Imagem de Dia Nacional da Ciência: como é ser cientista no Brasil? no megacurioso

Neurocientista revela o que falta para o Brasil ser uma das grandes potências científicas mundiais

Comemorado em 8 de julho, o Dia Nacional da Ci&ecirc;ncia foi criado para incentivar a atividade cient&iacute;fica no pa&iacute;s. Quem aproveita para celebrar a data &eacute; o PhD, neurocientista, neuropsic&oacute;logo e bi&oacute;logo luso-brasileiro Fabiano de Abreu. Membro da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neuroci&ecirc;ncia e da Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias, ele observa que &ldquo;o Brasil tem bons cientistas, alguns de nome internacional. Um cientista &eacute; aquele que n&atilde;o apenas estuda, o cientista inventa, descobre, aprimora, aperfei&ccedil;oa, traz solu&ccedil;&atilde;o&rdquo;.
Para exercer atividades ligadas ao universo cient&iacute;fico, ele mostra que n&atilde;o &eacute; uma tarefa das mais f&aacute;ceis: &ldquo;&Eacute; necess&aacute;rio criatividade e conhecimento amplo na &aacute;rea de estudo. O cientista tem que estar sempre estudando para que possa dar os melhores resultados em suas descobertas&rdquo;, revela.
Mas qual &eacute; o problema no Brasil quando se fala na qualidade da ci&ecirc;ncia que &eacute; desenvolvida por aqui? Para Fabiano, &ldquo;faltam boas universidades que apoiem os projetos e acredite no potencial dos cientistas. N&atilde;o h&aacute; investimentos na pessoa cientista por aqui, como &eacute; feito nas grandes na&ccedil;&otilde;es deste ramo&rdquo;.
Por outro lado, Abreu lamenta que n&atilde;o exista uma cultura midi&aacute;tica de incentivo &agrave; ci&ecirc;ncia. &ldquo;A grande imprensa no Brasil valoriza mais os de fora. E isso n&atilde;o s&oacute; desmotiva, como tamb&eacute;m n&atilde;o ajuda para conseguir investidores para as pesquisas&rdquo;. Somando-se a isso, ele acredita que o governo tamb&eacute;m deve facilitar a atividade destes profissionais: &ldquo;O governo tem planos de verbas para a ci&ecirc;ncia. Mas &eacute; burocr&aacute;tico e poucos conseguem ter acesso&rdquo;, lamenta.
Diretor Geral de um centro de pesquisas e cientista em estudos de suplementos de f&aacute;bricas, Fabiano de Abreu confia &ldquo;que este dia 8 de julho seja levado a s&eacute;rio como uma reflex&atilde;o e a partir da&iacute; novas portas se abram no Brasil para que esses profissionais consigam realizar da melhor maneira os seus trabalhos. For&ccedil;a de trabalho para sermos como as grandes pot&ecirc;ncias n&oacute;s j&aacute; temos, basta acreditar nelas&rdquo;, completa.

thumb-image-2024-02-29T14:05:37.694Z

Dia Nacional da Ciência: como é ser cientista no Brasil?

Imagem de Dia Mundial do Chocolate: os benefícios e perigos no consumo desse alimento no megacurioso

No Dia Mundial do Chocolate, vamos entender melhor o que ele faz em nosso organismo e como podemos consumi-lo com saúde

