Imagem de Por que centenas de mineradores invadiram o rio Madeira? no megacurioso

Facilidade para vender ouro ilegal incentiva o garimpo 

Uma opera&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Federal (PF) no estado do Amazonas t&ecirc;m afugentado centenas de garimpeiros ilegais que viajaram ao estado em busca de ouro. A maioria dos garimpeiros estava atracado no munic&iacute;pio de Autazes, a apenas 113 km da capital do estado, Manaus.
No m&ecirc;s de novembro, fotos e v&iacute;deos come&ccedil;aram a circular na internet mostrando centenas de balsas minerando ilegalmente no rio Madeira. As fotos foram divulgadas por ambientalistas da organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Greenpeace. A entidade monitora crimes ambientais na regi&atilde;o h&aacute; anos.
<h2>Garimpeiros fogem para n&atilde;o enfrentarem a Justi&ccedil;a</h2>
Devido &agrave; repercuss&atilde;o negativa do fato, o vice-presidente Hamilton Mour&atilde;o afirmou em nota que a Marinha e a Pol&iacute;cia Federal realizariam opera&ccedil;&otilde;es na regi&atilde;o do rio Madeira para desestimular o garimpo.
Ambientalistas do Greenpeace, tamb&eacute;m em nota publicada no site oficial, questionaram a divulga&ccedil;&atilde;o dessa informa&ccedil;&atilde;o, pois, segundo a ONG, teriam ajudado os garimpeiros a fugirem antes das autoridades chegarem, impedindo-os de serem levados &agrave; Justi&ccedil;a.
<h2>Uma nova corrida do ouro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07144519797388.jpg" alt="O pre&ccedil;o da grama do ouro aumentou 48% no mercado americano. (Fonte: Shutterstock)" />O pre&ccedil;o da grama do ouro aumentou 48% no mercado americano. (Fonte: Shutterstock)
V&aacute;rios fatores t&ecirc;m contribu&iacute;do para o aumento do garimpo ilegal no Brasil: o pre&ccedil;o da grama do ouro aumentou quase 50% desde 2018. Al&eacute;m disso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118961-de-onde-vem-todo-o-ouro-do-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vender ouro</a> garimpado ilegalmente &eacute; relativamente f&aacute;cil.
Existem diversas empresas que compram ouro de forma legal. Para vend&ecirc;-lo, o indiv&iacute;duo precisa contar a origem do min&eacute;rio. Se ele disser que a origem &eacute; legal, vinda de um garimpo autorizado, a empresa pode comprar e revender o produto, inclusive exportando-o, visto que a palavra do vendedor j&aacute; &eacute; suficiente para confirmar a legalidade da origem do metal.
Al&eacute;m disso, as falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) s&atilde;o recebidas pelos garimpeiros como um aceno &agrave; atividade mineradora, que j&aacute; disse diversas vezes que o garimpo &eacute; um de seus hobbies. Bolsonaro tamb&eacute;m j&aacute; chegou a defender minera&ccedil;&atilde;o em florestas e terras <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118060-ultimo-anciao-de-tribo-no-amazonas-aruka-juma-morre-de-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ind&iacute;genas</a>, o que causa revolta em ambientalistas e moradores dessas regi&otilde;es devido &agrave; contamina&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas por merc&uacute;rio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07144219406383.jpg" alt="(Fonte: Folhapress)" />(Fonte: Folhapress)
De acordo com um estudo divulgado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), houve uma queda significativa no n&uacute;mero de multas ambientais aplicadas pelo&nbsp;Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov&aacute;veis (Ibama). A m&eacute;dia anual de multas caiu 43,5% nos anos de 2019 e 2020, quando comparada &agrave; m&eacute;dia de anos anteriores.
Esse fato tamb&eacute;m pode contribuir para o aumento do garimpo ilegal no rio Madeira, j&aacute; que a fiscaliza&ccedil;&atilde;o das atividades realizadas nele &eacute; de responsabilidade do governo federal, visto que se trata de um rio com divisa entre estados.
<h2>Os riscos da minera&ccedil;&atilde;o no rio Madeira</h2>
A minera&ccedil;&atilde;o no leito do rio Madeira exige a presen&ccedil;a de mergulhadores. Esses indiv&iacute;duos derrubam os barrancos do rio e sugam essa terra usando bombas de suc&ccedil;&atilde;o. Essa terra, ent&atilde;o, vai para esteiras nas balsas onde o ouro &eacute; separado de res&iacute;duos. Acontece que n&atilde;o s&atilde;o raros os casos em que os mergulhadores s&atilde;o soterrados embaixo da &aacute;gua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/07/07144523109389.jpg" alt="Contamina&ccedil;&atilde;o por merc&uacute;rio pode inviabilizar a pesca, atividade fundamental para o sustento dos moradores da regi&atilde;o. (Fonte: Shutterstock)" />Contamina&ccedil;&atilde;o por merc&uacute;rio pode inviabilizar a pesca, atividade fundamental para o sustento dos moradores da regi&atilde;o. (Fonte: Shutterstock)
Para aqueles que sobrevivem, h&aacute; o risco de contamina&ccedil;&atilde;o por merc&uacute;rio &mdash; o elemento &eacute; necess&aacute;rio para separar o ouro das impurezas. Al&eacute;m de contaminar os mineradores, o material tamb&eacute;m contamina a &aacute;gua dos rios, acumulando-se em seres vivos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119126-maior-pirarucu-do-mundo-e-capturado-no-amazonas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como peixes</a>.
Isso gera uma contamina&ccedil;&atilde;o em cadeia que prejudica a fauna, os pescadores, consumidores de pescado e a economia local. Al&eacute;m disso, a destrui&ccedil;&atilde;o do solo devido &agrave; minera&ccedil;&atilde;o danifica a vegeta&ccedil;&atilde;o e impacta o ecossistema local.

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Por que centenas de mineradores invadiram o rio Madeira?

Imagem de Por que devemos parar de chamar algumas espécies de "invasoras"? no megacurioso

Por conta das constantes mudanças climáticas, alguns animais estão sendo forçados a migrar para outro hábitat

