Imagem de Quais os efeitos da privação emocional na vida de um bebê? no megacurioso

Falta de afeto durante a infância está diretamente relacionada a casos de depressão, ansiedade e problemas no desenvolvimento

De que forma uma crian&ccedil;a que cresce em um lar amoroso percorre o caminho da vida de modo mais f&aacute;cil do que aquelas que tiveram que lidar com a neglig&ecirc;ncia parental desde cedo?
Segundo um estudo feito pela Universidade Harvard, o descaso dos pais pode ser algo t&atilde;o prejudicial aos desenvolvimentos f&iacute;sico, psicol&oacute;gico e emocional na primeira inf&acirc;ncia&nbsp;quanto os casos de abuso e viol&ecirc;ncia expl&iacute;cita.
<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/69601-como-descobrir-se-alguem-sofre-de-depressao-confira-5-sinais-a-seguir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Depress&atilde;o</a> e ansiedade s&atilde;o dois tipos de transtorno com grande impacto em nossas rela&ccedil;&otilde;es afetivas e que, em grande parte, t&ecirc;m origem em acontecimentos da vida jovem. Sendo assim, a forma como fomos tratados quando crian&ccedil;as gera um grande impacto na maneira como vamos lidar com nossas vidas pessoais e profissionais quando adultos.
<h2 class="uk-text-justify">O que &eacute; a neglig&ecirc;ncia parental?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03144028893257.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Al&eacute;m de n&atilde;o ser pass&iacute;vel de puni&ccedil;&atilde;o por lei, a neglig&ecirc;ncia parental &eacute; um termo dif&iacute;cil de analisar cultural e socialmente. Por mais que os Conselhos Tutelares atuem como &oacute;rg&atilde;os para proteger as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112896-criancas-aprendem-idiomas-mais-rapido-que-adultos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crian&ccedil;as</a> do descaso dos pais, mesmo o Estatuto da Crian&ccedil;a e do Adolescente n&atilde;o apresenta nenhum tipo de puni&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica para tal ato no Brasil.
Por&eacute;m, podemos descrever um pai ou uma m&atilde;e negligente aquela pessoa incapaz de cuidar de seu filho, n&atilde;o atendendo &agrave;s necessidades b&aacute;sicas f&iacute;sicas, emocionais e psicol&oacute;gicas dele. A neglig&ecirc;ncia emocional, diferente do que acontece com a viol&ecirc;ncia f&iacute;sica, provoca efeitos graves no desenvolvimento de um jovem, s&oacute; que de forma silenciosa.
A falta de um v&iacute;nculo afetivo pode fazer uma crian&ccedil;a crescer com dificuldade de formar la&ccedil;os emocionais, apresentando grande inseguran&ccedil;a, mesmo que tenham sido estimulados os campos cognitivo e motor. Portanto, o desenvolvimento de uma crian&ccedil;a depende de um conjunto de fatores para que ela atinja seu &aacute;pice evolutivo e, nesse ponto, o amor parental &eacute; t&atilde;o importante quanto qualquer outro elemento.
<h2 class="uk-text-justify">Como evitar a viol&ecirc;ncia silenciosa?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03144107846259.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Um dos grandes problemas que causam a priva&ccedil;&atilde;o emocional e a neglig&ecirc;ncia parental &eacute; a expectativa dos pais quanto aos seus filhos. Por acharem que toda crian&ccedil;a nascer&aacute; perfeita, muitos papais e mam&atilde;es de primeira viagem n&atilde;o se preparam emocionalmente para a dificuldade e o trabalho que &eacute; cuidar de um rec&eacute;m-nascido, por exemplo.
Crian&ccedil;as que nascem com algum tipo de defici&ecirc;ncia ou s&iacute;ndrome costumam ser as mais afetadas. A idealiza&ccedil;&atilde;o do beb&ecirc; faz que alguns desses pais abandonem seus filhos em institui&ccedil;&otilde;es ou simplesmente n&atilde;o forne&ccedil;am o apoio emocional necess&aacute;rio para o seu desenvolvimento. A longo prazo, essa crian&ccedil;a pode nunca aprender a superar adversidades pelo fato de seus pais n&atilde;o terem lidado com isso de forma saud&aacute;vel no passado.
Rupturas emocionais na vida do casal, como algum tipo de conflito interno ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109580-homem-pede-divorcio-apos-descobrir-traicao-pelo-google-street-view.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">div&oacute;rcio</a>, tamb&eacute;m podem aparecer como problemas em potencial. Nesse tipo de situa&ccedil;&atilde;o, os adultos tendem a voltar todas as aten&ccedil;&otilde;es para sua situa&ccedil;&atilde;o pessoal e deixam a sa&uacute;de emocional da crian&ccedil;a de lado.
Para lidar com a neglig&ecirc;ncia parental ou evit&aacute;-la, &eacute; essencial que os jovens tenham uma rede de apoio e se sintam tanto acolhidos como estimulados nos primeiros anos de vida. Um jovem que se desenvolve com experi&ecirc;ncias afetivas positivas no decorrer na inf&acirc;ncia costuma se tornar mais aberto ao mundo e, consequentemente, mais feliz.&nbsp;

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Quais são os efeitos da privação emocional na vida de um bebê?

Imagem de Mulheres são mais emotivas que homens? Não é o que diz a ciência no megacurioso

Estereótipo sobre mulheres serem mais sensíveis do que homens foi quebrado em pesquisa que revela consistências emocionais entre os gêneros

