Imagem de Edgar Allan Poe profetizou um chocante caso de naufrágio e canibalismo no megacurioso

A Narrativa de Arthur Gordon Pym, de 1938, não foi um dos sucessos imediatos de Poe, mas acabou se destacando por uma terrível coincidência

Com bibliografia rica em hist&oacute;rias de horror e mist&eacute;rio, Edgar Allan Poe (1809-1849) se consolidou como um dos maiores expoentes do g&ecirc;nero, abrindo portas para que a categoria de terror g&oacute;tico se espalhasse pelo mundo e encontrasse novos autores. Seus livros se destacaram n&atilde;o apenas pelo apavorante conte&uacute;do capaz de mexer com a psique humana, mas tamb&eacute;m por apresentar caracter&iacute;sticas peculiares, como foi o caso da chocante coincid&ecirc;ncia com a hist&oacute;ria de A Narrativa de Arthur Gordon Pym.
Publicado originalmente em 1838, o livro acompanha um terr&iacute;vel acidente que acomete o capit&atilde;o Gordon Pym e sua tripula&ccedil;&atilde;o, for&ccedil;ando-os a enfrentar uma s&eacute;rie de situa&ccedil;&otilde;es desesperadoras em meio a um motim e massacre ocorridos durante a rota pelos mares do sul. As maiores cr&iacute;ticas sobre o romance apontavam o excesso de viol&ecirc;ncia e relatos memorial&iacute;sticos sem censura, al&eacute;m de imprecis&otilde;es n&aacute;uticas que comprometiam o ritmo e indicavam a exist&ecirc;ncia de fortes conveni&ecirc;ncias narrativas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/21/21045420672001.jpg" alt="(Fonte: Penguin / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Penguin / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De fato, os cr&iacute;ticos n&atilde;o estavam errados quanto &agrave; agressividade da trama; atos brutais e extremos de sobreviv&ecirc;ncia foram detalhados minuciosamente e receberam uma grande carga de nuances que andava de lado com a realidade. E isso ocorreu, especialmente, por conta dos tripulantes Augustus Barnard, Gordon Pym, Dirk Peters e Richard Parker, que ap&oacute;s passarem dias se alimentando precariamente, optaram por fazer um sorteio para definir qual deles serviria de banquete humano aos personagens restantes.
<h2 class="uk-text-justify">As incr&iacute;veis coincid&ecirc;ncias</h2>
Em 1974, Arthur Koestler, f&atilde; de parapsicologia que havia solicitado o envio de "coincid&ecirc;ncias impressionantes" para sua caixa postal, divulgou um relato impressionante de Nigel Parker. Este afirmou ter um antepassado chamado Richard Parker que foi devorado vivo por seus colegas em um naufr&aacute;gio. No documento, o autor escreveu que seu familiar, um dos quatro sobreviventes da queda do barco Mignonette, tamb&eacute;m foi for&ccedil;ado a comer <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120356-qual-a-diferenca-entre-tartaruga-cagado-e-jabuti.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas</a> vivas e, posteriormente, brincar de um "jogo de sorte" para determinar quem seria a v&iacute;tima canibalizada. E os casos de profecia de Poe n&atilde;o pararam por a&iacute;.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25144650450254.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O Homem de Neg&oacute;cios, conto escrito pelo autor g&oacute;tico em 1830, conta a hist&oacute;ria de um narrador que passou a apresentar eventos isolados de viol&ecirc;ncia e raiva gratuitas, como resultado de um acidente que resultou em um severo traumatismo craniano na inf&acirc;ncia. Oito anos depois, de volta &agrave; vida real, o norte-americano <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120725-phineas-gage-o-assombroso-caso-que-revolucionou-a-neurologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Phineas Gage</a> sofreu uma brusca mudan&ccedil;a de personalidade &mdash; caracterizada por extravag&acirc;ncia, excessos e frequentes ocasi&otilde;es de agress&otilde;es e maus-tratos &mdash; ap&oacute;s sobreviver a um tubo de ferro que atravessou seu lobo frontal.
Al&eacute;m de essas previs&otilde;es que se concretizaram, Poe foi um vision&aacute;rio para a Literatura do g&ecirc;nero e o primeiro escritor a unir horror e drama em hist&oacute;rias densas. Na Literatura, ele &eacute; considerado o pai das narrativas de mist&eacute;rio e contribuiu para a ascens&atilde;o de estilos como suspense, horror c&oacute;smico e tramas de monstros, relatando conceitos peculiares que logo provariam ter um qu&ecirc; de verdade.

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Edgar Allan Poe profetizou um chocante caso de naufrágio e canibalismo