O chocolate &eacute; um dos alimentos mais apreciados e consumidos no mundo. Associado a sentimentos e momentos felizes ou de conforto s&atilde;o poucas as pessoas que n&atilde;o gostam ou recusam um quadradinho de chocolate.
Falando das suas propriedades, seus benef&iacute;cios ou malef&iacute;cios, o neurocientista Fabiano de Abreu elucida-nos:&nbsp;"Quando falamos em chocolate no meio cient&iacute;fico o conectamos a coisas boas em sua grande maioria. Contudo, quando em excesso &eacute; algo que se torna prejudicial. Mas &eacute; inevit&aacute;vel pensar logo em flavonoides e, no meu caso, pensar em mem&oacute;ria".
Ainda segundo Abreu, "os flavonoides ou bioflavonoides s&atilde;o compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamat&oacute;rias. Eles podem ser encontrados no ch&aacute; preto, suco de laranja, vinho tinto, chocolate, morango, frutos secos, caf&eacute;, br&oacute;colis, a&ccedil;a&iacute;, ch&aacute; verde, alho, soja, framboesas e alguns outros alimentos. Alimentos ricos em flavonoides, reduzem em at&eacute; quatro vezes o risco de desenvolver Alzheimer e outras dem&ecirc;ncias.
"Os flavonoides trazem benef&iacute;cios para a sa&uacute;de do cora&ccedil;&atilde;o e podem aumentar a quantidade de sangue presente no giro denteado do hipocampo, sistema l&iacute;mbico do c&eacute;rebro. Essa regi&atilde;o do c&eacute;rebro &eacute; particularmente afetada pelo envelhecimento e est&aacute; relacionada com o processo de transforma&ccedil;&atilde;o de mem&oacute;ria de curta para longa dura&ccedil;&atilde;o".
<h2>Benef&iacute;cios do consumo de chocolate</h2>
O chocolate, quando consumido correta e moderadamente, pode trazer diversos benef&iacute;cios:&nbsp;"O consumo de chocolate j&aacute; comprovou ser eficaz no ganho nas fun&ccedil;&otilde;es cognitivas e tamb&eacute;m no efeito do humor. Considerando que o processo de armazenamento de mem&oacute;ria envolve a emo&ccedil;&atilde;o e a serotonina torna a aprendizagem mais eficiente, al&eacute;m de ser um neurotransmissor relacionado &agrave; felicidade. Quando em baixa &eacute; o respons&aacute;vel pela depress&atilde;o, logo percebemos a import&acirc;ncia do chocolate neste processo de memoriza&ccedil;&atilde;o", explica o neurocientista.
Como nos refere Abreu, "n&iacute;veis mais altos de serotonina elevam a efic&aacute;cia na aprendizagem e o chocolate, mais especificamente nas sementes do cacau, tem a presen&ccedil;a do amino&aacute;cido triptofano, que sintetiza a serotonina. Inclusive, este neurotransmissor tem rela&ccedil;&otilde;es com a ansiedade, j&aacute; que atua no c&eacute;rebro regulando-a. Baixos n&iacute;veis desta mol&eacute;cula podem causar aumento de ansiedade e levar &agrave; depress&atilde;o".
Mas os benef&iacute;cios e a sua lista podem ainda ser alargados:&nbsp;"H&aacute; tamb&eacute;m no chocolate a teobromina, um n&atilde;o seletivo da fosfodiesterase (PDE); &eacute; um alcaloide da fam&iacute;lia das metilxantinas, da qual tamb&eacute;m fazem parte a teofilina e a cafe&iacute;na. Ela pode ser &uacute;til no tratamento da fadiga e hipotens&atilde;o ortost&aacute;tica. Al&eacute;m de ser um estimulante no processo de memoriza&ccedil;&atilde;o.
Mas n&atilde;o para por a&iacute;, o chocolate tamb&eacute;m influ&ecirc;ncia na libera&ccedil;&atilde;o da dopamina, famoso neurotransmissor da recompensa que na falta dele, aumenta-se a ansiedade em busca de sua libera&ccedil;&atilde;o", refere.
<h2>Cuidados com o exagero</h2>
Contudo, nem tudo &eacute; bom. H&aacute; regras para o seu consumo para potencializar os benef&iacute;cios e reduzir os malef&iacute;cios:&nbsp;"Chocolate em excesso faz mal, n&atilde;o s&oacute; pela libera&ccedil;&atilde;o deste neurotransmissor dopamina que &eacute; viciante, pedindo para que coma mais chocolate, mas tamb&eacute;m pela gordura e o a&ccedil;&uacute;car que al&eacute;m do envolvimento dessas subst&acirc;ncias com a dopamina, tamb&eacute;m h&aacute; a rela&ccedil;&atilde;o com a diabetes e aumento de peso. O recomendado s&atilde;o chocolates amargos acima de 70% de concentra&ccedil;&atilde;o de cacau", afirma o neurocientista.
Em jeito de conclus&atilde;o, Abreu explica como devemos consumir este alimento muitas vezes dif&iacute;cil de regrar: "Minha dica: chocolate meio amargo com modera&ccedil;&atilde;o, 70% cacau e se puder, que tenha frutos secos em peda&ccedil;os. Que tenha uma quantidade de a&ccedil;&uacute;car inferior a 10 gramas e que seja consumido cerca de 10 a 15 gramas por dia.
"H&aacute; tamb&eacute;m no chocolate prote&iacute;na, c&aacute;lcio, ferro, entre outras subst&acirc;ncias que interferem em nossos neurotransmissores e horm&ocirc;nios. O c&aacute;lcio por exemplo, ajuda a controlar o nervosismo. O s&oacute;dio por sua vez, estudos indicam que tem impacto negativo, quando consumido em excesso, nas c&eacute;lulas endoteliais dentro dos vasos sangu&iacute;neos cerebrais".

thumb-image-2024-02-29T14:05:37.467Z

Dia Mundial do Chocolate: os benefícios e perigos no consumo desse alimento

Imagem de Cuide da saúde do cérebro para ter uma vida sustentável e mais feliz no megacurioso

O cérebro humano comanda atividades como o controle das ações motoras, a integração dos estímulos sensoriais e as atividades neurológicas como a memória e a fala

