Imagem de Por que Leonardo Da Vinci e Michelangelo eram rivais? no megacurioso

Existem registros de que os artistas odiavam um ao outro

<head></head><body>Registrados na década de 1540, escritos de Bernardo Vecchietti, importante patrono e membro do círculo de literatos dos Médici, oficializam a rivalidade histórica entre Leonardo Da Vinci e Michelangelo. A passagem escrita por Vecchietti descreve um encontro entre o pintor da Mona Lisa com seu rival enquanto passava pelos bancos públicos do Palazzo Spini Feroni, perto da Igreja de Santa Trinitá, em Florença, resultando em uma série de hostilizações entre os artistas.De acordo com Vecchietti, Michelangelo teria sido o mais cruel nas palavras, principalmente ao envergonhar e ridicularizar Da Vinci por ele fracassar ao tentar entregar o projeto de uma estátua de cavalo em tamanho natural encomendada pelo Duque de Milão, Ludovico Sforza, em meados de 1482. “E pensar que acreditaram em você”, teria dito Michelangelo.<h2>Gênios de mundos diferentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20125855153190.jpg" alt="Michelangelo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Michelangelo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os dois gênios não eram da mesma geração, tampouco compartilhavam do mesmo background social. Da Vinci nasceu em Anchiano, na Itália, em 1452, e era filho ilegítimo de um jovem advogado e de uma camponesa. Começou sua carreira como aprendiz de um pintor em Florença, desenvolvendo rapidamente habilidades excepcionais para a pintura, escultura, engenharia, anatomia e até ciência. Ele se tornou um dos símbolos do Renascimento, que aconteceu entre os séculos XIV e XVI, sobretudo após pintar A Última Ceia.Michelangelo, por outro lado, nasceu em 1475, em Caprese, de uma família de classe média, que não era nobre, mas também não era pobre. Seu pai, Lodovico Buonarroti, era um funcionário público com várias conexões em Florença, o que deu a ele alguns privilégios, principalmente para seguir a carreira nas artes – talento que manifestou desde muito jovem. Esse apoio, no entanto, não veio em grande parte de Lodovico, que via a arte como uma profissão indigna.O jovem Michelangelo ganhou notoriedade pela Itália quando terminou sua escultura de David, representando o herói bíblico que derrotou o gigante Golias com uma única pedra. A essa altura, ele já havia completado o seu Baco e a Pièta, em Roma.<h2>Gênios com visões diferentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20130036008191.jpg" alt="Leonardo Da Vinci. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Leonardo Da Vinci. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Da Vinci entrou em contato com a obra de Michelangelo quando foi nomeado para uma comissão que determinaria onde colocar David. Após muita deliberação, a enorme escultura foi instalada na praça fora do Palazzo dela Signoria (atual Palazzo Vecchio), sede do corpo dirigente da República de Florença.Mas os caminhos dos artistas só se cruzaram mesmo no Salone dei Cinquecento ao serem contratados, em 1503, para um grande projeto no salão espaçoso. Michelangelo pintaria um afresco da Batalha de Cascina, travada contra os pisanos em 1364, enquanto Da Vinci faria uma tela de 7 a 18 metros de altura para representar a Batalha de Anghiari, de 1440. O afresco adjacente de Michelangelo deveria complementar a pintura de Da Vinci, e desenhos sobreviventes para o projeto demonstram a divergência em visão do que a arte deveria ser para cada um dos artistas.Da Vinci queria retratar um conflito bestial de soldados montados a cavalos selvagens, com muita poeira e fumaça no ar, flechas chovendo de várias direções, homens lutando por suas vidas na água e na lama viscosa. Era para ser dramático, intenso e fílmico. A síntese do naturalismo.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20130137906192.jpg" alt="Esboço da Batalha de Anghiari, por Da Vinci. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Esboço da Batalha de Anghiari, por Da Vinci. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Michelangelo, no entanto, já acreditava que o trabalho deveria retratar um momento de alarme humano, de medo, fragilidade e de assalto, exatamente como aconteceu quando os soldados banhistas saíram nus das águas ao serem alertados por um grito de urgência de que o inimigo estava prestes a atacar.Os historiadores de arte apontam que é nítido como os artistas discordaram, não só pelo tempo demorado para começar o projeto – que nunca saiu do papel – quanto pelo embate de visões. Se as obras tivessem se concretizado, teríamos sido agraciados com dois tipos de duelos na mesma imagem: o humano, da batalha que aconteceu; e o filosófico, de homens que enxergavam os acontecimentos do mundo por lentes diferentes.No final das contas, Michelangelo foi convocado para trabalhar para o papa em 1505, e Da Vinci informado pelas autoridades de Florença de que deveria retornar à Milão.</body>

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Por que Leonardo Da Vinci e Michelangelo eram rivais?