De acordo com um estudo publicado por especialistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, as mulheres n&atilde;o s&atilde;o mais emotivas do que os homens. A tese contraria uma esp&eacute;cie de estere&oacute;tipo global em que as mulheres s&atilde;o consideradas "irracionais" se comparadas ao sexo oposto, especialmente quando h&aacute; flutua&ccedil;&atilde;o de emo&ccedil;&otilde;es. Por meio de observa&ccedil;&otilde;es di&aacute;rias, foi definido um importante contraponto em rela&ccedil;&atilde;o a uma pesquisa que entrega dados excludentes h&aacute; d&eacute;cadas.
Tendo como autora s&ecirc;nior&nbsp;Adriene Beltz,&nbsp;professora assistente de Psicologia da Universidade de Michigan, o projeto serviu como uma retrata&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica contra a observa&ccedil;&atilde;o das emo&ccedil;&otilde;es entre g&ecirc;neros, visto que mulheres eram exclu&iacute;das de pesquisas biom&eacute;dicas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120247-estado-de-negacao-pos-diagnostico-pode-ser-uma-condicao-neurologica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurol&oacute;gicas</a> e sociais devido &agrave;s flutua&ccedil;&otilde;es c&iacute;clicas nos horm&ocirc;nios ovarianos, consideradas indutoras de variabilidade que poderiam interferir nos resultados dos projetos.
Agora, com o surgimento de suporte emp&iacute;rico e de novos mandatos &mdash; e com a maior participa&ccedil;&atilde;o das mulheres em pesquisas cient&iacute;ficas &mdash; novos dados relevantes est&atilde;o come&ccedil;ando a surgir e, com isso, importantes estere&oacute;tipos sociais v&ecirc;m sendo quebrados, especialmente os relativos &agrave; sensibilidade entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118810-o-que-e-o-genero-nao-binario-de-demi-lovato.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">g&ecirc;neros</a>. Para isso, levam-se em considera&ccedil;&atilde;o os diferentes tratamentos de variabilidade emotiva, quando sentimentos como entusiasmo, nervosismo ou for&ccedil;a s&atilde;o interpretados de forma equivocada conforme o sexo que os vivencia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/28/28085714750022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A pesquisa teve como base observa&ccedil;&otilde;es di&aacute;rias, por cerca de 2 meses e meio, com 142 homens e mulheres volunt&aacute;rios para um experimento em que suas emo&ccedil;&otilde;es negativas e positivas foram analisadas, respeitando tr&ecirc;s &iacute;ndices de variabilidade afetiva: volatilidade, in&eacute;rcia emocional e ciclicidade.&nbsp;
<h2 class="uk-text-justify">O fim do vi&eacute;s especulativo</h2>
Os participantes dos testes foram divididos em 5 grupos, com os homens inclusos em um &uacute;nico, e as mulheres separadas nos outros 4. Um sem a interfer&ecirc;ncia de anticoncepcionais e os 3 restantes utilizando diferentes formas de contraceptivos orais. Em seguida, os resultados, ao fim dos 75 dias, foram comparados, confirmando flutua&ccedil;&otilde;es de emo&ccedil;&otilde;es semelhantes em todos os &iacute;ndices, variando minimamente devido a circunst&acirc;ncias individuais (a margem de erro esperada).
&ldquo;Tamb&eacute;m n&atilde;o encontramos diferen&ccedil;as significativas entre os grupos de mulheres, deixando claro que os altos e baixos emocionais s&atilde;o devidos &agrave; muitas influ&ecirc;ncias &mdash; n&atilde;o apenas aos horm&ocirc;nios&rdquo;, disse Beltz.
&ldquo;Nosso estudo fornece dados psicol&oacute;gicos exclusivos para mostrar que as justificativas para excluir as mulheres em primeiro lugar (devido aos horm&ocirc;nios ovarianos flutuantes e, consequentemente, &agrave;s emo&ccedil;&otilde;es, experi&ecirc;ncias confusas) foram equivocadas&rdquo;, disse a especialista.
Mesmo que existam poucas diferen&ccedil;as entre os grupos, foi apontado que n&atilde;o h&aacute; ind&iacute;cios de que os horm&ocirc;nios ovarianos influenciem a variabilidade afetiva nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119991-6-descobertas-feitas-por-mulheres-mas-creditadas-aos-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres</a>&nbsp;em maior extens&atilde;o do que os fatores biopsicossociais que influenciam as emo&ccedil;&otilde;es di&aacute;rias nos homens, colocando ambas as perspectivas em igualdade aproximada e eliminando as generaliza&ccedil;&otilde;es sobre as mulheres serem mais emotivas de forma recorrente.

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Mulheres são mais emotivas do que homens? Não é o que diz a Ciência

Imagem de Neurociência pode ajudar a melhorar a alfabetização no megacurioso

As regiões do cérebro responsáveis pela capacidade de aprender são as mesmas, por isso é importante identificar possíveis falhas no sistema educacional para melhorar todo o contexto social de um país

Em qualquer parte do mundo, o c&eacute;rebro humano funciona de maneira similar. N&atilde;o importa o idioma, os sons e os s&iacute;mbolos inseridos na linguagem. As regi&otilde;es do c&eacute;rebro respons&aacute;veis pela capacidade de aprender s&atilde;o as mesmas. Desse modo, &eacute; importante identificar poss&iacute;veis falhas no sistema educacional para melhorar todo o contexto social de um pa&iacute;s.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), o&nbsp;Brasil conta atualmente com cerca de 11 milh&otilde;es de analfabetos, mesmo que, segundo o Plano Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o, haja previs&atilde;o de redu&ccedil;&atilde;o da alfabetiza&ccedil;&atilde;o absoluta em pelo menos 50% at&eacute; 2024. Ao analisar estudos realizados em neuroci&ecirc;ncia, constatamos que certas regi&otilde;es cerebrais devem ser profundamente estimuladas para melhor capacidade de aprendizado.
Por isso, acredito que a neuroci&ecirc;ncia apresenta grandes contribui&ccedil;&otilde;es para a melhora do cen&aacute;rio educacional brasileiro. O uso de metodologias experimentais e tecnologias avan&ccedil;adas j&aacute; ajudaram a fortalecer dados nos &uacute;ltimos 30 anos, com todo o rigor cient&iacute;fico necess&aacute;rio, que &eacute; tema do meu estudo <a href="https://www.jbino.com/docs/Issue05_23_2021.pdf" target="_blank">publicado esta semana em revista cient&iacute;fica</a>.
A capacidade de aprender &eacute; ampla e ilimitada. Al&eacute;m disso, o c&eacute;rebro se renova e se adapta a diversas situa&ccedil;&otilde;es. A cria&ccedil;&atilde;o de solu&ccedil;&otilde;es para falhas educacionais pode estar dentro da neuroci&ecirc;ncia, pois, a mem&oacute;ria &eacute; a base de aprendizagem, aprimorando as conex&otilde;es neurais, proporcionando mais mem&oacute;ria e mais capacidade de planejamento, abstra&ccedil;&atilde;o, julgamento e aten&ccedil;&atilde;o. As crian&ccedil;as, por terem um sistema nervoso &ldquo;mais pl&aacute;stico&rdquo; do que um adulto, necessitam de uma estimula&ccedil;&atilde;o precoce e correta para terem um maior potencial de aprendizagem.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil; conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA); &eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela EBWU e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Neurociência pode ajudar a melhorar a alfabetização