O c&eacute;rebro humano comanda atividades como o controle das a&ccedil;&otilde;es motoras, a integra&ccedil;&atilde;o dos est&iacute;mulos sensoriais e as atividades neurol&oacute;gicas como a mem&oacute;ria e a fala. E cuidar bem dessa m&aacute;quina preciosa &eacute; o primeiro passo para se ter uma vida sustent&aacute;vel e saud&aacute;vel em, por que n&atilde;o, mais feliz.
Muitas pessoas cultivam alguns h&aacute;bitos prejudiciais &agrave;s fun&ccedil;&otilde;es cerebrais que, por sua vez, acabam prejudicando a sa&uacute;de emocional, mental e org&acirc;nica. E com o passar do tempo podem provocar mal-estar psicol&oacute;gico, deteriora&ccedil;&atilde;o do racioc&iacute;nio e, at&eacute; mesmo, desenvolver certas dem&ecirc;ncias.
Portanto, vamos cuidar do &oacute;rg&atilde;o mais importante do corpo humano!
<h2>Ponha a cara no sol</h2>
Ficar muito tempo no escuro mesmo durante o dia deixa a pessoa deprimida e impacta negativamente no c&eacute;rebro. A luz natural ajuda o c&eacute;rebro a liberar melatonina, um horm&ocirc;nio importante para o sono. Pela manh&atilde;, ao recebermos luz intensa, a melatonina &eacute; transformada em serotonina, o horm&ocirc;nio do bom humor. O sol ajuda a regular as fun&ccedil;&otilde;es org&acirc;nicas.
<h3>Filtre as not&iacute;cias</h3>
As not&iacute;cias afetam nossas emo&ccedil;&otilde;es, pensamentos e comportamentos, portanto, a exposi&ccedil;&atilde;o excessiva fatos negativos tem potencial para prejudicar seu c&eacute;rebro, porque estimula o mecanismo lutar ou fugir. O estresse prolongado acaba por comprometer a sa&uacute;de emocional, mental e org&acirc;nica.
<h3>Abaixe o som</h3>
A m&uacute;sica alta prejudica o c&eacute;rebro especialmente quando se usa fones de ouvido. Mesmo quando praticar ciclismo, caminhadas ou relaxamento fique atento ao volume, porque escutar m&uacute;sica muito alta e por um longo per&iacute;odo de tempo causa s&eacute;rios danos &agrave; audi&ccedil;&atilde;o e problemas de mem&oacute;ria no futuro.
<h3>Isolamento social</h3>
Estamos numa pandemia e o recomendado &eacute; ficar em distanciamento social. Mas todos n&oacute;s sabemos que socializar &eacute; um h&aacute;bito que faz bem &agrave; sa&uacute;de e afasta o risco de depress&atilde;o e estresse. Nos tempos atuais, se eventos sociais est&atilde;o proibidos, busque alternativas para conversar, que tal da sacada de seu pr&eacute;dio e ao ar livre.
<h3>Controle o tempo nas telas</h3>
As tecnologias digitais invadiram nosso cotidiano e tudo parece que est&aacute; ao redor delas. O fato &eacute; que ficar tempo demais diante de celular, computador, televis&atilde;o ou tablets prejudicam a sa&uacute;de psicol&oacute;gica e certas &aacute;reas de seu c&eacute;rebro como, por exemplo, o lobo frontal onde ocorre o processamento e o pensamento de tipos mais complexos e nos permite sentir compaix&atilde;o e empatia. Vamos ter consci&ecirc;ncia e moderar a quantidade de tempo gasto diante de uma tela, nosso c&eacute;rebro agradece.
<h3>Fuja do a&ccedil;&uacute;car</h3>
Consumir doces ou bebidas a&ccedil;ucaradas com frequ&ecirc;ncia pode ser uma das formas de o c&eacute;rebro responder ao estresse, mas devemos ter cautela com a quantidade de a&ccedil;&uacute;car que ingerimos por dia. O excesso pode levar ao desequil&iacute;brio de nutrientes no corpo e ao desbalanceamento qu&iacute;mico no c&eacute;rebro.
<h3>Caf&eacute; da manh&atilde; &eacute; fundamental</h3>
Tomar um caf&eacute; da manh&atilde; gosto e saud&aacute;vel &eacute; fundamental para repor os nutrientes que foram gastos durante a noite. Pular essa refei&ccedil;&atilde;o pode levar &agrave; m&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o cerebral.
<h3>Vamos nos mexer</h3>
A atividade f&iacute;sica regular &eacute; excelente para a manter o c&eacute;rebro saud&aacute;vel. O exerc&iacute;cio f&iacute;sico ajuda a oxigenar o sistema nervoso e a liberar horm&ocirc;nios necess&aacute;rios ao bem-estar dessa m&aacute;quina preciosa. Fuja da vida ociosa e sedent&aacute;ria que leva &agrave; obesidade. Se mexa, fa&ccedil;a caminhadas curtas tr&ecirc;s vezes por semana, por exemplo. Voc&ecirc; vai perceber os benef&iacute;cios para sua mente e corpo.
<h3>Durma o tempo necess&aacute;rio</h3>
Dormir e acordar cedo e bem ajuda manter o n&iacute;vel de energia necess&aacute;rio ao dia a dia. Al&eacute;m disso, mant&ecirc;m a sa&uacute;de mental e fun&ccedil;&otilde;es de racioc&iacute;nio e mem&oacute;ria, ampliando a capacidade de concentra&ccedil;&atilde;o. Voc&ecirc; afugenta a irrita&ccedil;&atilde;o e o mau humor. Evite cafe&iacute;na, bebidas alco&oacute;licas e telas digitais algumas horas antes de ir dormir.

thumb-image-2024-02-29T14:05:36.690Z

Cuide da saúde do cérebro para ter uma vida sustentável e mais feliz

Imagem de Harriet Cole: o sistema nervoso que alavancou o estudo da anatomia no megacurioso

A mulher doou seu corpo para a ciência, então o anatomista Rufus Weaver decidiu dissecá-lo

