Imagem de Misofonia: a bizarra intolerância a sons no megacurioso

Barulho de comida sendo mastigada e o som de pessoas se beijando podem ser um verdadeiro pesadelo na vida de quem sofre de misofonia

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar no termo "misofonia"? Para quem n&atilde;o o conhece, esse &eacute; o nome dado &agrave;s pessoas que sofrem de uma condi&ccedil;&atilde;o de sa&uacute;de que as faz ter rea&ccedil;&otilde;es intensas a alguns tipos de som, ou seja, para esses indiv&iacute;duos, escutar algu&eacute;m mascando um chiclete ou apertando o bot&atilde;o de uma caneta diversas vezes pode ser insustent&aacute;vel.
E n&atilde;o &eacute; qualquer tipo de inc&ocirc;modo: uma pessoa com misofonia pode ter vontade de chorar, irrita&ccedil;&atilde;o acima do normal e vontade de sair correndo ao ouvir esses pequenos ru&iacute;dos. De acordo com o Misophonia Institute, aproximadamente 15% dos adultos no mundo todo sofrem dessa <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/39411-5-disturbios-horripilantes-com-nomes-inspirados-em-personagens-famosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&iacute;ndrome</a>.
<h2 class="uk-text-justify">O que &eacute; a misofonia?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/29/29095753987055.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A misofonia pode ser descrita como uma s&iacute;ndrome de sensibilidade sensitiva ao som. Por&eacute;m, o problema acontece especialmente com <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118932-5-sons-curiosos-detectados-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sons</a> baixos e minuciosos. Um indiv&iacute;duo que sofre dessa condi&ccedil;&atilde;o provavelmente ficar&aacute; incomodado com o barulho das teclas do computador, o som da mastiga&ccedil;&atilde;o ou qualquer outro que costuma passar desapercebido pela maioria das pessoas.
Estima-se que 150 mil casos de misofonia sejam diagnosticados no Brasil por ano. Apesar de ter sido reconhecida somente em 2000 pela comunidade m&eacute;dica, a misofonia &eacute; um problema antigo e que afeta pessoas pelo mundo. Em alguns casos, at&eacute; mesmo o barulho de alguns animais pode se tornar um verdadeiro problema no dia a dia, como latidos, miados e piados.
O sintoma mais comum apresentado pelos misof&ocirc;nicos costuma ser uma forte rea&ccedil;&atilde;o emocional totalmente desproporcional ao fato ocorrido. Isso gera sentimentos de raiva, &oacute;dio, irritabilidade ou at&eacute; mesmo nojo. Taquicardia, palpita&ccedil;&atilde;o, sudorese e mal-estar tamb&eacute;m s&atilde;o alguns problemas que costumam aparecer e podem estar associados &agrave; avers&atilde;o inicial.
<h2 class="uk-text-justify">Busca por tratamento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/29/29095700894052.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Embora a misofonia n&atilde;o seja uma s&iacute;ndrome t&atilde;o fora do comum assim, n&atilde;o h&aacute; tratamento para essa condi&ccedil;&atilde;o at&eacute; hoje. Entretanto, existem algumas a&ccedil;&otilde;es que os misof&ocirc;nicos costumam fazer para atenuar o problema ou diminuir as rea&ccedil;&otilde;es.
Um exemplo disso &eacute; o uso de tamp&otilde;es no ouvido, o que pode fazer os sons ficarem menos percept&iacute;veis e inc&ocirc;modos. Pesquisas cient&iacute;ficas sobre o tema t&ecirc;m relacionado o problema &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/99148-9-fatos-sobre-transtornos-de-ansiedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ansiedade</a>, a zumbido e ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Portanto, cafe&iacute;na e &aacute;lcool podem aparecer como potencializadores da situa&ccedil;&atilde;o e devem ser evitados quando poss&iacute;vel.
Atualmente, os cientistas esperam conseguir identificar a maneira como a s&iacute;ndrome afeta o c&eacute;rebro de uma pessoa para encontrar poss&iacute;veis tratamentos para ela. Entre as hip&oacute;teses que v&ecirc;m sendo testadas, h&aacute; a de passar uma corrente el&eacute;trica de baixa intensidade pelo cr&acirc;nio &mdash; o que &eacute; conhecido por ajustar algumas fun&ccedil;&otilde;es do c&eacute;rebro.
Como a misofonia &eacute; um problema relativamente recente, existem poucos estudos a respeito do tema. Por&eacute;m, a tend&ecirc;ncia &eacute; que cada vez mais informa&ccedil;&otilde;es sejam descobertas sobre essa condi&ccedil;&atilde;o e que mais tipos de terapia sejam experimentados ao longo dos anos.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:50.427Z