Imagem de 5 imagens para entender o shunga, a arte erótica japonesa (+18) no megacurioso

Gênero artístico da era Edo (1603-1868) transcendeu os séculos e serviu de inspiração para muitos artistas

<head></head><body>Se você pensa que a arte erótica japonesa se resume apenas ao <a href="https://www.tecmundo.com.br/voxel/232310-reuniao-governo-italiano-interrompida-hentai-final-fantasy.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hentai moderno</a>, prepare-se para uma viagem fascinante ao passado. O shunga, que pode ser traduzido literalmente para "imagens de primavera", é uma forma de arte que floresceu no Japão durante o século XVII, na era Edo.&nbsp;Vamos explorar essa jornada sensual por meio de imagens surpreendentes (e bastante excêntricas) que revelam não apenas a natureza provocante do shunga, mas também a sua rica história e influências.<h2 style="text-align: justify;">1. Ukiyo-e: o mundo flutuante da arte</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11213551164001.jpeg" alt="Dois amantes em uma banheira numa arte de 1790. (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)">Dois amantes em uma banheira numa arte de 1790. (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)No coração do shunga&nbsp;está o estilo artístico conhecido como ukiyo-e, que significa "imagens do mundo flutuante". Artistas deste período retratavam a vida urbana, desde atores de kabuki (um tipo de teatro japonês) até paisagens exuberantes. Mas o que torna o ukiyo-e realmente especial é a sua incursão no erótico.&nbsp;Ao contrário do que acontecia na arte europeia, o sexo na arte japonesa estava relacionado também à religião e aos feitos heroicos. A imaginação dos artistas fluía sem restrições, proporcionando algumas das obras mais icônicas e descaradamente sensuais da história da arte japonesa.<h2 style="text-align: justify;">2. Shunga: uma arte para todas as classes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11215731788004.jpeg" alt="Casal faz sexo na praia em obra do pintor Terasaki Kogyo, feita em 1899. (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)">Casal faz sexo na praia em obra do pintor Terasaki Kogyo, feita em 1899. (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)No século XVII, o advento da xilogravura democratizou o acesso ao shunga. De camponeses a monarcas, todos podiam apreciar essa forma de arte. Bibliotecas itinerantes levavam o shunga às áreas rurais, enquanto samurais carregavam consigo as imagens para a batalha como amuletos da sorte. Até mesmo os recém-casados recebiam a arte como presente.A proibição oficial em 1722 pelo shogunato japonês não deteria a produção ou a procura, marcando o shunga&nbsp;como um fenômeno cultural resiliente e desafiador.<h2 style="text-align: justify;">3. Os artistas anônimos e o sonho da mulher do pescador</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11212631345000.jpg" alt="O Sonho da Esposa do Pescador: umas das grandes obras do artista Katsushika Hokusai, feita em 1814. (Fonte: Japan Objects/ Reprodução)">O Sonho da Esposa do Pescador: umas das grandes obras do artista Katsushika Hokusai, feita em 1814. (Fonte: Japan Objects/ Reprodução)A proibição não impediu os artistas de criar shunga; na verdade, muitos artistas de ukiyo-e mergulharam no gênero anonimamente. Um exemplo notável é Katsushika Hokusai, o mestre por trás da famosa "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110746-grupo-de-cientistas-cria-onda-em-laboratorio-igual-a-famosa-arte-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A grande onda de kanagawa</a>".&nbsp;Seu trabalho mais audacioso, O sonho da mulher do pescador, retrata atos sexuais com polvos. Esta peça peculiar e outras 2 mil obras individuais de shunga&nbsp;se tornaram influências duradouras, até mesmo para artistas ocidentais como Picasso e Toulouse-Lautrec.<h2 style="text-align: justify;">4. Humor e normalização: a essência do shunga</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11214654361002.jpeg" alt="Soldado japonês domina (em vários sentidos) um soldado russo. (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)">Soldado japonês domina (em vários sentidos) um soldado russo. (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)Enquanto a nudez era dessexualizada no Japão por séculos, o shunga&nbsp;buscava <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/98560-nao-e-de-hoje-4-provas-historicas-de-que-o-sexo-a-3-existe-ha-muito-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">normalizar o sexo</a>. Ao exagerar nas representações genitais e adotar uma abordagem humorística, os artistas conseguiram provocar, divertir e até satirizar durante a Guerra Russo-Japonesa.&nbsp;O shunga&nbsp;não era apenas sobre excitação sexual, mas um reflexo de uma era e uma cultura que encaravam o sexo de forma desinibida.<h2 style="text-align: justify;">5. Shunga&nbsp;além do tempo: influências duradouras</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11215126720003.jpeg" alt="Polvo faz amor com sereia (!). (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)">Polvo faz amor com sereia (!). (Fonte: All That's Interesting/ Reprodução)Mesmo após o declínio do shunga&nbsp;nos séculos XIX e XX, seu impacto persiste na arte erótica japonesa moderna. Temas e fantasias introduzidos por artistas ukiyo-e ainda ecoam em formas contemporâneas, conhecidas no Ocidente como hentai.Portanto, não subestime o shunga como mera obscenidade; ele é um capítulo vital na história japonesa, desafiando normas e transmitindo uma visão única sobre a sexualidade.</body>

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5 imagens para entender o shunga, a arte erótica japonesa (+18)

Imagem de 5 mensagens escondidas em pinturas renascentistas no megacurioso

Será que as obras renascentistas têm mais mensagens escondidas além da abundância de simbolismo em cada detalhe?