<head></head><body>Antes de entrar para a história, ainda que sua contribuição não seja reconhecida, Harriet Cole trabalhava como faxineira na Escola de Homeopatia Médica Hahnemann (atual Universidade Drexel) da Filadélfia, em meados da década de 1880.&nbsp;Foi limpando os laboratórios e salas de aula da faculdade que ela conheceu o professor de anatomia Rufus B. Weaver. Durante a Batalha de Gettysburg, seu pai Samuel Weaver foi contratado pelo governo para ajudar a identificar os soldados confederados enterrados em covas rasas para serem repatriados para os estados do sul do país.Depois que seu pai morreu em um acidente de trem, Rufus ficou encarregado do trabalho, desenvolvendo sua paixão pelo campo da anatomia no final da Guerra Civil. Weaver começou a trabalhar em Hahnemann em 1879, ao assumir o cargo de Demonstrador e Conferencionista de Anatomia, dissecando cadáveres com seus alunos.<h2>O corpo para estudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/23/23174207512369.jpg" alt="(Fonte: ScienceDirect/Reprodução)">(Fonte: ScienceDirect/Reprodução)Não foi possível determinar qual foi o grau de relação entre Weaver e Cole, mas parece ter sido o suficiente, visto que a mulher decidiu doar seu corpo para pesquisa científica antes de morrer de tuberculose aos 35 anos, em 1888.Obedecendo à vontade de Cole, Weaver não pensou duas vezes em trabalhar no corpo da mulher. Antes do século XIX, o campo de estudo da anatomia era novo e escasso, visto que os cadáveres usados pertenciam a criminosos ou faziam parte da bizarra <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113660-a-industria-de-roubo-de-corpos-do-seculo-xviii-e-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria de roubo de corpos</a> que existia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/23/23174306808370.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)O primeiro passo do anatomista foi remover todo o sistema nervoso de Harriet Cole e montá-lo fora de seu corpo, em um processo que demorou 6 meses. Weaver cortou toda a carne do cadáver para revelar o sistema nervoso, envolvendo cada nervo com gaze e o cobrindo com tinta à base de chumbo.A princípio, o trabalho foi feito apenas para ser usado como meio de educar seus alunos em sala de aula, mas não demorou para que o feito de Weaver ganhasse o mundo. Em 1893, o médico enviou “Harriet” para a Exposição Mundial, onde foi premiado com o Prêmio Científico Premium.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/23/23174412792373.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Por muitos anos, o sistema nervoso de Harriet Cole viajou para diferentes laboratórios e salas de aula por todo país, até voltar para a faculdade onde foi criado, em 1960. Até hoje, a chamada "obra de arte de anatomia" feita por Rufus Weaver permanece na entrada da Faculdade de Medicina da Filadélfia.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:36.015Z

Harriet Cole: o sistema nervoso que alavancou o estudo da anatomia

Imagem de Por que algumas bebidas e alimentos são tão difíceis de largar? no megacurioso

O vício está relacionado à sensação de bem-estar. Mas por que lidamos com essa sensação de maneiras tão diferentes?

O v&iacute;cio est&aacute; relacionado &agrave; sensa&ccedil;&atilde;o de bem-estar; a dopamina &eacute; o neurotransmissor da recompensa e ela &eacute; essencial para buscarmos conquistas para a nossa sobreviv&ecirc;ncia.&nbsp;A ansiedade, tamb&eacute;m relacionado ao instinto, pela sobreviv&ecirc;ncia, &eacute; uma pend&ecirc;ncia para agirmos em busca da solu&ccedil;&atilde;o do problema, seja ele a falta de conquistas ou para solu&ccedil;&otilde;es que possam nos tirar do &ldquo;perigo&rdquo;.
Correlacionando um ao outro, a ansiedade, como pend&ecirc;ncia, busca a libera&ccedil;&atilde;o de dopamina e esta por sua vez, torna-se viciante, na busca por maiores concentra&ccedil;&otilde;es. A quest&atilde;o &eacute; que mecanismos externos que aumentam a sua produ&ccedil;&atilde;o, se tornam facilitadores deixando de ter uma produ&ccedil;&atilde;o natural na mesma intensidade, criando assim um clico ansiedade-dopamina.
Na realidade, o v&iacute;cio n&atilde;o &eacute; no alimento e sim na libera&ccedil;&atilde;o de neurotransmissores relacionados ao bem estar, entre eles, a dopamina.&nbsp;Mas h&aacute; tamb&eacute;m a condi&ccedil;&atilde;o c&eacute;rebro-paladar; alimentos hiperpalat&aacute;veis, al&eacute;m dos alimentos que mexem diretamente com neurotransmissores relacionados.
Alimentos ricos em a&ccedil;&uacute;car e gordura estimulam neurotransmissores como dopamina e serotonina relacionados ao prazer e ao humor. O v&iacute;cio est&aacute; relacionado com a pessoa em si: h&aacute; quem seja mais suscet&iacute;vel e isso tem rela&ccedil;&atilde;o com fatores, entre eles, gen&eacute;tico. Tamb&eacute;m est&aacute; relacionado &agrave; cultura, daqueles que buscam prazer constante.
O c&eacute;rebro, como a vida, tem rela&ccedil;&otilde;es n&atilde;o s&oacute; com equil&iacute;brio, mas com a sem&acirc;ntica, por isso, a busca pelo prazer pode tornar-se cultural e sua busca ser ampla e alargada.

thumb-image-2024-02-29T14:05:35.696Z

Por que algumas bebidas e alimentos são tão difíceis de largar?

Imagem de Por que lembramos de coisas inúteis em vez do que é importante? no megacurioso

A memória humana continua sendo um grande mistério e cada vez mais vem intrigando os estudiosos