Imagem de 6 segredos incríveis descobertos na escrita cuneiforme no megacurioso

A escrita cuneiforme tem mais de 5 mil anos e só foi decifrada no século XIX

Nem todo mundo sabe, mas a nossa escrita n&atilde;o nasceu com um alfabeto. Antes de os homens inventarem um sistema formado por poucos fonemas (elementos que indicam sons), alguns povos j&aacute; haviam inventado uma escrita muito antiga, elaborada por meio de marca&ccedil;&otilde;es feitas com um utens&iacute;lio chamado cunha em t&aacute;bulas de argila.
Acredita-se que a escrita cuneiforme tenha sido inventada h&aacute; mais de 5 mil anos &mdash; antes mesmo da cria&ccedil;&atilde;o dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118198-hieroglifos-revelam-jogos-politicos-do-imperio-maia-ha-1-300-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hier&oacute;glifos</a> pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120867-como-os-egipcios-antigos-fabricavam-o-papiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eg&iacute;pcios</a>, sendo usada por v&aacute;rios povos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42590-conheca-a-origem-da-expressao-olho-por-olho-dente-por-dente-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesopot&acirc;mia</a>, como os sum&eacute;rios e os acadianos.
Ap&oacute;s muita pesquisa, a escrita cuneiforme finalmente foi decifrada durante o s&eacute;culo XIX. Conhe&ccedil;a 6 descobertas fant&aacute;sticas feitas a partir dessa escrita.
<h2 class="uk-text-justify">1. A primeira obra liter&aacute;ria &eacute; de uma mulher</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24163346790375.jpg" alt="(Fonte: World of History)" />(Fonte: World of History)
As mulheres foram exclu&iacute;das de muitos aspectos da vida social por s&eacute;culos, qui&ccedil;&aacute; mil&ecirc;nios, mas a decifra&ccedil;&atilde;o da escrita cuneiforme mostrou que a primeira obra liter&aacute;ria a que se tem acesso foi feita por uma mulher. A sacerdotisa acadiana Enheduanna deixou uma t&aacute;bula de argila na qual h&aacute; v&aacute;rias informa&ccedil;&otilde;es sobre a sociedade de sua &eacute;poca.
<h2 class="uk-text-justify">2. A escrita nasce voltada ao com&eacute;rcio</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;O fascinante universo da hist&oacute;ria&nbsp;" data-fonte-url="http://4.bp.blogspot.com/_lrnheGDims4/TEcRFUQ9EsI/AAAAAAAAFpk/fVtKufHLRPY/s1600/Escrita_cuneiforme_sumeria.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24162739243362.jpg" alt="(Fonte: O fascinante universo da hist&oacute;ria)" />(Fonte: O fascinante universo da hist&oacute;ria)
Para muita gente, a ideia da escrita est&aacute; intimamente ligada ao desenvolvimento cultural de um povo &mdash; por meio da cria&ccedil;&atilde;o de obras po&eacute;ticas ou de registros de hist&oacute;rias, mas, no caso da escrita cuneiforme, ela era extremamente dif&iacute;cil de aprender, j&aacute; que tinha mais de 2 mil sinais diferentes.
Dessa forma, pesquisadores acabaram descobrindo que essa escrita tinha uma fun&ccedil;&atilde;o mais "comercial" do que "cultural"&mdash; ela foi criada sobretudo para ser empregada na parte da contabilidade e na administra&ccedil;&atilde;o de bens.
<h2 class="uk-text-justify">3. A escrita cuneiforme tamb&eacute;m tinha n&uacute;meros</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;UFAL" data-fonte-url="http://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/3564/1/O%20ensino%20do%20sistema%20de%20numera%C3%A7%C3%A3o%20com%20%C3%AAnfase%20em%20resolu%C3%A7%C3%A3o%20de%20problemas%2C%20jogos%20e%20aplica%C3%A7%C3%B5es.pdf"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24162915055364.jpg" alt="(Fonte: UFAL)" />(Fonte: UFAL)
Os pesquisadores descobriram que a escrita cuneiforme tamb&eacute;m representava os n&uacute;meros. Funcionava mais ou menos desta forma: 5 linhas significavam o n&uacute;mero 5, um pequeno s&iacute;mbolo significava 10 e assim por diante. Por isso mesmo, acredita-se que os sum&eacute;rios usavam a escrita para gerenciar a pr&oacute;pria economia.
<h2 class="uk-text-justify">4. Os sum&eacute;rios contavam o tempo como n&oacute;s</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24163119399367.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia)" />(Fonte: Wikipedia)
Outra descoberta importante tem a ver com a forma pela qual os sum&eacute;rios calculavam o tempo: a partir de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/matematica/36036-como-surgiu-o-numero-zero-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema sexagesimal</a>, contado por meio de derivados do n&uacute;mero 60, tal como n&oacute;s fazemos.
<h2 class="uk-text-justify">&nbsp;5. A antiguidade da Arca de No&eacute;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24163208368369.jpg" alt="(Fonte: Rcristo)" />(Fonte: Rcristo)
O conhecimento das t&aacute;bulas de argila fez que se descobrisse um fato bem curioso: a hist&oacute;ria da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42766-a-historia-sobre-a-arca-de-noe-poderia-ter-acontecido-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arca de No&eacute;</a> &eacute; anterior &agrave; pr&oacute;pria <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119966-5-coisas-que-a-biblia-proibe-mas-nos-ainda-fazemos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">B&iacute;blia</a>. Isso porque se encontrou uma hist&oacute;ria muito semelhante &agrave; do patriarca b&iacute;blico escrita em um registro cuneiforme.
"[A hist&oacute;ria] estava na mesma ordem e havia muitos pontos pr&oacute;ximos que mostravam de forma convincente de que a mesma hist&oacute;ria havia sido contada na Mesopot&acirc;mia um mil&ecirc;nio antes da data mais antiga em que o texto hebraico provavelmente teria surgido", explicou Irving Finkel, curador do Departamento para o Oriente M&eacute;dio do Museu Brit&acirc;nico.
<h2 class="uk-text-justify">5. Os sum&eacute;rios amavam escrever cartas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24163438915378.jpg" alt="(Fonte: BBC)" />(Fonte: BBC)
Muitas das t&aacute;bulas de argila que foram decifradas funcionavam como cartas. Os pesquisadores notaram que, antes de documentar seus bens, os sum&eacute;rios faziam sauda&ccedil;&otilde;es. Inclusive, esses historiadores notaram a influ&ecirc;ncia do humor nessas missivas: quando estavam irritados, eles escreviam as sauda&ccedil;&otilde;es de forma diferente ou simplesmente as exclu&iacute;am da escrita.
<h2 class="uk-text-justify">6. Pasme: os povos mesopot&acirc;micos adoravam fofocar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/24/24163718868457.jpg" alt="(Fonte: Terra)" />(Fonte: Terra)
Os conte&uacute;dos encontrados nas t&aacute;bulas de argila v&atilde;o al&eacute;m de sauda&ccedil;&otilde;es cordiais. Os pesquisadores encontraram at&eacute; fofocas ou reclama&ccedil;&otilde;es sobre os vizinhos.
"Em algumas cartas, voc&ecirc; v&ecirc; o desejo de estar em p&eacute; de igualdade com os vizinhos, que dizem algo como 'o vizinho construiu uma amplia&ccedil;&atilde;o de sua casa, quando teremos dinheiro para construir uma amplia&ccedil;&atilde;o da nossa casa?'", comentou a pesquisadora Selena Wisnom, do Departamento de Arqueologia e Hist&oacute;ria Antiga da Universidade de Leicester.

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6 segredos incríveis descobertos na escrita cuneiforme

Imagem de 6 ditadores que escreveram obras literárias no megacurioso

Por incrível que pareça, alguns ditadores tinham verve literária e tentaram escrever tanto poesias quanto romances