<head></head><body>Pinturas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">renascentistas</a> são um prato cheio para quem gosta de teorias da conspiração. Elas são cheias de significados religiosos em cada detalhe, mas além disso, algumas obras ainda contêm mensagens escondidas — pelo menos de acordo com algumas pessoas mais, digamos, criativas. Conheça 5 obras renascentistas nas quais se encontram possíveis mensagens escondidas.<h2>1. Nossa Senhora e um óvni</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24122450643151.jpg" alt="A Madonna com São Giovannino, de Domenico Ghirlandaio. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">A Madonna com São Giovannino, de Domenico Ghirlandaio. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Domenico Ghirlandaio foi um dos grandes pintores mestres renascentistas italianos. Ele teve entre seus discípulos ninguém menos que Michelangelo e Francesco Granacci. Apesar de sua profícua obra, uma das pinturas que mais chama a atenção é a Madonna com São Giovannino. O quadro retrata Maria com o menino Jesus e um pequeno São João Batista. No entanto, porém, quem rouba a cena é um elemento no fundo do quadro que muitos acreditam ser um objeto voador não identificado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24122529333152.jpg" alt="Detalhe da pintura. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Detalhe da pintura. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Em uma primeira análise, o círculo escuro poderia se tratar de uma nuvem, mas uma observação mais cuidadosa mostra o formato estranho e a aparente emissão de raios de luz do objeto. Outro elemento que corrobora com a visão de que o círculo é algo estranho é um pequeno observador no fundo da imagem, que parece tapar o sol com a mão para poder olhar melhor para o objeto.<h2>2. Criação de Adão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24122707967157.png" alt="Michelangelo, A Criação de Adão (1508-1512). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Michelangelo, A Criação de Adão (1508-1512). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Uma das pinturas mais famosas do mundo é a Criação de Adão, feita por Michelangelo no teto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121970-por-que-nao-se-pode-fotografar-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capela Sistina</a>. A imagem pode esconder uma mensagem secreta ou uma crítica do autor à Igreja. A capa em que Deus está flutuando com os anjos forma a figura exata de um cérebro humano. Pesquisadores apontam para os vários detalhes que reforçam esta noção, como o anjo que está à direita e abaixo de Deus com um pano sendo uma representação fiel da artéria vertebral e outros formando a glândula pituitária.&nbsp;Há duas interpretações possíveis para esta mensagem: uma é que Deus criou Adão e lhe deu o intelecto; e outra é que seria uma crítica de Michelangelo à rejeição que a Igreja tinha pela Ciência.<h2>3. O casal Arnolfini</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24123044504161.jpg" alt="Jan van Eyck, O Casal Arnolfini (1434. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Jan van Eyck, O Casal Arnolfini (1434. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Esta pintura de 1434 retrata o rico comerciante Giovanni Arnolfini e sua esposa Giovanna Cenami. Em um espelho no fundo do quadro é possível ver o reflexo do pintor Jan van Eyck, com a mão levantada e outra pessoa. Na Renascença, não era raro que os pintores mais famosos se incluíssem de forma escondida nos quadros.&nbsp;Porém, outro detalhe desta famosa pintura mostra que ela pode ter um significado escondido. Na parede, o pintor deixou a mensagem em latim: "Johannes de Eyck fuit hic 1434", que pode ser traduzida como "Jan van Eyck esteve aqui em 1434". Uma das teorias é que a pintura serviria como uma prova do casamento do casal, que se deu em segredo, e o pintor e a outra pessoa seriam as duas testemunhas do ocorrido.<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24123110436164.jpg" alt="(Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)"> <a class="fonte_imagem" href="https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Casal_Arnolfini">WikimediaCommons&nbsp;</a>Detalhe da pintura. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)</figure><h2>4. Uma afronta ao empregador</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24123218075165.jpg" alt="Pintura do profeta Zacarias por Michelangelo. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Pintura do profeta Zacarias por Michelangelo. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Outra aparição de Michelangelo e da Capela Sistina na lista, mas agora com uma mensagem menos religiosa. O papa Júlio II encomendou a pintura do teto da capela para Michelangelo; no entanto, ele era muito odiado por várias pessoas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120222-em-poema-michelangelo-reclama-sobre-trabalho-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incluindo o pintor</a>. Como uma afronta ao empregador, Michelangelo pintou o profeta Zacarias à semelhança do papa e fez um pequeno anjo atrás dele fazendo um gesto de colocar o dedão entre o indicador e o dedo do meio. Este gesto era uma ofensa na Renascença, algo como mostrar o dedo do meio atualmente.<h2>5. Provérbios neerlandeses</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24123318827167.jpg" alt="Pieter Bruegel, Provérbios Neerlandeses (1559). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Pieter Bruegel, Provérbios Neerlandeses (1559). (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Pieter Bruegel é um dos mais importantes artistas da pintura renascentista. Uma de suas obras mais conhecidas contém uma série de mensagens escondidas. A pintura Provérbios neerlandeses, de 1559, retrata pelo menos 112 provérbios em diversas cenas espalhadas na representação de uma vila. Estão ilustrados dizeres simples e que ainda permanecem, como "matar duas moscas com um só golpe" e "nadar contra a maré", até provérbios mais irônicos e maliciosos.</body>

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5 mensagens escondidas em pinturas renascentistas

Imagem de Sala secreta com desenhos de Michelangelo será aberta ao público no megacurioso

As obras foram feitas quando o pintor renascentista ficou confinado por dois meses no local, em 1530