<head></head><body>Muitas vezes, temos a impressão de que nossa mente prioriza informações inúteis em vez das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118700-6-tecnicas-que-podem-ajudar-a-melhorar-nossa-memoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memórias</a> consideradas importantes, substituindo momentos que são mais valiosos por situações momentâneas e com pouco valor afetivo. Assim, é normal nos depararmos com situações em que esquecemos, por exemplo, onde deixamos a chave do carro, uma data especial ou uma prova, mas acabamos lembrando de um aniversário há uma década.Apesar disso ser um verdadeiro mistério para nós, tudo indica que a ciência vem avançando nos estudos neurológicos, através de pesquisas consideradas "uma revolução científica de boa fé nos últimos 10 anos" e fundamentadas na criação da droga experimental Ampakine, que apresentou melhorias na velocidade de aprendizagem e na retenção de informações em ratos laboratoriais. Segundo o professor Irvine Gary Lynch, da Universidade da Califórnia, a Ampakine foi desenvolvida para fortalecer a recuperação de memórias em casos leves de demência, derrame e doença de Alzheimer, mas ainda não foi testada em humanos.<h2>A categorização da memória</h2>Lynch explica que os humanos utilizam dois tipos distintos de memórias: a "memória episódica" e a "memória de rabiscos". Quando lembramos de eventos marcantes, mas que não possuem significados relevantes a partir de um momento, essa memória fica armazenada na seção "episódica", que utiliza bombardeamento de hormônios para preservar emoções e sensações. Já questões urgentes e que necessitam de um resgate imediato ficariam alocadas na "de rabiscos", setor que não consegue guardar muitos fragmentos e acaba substituindo-os recorrentemente em poucas horas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/02/02104846249202.jpeg" alt="(Fonte: Pixabay / Reprodução)">(Fonte: Pixabay / Reprodução)Em casos mais extremos, alguns dos fragmentos de memórias importantes são permanentemente perdidos, principalmente por estarmos praticando pensamentos e guardando informações constantemente. Esse fato reforça que, mesmo com um potencial gigante para armazenar eventos do passado e dados significantes, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118747-o-bizarro-caso-do-estudante-que-quase-nao-tinha-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a> opera com uma capacidade limitada e seria necessário muitas vidas para poder preenchê-lo.O cérebro forma automaticamente essas categorias e sacrifica lembranças registradas para poder inserir uma série de fatos novos, algo que inicialmente mexe com a percepção e gera confusões resultantes de padrões aleatórios, mas que com o tempo passam a se unir a emoções e padrões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118897-dicionario-canino-12-comportamentos-dos-caes-e-seus-significados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comportamento</a>, criando vínculos. Uma vez existentes esses elos, as imagens são completamente formadas na mente e somos capazes de viver tudo apenas com a imaginação.Até o momento, os especialistas seguem com as investigações sobre o funcionamento da memória humana e esperam em breve obter respostas mais claras sobre a substituição de lembranças, sejam relacionadas às perdas definitivas ou à categorização de eventos na mente.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:34.105Z

Por que lembramos de coisas inúteis em vez do que é importante?

Imagem de Como funciona o cérebro num relacionamento? no megacurioso

É possível entender melhor os apaixonados se olharmos para seus cérebros. Quer saber como?