A ideia de que fazemos dos ditadores &eacute; a de que s&atilde;o somente homens cru&eacute;is, desprovidos de qualquer sensibilidade. Por isso, &eacute; at&eacute; dif&iacute;cil de acreditar, mas v&aacute;rios deles escreveram obras liter&aacute;rias, como romances e poesia.
&Eacute; claro que n&atilde;o d&aacute; para assegurar a qualidade liter&aacute;ria desses trabalhos, e a maior parte desses textos foi considerada muito ruim. Por&eacute;m, n&atilde;o deixa de ser curioso saber que alguns ditadores&nbsp;not&oacute;rios escreveram obras po&eacute;ticas. Confira a seguir a lista de 6 ditadores que realizaram esse feito.
<h2 class="uk-text-justify">1. Benito Mussolini</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25091253262041.jpg" alt="(Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)" />(Fonte: Aventuras na Hist&oacute;ria)
O ditador italiano <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120077-as-atrocidades-cometidas-por-mussolini-nao-conheceram-limites.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Benito Mussolini</a> &eacute; conhecido pelo seu rosto endurecido, que simboliza o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109748-mas-afinal-o-que-e-o-fascismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fascismo</a> na It&aacute;lia. Ele foi um dos fac&iacute;noras mais odiados de todos os tempos, a ponto que, quando foi executado, at&eacute; seus aliados cuspiram em seus restos mortais. Por isso, &eacute; quase inacredit&aacute;vel saber que ele escreveu um romance chamado&nbsp;Clauda Particella, l&rsquo;amante del cardinale&nbsp;&mdash; que fez sucesso e foi traduzido em 10 l&iacute;nguas. Como ele escreveu o livro em 1910 e s&oacute; se tornou um ditador desumano anos depois, pode ser que sua maldade tenha-se desenvolvido mais tarde.
<h2 class="uk-text-justify">2. Mohammad Reza Pahlavi</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25091003465034.jpg" alt="(Fonte: ChoMun)" />(Fonte: ChoMun)
O x&aacute; do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110388-capital-do-ira-esta-afundando-e-cientistas-temem-que-nada-possa-ser-feito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ir&atilde;</a> liderou um golpe militar que o fez governar o pa&iacute;s de 1941 a 1979, sob um regime muito pr&oacute;ximo ao de pa&iacute;ses totalit&aacute;rios. Ele foi respons&aacute;vel pela aboli&ccedil;&atilde;o da monarquia e o estabelecimento da hegemonia dos aiatol&aacute;s, transformando essa na&ccedil;&atilde;o em uma teocracia (sistema pol&iacute;tico fundamentado na religi&atilde;o).
Embora nunca tenha publicado trabalhos pr&oacute;prios, Pahlavi foi mais um ditador com gosto pela poesia e chegou a escrever alguns versos; h&aacute; registros de que ele gostava de discutir o tema com outros pol&iacute;ticos.
<h2 class="uk-text-justify">3. Saddam Hussein</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25090822637032.jpg" alt="(Fonte: Isto&Eacute;)" />(Fonte: Isto&Eacute;)
O presidente do Iraque &eacute;, at&eacute; hoje, uma das figuras mais odiadas de todos os tempos &mdash; por conta, sobretudo, de sua crueldade com o pr&oacute;prio povo. Por isso, tamb&eacute;m &eacute; muito curioso saber que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117554-saddam-hussein-cometeu-o-roubo-a-banco-do-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saddam Hussein</a> escreveu poesia e quatro romances.
O mais famoso deles, chamado Zazibah e o Rei, &eacute; uma hist&oacute;ria de amor que chegou at&eacute; ser estudada pela Central Intelligence Agency (CIA), a qual levantou a suspeita de que talvez o ditador n&atilde;o tenha o escrito, mas sim contratado&nbsp;ghost writers para fazer uma obra em seu nome.
<h2 class="uk-text-justify">4. J&uacute;lio C&eacute;sar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/01/25/25090422512030.jpg" alt="(Fonte: InfoEscola)" />(Fonte: InfoEscola)
Nem todos sabem, mas o famoso imperador romano reivindicou o &ldquo;t&iacute;tulo&rdquo; de ditador 1 ano antes de sua morte. <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/40133-mito-ou-verdade-julio-cesar-foi-o-primeiro-bebe-a-nascer-de-cesariana-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J&uacute;lio C&eacute;sar</a>, al&eacute;m de sua faceta pol&iacute;tica, era tamb&eacute;m um homem das letras, conhecido pelo seu talento pela sua orat&oacute;ria, a ponto de ele ser at&eacute; comparado a C&iacute;cero, o maior orador de Roma.
J&uacute;lio C&eacute;sar tamb&eacute;m escreveu uma poesia supostamente durante uma viagem para a Espanha, mas apenas 6 linhas do poema sobreviveram.

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4 ditadores que escreveram obras literárias

Imagem de Como o livro de Edgar Allan Poe "amaldiçoou" um nome no megacurioso

O único romance escrito pelo autor retratou casos bizarros

Da vida &agrave; morte, a jornada do not&oacute;rio escritor do s&eacute;culo XIX <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117782-o-caso-sensacionalista-de-mary-rogers-a-inspiracao-de-edgar-allan-poe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Edgar Allan Poe</a>&nbsp;(1809-1849) &eacute; repleta de mist&eacute;rios, enigmas e infort&uacute;nios. Lembrado por seus contos e poemas macabros que conversam com o mundo espiritual, como O Corvo e A Morte da M&aacute;scara Rubra, Poe nunca escreveu um romance completo; mas quando decidiu fazer isso, nasceu o&nbsp;The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket.
O livro retrata a hist&oacute;ria de Pym, um jovem b&ecirc;bado que decide navegar pelo mar em um pequeno barco com seu amigo Augustus Barnard, quando s&atilde;o apanhados por uma forte tempestade que acaba despeda&ccedil;ando a embarca&ccedil;&atilde;o.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pinterest&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSi9lygbO3E22eZun_ZroOdDU6b-O9N-959_LChiQna8Gf8U0Hhwqm5gyEnlpAdOjY4oaU&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20031739055003.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de quase n&atilde;o sobreviverem &agrave; primeira aventura, Pym n&atilde;o consegue ser dissuadido de sua vontade de navegar, e sua imagina&ccedil;&atilde;o &eacute; estimulada ainda mais quando Augustus conta a hist&oacute;ria de vida de um marinheiro que conhece e que tem um baleeiro chamado Grampus, comandado por seu pai.
Pym sobe a bordo do barco de maneira clandestina e se esconde no por&atilde;o. Augustus promete fornecer &aacute;gua e comida a ele at&eacute; que o navio estivesse muito longe da costa para que o jovem fosse expulso quando aparecesse. No entanto, um motim violento acontece enquanto ele fica inconsciente devido &agrave; falta de comida e o ar abafado.
<h2>O medo de um nome</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20031850758004.jpg" alt="(Fonte: Ripley/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ripley/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A paz &eacute; reestabelecida quando Augusto e Dirk Peters, um dos amotinados arrependidos, elabora um plano para acabar com a briga e assumir o controle do navio: Peters veste a roupa de um dos marinheiros mortos e amea&ccedil;a os amotinados como um fantasma.
O plano d&aacute; certo, mas, devido ao temporal, que danifica a embarca&ccedil;&atilde;o, eles ficam sem suprimentos. Richard Parker, um dos amotinados, sugere que um pequeno grupo dever&aacute; se sacrificar para que seu corpo seja <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119829-canibalismo-na-europa-de-pratica-heroica-a-barbara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">canibalizado</a> pelos demais. Ele mesmo acaba sendo comido, e Augusto morre devido a um ferimento adquirido durante a tempestade. Peters e Pym s&atilde;o resgatados &agrave; beira da morte por um navio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20031944461005.jpg" alt="(Fonte: David Kidd/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: David Kidd/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A s&eacute;rie de eventos com contextos bizarramente semelhantes &agrave; hist&oacute;ria de Poe, come&ccedil;ou a partir do caso da pequena embarca&ccedil;&atilde;o Mignorette, que partiu da Inglaterra com destino a Austr&aacute;lia em 19 de maio de 1884.
O barco costeiro de 16 metros de comprimento constru&iacute;do h&aacute; mais de 20 anos n&atilde;o era projetado para aguentar esse tipo de viagem longa e arriscada at&eacute; mesmo para os navios mais robustos durante a tempestade que caiu.
Em poucos minutos, a embarca&ccedil;&atilde;o foi destru&iacute;da, deixando seus quatro tripulantes &agrave; deriva. Quando um deles adoeceu ao beber &aacute;gua do mar em um ato de desespero, os demais companheiros decidiram mat&aacute;-lo para tomar seu sangue e comer sua carne, visando garantir a pr&oacute;pria sobreviv&ecirc;ncia. Curiosamente, a v&iacute;tima se chamava Richard Parker.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/20/20032059086006.jpg" alt="(Fonte: David Kidd/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: David Kidd/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Coincid&ecirc;ncia ou n&atilde;o, al&eacute;m de o caso ter chegado &agrave; Suprema Corte devido ao seu contexto infame, a partir daquele momento, o nome Richard Parker foi associado a v&aacute;rios marinheiros que morreram naufragados ao longo dos anos, ou que tiveram seus corpos canibalizados.
A voracidade do nome, supostamente &ldquo;amaldi&ccedil;oado&rdquo; pela criatividade de Poe, entrou para a cultura popular de tal forma que o autor Yann Martel chamou seu tigre-de-bengala de Richard Parker no livro As Aventuras de Pi.