Imagem de Futebol americano: como as concussões afetam a vida de um atleta? no megacurioso

Casos de suicídio, confusão mental e aumento da agressividade são consequências de síndrome gerada por constantes impactos no cérebro

A morte do ex-atleta profissional Junior Seau, em 2 de maio de 2012, chocou os Estados Unidos e abalou os bastidores da National Football League (NFL) &mdash; a maior liga de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/100905-estadio-de-futebol-nos-eua-tem-camarotes-equipados-com-piscinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">futebol americano</a> do planeta. &Iacute;dolo do San Diego Chargers, Seau se suicidou enquanto estava sozinho em casa.
Familiares e parentes pr&oacute;ximos ao antigo linebacker afirmam que, desde a aposentadoria dos gramados, sua personalidade mudou, e ele parecia apresentar grande confus&atilde;o mental e excesso de agressividade. Posteriormente, a morte de Junior seria atribu&iacute;da a uma doen&ccedil;a chamada Encefalopatia Traum&aacute;tica Cr&ocirc;nica (CTE), causada por constantes les&otilde;es traum&aacute;ticas no c&eacute;rebro derivadas dos fortes impactos de cabe&ccedil;a sofridos dentro de campo.
<h2>Omiss&atilde;o da liga</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;K.C. Alfred/San Diego Union Tribune&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sandiegouniontribune.com/sports/chargers/sdut-seau-born-to-be-hall-of-fame-ceremony-2015aug07-htmlstory.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13113449787158.jfif" alt="(Fonte: K.C. Alfred/San Diego Union Tribune)" />(Fonte: K.C. Alfred/San Diego Union Tribune)
Al&eacute;m de ser um esporte de contato, o futebol americano &eacute; uma modalidade que implica uma sequ&ecirc;ncia de corpos se chocando uns contra os outros em velocidades muito r&aacute;pidas. E embora fosse &oacute;bvio que esse tipo de colis&atilde;o poderia amea&ccedil;ar a integridade f&iacute;sica dos atletas, a NFL demorou muito tempo para reconhecer o problema e tomar provid&ecirc;ncias.
Especialmente antes dos anos 2000, n&atilde;o existiam protocolos que removessem os atletas de uma partida ap&oacute;s eles sofrerem fortes impactos em campo. Apesar de os capacetes serem uma prote&ccedil;&atilde;o evidente, os jogadores eram enviados de volta para a arena de batalha, mesmo que cambaleando.
A morte de Seau n&atilde;o foi a primeira nem a &uacute;ltima com diagn&oacute;stico parecido. Em 2002, Mike Webster (1952-2002), ex-jogador da linha ofensiva do Pittsburgh Steelers, foi o primeiro atleta profissional a ser diagnosticado com CTE pelo patologista Bennet Omalu. Assim como Webster, outros jogadores falecidos tiveram seus c&eacute;rebros doados para estudo.
<h2>Repeti&ccedil;&atilde;o de casos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13113235865155.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Um estudo feito em 2017 pela Universidade de Boston desvendou que 110 dos 111 c&eacute;rebros de antigos jogadores da NFL colocados para an&aacute;lise mostravam sinais de CTE. Entretanto, todos os &oacute;rg&atilde;os foram doados por fam&iacute;lias que haviam reconhecido os sintomas da doen&ccedil;a &mdash; o que distorce a incid&ecirc;ncia dos casos no n&uacute;mero amplo.
Em geral, estudos apontam que a CTE est&aacute; ligada a comportamento suicida,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119819-quais-doencas-no-cerebro-levam-a-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dem&ecirc;ncia</a> e decl&iacute;nio na mem&oacute;ria. Em entrevista concedida ao The Washington Post, o ex-atleta Larry Johnson, do Kansas City Chiefs, falou sobre como vinha se sentindo desde que parou de jogar, em 2011.
Johnson afirmou ter medo de que suas mudan&ccedil;as de temperamento e comportamento autodestrutivo fossem resultados da CTE e revelou n&atilde;o se lembrar de duas temporadas completas em que esteve em campo na NFL. Al&eacute;m disso, ele garante que luta todos os dias para controlar os impulsos de se machucar.
<h2>Preven&ccedil;&atilde;o e diagn&oacute;stico</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13113711943161.jpg" alt="(Fonte: Kevin Terrell/Associated Press" />(Fonte: Kevin Terrell/Associated Press)
Concuss&otilde;es s&atilde;o les&otilde;es altamente comuns entre atletas profissionais, sobretudo no futebol americano. Como o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119232-cuide-da-saude-do-cerebro-para-ter-uma-vida-sustentavel-e-mais-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> &eacute; um &oacute;rg&atilde;o bastante fr&aacute;gil, quando sofremos um impacto forte, ele pode sacudir dentro de nosso cr&acirc;nio e criar uma les&atilde;o traum&aacute;tica na regi&atilde;o. Indiv&iacute;duos que sofrem concuss&otilde;es podem perder a consci&ecirc;ncia, ficar desorientados e mais sens&iacute;veis &agrave; luz. 
Desde que os primeiros estudos sobre CTE foram feitos pelo Dr. Omalu, os casos repetitivos de concuss&atilde;o foram tidos como os principais causadores da doen&ccedil;a. Entretanto, como a CTE s&oacute; pode ser diagnosticada ap&oacute;s a morte de uma pessoa, n&atilde;o h&aacute; nada que possa ser feito clinicamente al&eacute;m de observar os sintomas.
Os casos de suic&iacute;dio fizeram a NFL se tornar palco dos tribunais norte-americanos por uma &eacute;poca, levando at&eacute; mesmo o comiss&aacute;rio da liga, Roger Goodell, para depor junto a uma equipe de m&eacute;dicos. Recentemente, a organiza&ccedil;&atilde;o tem trabalhado para diminuir os casos de concuss&otilde;es entre seus atletas, mudando algumas regras do jogo e trabalhando em conjunto com distribuidoras de equipamentos para aumentar a prote&ccedil;&atilde;o de seus materiais.
De acordo com os dados da NFL, o n&uacute;mero de concuss&otilde;es durante treinos e jogos caiu de 281 casos em 2017 para 214 em 2018. Por&eacute;m, os n&uacute;meros voltaram a subir para 224 em 2019. Tendo esses dados em mente, a liga segue doando milh&otilde;es de d&oacute;lares por ano para pesquisas relacionadas aos traumas na cabe&ccedil;a.