O termo "esp&eacute;cie invasora" &eacute; algo regularmente utilizado para se referir a grupos de animais que foram inseridos em um h&aacute;bitat diferente do seu original. Dessa forma, a Terra seria dividia entre esp&eacute;cies nativas e invasoras, n&atilde;o sobrando espa&ccedil;o para um meio-termo nessa qualifica&ccedil;&atilde;o.
Embora essa defini&ccedil;&atilde;o seja &uacute;til para classificar alguns animais que foram inseridos em um determinado ecossistema e causam dist&uacute;rbio no equil&iacute;brio ecol&oacute;gico, como &eacute; o caso dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120232-hipopotamos-de-pablo-escobar-sao-esterilizados-na-colombia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipop&oacute;tamos de Pablo Escobar</a> na Col&ocirc;mbia, ela tamb&eacute;m pode ser altamente injusta com outras criaturas que est&atilde;o apenas lutando por sobreviv&ecirc;ncia. Entenda o caso.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30185724234494.jpg" alt="(Fonte: Leandra Felipe/G1)" />(Fonte: Leandra Felipe/G1)
<h2 class="uk-text-justify">Efeitos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</h2>
Em 2016, a ecologista marinha Piper Wallingford avistou uma esp&eacute;cie curiosa durante uma de suas pesquisas de campo em Laguna Beach, nos Estados Unidos. Tratava-se do caracol Mexacanthina lugubris, predador que perfura a concha dos mexilh&otilde;es e injeta uma enzima capaz de liquefazer sua carne.
Acontece que essa criatura &eacute; natural do M&eacute;xico, e n&atilde;o do estado da Calif&oacute;rnia, onde foi encontrada, mas tem migrado aos poucos pela costa oeste do continente americano durante as &uacute;ltimas d&eacute;cadas em busca de um novo h&aacute;bitat. Em sua jornada, esses carac&oacute;is t&ecirc;m deixado um rastro de presas pelo caminho.
Por&eacute;m, que culpa eles t&ecirc;m se sua "terra natal" j&aacute; n&atilde;o serve mais? Ali&aacute;s, essa est&aacute; longe de ser a &uacute;nica esp&eacute;cie pelo planeta que est&aacute; se mudando por causa do clima. Criaturas como o cariacu, lagostas, tatus e at&eacute; mesmo esp&eacute;cies &aacute;rvores, como o bordo, entraram em processo de migra&ccedil;&atilde;o.
<h2 class="uk-text-justify">Readequa&ccedil;&atilde;o dos ecossistemas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/30/30185500905493.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na vis&atilde;o de ecologistas, &eacute; dif&iacute;cil prever como as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111582-animais-nao-estao-conseguindo-se-adaptar-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>&nbsp;v&atilde;o reorganizar os ecossistemas, com algumas criaturas realmente precisando se locomover para sobreviver. As migra&ccedil;&otilde;es s&atilde;o cr&iacute;ticas para a capacidade das esp&eacute;cies de suportar temperaturas mais altas.
Em geral, esse processo &eacute; considerado ben&eacute;fico para a biologia, mas nem tanto na vis&atilde;o do p&uacute;blico. Gra&ccedil;as &agrave; vis&atilde;o t&atilde;o "preto no branco" sobre as esp&eacute;cies invasoras, n&oacute;s aprendemos a julgar a maneira como os ecossistemas deveriam funcionar e criamos nossas pr&oacute;prias regras para mexer na natureza.
Ao longo da hist&oacute;ria, essas criaturas foram ca&ccedil;adas das maneiras mais terr&iacute;veis poss&iacute;veis. Portanto, o ideal &eacute; que o ser humano tente interferir o m&iacute;nimo poss&iacute;vel no andamento da natureza, exceto pelos casos em que as tais "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cies invasoras</a>" realmente ameacem a exist&ecirc;ncia de diversas outras criaturas.
<h2 class="uk-text-justify">Palavra amaldi&ccedil;oada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/06/06153553972571.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Conforme apresentado em reportagem produzida pela Vox, a ecologista&nbsp;Arian Wallach, da Universidade Tecnol&oacute;gica de Sydney, acredita cada vez mais que o termo "esp&eacute;cies invasoras" &eacute; apenas um conjunto de palavras "amaldi&ccedil;oadas" para "demonizar" esp&eacute;cies inteiras e livrar os seres humanos da culpa por suas a&ccedil;&otilde;es.
Dessa forma, animais s&atilde;o bombardeados, ca&ccedil;ados, envenenados e seja l&aacute; o que for necess&aacute;rio para deixarem de existir em tal regi&atilde;o. Para Wallach, entretanto, muitos se esquecem de levar em considera&ccedil;&atilde;o os benef&iacute;cios que tais esp&eacute;cies podem eventualmente oferecer e o contexto atual onde vivemos.
Um exemplo disso acontece com o dingo, uma esp&eacute;cie de c&atilde;o selvagem que foi introduzida na Austr&aacute;lia s&eacute;culos atr&aacute;s. Desde ent&atilde;o, eles se tornaram os principais predadores de felinos e raposas que ca&ccedil;am alguns dos marsupiais mais ic&ocirc;nicos do pa&iacute;s: o bandicoot-listrado-Oriental.
Em outros casos, as chamadas "esp&eacute;cies invasoras" s&atilde;o consideradas amea&ccedil;adas em seu h&aacute;bitat natural e s&atilde;o alvos de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas em seus novos lares, como acontece com o cervo-porco-indiano, um pequeno veado nativo do Sul da &Aacute;sia. Assim, Wallach defende que espa&ccedil;os n&atilde;o nativos tamb&eacute;m podem servir de ref&uacute;gio para criaturas que j&aacute; n&atilde;o t&ecirc;m mais subsist&ecirc;ncia em seu ecossistema natural.&nbsp;

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Por que devemos parar de chamar algumas espécies de 'invasoras'?

Imagem de Recursos naturais não renováveis: como lidaremos com a escassez? no megacurioso

Esses elementos que vão desde água até fósforo são fundamentais para nossa sobrevivência. E estão acabando...