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Como o livro de Edgar Allan Poe 'amaldiçoou' um nome

Imagem de A origem de 6 clichês da literatura universal no megacurioso

Já parou para pensar de onde surgiram as histórias e reviravoltas que, hoje, você já está cansado de ver?

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">literatura</a> pode ser bela, mas tamb&eacute;m pode ser cansativa, especialmente quando recorre a lugares comuns, frases clich&ecirc;s ou a tramas pregui&ccedil;osas. Quase todo mundo j&aacute; leu alguma obra liter&aacute;ria que sentiu ser uma repeti&ccedil;&atilde;o de frases de efeito, semelhante &agrave; v&aacute;rias outras, com a trama pouco inventiva e que tivesse defeitos ao ponto de abandonar a leitura.
N&atilde;o desejamos isto a ningu&eacute;m, mas apresentamos uma lista com a origem de 6 frases clich&ecirc;s da literatura&nbsp;universal que, certamente, a maioria conhece.
<h2>1. &ldquo;E viveram felizes para sempre&rdquo;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29224809963002.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
&ldquo;E viveram felizes para sempre&rdquo; e &ldquo;e foram felizes para sempre&rdquo;, al&eacute;m de suas varia&ccedil;&otilde;es, s&atilde;o marcas registradas da literatura &mdash; e dos clich&ecirc;s liter&aacute;rios. Seu significado &eacute; &oacute;bvio, a felicidade eterna a partir daquele instante. O desejo desse fim n&atilde;o saiu de moda, ao contr&aacute;rio da frase, que hoje &eacute; vista como piegas e infantil.
O respons&aacute;vel por populariz&aacute;-la foi a tradu&ccedil;&atilde;o para o ingl&ecirc;s de O Decamer&atilde;o&nbsp;do poeta italiano Giovanni <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113880-5-pessoas-que-produziram-seus-melhores-trabalhos-durante-uma-quarentena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Boccaccio</a>&nbsp;(1313-1375). Se entendida como sin&ocirc;nimo de amor e felicidade sem fim, ela n&atilde;o foi uma express&atilde;o que surgiu com tal significado, j&aacute; que, originalmente, fazia refer&ecirc;ncia ao c&eacute;u, ou seja, desfrutar a eternidade.
<h2>2. &ldquo;Mal eles sabiam&rdquo;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29225009872003.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Seja dito pelo protagonista, seja proferido pelo narrador para o leitor, esta frase clich&ecirc; da literatura universal indica que algo est&aacute; prestes a acontecer. De uso recorrente, em especial nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119652-13-livros-ou-contos-de-arrepiar-para-voce-curtir-nesta-sexta-feira-13.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romances g&oacute;ticos</a> ingleses do s&eacute;culo XIX como estrat&eacute;gia para revelar alguns detalhes improv&aacute;veis da trama, essa frase passou a atuar como um anticl&iacute;max, ou seja, quebrava a tens&atilde;o ao entregar que o leitor deveria se preparar para algo importante.
A primeira obra a utiliz&aacute;-la ainda &eacute; incerta, mas voc&ecirc; a encontra desde livros de Ellen Wood (1814-1877)&nbsp;e Ann Marsh-Caldwell (1791-1874), no in&iacute;cio da segunda metade do s&eacute;culo XIX, at&eacute; em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116353-enola-e-sherlock-holmes-nao-sao-reais-internet-descobre-a-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arthur Conan Doyle</a>&nbsp;(1859-1930), j&aacute; pr&oacute;ximo ao s&eacute;culo XX.
<h2>3. &ldquo;Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o&rdquo;&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29225128842004.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)&nbsp;" />(Fonte: Unsplash)&nbsp;
Nada est&aacute; t&atilde;o ruim que n&atilde;o possa piorar, correto? Na literatura h&aacute; uma frase clich&ecirc; que leva isso ao p&eacute; da letra: &ldquo;para piorar a situa&ccedil;&atilde;o&rdquo; tem uma origem bem antiga, creditada a duas pessoas, j&aacute; que pesquisadores apontam as f&aacute;bulas contadas por Esopo, escritor da &eacute;poca da Gr&eacute;cia Antiga, e o escritor romano Fedro.
Na literatura, foi entrar para a biblioteca de clich&ecirc;s liter&aacute;rios em meados do s&eacute;culo XVIII, utilizada tanto como recurso para adicionar esc&aacute;rnio &agrave; situa&ccedil;&atilde;o, como uma esp&eacute;cie de abertura para incluir a &ldquo;moral da hist&oacute;ria&rdquo;.
<h2>4. &ldquo;Era uma noite escura e chuvosa&rdquo;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29225248421005.jpg" alt="(Fonte: Unsplash" />(Fonte: Unsplash)
Noites muito escuras e de chuvas tempestuosas parecem o in&iacute;cio de um enredo de filme de terror bem clich&ecirc;, mas antes disso foi um clich&ecirc; liter&aacute;rio com origem no romance policial Paul Clifford, do ingl&ecirc;s Edward Bulwer-Lytton(1803-1873), publicado em 1830. Mais precisamente a frase &ldquo;Era uma noite escura e chuvosa&rdquo;.
Hoje, tanto na literatura quanto no cinema de horror, esta &eacute; considerada uma frase clich&ecirc;, a ponto de ter inspirado a cria&ccedil;&atilde;o do Concurso de Fic&ccedil;&atilde;o Bulwer-Lytton, realizado pelo Departamento de Ingl&ecirc;s da San Jose State University, na Calif&oacute;rnia, em que os competidores s&atilde;o instigados a criar a pior frase poss&iacute;vel para iniciar um romance. Na cultura popular, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116385-parabens-snoopy-o-caozinho-mais-famoso-dos-quadrinhos-completa-70-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Snoopy</a> ficou marcado por estar em sua m&aacute;quina de datilografar digitando a frase em muitas de suas historinhas.
<h2>5. &ldquo;Para ser honesto&rdquo;</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://1.bp.blogspot.com/-sDrIyffSOUo/XVvxBkdapZI/AAAAAAAAgaU/gYhQgIl0w1YQDosxK2Dr_j49s8-8rDKjACLcBGAs/s1600/verdade-veritas-aletheia-emunah.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29225358672006.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111885-conheca-5-escritores-que-escreviam-de-pe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Dickens</a>&nbsp;(1812-1870)&nbsp;foi um dos principais romancistas ingleses da era vitoriana e respons&aacute;vel por criar muitas frases e termos popularizados na literatura universal. Uma de suas obras,&nbsp;A Casa Soturna, tem um personagem que pronunciava &ldquo;para ser honesto&rdquo; de maneira recorrente que at&eacute; acabou entrando no vocabul&aacute;rio popular.
&ldquo;Para ser honesto&rdquo; passou de uma frase que representava o personagem Sr. Snagsby, para um clich&ecirc; da literatura universal evitado sempre que poss&iacute;vel.&nbsp;
<h2>6. &ldquo;Era uma vez&rdquo;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/29/29225604063008.jpg" alt="(Fonte: Soul Traveler/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Soul Traveler/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Essa &eacute; certamente a frase mais clich&ecirc; da literatura universal, mas tamb&eacute;m a mais ic&ocirc;nica e, consequentemente, a mais famosa. Voc&ecirc; deve se recordar de muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119412-3-contos-de-fadas-nao-tao-conhecidos-pelo-publico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contos de fada</a> da Disney que iniciam desta forma, mas sua origem remonta ao s&eacute;culo XIV e &agrave;s can&ccedil;&otilde;es de gesta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/69820-10-mentiras-sobre-a-idade-media-que-os-livros-e-filmes-nos-ensinaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">literatura medieval</a>, escritas em franc&ecirc;s antigo, da &eacute;poca conhecida como Ciclo Carol&iacute;ngio.
Estas hist&oacute;rias narravam as aventuras de Carlos Magno, Rei dos Lombardos e Rei dos Francos, e d'Os Doze Pares da Fran&ccedil;a. Dali em diante, &ldquo;Era uma vez&rdquo; fez parte do in&iacute;cio de muitas narrativas orais e escritas elaboradas desde 1600. Pode at&eacute; ser uma frase clich&ecirc; da literatura universal, mas imaginamos que em algum canto ela guarde uma mem&oacute;ria afetiva em voc&ecirc;, caro leitor.