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Futebol americano: como as concussões afetam a vida de um atleta?

Imagem de Round 6: o perigo da falta de filtro diante das crianças no megacurioso

Muitas crianças estão tendo acesso a essa série extremamente violenta. Quais são os perigos disso para os pequenos?

Para quem ainda n&atilde;o conhece, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120081-round-6-serie-da-netflix-e-inspirada-em-uma-historia-real.htm" target="_blank" title="Round 6: s&eacute;rie da Netflix &eacute; inspirada em uma hist&oacute;ria real?">Round 6</a>&nbsp;&eacute; uma s&eacute;rie coreana que tem feito muito sucesso na Netflix. O enredo envolve a hist&oacute;ria de pessoas endividadas que podem ser resgatadas da crise financeira por meio de um jogo perigoso. A hist&oacute;ria suscita o debate de uma s&eacute;rie de narrativas sobre a sociedade: o que leva algumas pessoas a arriscar tudo por dinheiro? Quais s&atilde;o os valores da vida? O que seria, de fato, a felicidade?
No entanto, h&aacute; uma quest&atilde;o que precisa ser abordada: o fato de o programa s&oacute; poder ser acompanhado por maiores de 16 anos, segundo a recomenda&ccedil;&atilde;o oficial. Por&eacute;m, n&atilde;o &eacute; isso que acontece na pr&aacute;tica. Exemplo disso &eacute; que, recentemente, uma escola no Rio de Janeiro revelou que crian&ccedil;as de 7 e 8 anos t&ecirc;m comentado o assunto nos hor&aacute;rios livres e feito brincadeiras que, na s&eacute;rie, relacionam-se com o assassinato de personagens.
Tal situa&ccedil;&atilde;o evidencia o quanto &eacute; necess&aacute;rio algum tipo de controle por parte dos pais, afinal, a s&eacute;rie apresenta cenas de viol&ecirc;ncia expl&iacute;cita, tortura psicol&oacute;gica, suic&iacute;dio, tr&aacute;fico de &oacute;rg&atilde;os, sexo e palavras de baixo cal&atilde;o. Portanto, a aten&ccedil;&atilde;o &eacute; necess&aacute;ria, pois s&atilde;o crian&ccedil;as comentando o assunto como se&nbsp;fosse algo normal o fato de elas assistirem.
Ao entrarem em contato com conte&uacute;do de cunho violento, as crian&ccedil;as e os adolescentes acabam &ldquo;normalizando&rdquo; o tema e tomando isso como algo comum, tornando-se mais reativas e agressivas. Nessa fase da vida, ainda esse grupo de pessoas s&atilde;o imaturas e muito vulner&aacute;veis a est&iacute;mulos que podem se tornar incontrol&aacute;veis e at&eacute; mesmo viciantes. Al&eacute;m disso, nessa idade o c&eacute;rebro tem menos &ldquo;freios&rdquo; na regula&ccedil;&atilde;o das emo&ccedil;&otilde;es.
A escola &eacute; o ambiente que mais se assemelha ao lar, com leis e regras, mas tamb&eacute;m acolhimento e amor. Por todo segmento educacional, com interface da sa&uacute;de mental, profissionais est&atilde;o preocupados com a repercuss&atilde;o dessa s&eacute;rie. As crian&ccedil;as tendem a fazer o que veem, n&atilde;o o que os pais e professores sugerem.
Diante desse cen&aacute;rio, a a&ccedil;&atilde;o preventiva preconiza o controle de tempo e de conte&uacute;do da tela para crian&ccedil;as e adolescentes. &Eacute; importante considerar ainda que a crian&ccedil;a n&atilde;o tem a mesma percep&ccedil;&atilde;o preventiva do adulto, j&aacute; que a regi&atilde;o do lobo frontal, relacionada &agrave; tomada de decis&otilde;es, &agrave; l&oacute;gica e &agrave; preven&ccedil;&atilde;o est&aacute; em forma&ccedil;&atilde;o, assim como a cogni&ccedil;&atilde;o com base na experi&ecirc;ncia n&atilde;o est&aacute; desenvolvida.
S&atilde;o discernimentos diferentes na percep&ccedil;&atilde;o do adulto e da crian&ccedil;a. Nesse caso, recomendo aos pais que se deve ter cuidado ao acesso das crian&ccedil;as e explicar com argumentos coerentes para a faixa et&aacute;ria, de maneira que entenda o real e o abstrato, assim como suas consequ&ecirc;ncias.
A s&eacute;rie utiliza brincadeiras simples de crian&ccedil;a como &ldquo;Batatinha frita 1,2,3&rdquo;, &ldquo;Cabo de guerra&rdquo;, &ldquo;Bolas de gude&rdquo; e outras, para assassinar a &ldquo;sangue frio&rdquo; as pessoas que n&atilde;o atingem o objetivo final. A produ&ccedil;&atilde;o estreou na plataforma de streaming no dia 17 de setembro e <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/226744-round-6-torna-serie-assistida-historia-da-netflix.htm" target="_blank">j&aacute; ultrapassou o recorde de audi&ecirc;ncia na Netflix</a> de Bridgerton, que acumulou mais de 82 milh&otilde;es de espectadores ap&oacute;s o lan&ccedil;amento no Natal de 2020.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela EBWU e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Round 6: o perigo da falta de filtro diante das crianças

Imagem de Felicidade nos ajuda a manter boa cognição, diz estudo no megacurioso

Pesquisa mostrou que adultos chineses felizes com a vida apresentaram menor perda de cognição com o passar do tempo