Misofonia: a bizarra intolerância a sons

Imagem de 6 melhores maneiras de se livrar de moscas nas frutas no megacurioso

Conheça alguns dos métodos mais eficientes na hora de se livrar dessas pestes que podem estar rondando sua cozinha

Quando deixamos frutas fora da geladeira, logo podemos come&ccedil;ar a vivenciar um verdadeiro inc&ocirc;modo na&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120057-utensilios-domesticos-uteis-e-praticos-para-a-sua-cozinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cozinha</a>: a presen&ccedil;a de pequenas moscas. Esses insetos, que s&atilde;o atra&iacute;dos pela fragr&acirc;ncia desses alimentos ou levados para seu domic&iacute;lio por meio de uma fruta infectada, instalam-se no ambiente e parecem n&atilde;o ir embora de jeito nenhum at&eacute; que algo seja feito sobre o assunto.
Ent&atilde;o, qual &eacute; a melhor forma de se livrar dessas pragas sem que suas frutas sejam contaminadas no processo? Pensando nisso, n&oacute;s separamos uma lista com seis pr&aacute;ticas que voc&ecirc; pode adotar em seu domic&iacute;lio para tentar melhorar essa situa&ccedil;&atilde;o. Preste bem aten&ccedil;&atilde;o!
<h2>1. Vinagre de ma&ccedil;&atilde;</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://opetroleo.com.br/wp-content/uploads/2020/12/vinagre-de-maca-beneficios-formas-de-usar-e-receita-caseira-5.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22101810164166.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />
Coloque um pouco de detergente em um copo e depois acrescente vinagre de ma&ccedil;&atilde; at&eacute; ele ficar um ter&ccedil;o cheio. Depois, acrescente &aacute;gua fervendo at&eacute; que o copo esteja cheio e bolhas se formem no topo da mistura. Quando tudo estiver pronto, basta deixar esse l&iacute;quido em algum canto de sua cozinha.
As moscas s&atilde;o atra&iacute;das pelo cheiro do vinagre de ma&ccedil;&atilde;. Ao mesmo tempo, o detergente serve como uma maneira de quebrar a superf&iacute;cie de tens&atilde;o da mistura, o que far&aacute; com que os insetos caiam no l&iacute;quido e se afoguem.
<h2>2. Fruta podre</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22101854477167.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se voc&ecirc; conseguiu identificar alguma fruta podre que esteja chamando a aten&ccedil;&atilde;o das&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/102450-uma-mosca-pousa-na-comida-e-agora-continuar-comendo-ou-jogar-tudo-fora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moscas</a>, voc&ecirc; pode us&aacute;-la como solu&ccedil;&atilde;o para seus problemas. Para isso, corte-a em peda&ccedil;os e depois coloque tudo em uma tigela. Ap&oacute;s esse procedimento, cubra o pote com papel filme e segure tudo com um el&aacute;stico ou uma fita.
Usando um palito de dente, fa&ccedil;a alguns furos no papel filme. Os buracos devem ter um tamanho que permita que as moscas entrem, mas n&atilde;o saiam mais. Sendo assim, voc&ecirc; ter&aacute; uma "cadeia" para essas pestes.
<h2>3. Cerveja e banana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22101935258169.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Coloque um peda&ccedil;o de banana muito madura ou podre em uma jarra. Depois, acrescente cerveja at&eacute; que voc&ecirc; consiga cobrir a banana parcialmente. Pegue um filtro de caf&eacute; em formato de cone e prenda-o no bocal da jarra. Dessa maneira, as moscas ser&atilde;o atra&iacute;das pelo cheiro do conte&uacute;do do recipiente, mas ficar&atilde;o presas l&aacute; dentro.
<h2>4. Leite, a&ccedil;&uacute;car, detergente e pimenta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22102026742171.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Combine meio copo de leite com duas colheres (de ch&aacute;) de a&ccedil;&uacute;car granulado. Ent&atilde;o, esquente essa mistura no micro-ondas ou no forno, mexendo ocasionalmente, at&eacute; que o a&ccedil;&uacute;car se dissolva por completo. Acrescente um pouquinho de detergente e depois derrame a mistura em uma tigela.
Por fim, coloque um pouco de pimenta-preta no topo do l&iacute;quido e depois deixe o recipiente em algum canto da cozinha. As moscas ficar&atilde;o presas no detergente e se afogar&atilde;o no conte&uacute;do da tigela.
<h2>5. Resto de cerveja</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22102143008173.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se por um acaso voc&ecirc; acabar n&atilde;o tomando o final de uma garrafa de cerveja, n&atilde;o se incomode em jogar esse l&iacute;quido fora. Deixe a garrafa aberta no balc&atilde;o de sua cozinha e logo voc&ecirc; ver&aacute; os resultados tomarem forma. Em geral, as moscas se sentir&atilde;o atra&iacute;das pelo l&iacute;quido fermentado, mas dificilmente conseguir&atilde;o sair pelo bocal.
<h2>6. Sprays contra moscas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22102340461175.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Se voc&ecirc; &eacute; do tipo de pessoa que n&atilde;o tem muita paci&ecirc;ncia para criar as pr&oacute;prias solu&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o se preocupe! Al&eacute;m das v&aacute;rias pr&aacute;ticas caseiras feitas para lidar com as moscas nas&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/98065-10-frutas-esquisitas-que-provavelmente-voce-nunca-viu-na-feira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frutas</a>, voc&ecirc; provavelmente conseguir&aacute; encontrar um spray n&atilde;o t&oacute;xico no mercado destinado a esse tipo de problema.