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A origem de 6 clichês da literatura universal

Imagem de Rubaiyat: o rastro de morte que acompanha o livro de Omar Caiam no megacurioso

Omar Caiam (1048-1131) foi um poeta persa que viveu entre os s&eacute;culos XI e XII, respons&aacute;vel por um dos conjuntos de poesias mais not&oacute;rios de todos os tempos: Rubaiyat, traduzido e publicado pelo poeta ingl&ecirc;s Edward Fitzgerald (1809-1883) em meados de 1859.
Em persa, rubai pode ser traduzido como &ldquo;quadra&rdquo; ou &ldquo;estrofe&rdquo;, sendo seu plural&nbsp;rubaiyat, que lembra aquelas velhas quadrinhas da l&iacute;ngua portuguesa, como &ldquo;batatinha quando nasce&rdquo;.
Uma das obras preferidas de figuras not&oacute;rias da literatura mundial, como Oscar Wilde, as poesias refletem a import&acirc;ncia de viver o momento e debate como Caiam n&atilde;o consegue se obrigar a acreditar em uma vida ap&oacute;s a morte, ent&atilde;o ele se sente impotente contra a "m&atilde;o do destino".
<h2 class="uk-text-justify">O livro de ouro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11105602355001.jpg" alt="(Fonte: The University of Texas/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The University of Texas/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Antes de os livros serem produzidos em larga escala, o processo de encaderna&ccedil;&atilde;o visava apenas proteger as p&aacute;ginas de uma obra quando o mundo come&ccedil;ou a se afastar dos pergaminhos.
At&eacute; hoje muito valorizada, a capa de um livro era vista como uma tela onde todos os tipos de artistas poderiam mostrar seu trabalho: entalhando, adicionando joias, bordados, couro ou at&eacute; mesmo revestindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/105980-satanistas-canibais-um-dia-foi-normal-encadernar-livros-com-pele-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com pele humana</a>. Logo, o que tornava um livro ainda mais caro n&atilde;o era a preciosidade de seu conte&uacute;do, mas sua apar&ecirc;ncia.
Em 1901, surgiu a empresa Sangorski &amp; Sutcliffe, em Londres, especializada em encaderna&ccedil;&otilde;es e at&eacute; hoje considerada uma das mais importantes no ramo durante o s&eacute;culo XX, famosa por suas edi&ccedil;&otilde;es de luxo cobertas com pedrarias e ouro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11105752215002.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando Frances Sangorski recebeu o trabalho da livraria e antiqu&aacute;rio Henry Sotheran's uma edi&ccedil;&atilde;o impec&aacute;vel de Rubaiyat para transform&aacute;-lo no maior exemplo de encaderna&ccedil;&atilde;o que o mundo j&aacute; viu, ela levou o pedido bem a s&eacute;rio.
A encadernadora cobriu a lombada do livro com mais de mil pedras preciosas, incluindo rubis e turquesas, al&eacute;m de um revestimento em couro verde real e 600 folhas de ouro verdadeiro. Um lado da capa apresentava tr&ecirc;s pav&otilde;es, e o outro um bouzouki grego dourado (um instrumento musical de cordas).
Na Europa Oriental, o pav&atilde;o sempre foi s&iacute;mbolo de mau press&aacute;gio, visto que suas penas foram usadas por invasores no s&eacute;culo XIII, e algumas pessoas ainda acreditam que manter uma delas em casa &eacute; sin&ocirc;nimo de azar, mas Sangorski n&atilde;o podia imaginar nada disso.
<h2 class="uk-text-justify">A suposta maldi&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11105852512003.jpg" alt="(Fonte: Propereplet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Propereplet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s 2 anos de trabalho, Sangorski entregou sua vers&atilde;o de Rubaiyat para Sotheran's, que ficou conhecida como O Grande Omar, uma pe&ccedil;a rara da literatura mundial. Os acontecimentos estranhos come&ccedil;aram a acontecer quando o livro foi colocado em um navio para Nova York, rumo ao seu comprador, que o levaria por mil euros.
No entanto, a alf&acirc;ndega dos Estados Unidos (EUA) queria uma taxa t&atilde;o cara que a Sotheran's se recusou a pagar e pediu que o livro fosse enviado de volta para a Inglaterra. A obra acabou em um leil&atilde;o quando a economia parou devido &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119402-a-greve-de-carvao-de-1902-mudou-a-historia-dos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">greve do carv&atilde;o</a>, sendo vendido por menos da metade do pre&ccedil;o que a Sotheran's esperava.
O novo dono tamb&eacute;m tentou enviar o livro para Nova York, mas n&atilde;o conseguiu coloc&aacute;-lo na primeira viagem de sua escolha, ent&atilde;o optou pela viagem inaugural de um gigante dos mares: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118440-como-o-tamanho-do-titanic-contribuiu-para-que-o-navio-afundasse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a>.
Em 14 de abril de 1912, o Grande Omar de Sangorski se desfez nas &aacute;guas do Atl&acirc;ntico Norte em meio a vida de 1,5 mil viajantes que estavam no transatl&acirc;ntico. Ironia ou n&atilde;o, Sangorski teve o mesmo fim 2 semanas ap&oacute;s o naufr&aacute;gio, quando pulou na &aacute;gua para salvar uma mulher que estava se afogando, embora n&atilde;o soubesse nadar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/11/11110007888004.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Inconformado com a morte da companheira e determinado a continuar o legado dela, seu s&oacute;cio, George Sutcliffe, come&ccedil;ou a criar uma segunda vers&atilde;o do Rubaiyat, mesmo que n&atilde;o t&atilde;o ricamente decorado como a primeira. Com a entrada do Reino Unido na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, o livro foi colocado no cofre de um banco londrino com outras obras, mas acabou sendo destru&iacute;do durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118612-a-blitz-de-belfast-o-bombardeio-destrutivo-feito-pelos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Blitz alem&atilde;</a>.
Em seguida, Sutcliffe sofreu um derrame e, antes de morrer, passou sua empresa para Stanley Bray, seu sobrinho. Ignorando a sombra que o livro parecia lan&ccedil;ar sobre a vida de todos, ele confeccionou uma terceira vers&atilde;o da obra.
Assim que ficou pronta, em 1989, Bray morreu abruptamente. O Grande Omar foi doado para a Biblioteca Brit&acirc;nica, onde permanece at&eacute; hoje. E, a t&iacute;tulo de curiosidade, o pav&atilde;o que acompanhava a primeira vers&atilde;o da obra &mdash; e que sempre foi considerado um s&iacute;mbolo de agouro &mdash; foi colocado em todas as outras.