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/89241-voce-sabe-de-onde-vem-a-felicidade-cientificamente-falando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felicidade</a> pode ser a chave para o envelhecimento saud&aacute;vel, ao menos &eacute; o que diz um estudo realizado pela Universidade de Michigan, dos Estados Unidos, com adultos na China. Segundo o trabalho, as chances de desenvolver algum tipo de comprometimento cognitivo, como a dem&ecirc;ncia, s&atilde;o consideravelmente menores em indiv&iacute;duos com melhor bem-estar psicol&oacute;gico.
Estudos anteriores j&aacute; haviam indicado que a psicologia positiva apresentava benef&iacute;cios para a mente humana, mas o pequeno tempo de an&aacute;lise dos pacientes comprometia a validade da associa&ccedil;&atilde;o. Para esse teste, 9,5 mil pessoas foram estudadas de 2002 a 2014.
<h2>Defici&ecirc;ncia cognitiva</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/01/01105503729088.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Na vis&atilde;o de Lydia Li, professora na Universidade de Michigan e coautora do estudo, saber mais sobre as poss&iacute;veis causas de defici&ecirc;ncias cognitivas &eacute; uma importante quest&atilde;o de sa&uacute;de p&uacute;blica em uma sociedade em envelhecimento. &ldquo;Os resultados t&ecirc;m implica&ccedil;&otilde;es para as pol&iacute;ticas e pr&aacute;ticas relacionadas ao apoio a pessoas idosas para preservar a fun&ccedil;&atilde;o cognitiva na velhice, uma vez que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111017-pesquisa-comprova-que-mindfulness-ajuda-na-saude-e-bem-estar-de-estudantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bem-estar psicol&oacute;gico</a> &eacute; modific&aacute;vel&rdquo;, destacou Li.
Para ela, aumentar o bem-estar psicol&oacute;gico dos mais velhos n&atilde;o s&oacute; melhora a qualidade de vida deles, mas tamb&eacute;m poderia diminuir a carga e os custos dos tratamentos para lidar com as causas do comprometimento cognitivo. Entre os pacientes estudados, todos tinham mais de 60 anos e n&atilde;o apresentavam nenhum tipo de dificuldade no in&iacute;cio dos experimentos.
Cerca de 2.640 entrevistados tiveram in&iacute;cio de defici&ecirc;ncia cognitiva em uma das entrevistas de acompanhamento, e os n&uacute;meros aumentaram ligeiramente ao longo do tempo &mdash; aumento de 11% entre 2002 e 2005, e de 13,3% no intervalo de 2011 a 2014.
<h2>Felicidade na vida</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/01/01105404432087.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para avaliar o bem-estar psicol&oacute;gico, os entrevistados responderam a perguntas sobre seu otimismo, consci&ecirc;ncia, solid&atilde;o, autoestima e outros fatores que revelassem como estavam se sentindo no momento. Durante esse per&iacute;odo, tamb&eacute;m falaram sobre qual tipo de apoio social estavam recebendo, como visitas de familiares e amigos, al&eacute;m de descrever seus status de sa&uacute;de.
Apesar de a pesquisa ter sido aplicada apenas em cidad&atilde;os chineses, Li acredita n&atilde;o haver raz&otilde;es para acreditar que os dados levantados n&atilde;o possam se encaixar a outros grupos raciais, &eacute;tnicos ou geogr&aacute;ficos.&nbsp;
Caso comprovada a causalidade entre felicidade e queda no decl&iacute;nio cognitivo, esse seria um importante passo para que a ci&ecirc;ncia elaborasse estrat&eacute;gias de preven&ccedil;&atilde;o para que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119360-idosos-solitarios-vivem-menos-e-sao-menos-ativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idosos</a> pudessem chegar em est&aacute;gios avan&ccedil;ados da vida com a sa&uacute;de mental em dia.

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Felicidade nos ajuda a manter boa cognição, diz estudo

Imagem de Por que gostamos tanto da sensação de ver filmes de terror? no megacurioso

Você é fã de filmes de terror? Entenda a razão pela qual você pode preferir esse gênero aos outros

