com pinturas e manuscritos expostos em diversos museus em todo o mundo — em muitos casos provavelmente sem nem ao menos saberem se tratar de falsificações —, <strong>o Falsificador Espanhol foi descoberto por Belle da Costa Greene</strong> (1879-1950), uma antiga diretora da Biblioteca Morgan, em Nova York. Após receber uma proposta de venda do quadro Noivado de Santa Úrsula, do pintor espanhol Jorge Inglés e datado do século XV.</p><p>Após minuciosa investigação, Greene percebeu que a pintura era na verdade uma falsificação. Ela identificou diversos aspectos na pintura forjada que a levaram a crer ser <strong>o trabalho de um falsificador bastante específico</strong>, a quem ela apelidou de "Falsificador Espanhol" por ter sido pego falsificando a obra de Inglés, que realmente era natural da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42163-proxima-parada-espanha-conheca-um-pouco-mais-sobre-a-terra-do-flamenco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a>. Apesar do apelido, <strong>até hoje não se sabe a verdadeira nacionalidade do pintor</strong> responsável por forjar diversas obras e mais obras famosas décadas e décadas atrás.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Casa Museu Ema Klabin/Reprodução" data-fonte-url="https://emaklabin.org.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13174228908406.jpg" alt="Reprodução parcial de pintura do Falsificador Espanhol encontrada na Casa Museu Ema Klabin"><span class="desc">Reprodução parcial de pintura do Falsificador Espanhol encontrada na Casa Museu Ema Klabin</span></span></p><p>Apesar de suas pinturas serem bastante fieis às originais, <strong>o pintor tinha algumas manias que entregavam suas falsificações</strong>. Quando forjava obras, ele costumava adicionar alguns traços comuns às suas pinturas falsas, mas totalmente incomuns à época em que os originais foram produzidos, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>.</p><p>Ainda hoje, pinturas atribuídas ao Falsificador Espanhol continuam sendo vendidas a somatórios bastante expressivos. Como citou o pessoal da BBC, uma folha de pergaminho pintada pelo forjador chegou a ser<strong>&nbsp;vendida por um total de 3.750 libras (cerca de R$ 24 mil) em dezembro de 2020</strong>.</p><h3>Obras no Brasil</h3><p>Aqui no nosso país, dois exemplares de forjas do famoso (e curiosamente ao mesmo tempo desconhecido) Falsificador Espanhol foram de alguma forma parar nas mãos da <strong>empresária e colecionadora brasileira Ema Klabin</strong>, falecida em 1994.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Casa Museu Ema Klabin/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://emaklabin.org.br/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13173708000403.jpg" alt="Partituras foram identificadas como forjas pintadas pelo Falsificador Espanhol"><span class="desc">Partituras foram identificadas como forjas pintadas pelo Falsificador Espanhol</span></span></p><p>As duas peças, <strong>hoje expostas na Casa Museu Ema Klabin</strong>, foram descobertas por Paulo de Freitas Costa, curador da entidade e mestre em Artes pela Universidade de São Paulo (USP). Quando encontrou os pergaminhos, Costa foi indicado a procurar a Biblioteca Morgan, nos EUA, que atestou o que já se imaginava: <strong>as obras eram mesmo de autoria do Falsificador Espanhol</strong>.</p><p>Segundo o curador, as peças teriam sido compradas em São Paulo no ano de 1975, mas <strong>a assinatura no recibo impossibilita a identificação do vendedor</strong>. "É difícil a gente saber se a dona Ema sabia ou não que eram falsificações," afirma Costa.</p></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:38.257Z

A história do Falsificador Espanhol e suas forjas 'perfeitas' 

Imagem de Abaporu: história da obra mais icônica da arte brasileira no megacurioso

Criado para ser um presente de aniversário, o Abaporu se transformou na obra mais cara da arte brasileira