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Rubaiyat: o rastro de morte que acompanha o livro de Omar Caiam

Imagem de Branca de Neve: a verdadeira inspiração para o conto de fadas no megacurioso

Baronesa alemã teria sido inspiração para o conto que deu origem ao filme da Disney

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu aquele ditado que diz: &ldquo;quem conta um conto, aumenta um ponto&rdquo;? Essa frase nos lembra que cada pessoa que nos conta algo, ainda que seja a mesma coisa, vai aumentar um pouquinho a narrativa &mdash; e isso tem tudo a ver com a hist&oacute;ria da Branca de Neve, ou melhor, com a hist&oacute;ria de Maria Sophia von Erthal, essa sim algu&eacute;m que realmente existiu.
Historiadores acreditam que a vida dessa baronesa alem&atilde; serviu de inspira&ccedil;&atilde;o para o conto de fadas Schneewittchen (Branca de Neve em alem&atilde;o), dos irm&atilde;os Grimm, publicado em 1812.
Como sabemos, esse conto serviu de base para o filme Branca de Neve e os Sete An&otilde;es, da Disney. Portanto, essa hist&oacute;ria tem, no m&iacute;nimo, tr&ecirc;s vers&otilde;es: a dos irm&atilde;os Grimm, a da Disney e a biografia de Maria Sophia von Erthal &mdash; e chegou a hora de descobrir as curiosidades sobre essas tr&ecirc;s hist&oacute;rias.
<h2>Como viveu a verdadeira Branca de Neve?</h2>
Maria Sophia von Erthal era uma baronesa, portanto, gozava dos privil&eacute;gios da nobreza da Baviera. Contudo, assim como nos contos de fadas, isso n&atilde;o foi garantia de felicidade.
O pai dela, o nobre Philipp Christoph von Erthal, casou-se pela segunda vez ap&oacute;s a morte de sua esposa, a m&atilde;e de Maria Sophia. Na &eacute;poca, ela tinha apenas 12 anos. &nbsp;
A madrasta da mo&ccedil;a tinha personalidade forte e privilegiava seus filhos biol&oacute;gicos no dia a dia. &Eacute; dif&iacute;cil dizer o quanto isso pode ter causado sofrimento &agrave; jovem baronesa, mas quando imaginamos os conflitos gerados por essa conviv&ecirc;ncia turbulenta, podemos supor que seus dias n&atilde;o foram f&aacute;ceis.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/12/12171959269021.jpg" alt="Ao contr&aacute;rio da princesa da Disney, a verdadeira " branca="" de="" neve="" n="" o="" teve="" um="" pr="" ncipe="" encantado="" imagem:="" reprodu="" />Ao contr&aacute;rio da princesa da Disney, a verdadeira &ldquo;Branca de Neve&rdquo; n&atilde;o teve um pr&iacute;ncipe encantado. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Se a juventude dela n&atilde;o foi feliz, a vida adulta tamb&eacute;m parece ter sido melanc&oacute;lica. Maria Sophia morreu aos 71 anos, cega, longe do luxo da nobreza. Ela se dedicou &agrave; vida religiosa, tornando-se freira. Portanto, n&atilde;o teve um final feliz com o seu &ldquo;pr&iacute;ncipe encantado&rdquo;.
Ainda de acordo com pesquisadores, ela era uma mo&ccedil;a bondosa, que sempre ajudou as crian&ccedil;as que trabalhavam no castelo &mdash; e que devido ao &aacute;rduo trabalho, tinham uma apar&ecirc;ncia envelhecida.
<h2>A vers&atilde;o dos irm&atilde;os Grimm</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/12/12163656836004.jpg" alt="Os Irm&atilde;os Grimm publicaram diversos " contos="" de="" fadas="" incluindo="" a="" est="" ria="" da="" branca="" neve="" por="" hermann="" biow="" dom="" nio="" p="" blico="" />Os Irm&atilde;os Grimm publicaram diversos &ldquo;contos de fadas&rdquo;, incluindo a est&oacute;ria da Branca de Neve. (Fonte: Hermann Biow/Dom&iacute;nio p&uacute;blico)
A caracter&iacute;stica das crian&ccedil;as que conviviam com Maria Sophia pode ter dado origem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104258-voce-sabe-o-nome-dos-7-anoes-da-branca-de-neve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aos an&otilde;es mineradores do conto</a> &mdash; at&eacute; porque, crian&ccedil;as pobres trabalhavam na mina pr&oacute;xima &agrave; regi&atilde;o do castelo.
O &ldquo;espelho m&aacute;gico&rdquo; da hist&oacute;ria pode ter sido incorporado ao conto porque a fam&iacute;lia de Maria Sophia produzia espelhos.
Pr&oacute;ximo ao castelo tamb&eacute;m existia uma floresta, famosa por ser o esconderijo de ladr&otilde;es, o que pode ter ajudado a criar a floresta assombrada na qual Branca de Neve &eacute; perseguida pelo ca&ccedil;ador.
Na vers&atilde;o dos irm&atilde;os Grimm, a madrasta tenta matar Branca de Neve tr&ecirc;s vezes, na &uacute;ltima usando a ma&ccedil;&atilde; envenenada. Nessa hist&oacute;ria, ela &eacute; salva quando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119720-5-principes-da-disney-com-a-ficha-suja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pr&iacute;ncipe</a> decide levar o caix&atilde;o para fora da casa. Esse movimento faz com que ela cuspa a ma&ccedil;&atilde; e se salve.
Depois, ela e o pr&iacute;ncipe se casam, mesmo ela sendo uma crian&ccedil;a e o pr&iacute;ncipe, provavelmente, um adolescente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/12/12171246159020.jpg" alt="Na hist&oacute;ria original, a bruxa tem morte tr&aacute;gica. Imagem: Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Na hist&oacute;ria original, a bruxa tem morte tr&aacute;gica.&nbsp;
A madrasta decide ir ao casamento e os an&otilde;es aproveitam a situa&ccedil;&atilde;o para obrig&aacute;-la a cal&ccedil;ar um sapato de ferro em brasa. Ela &eacute; for&ccedil;ada a dan&ccedil;ar at&eacute; a morte &mdash; e esse &eacute; o &ldquo;final feliz&rdquo;.
<h2>Branca de Neve: a vers&atilde;o da Disney</h2>
Por ser uma hist&oacute;ria infantil, o longa retirou todas as pol&ecirc;micas e crueldades da obra alem&atilde;. Ao mesmo tempo, a princesa da Disney teve um final bem mais feliz do que a baronesa Maria Sophia.
Esse filme foi um marco para a hist&oacute;ria do cinema, pois foi o primeiro longa de anima&ccedil;&atilde;o colorido.