O terror no cinema &eacute; um dos g&ecirc;neros mais visados nos &uacute;ltimos anos, especialmente pela evolu&ccedil;&atilde;o conceitual e de proposta que a categoria vem apresentando. Por&eacute;m, tudo indica que o p&uacute;blico entusiasta do horror n&atilde;o &eacute; atra&iacute;do apenas por cenas violentas, abordagem psicol&oacute;gica pesada ou por sustos pontuais, mas tamb&eacute;m por um pouquinho de ci&ecirc;ncia, que passa a afetar o organismo e gerar uma sensa&ccedil;&atilde;o de "paix&atilde;o" pelo medo.
Os filmes de terror s&atilde;o conhecidos por gerar uma s&eacute;rie de emo&ccedil;&otilde;es nos espectadores, podendo ser classificados como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119952-6-filmes-que-definiram-um-genero-cinematografico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">g&ecirc;nero</a> mais completo em rela&ccedil;&atilde;o ao poder sensorial. Em pouco mais de 90 minutos, &eacute; poss&iacute;vel experimentar medo, ang&uacute;stia, afli&ccedil;&atilde;o, pavor, al&iacute;vio e muito mais, algo que &eacute; potencializado &agrave; medida que o telespectador imerge na produ&ccedil;&atilde;o e passa a acreditar que tamb&eacute;m faz parte de toda aquela perturba&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/05/05102321773108.jpg" alt="(Fonte: Lionsgate / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Lionsgate / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quem nunca parou para comentar um "n&atilde;o fa&ccedil;a isso!" ou "por que eles n&atilde;o v&atilde;o todos juntos?" durante as sess&otilde;es? Esse detalhe de inser&ccedil;&atilde;o &eacute; um dos principais efeitos causados pelo medo, e poucas obras s&atilde;o capazes de genuinamente transmitir calafrios e uma vontade inata de deixar o corpo em alerta constante. Isso ocorre porque a descarga de adrenalina e de subst&acirc;ncias qu&iacute;micas, como endorfina e dopamina, induzem euforia, dando a ideia de que somos capazes de enfrentar situa&ccedil;&otilde;es que, na vida real, n&atilde;o ser&iacute;amos.
<h2 class="uk-text-justify">A sensa&ccedil;&atilde;o psicol&oacute;gica</h2>
Outro detalhe que chama a aten&ccedil;&atilde;o dos f&atilde;s de terror &eacute; o forte efeito psicol&oacute;gico que as obras levam ao p&uacute;blico. Ao apresentar situa&ccedil;&otilde;es envolvendo traumas, tabus e viol&ecirc;ncia, essas produ&ccedil;&otilde;es estimulam a proje&ccedil;&atilde;o de pensamentos de enfrentamento, principalmente se as cenas tiverem fundamentos que se aproximem da realidade. Dessa forma, quanto mais o filme se prop&otilde;e a coexistir em um mesmo universo &agrave; frente das telas, mais as pessoas se entregam.
&ldquo;Esse filme foi feito para convencer os espectadores de que essa coisa de possess&atilde;o demon&iacute;aca pode realmente acontecer e com qualquer pessoa. N&atilde;o h&aacute; como se proteger contra isso, n&atilde;o temos controle sobre isso&rdquo;, disse Glenn Sparks, especialista em efeitos de m&iacute;dia na Universidade de Purdue, comentando o filme O Exorcista. &ldquo;As pessoas sa&iacute;ram do cinema pensando: 'Cara, sou vulner&aacute;vel a isso'&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/05/05101141195098.jpg" alt="(Fonte: a24 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: a24 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
E, apesar de o medo ser visto essencialmente como uma sensa&ccedil;&atilde;o negativa, sua simples exist&ecirc;ncia causa uma rea&ccedil;&atilde;o em cadeia capaz de despertar in&uacute;meras outras sensa&ccedil;&otilde;es positivas. Assim, a ideia de que tudo ocorre por tr&aacute;s de uma tela transmite uma certa seguran&ccedil;a de que n&atilde;o apenas fortalece, mas encoraja as pessoas a arriscarem algo que n&atilde;o faz parte de suas rotinas di&aacute;rias e a investirem em obras apavorantes de forma volunt&aacute;ria.
&ldquo;Isso remonta &agrave; primeira inf&acirc;ncia&rdquo;, explicou a psic&oacute;loga cl&iacute;nica Margot Levin. &ldquo;Pense em uma crian&ccedil;a aprendendo a andar: uma das coisas que gosta de fazer &eacute; fugir dos pais, chegar a um certo ponto em que &eacute; um pouco assustador e depois correr de volta. Trata-se de brincar com o perigo, mas com uma sensa&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a&rdquo;.
<h2 class="uk-text-justify">Experimento de &ldquo;gelar o sangue&rdquo;</h2>
Em dezembro de 2015, um estudo publicado no jornal brit&acirc;nico The BMJ revelou que h&aacute; uma boa chance de se desenvolver co&aacute;gulos sangu&iacute;neos ao assistir a filmes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116324-3-sanatorios-macabros-que-parecem-ter-saido-de-um-filme-de-terror.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terror</a>. Essa resposta, que normalmente &eacute; acionada pelo corpo para tratar les&otilde;es ou estancar sangramentos, &eacute; mais uma consequ&ecirc;ncia da libera&ccedil;&atilde;o de adrenalina e surge como um mecanismo instintivo que "n&atilde;o faz distin&ccedil;&atilde;o entre ser perseguido por um urso ou assistir a um filme assustador".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/05/05101816429106.jpg" alt="(Fonte: Sony Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Sony Pictures / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Do ponto de vista da sobreviv&ecirc;ncia, isso permite que pessoas estejam plenamente preparadas para enfrentar riscos, j&aacute; que esses efeitos, ao melhorarem o desempenho verbal e cognitivo, d&atilde;o o impulso necess&aacute;rio para que as situa&ccedil;&otilde;es de pavor sejam contornadas. Por isso que, ao assistir a um filme de terror, &eacute; poss&iacute;vel pensar racional e conscientemente sobre diversos fatos, psicol&oacute;gicos ou n&atilde;o, mesmo sem haver vulnerabilidade clara aos eventos sofridos pelos personagens.
&ldquo;Se por acaso voc&ecirc; gosta de filmes de terror, voc&ecirc; se acomoda e aproveita o susto da mesma forma que se diverte em uma montanha-russa&rdquo;, disse Steven Schlozman, professor assistente de Psiquiatria na Harvard Medical School. &ldquo;Se a amea&ccedil;a for real, voc&ecirc; faz o mesmo tipo de coisa, mas, na maioria dos casos, n&atilde;o aproveita a experi&ecirc;ncia. &Eacute; normal ficar intrigado com coisas que nos assustam&rdquo;, disse ele. &ldquo;O terror nos permite enfrentar nossos medos a uma dist&acirc;ncia segura&rdquo;, o professor afirmou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/05/05101543757104.jpg" alt="(Fonte: a24 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: a24 / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Assim, ver um filme de terror pode ser uma &oacute;tima forma de refletir sobre temas contempor&acirc;neos, gerenciar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119637-croche-a-importancia-da-atividade-no-combate-ao-estresse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a> e melhorar as habilidades de resolu&ccedil;&atilde;o de problemas.
<h2 class="uk-text-justify">Os 10 filmes de terror mais apavorantes, segundo a Ci&ecirc;ncia</h2>
Em 2021, a equipe do BroadbandChoices realizou uma pesquisa com usu&aacute;rios do Reddit para descobrir quais s&atilde;o os 30 projetos de horror que mais tiveram destaque na vida dos usu&aacute;rios. Em seguida, informa&ccedil;&otilde;es de monitoramento card&iacute;aco recolhidas de 250 participantes classificaram as obras de acordo com a m&eacute;dia de batimentos. Confira abaixo a lista dos dez filmes mais assustadores segundo a pesquisa.
<ol>
<li class="uk-text-justify">Host&nbsp;(2020), 88 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">A Entidade&nbsp;(2012), 86 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Sobrenatural&nbsp;(2010), 85 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Invoca&ccedil;&atilde;o do Mal (2013), 84 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Heredit&aacute;rio&nbsp;(2018), 82 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Aterrorizados&nbsp;(2017), 82 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Corrente do Mal (2014), 81 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Um Lugar Silencioso &mdash; Parte 2 (2021), 80 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Atividade Paranormal (2007), 80 batimentos</li>
<li class="uk-text-justify">Invoca&ccedil;&atilde;o do Mal (2016), 79 batimentos</li>
</ol>

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Por que gostamos tanto da sensação de ver filmes de terror?