Detalhar como o c&eacute;rebro funciona no relacionamento n&atilde;o &eacute; t&atilde;o simples, pois depende n&atilde;o s&oacute; do sentimento da pessoa, mas tamb&eacute;m de outros fatores, como a personalidade e a intelig&ecirc;ncia. Estes tamb&eacute;m interferem em como o c&eacute;rebro funciona no relacionamento. Portanto, qualquer receita de bolo para este t&iacute;tulo estaria equivocada. Mesmo assim, vou selecionar alguns fatores que possam vir a acontecer em diferentes casos no relacionamento.
Estudos mostraram que quando olhamos para o rosto de quem estamos apaixonados, um n&uacute;mero limitado de &aacute;reas no c&eacute;rebro est&aacute; especialmente envolvida em sua ativa&ccedil;&atilde;o, independentemente do g&ecirc;nero. Entre elas encontram-se estruturas corticais e subcorticais: c&oacute;rtex insular, c&oacute;rtex cingulado anterior, hipocampo, partes do c&oacute;rtex estriado e n&uacute;cleo accumbens.
<h2>Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa apaixonada?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/10/a-10201247660038.jpg" alt="" />
J&aacute; ouviu dizer que a paix&atilde;o &eacute; passageira? Isso acontece porque &eacute; uma emo&ccedil;&atilde;o com prazo de validade e de alta intensidade. A paix&atilde;o ocasiona estados de hipermotiva&ccedil;&atilde;o, perda da raz&atilde;o, estresse, depend&ecirc;ncia, obsess&atilde;o e compuls&otilde;es.
Dependendo do g&ecirc;nero, diversas regi&otilde;es do c&eacute;rebro est&atilde;o relacionadas &agrave; paix&atilde;o, entre elas, o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal e as demais que est&atilde;o localizadas nas regi&otilde;es do n&uacute;cleo da base e do sistema l&iacute;mbico. O neurotransmissor envolvido &eacute; a famosa dopamina, respons&aacute;vel pela sensa&ccedil;&atilde;o de recompensa.
Fibras dopamin&eacute;rgicas, via feixe prosencef&aacute;lico medial, se projetam da &aacute;rea tegmentar ventral (VTA) do mesenc&eacute;falo para o n&uacute;cleo accumbens. O c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal tamb&eacute;m exerce a fun&ccedil;&atilde;o de fornecer feedback para a VTA diretamente ou pelo n&uacute;cleo accumbens. Todas essas estruturas se comunicam com o hipot&aacute;lamo para iniciar as respostas neuroend&oacute;crinas e viscerais de recompensa.
Com o aumento da dopamina, h&aacute; uma diminui&ccedil;&atilde;o da serotonina, neurotransmissor relacionado ao apetite e ao humor. Por isso que muitos apaixonados emagrecem. Estudos j&aacute; provaram a redu&ccedil;&atilde;o de serotonina no estado inicial de paix&atilde;o e o mesmo acontece em pacientes com dist&uacute;rbios obsessivo-compulsivos.
A obsess&atilde;o est&aacute; relacionada ao v&iacute;cio &mdash; a dopamina &eacute; viciante &mdash;, por isso usu&aacute;rios de drogas tornam-se dependentes, pois este neurotransmissor est&aacute; relacionado tamb&eacute;m com a sensa&ccedil;&atilde;o de &ecirc;xtase com o uso de drogas. Al&eacute;m disso, h&aacute; um aumento do cortisol, horm&ocirc;nio relacionado ao sistema imunol&oacute;gico no combate ao estresse, euforia, ansiedade.
<h2>Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa que est&aacute; amando?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/10/a-10201417612039.jpg" alt="a" />
Aqui vamos falar do horm&ocirc;nio oxitocina, tamb&eacute;m liberado no parto ou no sexo. Ele est&aacute; relacionado a v&iacute;nculos mais duradouros. Assim como a vasopressina, este horm&ocirc;nio aumenta a press&atilde;o sangu&iacute;nea, por isso amar faz bem.
Ambos os horm&ocirc;nios s&atilde;o produzidos no hipot&aacute;lamo e armazenados na hip&oacute;fise para serem descarregados na corrente sangu&iacute;nea. Principalmente durante o sexo, em homens, e nas mulheres tamb&eacute;m durante o parto e na amamenta&ccedil;&atilde;o.
<h2>Uma pessoa que est&aacute; no relacionamento, mas n&atilde;o gosta mais do parceiro(a)</h2>
Exatamente: quando estamos em um relacionamento sem gostar de nosso(a) pareceiro(a), o c&eacute;rebro age diferentemente e a neuroci&ecirc;ncia pode identificar. No romance, quando apaixonados, regi&otilde;es como o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal, regi&atilde;o da cogni&ccedil;&atilde;o, racioc&iacute;nio l&oacute;gico e consci&ecirc;ncia e a am&iacute;gdala cerebral, regi&atilde;o dos instintos e situa&ccedil;&otilde;es de medo, s&atilde;o &ldquo;desativadas&rdquo;. Esta regi&atilde;o &eacute; inibida, desregulando a capacidade de discernimento. Com o tempo, essas altera&ccedil;&otilde;es se invertem e aos poucos volta-se &agrave; "consci&ecirc;ncia" e o tempo varia de acordo com a personalidade do indiv&iacute;duo, intelig&ecirc;ncia e com diversos fatores externos que possam causar desilus&atilde;o, por isso, n&atilde;o tatue o nome da namorada e cuidado com as loucuras impens&aacute;veis da paix&atilde;o.
Quando racionalizamos os pr&oacute;s e os contras de forma consciente e conclu&iacute;mos que algo no(a) parceiro(a) n&atilde;o se encaixa, predomina ent&atilde;o o instinto de sobreviv&ecirc;ncia no sistema l&iacute;mbico, ativando a ansiedade para que possamos resolver a pend&ecirc;ncia &mdash; que &eacute; se livrar daquela pessoa. Quando isso n&atilde;o acontece, a ansiedade aumenta e envolve constantemente a am&iacute;gdala cerebral que, com o passar do tempo, se n&atilde;o resolver o problema, coloca a pessoa em um sentimento de infelicidade, causando disfun&ccedil;&atilde;o generalizada em diversos neurotransmissores.
Todo esse circuito neuronal envolve n&atilde;o s&oacute; comportamentos como express&otilde;es, que revelam a insatisfa&ccedil;&atilde;o conjugando diversas regi&otilde;es do c&eacute;rebro, como o c&oacute;rtex cerebral, sistema l&iacute;mbico e o n&uacute;cleos da base. Lembrando: as emo&ccedil;&otilde;es decorrentes de atividades cognitivas entram no circuito via hipocampo. J&aacute; as emo&ccedil;&otilde;es resultantes de percep&ccedil;&otilde;es som&aacute;ticas e viscerais entram no circuito via hipot&aacute;lamo.
Assim, seja sempre honesto e sincero com o seu parceiro(a) &mdash; a ci&ecirc;ncia hoje em dia releva cada gesto, express&atilde;o e comportamento.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; Doutor e Mestre em Psicologia da Sa&uacute;de pela Universit&eacute; Libre des Sciences de l&rsquo;Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de na &aacute;rea de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncia pela Emil Brunner World University; Mestre em psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Tr&ecirc;s P&oacute;s-Gradua&ccedil;&otilde;es em neuroci&ecirc;ncia; cognitiva, infantil, intelig&ecirc;ncia artificial, P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especializa&ccedil;&atilde;o em Propriedade El&eacute;trica dos Neur&ocirc;nios em Harvard, Neuroci&ecirc;ncia Geral em Harvard; Especialista em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filos&oacute;fico e Vis&otilde;es do Mundo &ndash; Universidade Aut&ocirc;noma de Madrid, Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, Hist&oacute;ria de La &Eacute;tica pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva &ndash; Autorrealiza&ccedil;&atilde;o, Prop&oacute;sito e Sentido de Vida &ndash; PUC RS.

thumb-image-2024-02-29T14:05:34.344Z

Como funciona o cérebro num relacionamento?