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Branca de Neve: a verdadeira inspiração para o conto de fadas

Imagem de Como usar "este" ou "esse" / "isto" ou "isso"? no megacurioso

O emprego desses demonstrativos é pura 'decoreba'

Os pronomes demonstrativos indicam a posi&ccedil;&atilde;o espacial de um elemento em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pessoa que fala ou &agrave; que ouve e servem para situar elementos no espa&ccedil;o, no tempo ou no pr&oacute;prio discurso. Eles s&atilde;o vari&aacute;veis em g&ecirc;nero e n&uacute;mero.
Os pronomes "este"&nbsp;(e suas varia&ccedil;&otilde;es: estes, esta, estas) e "isto"&nbsp;s&atilde;o usados para mencionar algo que est&aacute; junto ou perto de quem fala. Veja alguns exemplos a seguir.
<ul class="uk-text-justify">
<li>Este&nbsp;cachorro no meu colo est&aacute; doente.</li>
<li>Eu tenho que guardar isto&nbsp;no quarto ao lado.</li>
</ul>
Al&eacute;m disso, o "este"&nbsp;serve para mencionar o tempo presente em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pessoa que fala, como nos seguintes casos:
<ul class="uk-text-justify">
<li>Vou tirar minha carteira de motorista este&nbsp;m&ecirc;s.</li>
<li>Foi em uma noite como esta&nbsp;que nos conhecemos.</li>
</ul>
O pronome "este"&nbsp;&eacute; usado tamb&eacute;m para indicar algo que ainda ser&aacute; citado em um&nbsp;discurso, por exemplo:
<ul class="uk-text-justify">
<li>Esta&nbsp;&eacute; sua &uacute;nica tarefa: acompanhar os visitantes pelo parque.</li>
<li>Eu geralmente tenho este&nbsp;pensamento: tudo sempre vai dar certo.</li>
</ul>
J&aacute; "esse"&nbsp;(e suas varia&ccedil;&otilde;es: esses, essa, essas) e "isso"&nbsp;s&atilde;o usados para fazer men&ccedil;&atilde;o a algo que est&aacute; junto ou perto da pessoa a quem se fala,&nbsp;como nestas situa&ccedil;&otilde;es:
<ul class="uk-text-justify">
<li>Guarde na mochila todos esses&nbsp;livros que est&atilde;o ao seu lado.</li>
<li>Cuidado com essa&nbsp;tinta no ch&atilde;o! &Eacute; melhor entrar por outra porta.</li>
</ul>
Usamos "esse"&nbsp;tamb&eacute;m para tratar do tempo passado&nbsp;ou de algo que j&aacute; foi mencionado. Observe as ocorr&ecirc;ncias a seguir.
<ul class="uk-text-justify">
<li>Eu nasci em 2000. Nesse&nbsp;ano, muita coisa aconteceu no Brasil.</li>
<li>Uma mulher presidenta da rep&uacute;blica: isso&nbsp;sim &eacute; digno de comemora&ccedil;&atilde;o.</li>
</ul>
Saiba mais!
Em uma frase, usamos este&nbsp;(esta) para mencionar o substantivo mais pr&oacute;ximo e aquele&nbsp;(aquela) para falar do mais afastado, como nestes exemplos:
<ul class="uk-text-justify">
<li>&Eacute; necess&aacute;rio ter em m&atilde;os documento com foto e t&iacute;quete: este&nbsp;ser&aacute; entregue ao motorista, aquele&nbsp;deve ser apresentado no embarque.</li>
<li>O verbo "haver"&nbsp;&eacute; sin&ocirc;nimo de existir, mas este&nbsp;varia em n&uacute;mero e aquele&nbsp;permanece invari&aacute;vel.</li>
</ul>
***
Mariana Bordignon S. de Souza, colunista semanal do Mega Curioso, &eacute; formada em Letras-Portugu&ecirc;s, p&oacute;s-graduada em Doc&ecirc;ncia Universit&aacute;ria e especialista em Gest&atilde;o de Projetos. Est&aacute; envolvida com o mercado editorial h&aacute; mais de 10 anos.

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Como usar 'este' ou 'esse' e 'isto' ou 'isso'?

Imagem de Os Beatles quase participaram da trilogia de O Senhor dos Anéis no megacurioso

A banda estava empolgada pelo projeto, mas Tolkien não autorizou a adaptação

Com uma carreira que durou somente uma d&eacute;cada, entre 1960 e 1970 os Beatles deixaram uma discografia longa, plural e hist&oacute;rica, composta de 13 &aacute;lbuns de est&uacute;dio, al&eacute;m de longas-metragens de fic&ccedil;&atilde;o e incont&aacute;veis horas de registros documentais. Por&eacute;m, John, Paul, George e Ringo tamb&eacute;m deixaram v&aacute;rios projetos engavetados, alguns deles sem nem chegar a passar do campo das ideias.&nbsp;
Um dos projetos mais famosos seria uma adapta&ccedil;&atilde;o do cl&aacute;ssico&nbsp;O Senhor dos An&eacute;is, obra liter&aacute;ria de sucesso do escritor <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/42343-conheca-a-historia-do-anel-que-pode-ter-inspirado-tolkien.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J.R.R. Tolkien</a>, mas que, como bem sabemos, n&atilde;o aconteceu.
<h2>Uma ideia preciosa</h2>
Em 1968, o cineasta Denis O'Dell produziu Um Beatle no Para&iacute;so, filme de com&eacute;dia estrelando Peter Sellers e o baterista dos Beatles, Ringo Starr. Animado em trabalhar com um Beatle e querendo adaptar a j&aacute; bem-sucedida trilogia de fantasia, ele enviou uma c&oacute;pia de O Senhor dos An&eacute;is aos m&uacute;sicos, que naquele per&iacute;odo estavam em um retiro espiritual na &Iacute;ndia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30092946817034.jpg" alt="Os Beatles na &Iacute;ndia (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Os Beatles na &Iacute;ndia.&nbsp;
Aqui, os relatos come&ccedil;am a ficar difusos: aparentemente, apenas Ringo n&atilde;o leu o &eacute;pico liter&aacute;rio, enquanto os demais gostaram da obra e ficaram empolgados em participar de uma eventual adapta&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
Embora isso nunca tenha sido sequer ensaiado, os quatro teriam pap&eacute;is de destaque: Paul seria Frodo e dividiria o protagonismo com Ringo, escalado como Sam. George Harrison seria o mago Gandalf, enquanto John Lennon viveria Gollum.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30093157552035.jpg" alt="Ringo e Sellers. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Ringo e Sellers.&nbsp;
Para dirigir um projeto t&atilde;o ousado, Stanley Kubrick (diretor de cl&aacute;ssicos como&nbsp;2001: Uma Odisseia no Espa&ccedil;o, Laranja Mec&acirc;nica&nbsp;e O Iluminado) chegou a ser considerado.
<h2>Uma jornada inesperada</h2>
A ideia parece maluca e, por d&eacute;cadas, foi tratada quase como uma lenda urbana. Entretanto, o projeto de fato existiu, descartado ainda em fases bastante iniciais de negocia&ccedil;&atilde;o.
Quem confirma isso &eacute; Peter Jackson, que tem uma conex&atilde;o com os dois lados: ele n&atilde;o apenas dirigiu os filmes da trilogia que conhecemos, como tamb&eacute;m restaurou materiais da banda para Get Back, um document&aacute;rio em tr&ecirc;s partes exibido pela Disney+ que mostra alguns dos &uacute;ltimos ensaios da banda antes da dissolu&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30093433943036.jpg" alt="Peter Jackson, j&aacute; como diretor da trilogia, ao lado de Hugo Weaving (Elrond) e Ian McKellen (Gandalf). (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Peter Jackson, j&aacute; como diretor da trilogia, ao lado de Hugo Weaving (Elrond) e Ian McKellen (Gandalf).&nbsp;
Em entrevista para a BBC, Jackson conta que conversou bastante com Paul e Ringo durante a remasteriza&ccedil;&atilde;o dos materiais para entender exatamente o que aconteceu com a adapta&ccedil;&atilde;o, que acabou em suas m&atilde;os d&eacute;cadas depois.
&ldquo;No fim das contas, eles n&atilde;o conseguiram os direitos do Tolkien, porque ele n&atilde;o gostou da ideia de um grupo de m&uacute;sica fazendo a hist&oacute;ria. Ent&atilde;o, foi rejeitado por ele. Eles tentaram fazer, n&atilde;o h&aacute; d&uacute;vidas sobre isso. Por algum momento no tempo, eles estavam seriamente contemplando a ideia de fazer isso no come&ccedil;o de 1968&rdquo;, explica o diretor. Dois anos depois, a banda anunciou a separa&ccedil;&atilde;o.
O cineasta ainda conta que os sentimentos s&atilde;o mistos: apesar de lamentar que um projeto que envolveria a atua&ccedil;&atilde;o e possivelmente trilha sonora do quarteto de Liverpool nunca tenha visto a luz do dia, Jackson celebra que a adapta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tenha ocorrido e que ele tenha virado o diretor da premiada trilogia e, posteriormente,&nbsp;O Hobbit.&nbsp;
Atualmente, uma s&eacute;rie baseada no universo de Tolkien <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106460-serie-de-o-senhor-dos-aneis-custara-cerca-de-us-500-milhoes-a-amazon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">est&aacute; em produ&ccedil;&atilde;o pela Amazon</a> &mdash; sem contar a curiosa adapta&ccedil;&atilde;o sovi&eacute;tica <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/215025-senhor-aneis-adaptacao-sovietica-disponivel-youtube.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que foi recentemente descoberta e publicada no YouTube</a>.