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.737Z

6 melhores maneiras de se livrar de moscas nas frutas

Imagem de Suas escolhas alimentares são frutos da sua genética no megacurioso

Pesquisadores descobriram novas informações sobre as ligações genéticas e a ingestão de alimentos que podem levar tanto à prevenção quanto a tratamentos mais eficazes para obesidade e diabetes

Pesquisadores dizem que novas informa&ccedil;&otilde;es sobre as&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=gen%C3%A9tica#gsc.tab=0&amp;gsc.q=gen%C3%A9tica&amp;gsc.page=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">liga&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas</a> por tr&aacute;s da ingest&atilde;o de alimentos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=obesidade#gsc.tab=0&amp;gsc.q=obesidade&amp;gsc.page=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obesidade</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/busca?q=diabetes#gsc.tab=0&amp;gsc.q=diabetes&amp;gsc.page=1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a> podem levar tanto &agrave; preven&ccedil;&atilde;o quanto a tratamentos mais eficazes.
No maior estudo j&aacute; feito para examinar como os fatores gen&eacute;ticos afetam escolhas alimentares e o consumo de alimentos de uma pessoa, cientistas identificaram mais de duas dezenas de regi&otilde;es de sequ&ecirc;ncias gen&eacute;ticas que podem afetar a ingest&atilde;o de alimentos dos indiv&iacute;duos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21211454339477.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Os respons&aacute;veis pelo estudo publicado na revista Nature Human Behavior esperam que essa investiga&ccedil;&atilde;o ajude a encontrar novas estrat&eacute;gias de tratamento para conter a epidemia de obesidade. Segundo o estudo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/58793-9-fatos-sobre-o-cerebro-humano-que-voce-ainda-desconhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> &eacute; influenciado por v&aacute;rios sinais que afetam o comportamento alimentar das pessoas e regulam o equil&iacute;brio energ&eacute;tico do corpo. Esses sinais, por exemplo, controlam o apetite e o gasto de energia em resposta aos n&iacute;veis sangu&iacute;neos dos principais horm&ocirc;nios e nutrientes metab&oacute;licos.
Bioestat&iacute;stica na Universidade de Boston enquanto conduzia o estudo e agora professora associada ao Centro de Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de da Universidade do Texas, em Houston, Chlo&eacute; Sarnowski diz que "a ingest&atilde;o m&eacute;dia di&aacute;ria de nutrientes e alimentos, um dos principais contribuintes da obesidade, &eacute; parcialmente influenciada por nossa gen&eacute;tica".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21211632745478.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Quando falamos nesses casos, a varia&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica pode levar &agrave; fome extrema &mdash; e, consequentemente, &agrave; obesidade. Foram analisados os principais nutrientes que o corpo precisa e usa em grandes quantidades &mdash; carboidratos, prote&iacute;nas e gorduras &mdash;, para caracterizar melhor as regi&otilde;es gen&eacute;ticas que influenciam as escolhas alimentares.
"Apesar da alta correla&ccedil;&atilde;o entre [gen&eacute;tica e] nossas escolhas alimentares, um n&uacute;mero limitado de estudos gen&eacute;ticos integrou informa&ccedil;&otilde;es sobre prefer&ecirc;ncias por diferentes nutrientes ou alimentos", relata Sarnowski.