Imagem de Mudanças comportamentais e emocionais que ocorrem na adolescência no megacurioso

Período crucial para a maturação neuropsicológica do cérebro, a adolescência, que inicia-se aos 11 anos segundo a OMS, é palco de modificações significativas nas conexões neuronais 

Per&iacute;odo crucial para a matura&ccedil;&atilde;o neuropsicol&oacute;gica do c&eacute;rebro, a adolesc&ecirc;ncia, que inicia-se aos 11 anos segundo a OMS, &eacute; palco de modifica&ccedil;&otilde;es significativas nas conex&otilde;es neuronais com o aumento de quantidade de sinapses; perda da massa cinzenta at&eacute; os 30 anos de idade; e aumento progressivo de subst&acirc;ncia branca. As mudan&ccedil;as, principalmente no c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal, &aacute;rea da l&oacute;gica, manuten&ccedil;&atilde;o da emo&ccedil;&atilde;o, organiza&ccedil;&atilde;o mental, comportamento, etc., resultam na busca da pr&oacute;pria identidade e esta regi&atilde;o finaliza sua forma&ccedil;&atilde;o at&eacute; os 24 anos de idade. Por isso ainda h&aacute; imaturidade at&eacute; esta idade.
Oscila&ccedil;&atilde;o de humor e controle da impulsividade s&atilde;o alguns dos comportamentos. Nesta fase, pode ocorrer o surgimento de trasntornos mentais, envolvimento com atividades de risco e abuso de &aacute;lcool e drogas. Essas subst&acirc;ncias acionam o sistema de recompensa atrav&eacute;s da recapta&ccedil;&atilde;o de neurotransmissores como a noradrenalina, dopamina, serotonina entre outros.
Mas o bloqueio da recapta&ccedil;&atilde;o da dopamina leva a um aumento de sua concentra&ccedil;&atilde;o na fenda sin&aacute;ptica e o torna mais significativo no processo de prazer associado ao uso dessas subst&acirc;ncias. Com o passar do tempo e o uso cont&iacute;nuo de &aacute;lcool e drogas, passa a haver menor disponibilidade de dopamina nas sinapses, o que leva &agrave; necessidade de consumir mais dessas subst&acirc;ncias na tentativa de recuperar os n&iacute;veis desses neurotransmissores.
Nesta fase, h&aacute; uma observa&ccedil;&atilde;o maior do outro, se desvinculando da conex&atilde;o com os pais como mecanismo reprodutivo hormonal de emancipa&ccedil;&atilde;o. Inclusive, essa percep&ccedil;&atilde;o de diferentes pontos de vista e o aumento de capacidade intelectual contribuem para o desenvolvimento cognitivo, mas induzem ao gosto pela discuss&atilde;o e manifesto com atitudes contradit&oacute;rias e cria&ccedil;&atilde;o de raz&atilde;o abstrata pela falta de conhecimento mediante a experi&ecirc;ncia.
A inseguran&ccedil;a ao desbravar o novo aumenta a ansiedade, que resulta em atitudes impulsivas. Por isso, existem os momentos de tristeza e frustra&ccedil;&atilde;o que os colocam em solid&atilde;o como ref&uacute;gio e impot&ecirc;ncia.
A mudan&ccedil;a de personalidade, a busca por tribos, distanciamento do colo dos pais. Tudo isso faz parte de um processo evolutivo que est&aacute; determinado em nosso c&oacute;digo gen&eacute;tico auxiliado pelo c&eacute;rebro, horm&ocirc;nios e neurotransmissores. A emancipa&ccedil;&atilde;o para a socializa&ccedil;&atilde;o e busca de um parceiro(a) &eacute; um processo biol&oacute;gico que inicia-se na pr&eacute;-adolesc&ecirc;ncia e segue encontrando reajustes ap&oacute;s a forma&ccedil;&atilde;o completa do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal assim como o equil&iacute;brio das massas cerebrais.
Para um melhor flu&iacute;do entre pais e filhos a evitar conflitos nesta fase, &eacute; crucial que o processo de educa&ccedil;&atilde;o seja gradativo, de acordo com cada fase, sempre representando seguran&ccedil;a, afeto, respeito, di&aacute;logo, amizade, confian&ccedil;a e coer&ecirc;ncia nos di&aacute;logos.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; Doutor e Mestre em Psicologia da Sa&uacute;de pela Universit&eacute; Libre des Sciences de l&rsquo;Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de na &aacute;rea de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncia pela Emil Brunner World University; Mestre em psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Tr&ecirc;s P&oacute;s-Gradua&ccedil;&otilde;es em neuroci&ecirc;ncia; cognitiva, infantil, intelig&ecirc;ncia artificial, P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o em Psicologia Existencial e Antropologia, todas pela Faveni do Brasil; Especializa&ccedil;&atilde;o em Propriedade El&eacute;trica dos Neur&ocirc;nios em Harvard, Neuroci&ecirc;ncia Geral em Harvard; Especialista em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse de Portugal; Idealismo Filos&oacute;fico e Vis&otilde;es do Mundo &ndash; Universidade Aut&ocirc;noma de Madrid, Introdu&ccedil;&atilde;o &agrave; Filosofia da Passagens Escola de Filosofia, Hist&oacute;ria de La &Eacute;tica pela Universidad Carlos III de Madrid, MBA em Psicologia Positiva &ndash; Autorrealiza&ccedil;&atilde;o, Prop&oacute;sito e Sentido de Vida &ndash; PUC RS.

thumb-image-2024-02-29T14:05:33.966Z

Mudanças comportamentais e emocionais que ocorrem na adolescência

Imagem de Como formamos memórias falsas nas quais acreditamos sem saber? no megacurioso

Entenda qual o processo feito pelo cérebro na elaboração de memórias distorcidas de eventos ou acontecimentos