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Os Beatles quase participaram da trilogia de O Senhor dos Anéis

Imagem de Como é uma redação nota 1000 no Enem? no megacurioso

Entenda quais são os pontos fundamentais que devem aparecer na elaboração do texto para impressionar os avaliadores e também o que deve ser evitado

Com a chegada do Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio (Enem) 2021, organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os estudantes devem estar atentos para alguns pontos cr&iacute;ticos que determinam um bom desempenho na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120472-enem-o-que-a-prova-significa-para-a-populacao-mais-pobre-do-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prova</a>, principalmente na reda&ccedil;&atilde;o.
Para que um aluno consiga alcan&ccedil;ar a t&atilde;o sonhada nota 1000 em seu texto, &eacute; preciso saber quais ser&atilde;o os principais crit&eacute;rios observados pelos avaliadores e como segui-los corretamente. Por isso, n&oacute;s criamos um artigo para te lembrar a respeito do que deve e o que n&atilde;o deve aparecer na sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120460-redacao-enem-2021-afinal-o-que-e-invisibilidade-e-registro-civil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">reda&ccedil;&atilde;o</a>!
<h2>Introdu&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26184803282718.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Assim como em qualquer texto, a introdu&ccedil;&atilde;o &eacute; um dos aspectos fundamentais para despertar a aten&ccedil;&atilde;o do leitor. Mas o que deve aparecer nesses primeiros par&aacute;grafos? Nesta parte, lembre-se de apresentar a sua vis&atilde;o sobre o tema proposto e tamb&eacute;m sobre os textos motivadores.
&Eacute; importante que o aluno apresente um posicionamento a respeito do tema, desde que tudo seja feito de maneira breve, objetiva e bem contextualizada. Uma boa introdu&ccedil;&atilde;o costuma unir o tema de debate com a vis&atilde;o de mundo do candidato.
<h2>Argumenta&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26184805860719.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Ap&oacute;s a sua introdu&ccedil;&atilde;o, voc&ecirc; ter&aacute; mais alguns par&aacute;grafos para defender o seu ponto de vista em rela&ccedil;&atilde;o ao tema proposto. O corpo do texto funciona como o cora&ccedil;&atilde;o para qualquer disserta&ccedil;&atilde;o e deve ser levado com muita seriedade, dado que seus argumentos s&oacute; ser&atilde;o levados a s&eacute;rio se tiverem embasados em dados e an&aacute;lises que sustentem a sua opini&atilde;o.
Esse tamb&eacute;m &eacute; o momento para o aluno apresentar o seu repert&oacute;rio sociocultural a respeito de determinado assunto, apresentando informa&ccedil;&otilde;es que provavelmente n&atilde;o est&atilde;o embutidas nos textos de apoio. Por isso, &eacute; importante que o estudante esteja antenado nos acontecimentos recentes ao redor do mundo para poder defender sua tese com maior propriedade.
<h2>Textos motivadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26184809829720.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Os textos motivadores est&atilde;o presentes no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120472-enem-o-que-a-prova-significa-para-a-populacao-mais-pobre-do-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enem</a> para servirem como norteadores para a sua reda&ccedil;&atilde;o. Por isso, n&atilde;o &eacute; preciso ter medo de us&aacute;-los ao seu favor. Apesar de muitos alunos acharem ser considerado pl&aacute;gio aproveitar dados dos textos de apoio, isso n&atilde;o &eacute; um problema se for devidamente creditado.
Por&eacute;m, vale ressaltar que qualquer apropria&ccedil;&atilde;o de an&aacute;lise como se fosse uma opini&atilde;o pr&oacute;pria acabar&aacute; resultando na anula&ccedil;&atilde;o da reda&ccedil;&atilde;o.
<h2>Conclus&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/26/26184813876721.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Caso voc&ecirc; tenha utilizado as dicas apontadas at&eacute; aqui e n&atilde;o fugido do tema da reda&ccedil;&atilde;o ao longo dos par&aacute;grafos, voc&ecirc; precisar&aacute; de uma boa proposta de interven&ccedil;&atilde;o para finalizar o seu texto com chave de ouro. E o que isso significa? Toda reda&ccedil;&atilde;o do Enem precisa acabar reunindo todos os problemas discutidos ao longo da argumenta&ccedil;&atilde;o e apresentar uma proposta para mudar o cen&aacute;rio para melhor.
Uma proposta de interven&ccedil;&atilde;o n&atilde;o significa uma solu&ccedil;&atilde;o para o assunto, mas sim uma sugest&atilde;o para criar transforma&ccedil;&otilde;es. Toda conclus&atilde;o precisa respeitar os direitos humanos e incluir os seguintes aspectos:
<ul>
<li>Quem ser&aacute; respons&aacute;vel por resolver o problema.</li>
<li>O que deve ser proposto para combater o dilema.</li>
<li>Como a a&ccedil;&atilde;o ser&aacute; colocada em pr&aacute;tica.</li>
<li>Qual o objetivo da a&ccedil;&atilde;o.</li>
<li>Apresenta&ccedil;&atilde;o de uma justificativa que resuma todos os pontos anteriores.</li>
</ul>
Ao fim desse passo a passo, o aluno ter&aacute; em m&atilde;os um texto digno de nota 1000 ou de pelo menos um desempenho muito gratificante.

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