Fa&ccedil;amos uma reflex&atilde;o: desde o in&iacute;cio da hist&oacute;ria, o ser humano sempre recorreu &agrave; natureza para saciar suas necessidades &nbsp;&mdash; talvez por isso nos referimos a ela como &ldquo;m&atilde;e natureza&rdquo;, pois s&oacute; uma m&atilde;e para dar tanto, sem receber nada em troca. Contudo, a boa vontade do planeta para conosco, pode estar terminando.
N&atilde;o se trata de uma greve, mas da falta do que nos oferecer. Sim, recursos naturais n&atilde;o renov&aacute;veis&nbsp;s&atilde;o fundamentais para cria&ccedil;&atilde;o, expans&atilde;o e desenvolvimento da vida na terra, como &aacute;gua e petr&oacute;leo, e j&aacute; est&atilde;o acabando &mdash; e isso pode ser um grande problema n&atilde;o s&oacute; para a humanidade, como para todas as outras esp&eacute;cies.
<h2>Alimentos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/fonte-shutterstock-02214901823019.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
At&eacute; mesmo aquele lanche ultraprocessado, que voc&ecirc; nem consegue identificar os ingredientes, precisa de &aacute;gua e solo para ser feito. Al&eacute;m da falta de &aacute;reas cultiv&aacute;veis, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120468-cop26-entenda-o-que-deve-mudar-apos-o-evento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a> podem dificultar o acesso &agrave; &aacute;gua &mdash; fundamental para qualquer atividade agropecu&aacute;ria.
Esse cen&aacute;rio pode piorar um problema com o qual j&aacute; lidamos: a fome, principalmente entre as popula&ccedil;&otilde;es mais pobres. Para resolve-la hoje e garantir que n&atilde;o exista no futuro, precisar&iacute;amos parar de desperdi&ccedil;ar recursos naturais n&atilde;o renov&aacute;veis t&atilde;o valiosos, como os alimentos. Cerca de 930 milh&otilde;es de toneladas de alimentos s&atilde;o jogados fora, de acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Alimenta&ccedil;&atilde;o e Agricultura (FAO).
<h2>&Aacute;gua</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/fonte-shutterstock-02214931152020.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Nos &uacute;ltimos anos, a falta de chuva fez com que o sul do Brasil, parte do sudeste, Argentina, Paraguai e Uruguai lidassem com uma seca hist&oacute;rica. Os curitibanos, por exemplo, est&atilde;o lidando com racionamento de &aacute;gua h&aacute; quase dois anos.
Essas mudan&ccedil;as no regime de chuva no sul do continente podem estar diretamente ligadas ao desmatamento da Amaz&ocirc;nia. Isso porque o vapor de &aacute;gua liberado pelas &aacute;rvores se transforma em chuva que enche os principais rios da regi&atilde;o, matando a sede e gerando eletricidade.
Sem uma pol&iacute;tica de preserva&ccedil;&atilde;o ambiental, n&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118111-por-que-o-brasil-enfrenta-escassez-de-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ficaremos apenas sem florestas, mas sem &aacute;gua</a> e, consequentemente, sem energia e pagando <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119834-por-que-tudo-esta-mais-caro-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ainda mais caro</a> pela comida &mdash; o que j&aacute; est&aacute; acontecendo.
<h2>Areia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/fonte-shutterstock-02214952902021.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Talvez voc&ecirc; nunca tenha percebido, mas areia faz parte da lista de recursos naturais n&atilde;o renov&aacute;veis que est&atilde;o amea&ccedil;ados. Por ser usada em grande escala na constru&ccedil;&atilde;o civil, a humanidade pode zerar o estoque desse item, pois a natureza leva milhares de anos para produzir areia, por meio da eros&atilde;o.
O problema &eacute; que at&eacute; este momento n&atilde;o h&aacute; substituto para ela &mdash; e isso pode inviabilizar a constru&ccedil;&atilde;o de grandes obras de infraestrutura.
<h2>Elementos qu&iacute;micos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/12/02/fonte-shutterstock-02215106966022.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
&Eacute; ineg&aacute;vel que a humanidade criou v&aacute;rias solu&ccedil;&otilde;es incr&iacute;veis para os mais variados problemas &mdash; e nem sempre nos damos conta disso. Acontece que para funcionarem, essas inven&ccedil;&otilde;es precisam de uma s&eacute;rie de elementos que tamb&eacute;m s&atilde;o considerados recursos naturais n&atilde;o renov&aacute;veis.
A bateria do seu celular (e dos carros el&eacute;tricos) precisa de l&iacute;tio, extra&iacute;do de minas do mundo todo. J&aacute; o g&aacute;s h&eacute;lio n&atilde;o serve apenas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/26913-por-que-o-gas-helio-faz-com-que-a-nossa-voz-fique-engracada-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fazermos pegadinhas com a voz.</a> Ele &eacute; usado em complexos sistemas de resfriamento, como em equipamentos hospitalares. J&aacute; o f&oacute;sforo &eacute; um poderoso fertilizante. Sabe aqueles v&aacute;rios quadradinhos em sua tabela peri&oacute;dica? Ent&atilde;o, a grande maioria deles &eacute; &uacute;til para n&oacute;s e, infelizmente, muitos s&atilde;o recursos n&atilde;o renov&aacute;veis que est&atilde;o acabando.

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Recursos naturais não renováveis: como lidaremos com a escassez?

Imagem de Os infames trens de fezes humanas de Nova York no megacurioso

Querendo ou não, tinha que aguentar o fedor…

O lodo de esgoto, tamb&eacute;m conhecido como bioss&oacute;lido, &eacute; uma massa microbiana que decanta durante o processo de tratamento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120299-como-a-colera-em-londres-mudou-os-sistemas-de-esgostos-para-sempre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esgoto</a> bruto. Por anos, o res&iacute;duo de toda a cidade de Nova York &nbsp;acabou no leito do rio Hudson ou no Oceano Atl&acirc;ntico.
Assim foi feito at&eacute; 1988, quando a Ag&ecirc;ncia de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental dos Estados Unidos proibiu o despejo de bioss&oacute;lidos no oceano ou em rios, colocando a prefeitura da cidade em uma &ldquo;saia justa&rdquo; para encontrar uma alternativa.
O que fazer com toneladas de coc&ocirc; de milhares de cidad&atilde;os de Nova York?
<h2>Os trens</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NBC News&nbsp;" data-fonte-url="https://media-cldnry.s-nbcnews.com/image/upload/t_nbcnews-fp-1200-630,f_auto,q_auto:best/newscms/2018_16/2402841/180418-nyc-sewage-train-3-al-0918.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23194656789688.jpg" alt="(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A empreiteira Enviro-Gro Technologies teve a ideia de reunir todas as fezes da cidade e transport&aacute;-las em trens para serem usados em campos agr&iacute;colas como adubo. Contudo, a empresa encontrou muitos obst&aacute;culos porque a maioria dos estados n&atilde;o queria ter nada a ver com o coc&ocirc; de Nova York.
A Enviro-Gro s&oacute; encontrou estadia no Colorado, onde estabeleceu um programa de aplica&ccedil;&atilde;o dos bioss&oacute;lidos que durou um ano, de 1991 a 1992. Em abril de 1994, Kelly Sarber, que fazia parte da equipe da empreiteira, escreveu um artigo para a BioCycle descrevendo o alcance p&uacute;blico e a campanha educacional ao n&iacute;vel estadual para promover a aceita&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica do programa de bioss&oacute;lidos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NBC News&nbsp;" data-fonte-url="https://media-cldnry.s-nbcnews.com/image/upload/t_nbcnews-fp-1200-630,f_auto,q_auto:best/newscms/2018_16/2402836/180418-nyc-sewage-train-2-al-0918.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23194737836689.jpg" alt="(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NBC News/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Quando o governador Romer do Colorado saiu para jogar uma p&aacute; cheia de bioss&oacute;lidos da cidade de Nova York em um campo, ficou claro que a localiza&ccedil;&atilde;o inicial do projeto havia sido bem-sucedida&rdquo;, escreveu Sarber.
A aplica&ccedil;&atilde;o do lodo de esgoto como fertilizante em planta&ccedil;&otilde;es ajudou a crescer e apoiar o projeto no Colorado, que durou 20 anos, terminando em 22 de abril de 2012, devido aos custos do programa. Atualmente, metade dos bioss&oacute;lidos de Nova York s&atilde;o usados como aterro e a outra metade na recupera&ccedil;&atilde;o de minas.
<h2>O grande fedor nova-iorquino</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23194905307690.jpg" alt="(Fonte: CBS Minnesota/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: CBS Minnesota/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em janeiro de 2018, a cidade de Parrish, no Alabama, com apenas mil habitantes, entrou em desespero quando um trem de fezes humanas vindo de Nova York ficou encalhado no meio do caminho que atravessa a cidade.
Aquecidas ao sol, nem o ferro dos vag&otilde;es de 250 cont&ecirc;ineres cheios de esgoto conseguiu conter o fedor que contaminou a cidade. Os residentes descreveram o epis&oacute;dio como &ldquo;um verdadeiro pesadelo&rdquo;, que s&oacute; aconteceu porque o comboio foi barrado pela falta de uma liminar da cidade de West Jefferson, que fica no caminho para o destino final, Big Sky Landfill. Visto que Parrish n&atilde;o tinha regulamentos de zoneamento para manter o trem de coc&ocirc; afastado, ele ficou estacionado por l&aacute; at&eacute; que toda a burocracia fosse resolvida.
&ldquo;S&atilde;o apenas fezes puras. &Agrave;s vezes pega voc&ecirc; apenas vindo do ar. Isso tira o f&ocirc;lego&rdquo;, disse a moradora Sherleen Pike &agrave; Associated Press.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/23/23195038449691.jpg" alt="(Fonte: Wall Street Journal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wall Street Journal/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A prefeita de Parrish, Heather Hall, disse que a cidade cheirava a cad&aacute;veres podres e morte. Tudo ficou contaminado pelo odor. As pessoas chegaram at&eacute; a passar &oacute;leo de hortel&atilde;-pimenta sob o nariz para n&atilde;o sentir o esgoto pelo ar o tempo todo.
Os 5 milh&otilde;es de quilos de coc&ocirc; p&uacute;trido s&oacute; foram retirados da pequena cidade em 18 de abril de 2018, ap&oacute;s 3 meses de sofrimento e muita briga judicial. O governo de Nova York estabeleceu uma meta de acabar com os aterros sanit&aacute;rios at&eacute; 2030, segundo a estrat&eacute;gia de longo prazo chamada &ldquo;Uma Nova York: O Plano para uma Cidade Forte e Justa&rdquo;.