<head></head><body><p>Considerada a obra fundadora do período antropofágico <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121079-modernismo-brasileiro-as-caracteristicas-das-obras-do-movimento-artistico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">do movimento modernista no Brasil</a>, <strong>a pintura a óleo <em>Abaporu</em> da artista Tarsila do Amaral</strong> tornou-se um símbolo máximo da nossa cultura. Uma série de eventos contribuiu para isso: a autora, seus relacionamentos e o momento efervescente da vanguarda que se formava na época de sua criação.</p><p>Apesar de sua grandiosidade – e também do seu milionário valor atual – <strong>a obra começou como um singelo presente de aniversário</strong> preparado por Tarsila para comemorar os 38 anos do seu marido: o poeta, escritor e irrequieto dramaturgo brasileiro <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121078-os-7-principais-artistas-da-semana-de-arte-moderna-de-22.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwj3luK4us_8AhVSspUCHU5vAdkQFnoECAkQAg&amp;usg=AOvVaw3Z5c-H2bzQXxtnsP1CjQzk" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oswald de Andrade</a>, no dia 11 de janeiro de 1928.</p><p>De acordo com a sobrinha-neta e responsável pelos direitos da obra da artista de Capivari, Tarsilinha do Amaral, em entrevista à <em>BBC News Brasil</em>, Oswald encantou-se de cara com o quadro de 85 cm por 73 cm. Dizendo ser a melhor obra de Tarsila até então, decretou: <strong>"É excepcional este quadro. É o homem plantado na terra".</strong>&nbsp;</p><h2>O homem que come</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Revista de Antropofagia&nbsp;" data-fonte-url="https://incinerrante.com/wp-content/uploads/2020/12/manifesto_antropofago_facsimile-2048x1888.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17180733793396.jpg" alt="Fonte: Revista de Antropofagia/Reprodução."><span class="desc">Fonte: Revista de Antropofagia/Reprodução.</span></span></p><p>Levado por Oswald a outro expoente do movimento modernista – o também poeta Raul Bopp – a figura do quadro foi interpretada como um índio canibal, <strong>um antropófago que iria devorar a cultura dominante</strong> para incorporá-la e poder reinventá-la a seu modo.</p><p>Se havia alguma motivação em sua alma de artista, Tarsila preferiu adotar a interpretação dos dois amigos e, recorrendo a um antigo dicionário de tupi-guarani, correu a batizar a obra. Ali encontrou os termos que definiriam a pintura: <strong>“aba”&nbsp;</strong>e <strong>“poru”</strong>, ou "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123165-tribos-indigenas-brasileiras-praticam-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homem que come</a>".</p><p>Depois de virar a principal peça do movimento antropofágico brasileiro, o quadro foi exposto em Paris já em 1928, mas, no ano seguinte, a obra voltou para as mãos de Tarsila, quando o casal se separou (Oswald casou-se com Pagu). Na partilha, o poeta levou para si <em>O Enigma de Um Dia</em>, de Giorgio de Chirico.&nbsp;</p><h2>Abaporu: uma epopeia</h2><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu Nacional de Belas Artes&nbsp;" data-fonte-url="https://lh3.googleusercontent.com/ci/AC_FhM-KeUkdctLoklBiPxnN1vXYNLNuYsBAmFVqNoeatiLAAalK2gszHZSyT_vPVWGD9TnlYckmwQ=s1200"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/17/17180119671395.jpg" alt="Fonte: Museu Nacional de Belas Artes/Reprodução."><span class="desc">Fonte: Museu Nacional de Belas Artes/Reprodução.</span></span></p><p>Em 1960, após expor o seu homem que come em diversos locais, Tarsila vendeu o quadro <strong>por um preço irrisório</strong>, para o colecionador e criador do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Pietro Maria Bardi, com a promessa de que a obra seria incorporada ao acervo do museu. Era mentira: um mês depois, Bardi vendeu a obra para o colecionador Érico Stickel “por uma fortuna”, diz Tarsilinha.</p><p>Em 1984, o galerista Raul Forbes comprou o <em>Abaporu</em> por US$ 250 mil e decidiu, onze anos depois, levá-lo a leilão<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123553-por-que-obras-de-arte-sao-tao-caras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;na icônica galeria Cristie’s de Nova York</a>. A obra foi arrematada <strong>pelo empresário argentino Eduardo Constantini por US$ 1,35 milhão</strong>. Finalmente, o trabalho de Tarsila foi incorporado a um museu, porém fora do Brasil: o Malba (Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires).</p><p>No livro <em>Abaporu: Uma Obra de Amor</em>, de 2014, Tarsilinha do Amaral faz uma revelação: o homem que come é, na verdade, um autorretrato da tia, provavelmente nua, feito a partir da imagem refletida em um espelho inclinado.</p></body>

Ilustração e Pintura

Novidades