<head></head><body>Uma sala secreta contendo desenhos inéditos feitos por Michelangelo, em 1530, será aberta ao público pela primeira vez a partir do dia 15 de novembro em Florença, na Itália. O cômodo, no qual o famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105278-esta-e-uma-listinha-de-compras-feita-por-michelangelo-ha-500-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pintor renascentista</a> ficou escondido durante dois meses, se localiza abaixo das Capelas Médici.Apresentando as paredes cheias de&nbsp;figuras desenhadas com carvão e giz de cera cor de ferrugem, o local foi descoberto por acaso, em 1975. Na ocasião, o então diretor do Museu das Capelas Médici, Paollo Dal Poggetto, queria criar uma saída alternativa para o recinto.Procurando um lugar para colocar a nova porta, ele descobriu um alçapão escondido sob um guarda-roupa, que levava a uma sala anteriormente utilizada para armazenar carvão. O espaço subterrâneo, que contava com apenas uma janela, havia sido fechado em 1955, mas deixou o chefe do museu curioso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/07/07140538504208.jpg" alt="(Fonte: Museu do Bargello/Divulgação)">(Fonte: Museu do Bargello/Divulgação)Dal Poggetto decidiu limpar o espaço e remover o gesso que cobria as paredes, quando se deparou com uma agradável surpresa. A sala secreta estava coberta por dezenas de desenhos, atribuídos pelo especialista a Michelangelo, devido aos seus traços característicos, remetendo à obra da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120222-em-poema-michelangelo-reclama-sobre-trabalho-na-capela-sistina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capela Sistina</a>.<h2>Fugindo para sobreviver</h2>O que Michelangelo fazia escondido na sala secreta, de 10 m de comprimento, 3 m de largura e 2,5 m de altura? De acordo com o ex-diretor do museu, o artista italiano utilizou o local como esconderijo, por volta de 1530, para escapar da sentença de morte ordenada pelo Papa Clemente&nbsp;VII.Membro da família Médici, o então <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124126-os-8-papas-mais-velhos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chefe da Igreja Católica</a> estava furioso por causa da colaboração do pintor com o governo da república estabelecido em Florença, após o grupo poderoso ter sido expulso, em 1527. Com a retomada do controle da cidade pela família, Michelangelo foi considerado inimigo e condenado à morte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/07/07140609693209.jpg" alt="(Fonte: Museu do Bargello/Divulgação)">(Fonte: Museu do Bargello/Divulgação)Dessa forma, precisou ficar escondido durante alguns meses, parte deles no quarto secreto. Ele teria aproveitado o tempo para esboçar seus futuros projetos nas paredes, incluindo rostos e mais partes de corpos que aparecem em outras obras de sua autoria, embora alguns estudiosos contestem tal possibilidade.Passado o período em que corria risco de ser morto, Michelangelo obteve o perdão dos Médicis e finalmente conseguiu sair do confinamento, retomando seu trabalho em liberdade. O artista viveu em Florença até 1534, quando se mudou para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126798-5-misterios-nao-desvendados-sobre-a-roma-antiga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma</a>.<h2>Quanto custa a visita?</h2>O ingresso para conhecer a sala secreta com desenhos inéditos de Michelangelo em Florença custa 30 euros, o equivalente a R$ 156 pela cotação do dia. O bilhete inclui também a entrada ao Museu das Capelas Médici, mas vale ressaltar que as visitas são limitadas a 100 pessoas por semana.A quantidade reduzida de visitantes é uma medida tomada para reduzir a exposição das obras à iluminação. As reservas estarão disponíveis até março de 2024.</body>

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Sala secreta com desenhos de Michelangelo será aberta ao público

Imagem de 'Demônio oculto' reaparece em pintura famosa do século XVIII no megacurioso

A figura diabólica está em um quadro feito pelo pintor britânico Joshua Reynolds em 1789

<head></head><body>A controversa figura de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120409-como-o-diabo-mudou-de-cara-e-funcao-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demônio</a> que havia sido escondida em um quadro feito pelo pintor Joshua Reynolds, em 1789, voltou a ser vista após a obra passar por uma nova restauração. A versão totalmente original da pintura entrou em exposição na Petworth House, em West Sussex, na Inglaterra, no início de novembro.O quadro, denominado “A Morte do Cardeal Beaufort”, não foi bem recebido na época do seu lançamento, no final do século XVIII, devido à representação da criatura diabólica na tela, como destaca a BBC. Considerado um dos maiores pintores do período, Reynolds teve seu trabalho contestado pela crítica.Diante da polêmica, o desenho do espírito maligno acabou sendo apagado do quadro, aos poucos, por restauradores. Ele sumia à medida que recebia novas camadas de verniz, ficando praticamente imperceptível a partir do século XIX, enquanto as demais áreas da obra mantiveram o aspecto original, embora escurecido.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/07/07093853019013.jpg" alt="(Fonte: Facebook/National Trust)">(Fonte: Facebook/National Trust)Mas o National Trust, organização que atua na conservação do patrimônio do Reino Unido, decidiu recuperar a versão original da pintura, fazendo o “demônio perdido” reaparecer. A restauração, bastante complexa, foi feita em homenagem aos 300 anos de Joshua Reynolds, completados em julho deste ano.<h2>Inspirado na obra de Shakespeare</h2>Baseado na peça Henrique VI, Parte 2, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122973-5-expressoes-populares-criadas-por-william-shakespeare.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">William Shakespeare</a>, o quadro do demônio perdido retrata o rei ao lado da cama em que o cardeal agoniza. Na cena, o monarca implora a Deus para que o seu tio-avô tenha um fim pacífico, dizendo: “Oh! Afaste o demônio ocupado e intrometido que cerca a alma deste desgraçado”.Reynolds, aparentemente, fez uma&nbsp;interpretação literal da peça de Shakespeare ao adicionar a figura demoníaca. Ela aparece no canto direito do quadro, em meio às sombras, observando o cardeal na cama, enquanto outros dois homens estão ao lado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123367-os-castelos-assombrados-e-seus-fantasmas-mais-conhecidos-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Henrique VI</a>.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Institute of Conservation/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://www.icon.org.uk/resource/conservation-uncovers-lost-demon-in-joshua-reynolds-painting.html?fbclid=IwAR36P4Qs0LlmpITaV8xGvavBEFl9uyb1-9pMwMAcnMwo3rFDXy5VbKGeByI"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/07/07094834109032.jpg" alt="(Fonte: Institute of Conservation/Divulgação)">(Fonte: Institute of Conservation/Divulgação)De acordo com o curador nacional sênior de pintura e escultura do National Trust, John Chu, a inclusão da “figura monstruosa” não se enquadrava nas regras artísticas da época. Logo na sua primeira exibição, A Morte do Cardeal Beuafort despertou a fúria da crítica.Pessoas próximas ao pintor tentaram fazê-lo mudar de ideia e não adicionar a representação do diabo no quadro ou excluí-la após o término do trabalho. O artista, obviamente, não seguiu nenhuma das recomendações.<h2>De volta às exposições</h2>Com a polêmica em torno da figura do demônio, o quadro de Reynolds foi vendido, em 1805. O comprador, o 3º Conde de Egremont, em Petworth, pagou uma quantia que equivale a 38 mil libras atualmente, o que dá em torno de R$ 227 mil pela cotação do momento.Desde então, a pintura permanece no museu mantido pelo National Trust, em West Sussex, junto com uma enorme coleção de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123731-6-obras-de-arte-que-foram-perdidas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obras de arte</a>. Depois de um período indisponível, ela está novamente em exibição ao público, totalmente restaurada.</body>