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Os infames trens de fezes humanas de Nova York

Imagem de OpenBike: a bicicleta que você pode "baixar" e montar de graça no megacurioso

O projeto, de um estúdio de design do País Basco, pretende ser ainda mais sustentável do que uma bicicleta comum

As bicicletas est&atilde;o entre os meios de transporte mais sustent&aacute;veis que existem &mdash; precisam apenas da nossa for&ccedil;a para andar e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110479-site-calcula-quanto-dioxido-de-carbono-o-seu-carro-emite-em-uma-viagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">n&atilde;o emitem CO2</a>. Por&eacute;m, sua fabrica&ccedil;&atilde;o (e o transporte das pe&ccedil;as e do produto) ainda consomem muitos recursos naturais.
Para resolver esse problema e tornar as bikes ainda mais sustent&aacute;veis, um est&uacute;dio de design do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42615-voce-sabia-que-o-mundo-pode-ganhar-4-novos-paises-em-2014-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pa&iacute;s Basco</a> (parte da Espanha) come&ccedil;ou a trabalhar no projeto OpenBike em 2017. A ideia, da dupla de designers do Arquima&ntilde;a, &eacute; uma bicicleta que pode ser fabricada em qualquer lugar do mundo &mdash; o projeto tem licen&ccedil;a Creative Commons e qualquer um pode <a href="https://openbike.cc/download/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baix&aacute;-lo no site</a>. O principal material usado &eacute; madeira compensada, um recurso renov&aacute;vel.&nbsp;
O est&uacute;dio Arquima&ntilde;a d&aacute; todas as instru&ccedil;&otilde;es para quem quiser montar sua pr&oacute;pria OpenBike, em qualquer lugar do mundo. &Eacute; claro que voc&ecirc; precisa comprar o material e pagar algu&eacute;m com uma m&aacute;quina CNC para cortar a madeira &mdash; de modo que a bike n&atilde;o sai realmente de gra&ccedil;a.&nbsp;
O &ldquo;pre&ccedil;o&rdquo;, no fim das contas, sai &ldquo;elas por elas&rdquo;, em compara&ccedil;&atilde;o com uma bike comum. Ainda assim, quem escolhe a OpenBike elimina as emiss&otilde;es de carbono da fabrica&ccedil;&atilde;o e transporte (que n&atilde;o s&atilde;o poucas), tendo uma bicicleta bem mais&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/sustentabilidade/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sustent&aacute;vel</a> e moderna.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22202806559668.jpg" alt="Imagem: OpenBike.cc" />(Fonte: OpenBike.cc)
<h2>Do que a OpenBike &eacute; feita?</h2>
Para possibilitar essa ideia de fabricar uma bike sustent&aacute;vel em qualquer lugar do mundo, o est&uacute;dio Arquima&ntilde;a criou um quadro de madeira compensada &mdash; um material que qualquer um pode adquirir em lojas de material de constru&ccedil;&atilde;o, por exemplo.&nbsp;
A chapa &eacute; cortada por m&aacute;quinas CNC para formar as pe&ccedil;as, que depois s&atilde;o encaixadas ou parafusadas. O selim, guid&atilde;o e demais pe&ccedil;as podem ser reaproveitados de outras bicicletas ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/111499-15-das-coisas-mais-incriveis-ja-feitas-em-impressoras-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impressos em 3D</a> (as instru&ccedil;&otilde;es para isso tamb&eacute;m est&atilde;o no arquivo dispon&iacute;vel no site). Apenas as rodas e pneus precisam ser adquiridas novas, separadamente. O passo a passo completo para sair com a bike pronta &eacute; explicado pelos criadores da OpenBike, gratuitamente.&nbsp;
H&aacute; quatro modelos dispon&iacute;veis no site, do Rev1 ao Rev4, sendo este &uacute;ltimo o melhor deles &mdash; o Rev4 resolve problemas dos anteriores, como o conforto para pessoas de diversas alturas e a estabilidade ao pedalar. Nos dois &uacute;ltimos modelos, podem ser usadas rodas do aro 20 ao 26, dependendo da prefer&ecirc;ncia do ciclista.&nbsp;
Baixar um projeto, comprar os materiais, encontrar algu&eacute;m que execute e ainda torcer para ficar bom parece bem mais complicado do que entrar em um site e comprar uma bike pronta. Mesmo assim, a ideia de ter uma bicicleta &uacute;nica, que voc&ecirc; mesmo construiu com emiss&otilde;es m&iacute;nimas de CO2&nbsp;e poucos recursos naturais, pode ser muito atrativa para algumas pessoas.&nbsp;
Se voc&ecirc; j&aacute; trabalha com madeira, a bike pode realmente ficar mais barata e simples de fazer do que uma pronta. &Eacute; tudo uma quest&atilde;o de perspectiva, n&atilde;o &eacute;? De qualquer forma, o projeto e as instru&ccedil;&otilde;es completas est&atilde;o <a href="https://openbike.cc/download/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dispon&iacute;veis no site da OpenBike</a>, de gra&ccedil;a.