<head></head><body>A maioria dos seres humanos tende a acreditar que possui uma boa memória ou que sabe detalhar um acontecimento do passado com precisão. Entretanto, é bastante improvável que essa seja uma informação verdadeira. Isso ocorre pois o nosso cérebro costuma alterar as nossas lembranças com o passar do tempo, desenvolvendo memórias falsas.Sendo assim, muito do que achamos ser fatos concretos hoje na verdade faz parte de distorção ou fabricação de lembranças, podendo ser completamente falso ou imaginário. Na maior parte das vezes, esse processo ocorre pois outras memórias começam a interferir no armazenamento de informação ou outras peças de informação fornecidas por outras pessoas começam a ser incluídas.<h2>Definição de falsa memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/01/01103602004097.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)De maneira curta e resumida, a psicologia define uma memória falsa como qualquer peça de informação armazenada pela sua cabeça que experiências passadas das quais as pessoas acreditam serem verdadeiras mas não são. Isso pode incluir detalhes simples, como aquele questionamento se você trancou a porta de casa, ou se agravar para casos criminais que envolvem peças de memória fundamentais.A falsa memória também é a responsável por causar o que chamamos de "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118044-voce-lembra-da-pascoa-de-2020-entenda-o-efeito-mandela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Efeito Mandela</a>", um fenômeno psicológico onde as pessoas passam a acreditar em uma versão inexistente de uma acontecimento histórico — como foi o caso da possível morte do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela enquanto estava na cadeia.&nbsp;O surgimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/62025-pessoas-podem-ser-induzidas-a-se-lembrar-de-crimes-que-nunca-cometeram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memórias falsas</a> não é algo realmente extraordinário entre os seres humanos e costuma acontecer com certa frequência. Por fim, essa confusão se destaca não pelo fato de esquecermos ou misturarmos detalhes, mas sim pelo fato de nos lembrarmos de coisas que nunca vivenciamos antes.<h2>Criando uma memória falsa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/06/01/01103658771099.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se as falsas memórias são algo tão comum, de onde é que elas surgem? Em suma, um dos fatores responsáveis pela existência desse fenômeno é a desinformação e má atribuição da fonte original das informações. Além disso, cada conhecimento adquirido e novas memórias absorvidas podem gerar certo impacto naquelas que já estão armazenadas há tempo.Uma falsa memória também pode ser criada através da "sugestão". É como no famoso ditado "quanto mais repetimos uma mentira, mais verdadeira ela se torna". Nesse caso, uma informação falsa que é contada inúmeras vezes para outras pessoas aos poucos passa a ficar mais vivida e forte na lembrança coletiva.Por fim, quem também exerce forte influência na maneira como guardados dados são as nossas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104950-cachorros-entendem-mesmo-as-emocoes-humanas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emoções</a>. Acontecimentos emocionantes costumam sempre vir mais fortes na nossa cabeça, mas o excesso de sentimentos pode levar a memórias equivocadas ou não confiáveis.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:33.612Z

Como formamos memórias falsas nas quais acreditamos sem saber?

Imagem de Poluição causada por carros pode ser fator de risco para o Mal de Alzheimer no megacurioso

Evidências epidemiológicas já apontavam relação entre esses fatores, que foi comprovada após testes com ratos

<head></head><body>O Mal de Alzheimer é uma das principais causas de demência em idosos, acometendo mais de 35 milhões de pessoas no mundo e um milhão aqui no Brasil. E aparentemente a poluição pode ter a ver com esse problema.A descoberta é foi realizada pela toxicologista Pamela Lein e mais dois cientistas da Universidade da Califórnia em Davis. Eles colocaram viveiros de ratos perto de um túnel para automóveis no norte do estado. Os animais ficaram em meio à poluição dos carros por cerca de 14 meses — boa parte da expectativa de vida de um rato de laboratório — para que os cientistas observassem os efeitos da poluição no cérebro em longo prazo.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116715-bailarina-com-mal-de-alzheimer-relembra-coreografia-por-meio-da-musica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bailarina com Mal de Alzheimer relembra coreografia por meio da música</a></li></ul><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/24/24183232851032.jpg" alt="Imagem: Steven HWG/Unsplash">Imagem: Steven HWG/Unsplash<h2>Poluição é um fator de risco para o Mal de Alzheimer</h2>Os ratinhos foram divididos em dois grupos: aqueles com genes que indicavam risco para o Mal de Alzheimer e outro sem esse problema. Era esperado que o primeiro grupo desenvolvesse a doença, mas os cientistas ficaram surpresos ao ver que os outros ratos também demonstraram sinais de demência, após viver na poluição."Isso é importante porque essa poluição está em todo lugar e pode explicar o aumento no número de casos de Mal de Alzheimer ao redor do mundo", afirmou Pamela Lein em nota sobre o estudo. De acordo com essa pesquisa, a contaminação dos automóveis pode não apenas fazer os<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110711-teste-de-sangue-pode-prever-alzheimer-16-anos-antes-dos-sintomas-surgirem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;sintomas do Mal de Alzheimer aparecerem</a> mais cedo, como acelerar seu progresso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/05/24/24183515024038.jpg" alt="Imagem: Jacek Dylag/Unsplash">Imagem: Jacek Dylag/UnsplashO que os cientistas ainda não sabem é qual componente da poluição causada pelos automóveis é responsável pelo desenvolvimento da demência. A próxima etapa dos estudos científicos envolve, justamente, testar diferentes aspectos que podem estar relacionados com isso: gases, pó do asfalto, resquícios de pneus, poluição sonora...A ideia é que, sabendo quais são os principais fatores de risco, os cientistas possam pressionar as autoridades a criar novas leis de emissão de poluentes. "Mesmo que a gente só consiga atrasar o aparecimento do Alzheimer em cinco anos, nós podemos gerar uma economia enorme para nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118141-10-servicos-que-o-sus-oferece-e-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema de saúde</a>", afirma Lein. Estima-se que essa doença tenha gerado despesas 305 bilhões em 2020 — e que possa custar mais de 1 trilhão em 2050, conforme a população envelhece.&nbsp;</body>

Neurociência

Novidades