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'Demônio oculto' reaparece em pintura famosa do século XVIII

Imagem de Pintura roubada há mais de 30 anos é encontrada e volta para sua terra natal no megacurioso

A obra estava programada para ser leiloada, quando foi indicada como roubada

<head></head><body>A pintura Children Wading, do pintor escocês Robert Gemmell Hutchison, roubada há mais de 30 anos, foi redescoberta e voltou para sua cidade natal, Glasgow. O quadro foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123724-os-6-maiores-roubos-da-historia-da-arte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roubado</a>&nbsp;durante a invasão ao museu Scotland’s Haggs Castle Museum of Childhood, em 1989.<h2>O roubo e a descoberta</h2>Na época, os ladrões utilizaram escadas para subir em uma janela do segundo andar e entrar no museu. Eles levaram bonecas de porcelana, um jarro precioso e a pintura a óleo, avaliada na época em 8 mil libras, cerca de R$ 49 mil.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18191006770534.jpg" alt="&quot;Children Wading&quot; (1918) de Robert Gemmell Hutchison. (Fonte: Glasgow Museums Collection/Reprodução)">"Children Wading" (1918) de Robert Gemmell Hutchison. (Fonte: Glasgow Museums Collection/Reprodução)A descoberta da obra só foi possível graças à instituição Art Loss Register, uma organização que busca, categoriza e identifica obras de arte roubadas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123731-6-obras-de-arte-que-foram-perdidas-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perdidas</a>&nbsp;ou saqueadas. O grupo surgiu para ajudar as casas de leilão a não negociarem obras roubadas, algo que, infelizmente, se tornou comum no mundo da arte.&nbsp;O Art Loss Register já tem mais de 700 mil obras cadastradas no seu banco de dados. A obra Children Wading chegou ao cadastro da instituição em 2014, quando o órgão responsável pelos Museus de Glasgow adicionou milhares de obras perdidas no cadastro.A pintura estava programada para aparecer em um leilão na Tennants Auctioneers, em North Yorkshire, Inglaterra. Depois de informados que a obra era roubada, os atuais donos abriram mão e se propuseram a enviar a obra imediatamente para o museu roubado.Infelizmente, passou-se tanto tempo desde o roubo que o museu original já foi fechado. A obra, portanto, poderá ser vista pelo público em visitas ao Glasgow Museums Resource Center, onde ficam armazenadas obras que não estão em exposição.A obra Children Wading foi criada pelo pintor Robert Gemmell Hutchison em 1918 e retrata duas garotas brincando na água. Segundo os especialistas, é impossível traçar o caminho que a obra percorreu depois do roubo até chegar ao leilão. Sem registros de compra há anos, nenhum crime será investigado em relação à posse da obra pela casa de leilão.<h2>Roubo de obras de arte</h2><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124419-maior-roubo-de-obras-de-arte-da-historia-brasileira-faz-17-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pinturas roubadas</a> não são novidade, mas está ficando cada vez mais difícil para os criminosos conseguirem lucrar com a atividade. Instituições como o Art Loss Register estão reunindo bases de dados de governos e de outras companhias privadas e cruzando informações sobre os roubos. Assim, obras perdidas estão sendo facilmente identificadas quando aparecem em leilões.Para as casas de leilão é um embaraço estar em posse de uma obra roubada, portanto mais medidas e mais consultas estão sendo feitas na hora de comprar.Resta aos ladrões vender as obras a indivíduos que não sabem que estas são roubadas. Christopher Marinello, fundador do Art Recovery International, disse em entrevista ao The New York Times que muitas pessoas famosas têm obras roubadas em sua coleção privada sem saber. As obras ficam expostas em propriedades particulares por décadas até que passam para uma próxima geração. Os novos donos podem tentar vender as obras ou catalogá-las e só então percebem que se trata de um item roubado.</body>

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Pintura roubada há mais de 30 anos é encontrada e volta para sua terra natal

Imagem de Os novos segredos da Mona Lisa descobertos por cientistas no megacurioso

Recentemente, cientistas lançaram nova luz sobre o processo de criação da principal obra-prima de Leonardo da Vinci