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OpenBike: a bicicleta que você pode 'baixar' e montar de graça

Imagem de Como usar borra de café nas plantas? no megacurioso

O café é um fertilizante natural para suas plantas crescerem fortes e saudáveis

Quem n&atilde;o aprecia um caf&eacute; fresquinho pela manh&atilde;, n&atilde;o &eacute;? Al&eacute;m de nos ajudar a despertar para o dia, o caf&eacute; &eacute; um &oacute;timo aliado no cuidado das plantas. Aquela sobra que fica no filtro depois que passamos o caf&eacute; &eacute; chamada de borra e n&atilde;o precisa ser descartada. Ela pode ser aproveitada como um fertilizante natural em sua horta ou em seu jardim.
<img data-idshutter="1802632681" src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17160350200465.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" /> (Fonte: Shutterstock)
<h2>Borra de caf&eacute; como fertilizante</h2>
O fertilizante ajuda a repor nutrientes essenciais para o crescimento saud&aacute;vel das plantas enquanto os solos produzem a maioria dos elementos naturais necess&aacute;rios &agrave; sobreviv&ecirc;ncia das esp&eacute;cies vegetais. Por&eacute;m, por diversas raz&otilde;es, esse sistema pode ficar desequilibrado, ent&atilde;o &eacute; preciso intervir para dar uma ajudinha &agrave; planta nesse processo.
A borra de caf&eacute; &eacute; rica em nitrog&ecirc;nio, um dos tr&ecirc;s principais macronutrientes de que as plantas precisam (nitrog&ecirc;nio, f&oacute;sforo e pot&aacute;ssio). Contudo, n&atilde;o &eacute; indicado aplicar a borra diretamente na terra nem fazer uma camada muito grossa, j&aacute; que isso pode impedir a absor&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua depois das regas.
Voc&ecirc; pode misturar a borra do caf&eacute; com cascas de ovos mo&iacute;das, por exemplo, e aplicar uma pequena quantidade em torno das plantas. A casca de ovo &eacute; rica em c&aacute;lcio e cont&eacute;m pot&aacute;ssio, outros dois nutrientes important&iacute;ssimos para a aduba&ccedil;&atilde;o e a fertiliza&ccedil;&atilde;o do solo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17155927028462.jpg" alt="Borra de caf&eacute; e cascas de ovos. (Fonte: Canva Pro)" />Borra de caf&eacute; e cascas de ovo. (Fonte: Canva Pro)
&Eacute; poss&iacute;vel tamb&eacute;m misturar a borra com cascas de frutas e legumes para depositar ao redor das plantas. Se usado com parcim&ocirc;nia, o caf&eacute; &eacute; um grande aliado na manuten&ccedil;&atilde;o de hortas e jardins.
Outra maneira de aproveitar o p&oacute; de caf&eacute; &eacute; diluir uma pequena quantidade em &aacute;gua e borrifar de vez em quando sobre as plantas, visto que ajuda a afastar insetos e pragas indesejadas. Voc&ecirc; pode armazenar a borra que sobra no dia a dia em uma caixa fechada e guard&aacute;-la na geladeira para evitar o aparecimento de fungos ou outros microrganismos que possam afetar o fertilizante.
Agora voc&ecirc; j&aacute; sabe: o p&oacute; que sobra daquele caf&eacute; delicioso n&atilde;o precisa ser descartado. Ele pode ajudar a fortalecer suas plantas para que elas cres&ccedil;am belas e saud&aacute;veis.

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Como usar borra de café nas plantas?

Imagem de 6 rios que podem desaparecer nos próximos 100 anos no megacurioso

Saiba como os seres humanos estão colocando em risco a vida dessas vitais vias navegáveis ao redor do mundo

A a&ccedil;&atilde;o devastadora dos seres humanos cada vez mais apresenta consequ&ecirc;ncias para o futuro do planeta e algumas delas parecem praticamente irrevers&iacute;veis. Um forte exemplo de como os nossos recursos naturais t&ecirc;m sido esgotados aos poucos pode ser visto em diversos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106707-8-rios-sagrados-ao-redor-do-mundo-que-voce-talvez-nao-conheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rios</a> ao redor do planeta, que est&atilde;o pr&oacute;ximos de desaparecer.
Pensando nisso, listamos os seis dos principais rios que correm risco de extin&ccedil;&atilde;o nos pr&oacute;ximos 100 anos.
<h2>1. Rio Verde Grande</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17104659638093.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Localizado em territ&oacute;rio brasileiro, o rio Verde Grande corta o semi&aacute;rido de Minas Gerais e da Bahia, mas est&aacute; aos poucos desaparecendo por conta de um fen&ocirc;meno ligado ao esvaziamento de um aqu&iacute;fero na regi&atilde;o. Segundo o Servi&ccedil;o Geol&oacute;gico do Brasil (SGB), o curso da &aacute;gua deixou de ser perene h&aacute; aproximadamente 10 anos e j&aacute; n&atilde;o corre em sua extens&atilde;o original durante per&iacute;odos de seca.
Com 557 km de comprimento, o rio cruza 27 munic&iacute;pios mineiros e 8 baianos, nascendo em Bocaiuva e desaguando no rio S&atilde;o Francisco. De acordo com o levantamento do SGB, o rio perde cerca de 560 mil litros de &aacute;gua por hora.
<h2>2. Bacia Murray-Darling</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17104805749097.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Localizada no sul da Austr&aacute;lia, a bacia Murray-Darling cobre 14% do territ&oacute;rio do pa&iacute;s e mesmo assim &eacute; respons&aacute;vel por 40% do agroneg&oacute;cio local. Como essa &aacute;gua n&atilde;o pode ser reaproveitada, a fonte h&iacute;drica tem secado aos poucos e o seu uso inconsequente se tornou um verdadeiro drama.
Al&eacute;m disso, o Parlamento australiano ressaltou que essa hidrovia tamb&eacute;m sofre com salinidade, eros&atilde;o, prolifera&ccedil;&atilde;o de algas, qualidade da &aacute;gua e esp&eacute;cies invasoras. Por fim, suspeita-se que as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas possam agravar a situa&ccedil;&atilde;o.
<h2>3. Rio Los Angeles</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17104926204100.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ap&oacute;s uma s&eacute;rie de inunda&ccedil;&otilde;es que deixaram para tr&aacute;s mais de 100 v&iacute;timas nos Estados Unidos durante o s&eacute;culo XX, as autoridades norte-americanas realizaram diversas a&ccedil;&otilde;es para fazer com que o rio <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117297-2-lugares-em-los-angeles-que-foram-palco-de-assassinatos-macabros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Los Angeles</a> se tornasse uma amea&ccedil;a menor para aqueles ao seu redor.&nbsp;
A hidrovia logo foi transformada em um gigante esgoto a c&eacute;u aberto. Localizado em uma grande regi&atilde;o metropolitana, o rio tem morrido aos poucos. Atualmente, alguns projetos v&ecirc;m tentando restaur&aacute;-lo, mas mais detalhes sobre a a&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o foram divulgados.
<h2>4. Rio Colorado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17105028642101.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Com 2.330 km de comprimento, o rio Colorado acabou ganhando o apelido de &ldquo;O Grande Seco&rdquo; por pesquisadores. O leito do rio est&aacute; desaparecendo a cada ano que passa e tem sido tomado por algumas plantas do deserto e um caminho seco de terra e areia.&nbsp;
Segundo especialistas, essa situa&ccedil;&atilde;o chegou a esse ponto devido aos in&uacute;meros desvios feitos na rota da &aacute;gua ao longo dos anos. Com os recursos h&iacute;dricos sendo divididos pelos espa&ccedil;os onde passa, o rio Colorado acabou se tornando uma grande fonte de explora&ccedil;&atilde;o e corre o risco de desaparecer.
<h2>5. Rio Jord&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17105137987102.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Conhecido por ser um dos rios mais famosos do mundo, o Rio Jord&atilde;o &eacute; compartilhado por pa&iacute;ses como Israel, L&iacute;bano, Palestina e <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/99484-20-imagens-que-mostram-o-antes-e-o-depois-da-guerra-civil-da-siria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">S&iacute;ria</a>. Em 2014, entretanto, a superpopula&ccedil;&atilde;o dessa regi&atilde;o e os constantes conflitos armados entre as na&ccedil;&otilde;es vizinhas fizeram com que esse rio se tornasse principalmente fonte de &aacute;gua salgada e res&iacute;duos l&iacute;quidos.
O pouco de &aacute;gua doce que ainda resta nas margens &eacute; constantemente utilizado para a agricultura e n&atilde;o pode ser reciclada. Por conta disso, a fonte h&iacute;drica pode secar em breve.
<h2>6. Rio Chari</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/17/17105238613104.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O rio Chari &eacute; um dos rios que des&aacute;guam no lago Chade, no centro-oeste da &Aacute;frica. Embora j&aacute; tenha sido um pr&oacute;spero ecossistema de &aacute;gua doce e uma importante fonte de sustento para milh&otilde;es de habitantes na regi&atilde;o, esse lago sofreu com a queda da ocorr&ecirc;ncia das chuvas e com os constantes desvios de suas nascentes.
Desde a d&eacute;cada de 1960, estima-se que seu tamanho tenha encolhido em 90%. Isso resulta em mortes de esp&eacute;cies de peixe, perda de gado e safras na agricultura. Como consequ&ecirc;ncia, cresce a inseguran&ccedil;a alimentar e a fome na regi&atilde;o. No momento, a sobreviv&ecirc;ncia do rio Chari &eacute; uma das principais preocupa&ccedil;&otilde;es para os moradores locais.