Imagem de Inteligência Geral: Por quê alguns são mais inteligentes que outros? no megacurioso

Alguns indivíduos apresentam desenvolvimento cerebral mais eficiente do que de outros, e tais variações são determinadas através do tipo de inteligência de cada um, além de fatores genéticos

&Eacute; comum ouvir que uma pessoa &eacute; mais inteligente do que a outra. Por&eacute;m, o que define o n&iacute;vel de intelig&ecirc;ncia? Quais crit&eacute;rios s&atilde;o observados para qualificar um indiv&iacute;duo como intelectualmente superior a outro? Para responder aos questionamentos, desenvolvi, com a biom&eacute;dica Nath&aacute;lia Barth e a neuropsic&oacute;loga Leninha Wagner, um artigo cient&iacute;fico, recentemente publicado na&nbsp;Bio Innovation, para avaliar a intelig&ecirc;ncia geral.
No artigo, destacamos que alguns indiv&iacute;duos apresentam um desenvolvimento cerebral mais eficiente do que de outros, e tais varia&ccedil;&otilde;es s&atilde;o determinadas atrav&eacute;s da intelig&ecirc;ncia l&oacute;gica, que influencia no tipo de intelig&ecirc;ncia de cada um, al&eacute;m de fatores gen&eacute;ticos. Vale ressaltar que a psicologia considera dois tipos de intelig&ecirc;ncia: cristalizada e fluida.
A primeira est&aacute; relacionada ao conhecimento e experi&ecirc;ncia anteriores, e reflete a cogni&ccedil;&atilde;o verbal. &Eacute; influenciada pela estrutura cortical e da espessura cortical em &aacute;reas laterais dos lobos temporais, e do polo temporal.
Enquanto a intelig&ecirc;ncia fluida, ligada &agrave; atividade neural nas regi&otilde;es pr&eacute;-frontal e parietal lateral, est&aacute; relacionada ao racioc&iacute;nio, aten&ccedil;&atilde;o e mem&oacute;ria.
Para avaliar a participa&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica na intelig&ecirc;ncia, visto que o &ldquo;percentual de genes que produzem prote&iacute;nas funcionais est&aacute; implicada em diversas fun&ccedil;&otilde;es neuronais&rdquo;, foram utilizados estudos que mostram que genes, associados aos neur&ocirc;nios principais do c&oacute;rtex e mesenc&eacute;falo, indicam haver rela&ccedil;&atilde;o da fun&ccedil;&atilde;o e a estrutura da c&eacute;lula piramidal &agrave; intelig&ecirc;ncia humana.
<h2>A avalia&ccedil;&atilde;o</h2>
Existem diversos recursos para analisar a intelig&ecirc;ncia de um indiv&iacute;duo, como imagem cerebral que investiga a estrutura e fun&ccedil;&otilde;es do c&eacute;rebro, mas sabe-se que a intelig&ecirc;ncia tem grande participa&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica.
Quando observadas neuroimagens, &eacute; poss&iacute;vel identificar melhores e maiores conex&otilde;es na regi&atilde;o branca e cinzenta do c&eacute;rebro. Por&eacute;m, n&atilde;o apenas o volume e espessura da subst&acirc;ncia cinzenta do c&eacute;rebro que tem rela&ccedil;&atilde;o com a intelig&ecirc;ncia.
Desse modo, concluiu-se que pode haver rela&ccedil;&atilde;o da fun&ccedil;&atilde;o e a estrutura da c&eacute;lula piramidal &agrave; intelig&ecirc;ncia humana relativo ao tamanho dendr&iacute;tico e velocidade do potencial de a&ccedil;&atilde;o e o QI.
Logo, o fator gen&eacute;tico serve como precursor para o desenvolvimento da intelig&ecirc;ncia, e uma boa dieta, bem como a pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos e atividades l&uacute;dicas na inf&acirc;ncia, s&atilde;o fatores importantes para que a regi&atilde;o do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal, respons&aacute;vel pela l&oacute;gica, preven&ccedil;&atilde;o e tomada de decis&otilde;es possa comprometer o bom desenvolvimento de regi&otilde;es no c&eacute;rebro relacionadas &agrave;s demais intelig&ecirc;ncias.
O artigo original foi publicado na revista cient&iacute;fica <a href="https://www.jbino.com/docs/Issue05_02_2021.pdf" target="_blank">Bio Innovation</a>.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil; conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA); &eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela EBWU e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Inteligência Geral: por que alguns são mais inteligentes que outros?

Imagem de Pesquisadores divergem sobre o futuro do crescimento demográfico na Terra no megacurioso

Como as previsões demográficas ajudam no planejamento do futuro dos países?