<head></head><body>A famosa obra-prima de Leonardo da Vinci, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122107-6-curiosas-versoes-alternativas-do-quadro-da-mona-lisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mona Lisa</a>, tem fascinado o mundo por séculos com seu sorriso enigmático e a técnica artística inovadora. Recentemente, cientistas descobriram um segredo por trás da pintura que revela a genialidade de Da Vinci. Usando raios X para examinar uma pequena partícula do quadro, eles descobriram pistas sobre a técnica de pintura peculiar usada por Leonardo, revelando sua mente curiosa e experimental.<h2>A descoberta da técnica de pintura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/15/15131320866004.jpg" alt="Da Vinci usou técnica de pintura experimental na Mona Lisa">Da Vinci usou técnica de pintura experimental na Mona LisaO estudo, publicado no Journal of the American Chemical Society, sugere que Leonardo da Vinci estava em um estado de espírito particularmente experimental quando começou a trabalhar na Mona Lisa. A pesquisa foi liderada por Victor Gonzalez, um químico do CNRS, principal órgão de pesquisa da França, que examinou as composições químicas de inúmeras obras de arte, incluindo obras de Da Vinci e Rembrandt.<h2>Camada base única</h2>A descoberta mais notável foi a composição química da camada base de tinta da pintura. Diferentemente de outras obras de Da Vinci e de sua época, a camada base da Mona Lisa apresentava uma assinatura química distinta. Os cientistas encontraram um composto raro chamado plumbonacrite, um subproduto do óxido de chumbo, o que sugere que Leonardo usou pó de óxido de chumbo para espessar e acelerar a secagem da tinta. Esta é a primeira evidência concreta dessa técnica, antes apenas suposta por historiadores da arte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/15/15131713462005.jpg" alt="Plumbonacrite, um subproduto do óxido de chumbo">Plumbonacrite, um subproduto do óxido de chumbo<h2>A experimentação de Leonardo</h2>Leonardo da Vinci é amplamente conhecido por sua curiosidade e inovação, e essa descoberta confirma seu espírito de experimentação contínua como pintor. Sua disposição para explorar novas técnicas é o que torna sua arte atemporal e moderna.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/15/15132034814006.jpg" alt="Da Vinci tinha um forte espírito de inovação e experimentação">Da Vinci tinha um forte espírito de inovação e experimentaçãoA descoberta da utilização do plumbonacrite na camada base da Mona Lisa oferece uma visão mais profunda do processo criativo de Da Vinci. Sua disposição para experimentar com diferentes técnicas revela sua genialidade como artista renascentista.<h2>Transmissão de técnicas</h2>A presença de plumbonacrite na Mona Lisa também sugere que essa técnica pode ter sido transmitida ao longo dos séculos, visto que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115938-pintura-falsa-de-rembrandt-pode-ser-genuina-dizem-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rembrandt</a>, um mestre holandês do século XVII, também teria usado uma receita semelhante.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/15/15132235077007.jpg" alt="Pesquisas sugerem que Rembrandt também usou a mesma técnica com plumbonacrite">Pesquisas sugerem que Rembrandt também usou a mesma técnica com plumbonacriteEmbora a pesquisa atual seja um passo importante, é evidente que ainda há muito a ser descoberto sobre as técnicas de pintura e os segredos das obras-primas de Da Vinci e outros mestres da arte. À medida que a tecnologia e a pesquisa avançam, continuaremos a desvendar os mistérios que cercam essas obras icônicas, enriquecendo nossa compreensão da história da arte e do legado de gênios como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125315-6-curiosidades-sobre-o-incrivel-homem-vitruviano-de-da-vinci.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leonardo da Vinci</a>.</body>

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Os novos segredos da Mona Lisa descobertos por cientistas

Imagem de Obra perdida de Gentileschi é redescoberta em depósito e restaurada no megacurioso

Pintura que pertenceu o rei Charles I foi atribuída a outro pintor e passou mais de cem anos armazenada

<head></head><body>Uma pintura rara de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122547-artemisia-gentileschi-pintora-se-vingou-de-seu-estuprador-pela-arte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Artemisia Gentileschi</a> foi redescoberta e restaurada na Inglaterra. A obra, datada do século XVII, estava extremamente desgastada e arquivada sob a autoria de outro pintor. Sua recuperação só foi possível graças a uma pesquisa do King’s Royal Collection, que procura localizar o inventário do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125110-se-o-atual-rei-charles-e-o-3-quais-foram-os-outros-dois.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Charles I</a>.Um time de historiadores da arte, liderado por Niko Munz, perseguiu o que foi feito das obras de arte de Charles I após a sua execução em 1649. Havia relatos de que o rei possuía sete trabalhos da celebrada artista italiana Artemisia Gentileschi, que foi contratada com seu pai, Orazio Gentileschi, para retratar a sua corte.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04131857286150.jpg" alt="Pintura de Artemisia Gentileschi após restauração. (Fonte: Royal Trust Collection/Reprodução)">Pintura de Artemisia Gentileschi após restauração. (Fonte: Royal Trust Collection/Reprodução)<h2>Trajetória do quadro até sua redescoberta</h2>O quadro em questão é denominado Susanna and the Elders ("Susanna e os anciões" em português) e narra a história bíblica de Susana, descrita no livro de Daniel — aceito pela Igreja Católica e considerado apócrifo para correntes protestantes. Acredita-se que a pintura tenha sido comissionada por Henriqueta Maria de França, esposa de Charles I e concluída em 1639.O quadro circulou por alguns palácios, mas depois de 1660 foi transferido para a Somerset House e aparentemente ficou como enfeite sobre lareiras em várias ocasiões. Depois disso foi movido mais algumas vezes, até que foi encontrado e teve sua chegada registrada no Hampton Court Palace em 1862. Nessa época já foi considerado estar em péssimo estado e foi movido para a restauração.Os processos de restauração da época não eram dos melhores e consistiam em aplicar novos vernizes à pintura, o que contribuiu para o estado com cores muito apagadas na qual o quadro foi encontrado.O quadro foi resgatado do depósito do Hampton Court Palace, onde estava há mais de 100 anos. Segundo os pesquisadores que o encontraram, ele estava extremamente marrom e descolorido, o que é comum para pinturas com vernizes orgânicos. A pintura, então, foi enviada para o estúdio de Adelaide Izat para restauração e vai ficar em exposição na Royal Collection.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04131714398147.jpg" alt="Susanna and The Elders (primeira pintura a esquerda) em exposição na Castelo de Windsor. (Fonte: Royal Collection Trust/Divulgação)">Susanna and The Elders (primeira pintura a esquerda) em exposição na Castelo de Windsor. (Fonte: Royal Collection Trust/Divulgação)<h2>O significado da pintura para a autora</h2>Artemisia Gentileschi (1593–1656) foi uma das pintoras mais celebradas de sua época e a primeira mulher aceita na Academia de Belas Artes de Florença. Muitos de seus quadros retratam figuras femininas de histórias bíblicas, mas o quadro de Susanna pode ter um significado especial.Atermisia foi estuprada por Agostino Tassi, que havia sido contratado por seu pai para lhe dar aulas. O fato gerou um extenso julgamento que acabou com a condenação de Tassi — que mais tarde conseguiu evitar a prisão por uma anulação.Na história de que inspirou a obra redescoberta, dois anciões chantageiam Susanna para manter relações com eles, caso contrário a denunciariam por adultério, o que levaria a sentença de morte. Susanna nega e luta pela justiça até que sua inocência seja provada.Artemisia pintou a cena algumas vezes durante a sua vida e os traços e posições dos corpos parecem mostrar a força da luta feminina e a opressão da sociedade, em diferentes épocas.</body>