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6 rios que podem desaparecer nos próximos 100 anos

Imagem de 5 resultados positivos na luta contra o aquecimento global no megacurioso

Conheça alguns efeitos otimistas que provam os esforços mundiais em conter as consequências devastadoras do aquecimento global

Nos &uacute;ltimos dias, os esfor&ccedil;os de autoridades pol&iacute;ticas v&ecirc;m se concentrando nas tratativas contra o aquecimento global na confer&ecirc;ncia clim&aacute;tica COP26, que aconteceu na Esc&oacute;cia, em um empenho internacional para evitar que maiores <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120360-como-os-polos-da-terra-influenciam-no-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desastres naturais</a> ocorram nos pr&oacute;ximos anos.
Essas conversas, al&eacute;m de refor&ccedil;ar o car&aacute;ter preocupante das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, evidenciam a ampla participa&ccedil;&atilde;o humana em cuidar do planeta de forma sustent&aacute;vel e respons&aacute;vel, algo que nos d&aacute; esperan&ccedil;a sobre um futuro no qual as emiss&otilde;es de poluentes e o descaso com o planeta sejam significativamente reduzidos.
Confira abaixo algumas not&iacute;cias positivas sobre o combate ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120277-mapas-de-calor-da-nasa-uma-arma-para-combater-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> e entenda o que vem sendo feito por pessoas de todo o mundo para evitar problemas de maiores propor&ccedil;&otilde;es.
<h2 class="uk-text-justify">1. Comunidades protegendo a natureza</h2>
As mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, al&eacute;m de impactarem na temperatura global, geram um efeito em cadeia em praticamente todas as biodiversidades, resultando em uma crise destrutiva em que a perda da fauna e da flora na natureza passaram a preocupar comunidades. Felizmente, grupos espalhados por todo o planeta est&atilde;o se esfor&ccedil;ando para proteger as florestas e cuidar do patrim&ocirc;nio natural de suas respectivas regi&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09075230355001.jpg" alt="(Fonte: Swinomish Indian Tribal Community / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Swinomish Indian Tribal Community / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Alguns casos de destaque na &aacute;rea s&atilde;o, por exemplo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120194-voce-sabe-como-surgiu-o-termo-pejorativo-indio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ind&iacute;genas</a> que preservam o territ&oacute;rio florestal mexicano, que por 30 anos v&ecirc;m controlando a produ&ccedil;&atilde;o comercial de madeira em um sistema de manejo considerado sustent&aacute;vel em que todos ganham: os humanos fazem suas colheitas, e a natureza acumula carbono. "Percebemos que a natureza &eacute; uma grande aliada n&atilde;o s&oacute; para resolver a crise clim&aacute;tica, mas tamb&eacute;m para perseguir os objetivos do desenvolvimento sustent&aacute;vel", disse Vanessa P&eacute;rez-Cirera, vice-diretora de Clima Global e Pr&aacute;tica de Energia do Fundo Mundial para a Natureza, em entrevista &agrave; BBC.
<h2 class="uk-text-justify">2. Autoridades e organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais vigilantes</h2>
Desde 2016, com a assinatura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118375-o-que-foi-o-acordo-de-paris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acordo de Paris</a>, que estabeleceu medidas para reduzir as emiss&otilde;es de gases estufa, autoridades e institui&ccedil;&otilde;es passaram a se comportar de forma vigilante em rela&ccedil;&atilde;o ao aquecimento global. A pauta se tornou discuss&atilde;o de interesse global na agenda de pol&iacute;ticos, ampliando o cen&aacute;rio n&atilde;o somente para leis que contribuam para impactos positivos na natureza, mas tamb&eacute;m na economia, na sociedade e em diversas outras esferas p&uacute;blicas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09075739435004.jpg" alt="(Fonte: ONU / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ONU / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com expectativa de determina&ccedil;&otilde;es legais mais r&iacute;gidas, empresas j&aacute; est&atilde;o se movimentando para alterar processos e operar de forma comprometida com a redu&ccedil;&atilde;o de gases de efeito estufa. Pelo menos 20% das principais empresas envolvidas est&atilde;o se alinhando em torno de objetivos setoriais espec&iacute;ficos para 2030, com pretens&otilde;es para zerar a presen&ccedil;a de poluentes at&eacute; 2050 por meio de metas "como 60% de gera&ccedil;&atilde;o renov&aacute;vel no setor de energia, e 5% de combust&iacute;vel com emiss&atilde;o zero no setor de transporte mar&iacute;timo", segundo P&eacute;rez-Cirera.
<h2 class="uk-text-justify">3. Grande compartilhamento de informa&ccedil;&otilde;es</h2>
O acesso &agrave;s informa&ccedil;&otilde;es e a preocupa&ccedil;&atilde;o com a verdade nas tratativas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120153-5-formas-incriveis-de-proteger-o-mundo-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>, mesmo com a dissemina&ccedil;&atilde;o de termos relativamente pessimistas &mdash; caso n&atilde;o haja o combate adequado &mdash;, s&atilde;o ferramentas importantes para a conscientiza&ccedil;&atilde;o e para a tomada de medidas eficientes, permitindo o desenvolvimento de novas pesquisas e de tecnologias que contribuam para a causa contra os impactos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09075536981003.jpg" alt="(Fonte: NASA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NASA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Constantemente, a National Aeronautics and Space Administration (NASA) e outras ag&ecirc;ncias espaciais v&ecirc;m distribuindo relat&oacute;rios de livre acesso &agrave; popula&ccedil;&atilde;o comum e especialistas, detectando o clima da Terra, &aacute;reas de vulnerabilidade, danos e perdas em desastres ambientais, dando espa&ccedil;o para a constru&ccedil;&atilde;o de modelos probabil&iacute;sticos "que ajudem os governos a quantificar a possibilidade de perdas no futuro e, portanto, enumerar medidas ou dota&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias para a preven&ccedil;&atilde;o de desastres", disse&nbsp;P&eacute;rez-Cirera.
<h2 class="uk-text-justify">4. Acessibilidade a fontes alternativas de energia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09075857576005.jpg" alt="(Fonte: Earth911 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Earth911 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
As energias renov&aacute;veis tornaram-se bastante acess&iacute;veis ap&oacute;s a determina&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;os competitivos e hoje s&atilde;o consideradas vi&aacute;veis, confi&aacute;veis e de f&aacute;cil manejo. Caso sejam fabricadas e aplicadas de forma respons&aacute;vel, &eacute; poss&iacute;vel reduzir significativamente as emiss&otilde;es de di&oacute;xido de carbono, al&eacute;m de armazenar energia sem explorar recursos limitados, como os das mar&eacute;s e de fontes geot&eacute;rmica.
<h2 class="uk-text-justify">5. Popula&ccedil;&otilde;es conscientes</h2>
Com o surgimento de ondas de calor e aumento da frequ&ecirc;ncia de desastres naturais, as popula&ccedil;&otilde;es est&atilde;o cada vez mais conscientes de sua participa&ccedil;&atilde;o social, tanto nas cobran&ccedil;as de medidas administrativas legais quanto em rela&ccedil;&atilde;o ao comportamento sustent&aacute;vel das comunidades em prol da preserva&ccedil;&atilde;o ambiental.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09075426793002.jpg" alt="(Fonte: New York Times / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: New York Times / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A&ccedil;&otilde;es sociais, manifesta&ccedil;&otilde;es, ONGs e volunt&aacute;rios estimulam o uso respons&aacute;vel de fontes de energia, a redu&ccedil;&atilde;o do consumo de produtos provenientes da natureza, a minimiza&ccedil;&atilde;o de combust&iacute;veis f&oacute;sseis e v&aacute;rios outros projetos di&aacute;rios que podem ser aplicados na rotina dos indiv&iacute;duos. "&Eacute; muito importante que n&atilde;o caiamos em um sentimento de desesperan&ccedil;a, mas sim de empoderamento", esclarece P&eacute;rez-Cirera &agrave; BBC. "Pensar que como consumidores temos poder, como eleitores temos poder, como indiv&iacute;duos podemos fazer algo e que algo n&atilde;o &eacute; marginal, mas poderoso", ela disse.