Nos &uacute;ltimos anos, alguns pa&iacute;ses, principalmente os situados no continente asi&aacute;tico, adotaram medidas de controle demogr&aacute;fico. Muitas vezes, o Estado determinava o n&uacute;mero de filhos que um casal podia ter.&nbsp;Cingapura &eacute; um dos principais exemplos, j&aacute; que, na d&eacute;cada de 1980, incentivou os casais do pa&iacute;s a terem, no m&aacute;ximo, dois filhos. Esse cen&aacute;rio, contudo, n&atilde;o se sustentou por muito tempo. Isso porque, em 1987, o Estado passou a incentivar um maior n&uacute;mero de filhos por casal.
E esse n&atilde;o &eacute; um caso isolado. Muitos pa&iacute;ses tentam manter sua popula&ccedil;&atilde;o est&aacute;vel, a qual n&atilde;o pode ser composta nem por indiv&iacute;duos demais, nem por poucos, j&aacute; que os extremos s&atilde;o considerados prejudiciais para a economia.&nbsp;O controle demogr&aacute;fico dos pa&iacute;ses &eacute; feito de acordo com proje&ccedil;&otilde;es realizadas por importantes &oacute;rg&atilde;os internacionais, como a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU). No entanto, esses dados se mostram controversos, dado que as proje&ccedil;&otilde;es variam conforme as t&eacute;cnicas utilizadas.
Segundo a ONU, o mundo deve atingir quase 11 bilh&otilde;es de habitantes at&eacute; 2100. Por outro lado, grupos de pesquisadores indicam que a popula&ccedil;&atilde;o deve chegar a 9,7 bilh&otilde;es at&eacute; 2070 e, a partir disso, diminuir.
A diverg&ecirc;ncia nas proje&ccedil;&otilde;es &eacute; prejudicial para governos e organiza&ccedil;&otilde;es que desejam se planejar para o futuro. Por isso, a indica&ccedil;&atilde;o mais importante &eacute; focar os esfor&ccedil;os na an&aacute;lise dos dados atuais, por meio de pesquisas e levantamentos, como o censo demogr&aacute;fico realizado no Brasil.
<h2>Censo populacional</h2>
A partir da an&aacute;lise de dados assertivos do presente &eacute; poss&iacute;vel chegar a conclus&otilde;es mais pontuais sobre o crescimento demogr&aacute;fico futuro. Contudo, essa tarefa tem sido dificultada, especialmente em decorr&ecirc;ncia da pandemia, que comprometeu a realiza&ccedil;&atilde;o de levantamentos geogr&aacute;ficos em todo o mundo.
Mesmo assim, no in&iacute;cio de 2021, alguns pa&iacute;ses divulgaram os resultados de suas pesquisas demogr&aacute;ficas. Os Estados Unidos e a China, por exemplo, mostraram n&iacute;veis baixos recorde de crescimento populacional. Apesar de os dados chamarem aten&ccedil;&atilde;o, j&aacute; eram esperados por alguns pesquisadores.
A an&aacute;lise dos dados presentes &eacute; uma boa forma de realizar previs&otilde;es futuras, mas n&atilde;o deve ser considerada totalmente assertiva. Isso porque existem acontecimentos que n&atilde;o podem ser previstos, como a pandemia de covid-19, que teve grande impacto sobre o n&uacute;mero de habitantes da Terra.
Dessa forma, o que podemos esperar &eacute; a divulga&ccedil;&atilde;o de dados mais recentes. Com isso, ser&aacute; poss&iacute;vel visualizar a situa&ccedil;&atilde;o atual e, quem sabe, estabelecer uma proje&ccedil;&atilde;o realista sobre o que o futuro reserva para a popula&ccedil;&atilde;o mundial.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa. PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil; conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA); &eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela EBWU e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Pesquisadores divergem sobre o futuro do crescimento demográfico na Terra

Imagem de Como o cérebro define a qualidade das nossas memórias? no megacurioso

Estudo indica que seres humanos tomam decisões baseadas em quão confiável o cérebro se sente sobre acontecimentos do passado

O c&eacute;rebro humano n&atilde;o &eacute; exatamente a coisa mais confi&aacute;vel do mundo quando o assunto &eacute; se lembrar de coisas que aconteceram no passado ou at&eacute; mesmo dados mais recentes. Quando nos distra&iacute;mos por um momento, por exemplo, podemos facilmente deixar algo passar batido mesmo &ldquo;prestando bastante aten&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
Por&eacute;m, isso n&atilde;o significa que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103675-sua-memoria-anda-ruim-a-culpa-pode-ser-dos-seus-habitos-de-sono-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mem&oacute;ria</a> n&atilde;o seja importante nas nossas vidas. Segundo um novo estudo feito na Universidade de Nova York (NYU), os seres humanos costumam tomar decis&otilde;es baseadas em qu&atilde;o certos est&atilde;o de que suas lembran&ccedil;as s&atilde;o verdadeiras ou exatas. Resumindo, o c&eacute;rebro constantemente realiza um &ldquo;controle de qualidade&rdquo; em tudo que j&aacute; armazenou.&nbsp;
<h2>Processamento de mem&oacute;rias</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/20/20104319097093.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A mem&oacute;ria de trabalho, que nos permite armazenar informa&ccedil;&otilde;es em nossa cabe&ccedil;a por um curto tempo, &eacute; uma ferramenta do sistema cognitivo envolvida em quase todas as nossas atividades do dia a dia &mdash; principalmente na tomada de decis&atilde;o e aprendizado.
Quando estamos lendo um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118532-qual-e-o-livro-mais-longo-ja-publicado-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">livro</a>, por exemplo, guardamos as palavras lidas nas &uacute;ltimas p&aacute;ginas na mem&oacute;ria enquanto os olhos continuam escaneando as outras folhas. De maneira parecida, quando estamos comprando algo pela internet, nossa mente guarda informa&ccedil;&otilde;es sobre outros itens olhados anteriormente para poder fazer uma compara&ccedil;&atilde;o.
&ldquo;Se acharmos que nossa mem&oacute;ria para o item online visualizado anteriormente &eacute; fraca ou incerta, vamos voltar para a p&aacute;gina e verificar esse item novamente para garantir uma compara&ccedil;&atilde;o precisa&rdquo;, explicou o l&iacute;der do estudo, Hsin-Hung Li. Anteriormente, nenhum estudo havia comprovado se as regi&otilde;es do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119232-cuide-da-saude-do-cerebro-para-ter-uma-vida-sustentavel-e-mais-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> que armazenam mem&oacute;ria tamb&eacute;m conseguiam registrar o grau de qualidade daquela lembran&ccedil;a.
<h2>An&aacute;lise do c&eacute;rebro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/20/20104437347095.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Durante o estudo, os cientistas conduziram uma s&eacute;rie de experimentos em cobaias para determinar como o armazenamento de mem&oacute;rias funcionava e como o c&eacute;rebro manifestava certeza ou incerteza sobre determinados itens. Em um dos casos, os pacientes foram pedidos para lembrar a localiza&ccedil;&atilde;o de um alvo enquanto uma resson&acirc;ncia magn&eacute;tica funcional registrava a atividade cerebral.&nbsp;
O resultado do experimento fez com que os cientistas pudessem at&eacute; mesmo prever quando um dos participantes iria errar a resposta. Em uma segunda tentativa, os pesquisadores pediram para que as pessoas expressassem oralmente o qu&atilde;o incertas estavam sobre suas respostas.
Em conjunto, ambos os testes produziram a primeira evid&ecirc;ncia de que o c&eacute;rebro humano registra tanto o conte&uacute;do quanto a qualidade da mem&oacute;ria de trabalho nas mesmas regi&otilde;es corticais. &ldquo;O conhecimento da incerteza da mem&oacute;ria tamb&eacute;m orienta as pessoas a buscarem mais informa&ccedil;&otilde;es quando n&atilde;o confiam na pr&oacute;pria mem&oacute;ria&rdquo;, concluiu Li.&nbsp;

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