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Obra perdida de Gentileschi é redescoberta em depósito e restaurada

Imagem de Passado brutal de Bornéu é revelado em arte rupestre recém-descoberta no megacurioso

Os desenhos da caverna de Gua Sireh remontam a milhares de anos e demonstram histórias sombrias da região

<head></head><body>A caverna Gua Sireh, localizada na ilha de Bornéu, é conhecida pelas centenas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/105143-13-desenhos-que-mostram-o-lado-divertido-do-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desenhos</a> em carvão que revestem as paredes de suas câmaras principais. Recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade Griffith, da Austrália, datou oficialmente alguns desses desenhos que revelam uma história triste, porém verdadeira, da região.Segundo os estudiosos do Museu de Sarawak, as artes rupestres foram feitas entre 1670 e 1830, o que corresponde a uma época de crescente conflito na ilha. No início do século XIX, Sarawak vivia grande instabilidade política, o que causou grandes consequências para a população local.<h2>Governabilidade em Sarawak</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/26/26225814912002.jpg" alt="(Fonte: Andrea Jalandoni/Reprodução)">(Fonte: Andrea Jalandoni/Reprodução)No passado recente, Sarawak, que é o estado malaio onde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117786-passaro-extinto-e-visto-pela-1-vez-em-170-anos-em-borneu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha de Bornéu</a> está, era um território pouco governado pelo Sultanato de Brunei. O Império Bruneano só tinha autoridade ao longo das regiões costeiras do estado, que eram comandadas por líderes malaios semi-independentes.Como resposta, o povo malaio que controlava a área passou a cobrar pesados tributos às famílias indígenas das colinas locais, incluindo os Bidayuh. Para essa tribo, a caverna Gua Sireh era vista como um refúgio da violência territorial no início dos anos 1800, quando um chefe malaio muito severo exigiu que todos entregassem seus filhos.Os Bidayuh obviamente se recusaram a obedecer tal tipo de ordem e foram se esconder em Gua Sireh, onde inicialmente detiveram uma força de 300 homens armados que tentavam entrar na caverna para capturá-los. Depois que dois Bidayuh foram baleados e sete foram feitos prisioneiros, a maior parte da tribo escapou por uma passagem na parte de trás da maior câmara da caverna, onde os desenhos foram encontrados.<h2>Relatos de brutalidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/26/26230044495003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As figuras desenhadas em Gua Sireh são relatos desesperados de um povo que estava sendo perseguido. Contudo, essas são apenas algumas artes entre uma ampla gama de desenhos encontrados desde as Filipinas, passando pelo Sudeste Asiático, passando por Bornéu até a Península da Malásia.Acredita-se que esse tipo de desenho esteja associado à diáspora dos povos de língua austronésia. Trabalhos de datação anteriores mostram que desenhos semelhantes já foram feitos nas Filipinas entre 3500 e 1500 a.C., no sul de Sulawesi. &nbsp;"Queríamos confirmar que as imagens foram desenhadas com carvão, já que há um número limitado de substâncias que podem ser datadas por radiocarbono", disse a coautora do estudo, Jillian Huntley.Além da datação por radiocarbono, o processo também foi auxiliado pelas histórias orais de Bidayuh, que registram a experiência da violência territorial e colonização na região. Os pesquisadores sabiam a partir de estudos anteriores que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123829-as-6-pinturas-rupestres-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arte rupestre</a> no noroeste de Bornéu é dominada por desenhos de animais, pessoas, navios e desenhos geométricos.&nbsp;Em Gua Sireh, por sua vez, as pessoas foram desenhadas usando cocares e armadas com escudos, facas e lanças — o que ajudou a determinar a idade das artes rupestres. Os historiadores esperam que estudos futuros possam aplicar técnicas semelhantes a outros desenhos na região para revelar ainda mais informações sobre esse passado complexo da história humana em Sarawak.&nbsp;</body>