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5 resultados positivos na luta contra o aquecimento global

Imagem de Pinheiro-de-cook: a árvore que sempre se inclina para o Equador no megacurioso

Com uma curiosa inclinação de 8,55º, a direção para a qual os pinheiros-de-cook estão apontados depende do hemisfério onde se encontram

Natural da Nova Caled&ocirc;nia, um arquip&eacute;lago tropical localizado no sudoeste do oceano Pac&iacute;fico, o pinheiro-de-cook atualmente pode ser encontrado nas mais variadas partes do mundo. No entanto, a maneira como essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118123-as-4-arvores-mais-velhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&aacute;rvores</a> se apresentam na natureza nunca &eacute; a mesma.
Pertencente &agrave; fam&iacute;lia das con&iacute;feras, essa esp&eacute;cie &eacute; conhecida por ter um formato alongado e estreito, al&eacute;m de sua marcante inclina&ccedil;&atilde;o no tronco. De acordo com os pesquisadores, essa &aacute;rvore se inclina a um &acirc;ngulo de 8,55&ordm;, que curiosamente varia de dire&ccedil;&atilde;o dependendo do hemisf&eacute;rio em que o esp&eacute;cime esteja vivendo.
<h2>Descoberta por acaso</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e0/Araucaria_columnaris_Prony_2.jpg/1024px-Araucaria_columnaris_Prony_2.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11101221984085.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante uma breve pesquisa sobre a esp&eacute;cie para inclu&iacute;-la em seu livro, o bi&oacute;logo Matt Ritter, professor da Universidade Polit&eacute;cnica do Estado da Calif&oacute;rnia, nos Estados Unidos, deparou-se com uma descoberta inusitada. Ao questionar seus colegas de profiss&atilde;o na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45378-proxima-parada-australia-um-selvagem-e-fascinante-pais-cheio-de-belezas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austr&aacute;lia</a> sobre a inclina&ccedil;&atilde;o do pinheiro-de-cook, ele acabou aprendendo que a &aacute;rvore direcionava-se para o lado contr&aacute;rio naquela regi&atilde;o.
Ou seja, enquanto um pinheiro-de-cook crescido no Hemisf&eacute;rio Norte pende para o sul, um exemplar nascido no Hemisf&eacute;rio Sul crescer&aacute; pendendo para o norte. Isso fez com que Ritter e seus colegas come&ccedil;assem a pensar sobre a possibilidade de a &aacute;rvore se inclinar sempre em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107134-conheca-o-estadio-brasileiro-que-foi-construido-sobre-a-linha-do-equador.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Linha do Equador</a> &mdash; que divide o mundo horizontalmente em dois hemisf&eacute;rios.
Ent&atilde;o, os pesquisadores passaram a analisar o comportamento de mais de 250 pinheiros-de-cook em 18 pa&iacute;ses espalhados pelos 5 continentes, tamb&eacute;m apresentando latitudes diferentes. Ap&oacute;s a coleta dessas informa&ccedil;&otilde;es, o estudo acabou sendo publicado na revista Ecology.
<h2>Caso in&eacute;dito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11101416813088.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora a m&eacute;dia de inclina&ccedil;&atilde;o do pinheiro-de-cook seja realmente 8,55&ordm;, os bi&oacute;logos notaram que esse n&uacute;mero pode variar ainda mais dependendo do qu&atilde;o afastadas as &aacute;rvores est&atilde;o do Equador. Por exemplo, um esp&eacute;cime encontrado na Austr&aacute;lia chegou a apresentar um &acirc;ngulo de 40&ordm;.
Sendo assim, as inclina&ccedil;&otilde;es tendem a ser maiores quanto mais longe a &aacute;rvore estiver da linha que divide o planeta. Embora n&atilde;o seja novidade que algumas &aacute;rvores se inclinam em dire&ccedil;&atilde;o ao Sol durante seu desenvolvimento, as caracter&iacute;sticas do pinheiro-de-cook foram consideradas &uacute;nicas pelos cientistas.
Em entrevista &agrave; revista cient&iacute;fica New Scientist, o pesquisador Steve Warren, do Servi&ccedil;o Florestal dos EUA, disse que algumas plantas realizam a mesma movimenta&ccedil;&atilde;o do pinheiro-de-cook, mas n&atilde;o h&aacute; qualquer hist&oacute;rico de outras &aacute;rvores que se curvam na dire&ccedil;&atilde;o do Equador.
<h2>Influ&ecirc;ncia gen&eacute;tica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11101335485086.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
De acordo com os pesquisadores respons&aacute;veis pelo estudo, a principal hip&oacute;tese para explicar o comportamento peculiar dessa esp&eacute;cie &eacute; que tenha rela&ccedil;&atilde;o com a gen&eacute;tica da &aacute;rvore ou se trate de uma adapta&ccedil;&atilde;o para que a planta consiga aproveitar o m&aacute;ximo de luz solar mesmo em regi&otilde;es com latitudes elevadas.
Por&eacute;m, at&eacute; o momento tudo n&atilde;o passa de suposi&ccedil;&atilde;o. Os estudiosos ressaltam que mais pesquisas precisam ser feitas a respeito do assunto para se chegar a uma conclus&atilde;o. Na vis&atilde;o da comunidade, uma an&aacute;lise aprofundada sobre o pinheiro-de-cook pode trazer uma compreens&atilde;o &uacute;nica sobre quais mecanismos as plantas usam para reagir aos est&iacute;mulos da natureza.

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Pinheiro-de-cook: a árvore que sempre se inclina para o Equador

Imagem de Como a fiscalização da poluição permite que empresas quebrem regras no megacurioso

Monitoramento de qualidade do ar realizado nos Estados Unidos indica bons resultados em dias de inspeção, mas evidencia piora em dias livres

Promulgada inicialmente em 1963, a Lei do Ar Limpo &eacute; uma das medidas ambientais mais importantes no combate &agrave; emiss&atilde;o de gases poluentes e hoje opera em todo territ&oacute;rio norte-americano, sob vigil&acirc;ncia da Ag&ecirc;ncia de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Por&eacute;m, de acordo com um novo estudo da Universidade de Oregon, entidades empresariais estariam supostamente quebrando os padr&otilde;es federais em dias que n&atilde;o h&aacute; fiscaliza&ccedil;&atilde;o, indicando uma preocupa&ccedil;&atilde;o para a manuten&ccedil;&atilde;o do ar e redu&ccedil;&atilde;o de part&iacute;culas prejudiciais.
Atualmente, a EPA opera com monitoramento presencial em um a cada seis dias, visitando empresas para coletar dados e encontrar os resultados esperados pelo &oacute;rg&atilde;o de fiscaliza&ccedil;&atilde;o. Essa intermit&ecirc;ncia, que ocorre em longos per&iacute;odos &mdash; considerando o prazo semanal &mdash; surge como impacto do or&ccedil;amento limitado e de um cronograma apertado, muitas vezes incapaz de atender adequadamente programas de problemas espec&iacute;ficos como chuva &aacute;cida, prote&ccedil;&atilde;o da camada de oz&ocirc;nio e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120153-5-formas-incriveis-de-proteger-o-mundo-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>.
Conforme uma an&aacute;lise de pixels em fotos de sat&eacute;lite da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120277-mapas-de-calor-da-nasa-uma-arma-para-combater-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, o professor assistente do departamento de economia de Oregon, Eric Zou, identificou inconsist&ecirc;ncias entre os per&iacute;odos em que h&aacute; fiscaliza&ccedil;&atilde;o e os que n&atilde;o h&aacute;, sugerindo que apesar da ag&ecirc;ncia contribuir com o meio ambiente em dias de monitoramento, algumas empresas est&atilde;o burlando as regras estabelecidas em dias que n&atilde;o s&atilde;o vistoriadas, resultando no aumento da emiss&atilde;o de gases estufa.
A diferen&ccedil;a estabelecida entre as datas registrou uma lacuna de 1,6%, que aumentava consideravelmente &mdash; at&eacute; 7% &mdash; &agrave; medida que os n&iacute;veis de emiss&atilde;o dos gases ficava mais pr&oacute;ximo do limite estabelecido. Em contrapartida, os n&iacute;veis de polui&ccedil;&atilde;o permaneceram praticamente inalterados durante os dias em que houve fiscaliza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Parte do projeto est&aacute; tentando pensar que encontramos esse fen&ocirc;meno&rdquo;, diz Zou. &ldquo;E a segunda parte do artigo est&aacute; tentando descobrir o que est&aacute; acontecendo, o que potencialmente poderia ser a causa subjacente.&rdquo;
<h2>Descoberta dos indicadores</h2>
Os dados apontam que as grandes lacunas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120026-alem-da-respiracao-outras-formas-como-a-poluicao-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polui&ccedil;&atilde;o</a> ocorreram em &aacute;reas com n&iacute;veis de qualidade do ar mais baixos, onde h&aacute; a maior incid&ecirc;ncia de hist&oacute;rico de recebimento de penalidades por viola&ccedil;&otilde;es e monitoramento intermitente. Al&eacute;m disso, esses territ&oacute;rios abrigam ind&uacute;strias que se destacam por entregar as ditas &ldquo;respostas estrat&eacute;gicas&rdquo;, com algumas delas isentas de cronogramas de produ&ccedil;&atilde;o definidos e mais propensas a reduzir a produtividade nos dias de visitas t&eacute;cnicas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09103541504115.jpg" alt="(Fonte: NBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Existem v&aacute;rios setores que esperamos conduzir isso e que, de fato, n&atilde;o o est&atilde;o fazendo&rdquo;, diz Zou. &ldquo;Por exemplo, descobri que as usinas de energia n&atilde;o s&atilde;o preditivas sobre onde esses pontos de acesso est&atilde;o. Voc&ecirc; pensa nas usinas como poluidoras, mas, por outro lado, o quanto elas produzem &eacute; quase totalmente determinado por quanto as pessoas precisam. &Eacute; muito caro aumentar e diminuir a produtividade de usinas de energia. E tamb&eacute;m &eacute; caro armazenar eletricidade. Elas podem adiar um procedimento gigante para o dia seguinte.&rdquo;
Outro ponto importante observado pelo cientista foi a participa&ccedil;&atilde;o dos governos locais na averigua&ccedil;&atilde;o correta dos agentes poluidores. Segundo an&aacute;lise de avisos emitidos pelas autoridades em 346 cidades e &aacute;reas metropolitanas, h&aacute; uma probabilidade 10% maior do comunicado ter sido realizado no dia da vistoria, indicando que nesses locais houve maiores &iacute;ndices de polui&ccedil;&atilde;o se comparados com &aacute;reas de aviso antecipado.
&ldquo;Os governos estaduais e locais n&atilde;o dizem 'eu simplesmente n&atilde;o me importo com a sa&uacute;de humana'. &Eacute; mais como, '&eacute; muito caro para mim', e se o regulamento for estabelecido de forma que eles tenham um incentivo e uma capacidade de ganhar, talvez alguns deles v&atilde;o fazer isso", critica Zou. &ldquo;O custo de reduzir ainda mais a polui&ccedil;&atilde;o &eacute; bastante alto. Portanto, voc&ecirc; precisa pesar o custo e o benef&iacute;cio.&rdquo;

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