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Passado brutal de Bornéu é revelado em arte rupestre recém-descoberta

Imagem de 5 artistas que só foram valorizados depois que morreram no megacurioso

A lista de artistas que não tiveram seus trabalhos valorizados em vida é longa e em muitos casos cheia de fatos trágicos

A vida dos artistas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125072-5-artistas-incriveis-que-nao-eram-pessoas-tao-boas-assim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">definitivamente n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil</a>. Em muitos casos, eles precisam se esfor&ccedil;ar para que as pessoas vejam o valor daquilo que produzem, o que nem sempre acontece. Sendo assim, n&atilde;o s&atilde;o raros os casos em que o p&uacute;blico s&oacute; valoriza a obra de alguns artistas anos depois deles falecerem.
Vamos relembrar alguns desses casos de fama p&oacute;stuma?
<h2>1. Vincent Van Gogh</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03142433644247.jpg" alt="Fonte: Getty Images" />Fonte: Getty Images
Esse &eacute; um dos exemplos mais famosos em que um artista s&oacute; foi valorizado depois que morreu. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125207-5-fatos-pouco-conhecidos-sobre-van-gogh.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Van Gogh</a> foi um pintor holand&ecirc;s que nasceu no ano de 1853. Ao longo de sua vida, ele produziu mais de 900 pinturas e mais de 1500 desenhos.
Contudo, alguns historiadores acreditam que ele tenha conseguido vender apenas tr&ecirc;s de suas obras ao longo de sua vida, sendo que uma delas foi para um amigo.
Aos 37 anos, o pintor deu um tiro em seu peito, morrendo dois dias depois do ato. Ap&oacute;s o seu falecimento, sua cunhada organizou uma exposi&ccedil;&atilde;o de suas obras, o que deu in&iacute;cio &agrave; fama do artista, que hoje &eacute; celebrado como um dos nomes mais importantes do mundo das artes.
<h2>2. Johann Sebastian Bach</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03142505989248.jpg" alt="Fonte: Getty Images" />Fonte: Getty Images
Johann Sebastian Bach tem uma hist&oacute;ria menos tr&aacute;gica que a de Van Gogh. O artista, nascido em 1685, conseguiu destaque no cen&aacute;rio musical europeu como pianista. Na verdade, ele morreu sendo celebrado como um nome importante da m&uacute;sica.
Ainda assim, o grande talento de Bach como compositor foi sumariamente ignorado por muitos anos, mesmo o artista tendo vivido at&eacute; os 65 anos. Seus filhos, que tamb&eacute;m eram m&uacute;sicos, at&eacute; tocaram as obras do pai, depois da sua morte.
Mas com o tempo, as composi&ccedil;&otilde;es de Bach se tornaram cada vez mais raras. Foi s&oacute; no ano de 1829 que o cen&aacute;rio muda, quando o artista Felix Mendelssohn toca a obra Paix&atilde;o segundo S&atilde;o Mateus, na cidade de Berlim.
Isso aumentou o interesse mundial sobre o compositor, que j&aacute; era respeitado na Alemanha.
<h2>3. &nbsp;Claude Monet</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03142545366249.jpg" alt="Fonte: Getty Images" />Fonte: Getty Images
O pintor franc&ecirc;s Claude Monet &eacute; hoje considerado o pai do impressionismo franc&ecirc;s. Contudo, do final do s&eacute;culo XIX ao come&ccedil;o do s&eacute;culo XX, ele foi duramente criticado em seu pa&iacute;s.
Suas obras eram consideradas feias e inacabadas. Os compradores n&atilde;o se interessavam por elas e isso fez com que o artista e sua fam&iacute;lia vivessem anos na pobreza.
Foi s&oacute; no final de sua vida que suas obras come&ccedil;aram a ser valorizadas, sendo que a fama e a popularidade s&oacute; vieram depois de sua morte.
<h2>4. Emily Dickinson</h2>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03142619146250.jpg" alt="Fonte: Getty Images" />Fonte: Getty Images
&eacute; considerada um dos maiores nomes do mundo da poesia. Contudo, ela s&oacute; publicou 12 poemas em vida, apesar de ter produzido cerca de 1800 textos.
Acontece que a artista, que nasceu no ano de 1830, em Massachusetts, vivia uma vida reclusa, recusando-se a deixar sua casa, ou mesmo o seu quarto. Suas obras s&oacute; foram publicadas em maior n&uacute;mero depois da sua morte, gra&ccedil;as &agrave; iniciativa de sua irm&atilde;.
<h2>5. Amedeo Modigliani</h2>

<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03142657562251.jpg" alt="Fonte: Getty Images" /> <a class="fonte_imagem" href="https://www.gettyimages.com.br/">&nbsp;GettyImages&nbsp;</a>
Fonte: Getty Images
O artista italiano nasceu no ano de 1884, na cidade de Livorno. Desde crian&ccedil;a, mostrou seu talento para as artes, estudando para ser pintor e escultor.
Em 1917, Modigliani organiza uma mostra de suas obras. Algumas delas retratavam o nu feminino, o que escandalizou a sociedade da &eacute;poca, fazendo com que a pol&iacute;cia fosse chamada.
Al&eacute;m do conservadorismo da &eacute;poca, a Primeira Guerra Mundial tamb&eacute;m atrapalhou o artista, que precisou se mudar para fugir dos bombardeios.
Ele morreu precocemente, aos 35 anos. Sua esposa se suicidou ap&oacute;s a sua morte. Anos depois, as obras de Modigliani se popularizariam e ele se tornaria um s&iacute;mbolo da arte italiana.

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