"Pessoas com obesidade e diabetes s&atilde;o frequentemente estigmatizadas por fazerem escolhas alimentares n&atilde;o saud&aacute;veis. Embora a ingest&atilde;o de alimentos seja moldada por muitos fatores, estudos anteriores mostraram que diferen&ccedil;as individuais herdadas contribuem para o que, quando, por que e quanto comemos", explica Jordi Merino, coautor e associado da pesquisa da Unidade de Diabetes do Hospital Geral e Centro de Medicina Gen&ocirc;mica em Massachusetts, al&eacute;m de instrutor da Escola de Medicina de Harvard.
<h2>Resultado da pesquisa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21211719808479.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para a realiza&ccedil;&atilde;o do estudo, os cientistas analisaram os genes e examinaram o consumo alimentar de 282.271 participantes de ascend&ecirc;ncia europeia do UK Biobank e do Cohorts for Heart and Aging Research in Genomic Epidemiology (CHARGE).
A partir desses dados, a equipe identificou 26 regi&otilde;es gen&eacute;ticas associadas ao aumento da prefer&ecirc;ncia por alimentos que cont&ecirc;m mais gordura, prote&iacute;na ou carboidratos. No c&eacute;rebro, esses genes influenciam &aacute;reas especializadas das c&eacute;lulas cerebrais, distribu&iacute;das pelo sistema nervoso central, que respondem a gorduras, prote&iacute;nas e&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/102514-o-que-acontece-quando-voce-corta-carboidratos-da-sua-dieta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carboidratos</a>.
"Quando essas &aacute;reas s&atilde;o ativadas, isso pode explicar por que as pessoas s&atilde;o mais propensas a preferir alimentos ou refei&ccedil;&otilde;es com maior quantidade de gordura, prote&iacute;na ou carboidratos", diz Merino.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21212243792483.jpg" alt="(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
A descoberta dessas variantes gen&eacute;ticas pode ser usada em pesquisas futuras para determinar se a composi&ccedil;&atilde;o da dieta est&aacute; relacionada &agrave; diabetes tipo 2, &agrave; obesidade e a outras doen&ccedil;as.
"Nossos resultados tamb&eacute;m podem ajudar a identificar pessoas com maior probabilidade de seguir recomenda&ccedil;&otilde;es diet&eacute;ticas espec&iacute;ficas para a preven&ccedil;&atilde;o da obesidade ou diabetes", acrescenta o tamb&eacute;m coautor da pesquisa Hassan Dashti, instrutor de anestesia, cuidados intensivos e analg&eacute;sicos do Hospital Geral de Massachusetts e professor da Universidade de Harvard.
Se algu&eacute;m tem maior suscetibilidade gen&eacute;tica para preferir alimentos gordurosos, essa informa&ccedil;&atilde;o pode ser usada para ajudar esse indiv&iacute;duo a escolher alimentos com maiores quantidades de gorduras saud&aacute;veis, em vez de recomendar outras abordagens de dietas que podem comprometer a ades&atilde;o a essas interven&ccedil;&otilde;es.
A Associa&ccedil;&atilde;o Americana de Diabetes, o programa Horizon 2020 da Comiss&atilde;o Europeia, os Institutos Nacionais de Sa&uacute;de, o Fundo Escolar de Pesquisa do MGH, a Funda&ccedil;&atilde;o Novo Nordisk e a Funda&ccedil;&atilde;o Lundbeck financiaram essa pesquisa.

thumb-image-2024-02-29T14:05:50.058Z

Suas escolhas alimentares são frutos de sua genética

Imagem de Por que sentimos choque quando batemos o cotovelo? no megacurioso

Dor e sentimento desagradável de choque são causados pelo nervo ulnar, um conjunto de fibras sensíveis que percorre o braço

Quantas vezes na vida voc&ecirc; j&aacute; bateu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/gifs-animados/45269-veja-gifs-surpreendentes-de-raios-x-de-articulacoes-em-movimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cotovelo</a> em alguma quina apenas para vivenciar uma dor extremamente desagrad&aacute;vel e uma sensa&ccedil;&atilde;o completamente insuport&aacute;vel de um choque percorrendo o seu corpo? Entretanto, essa sensa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o tem absolutamente nada a ver com os ossos do bra&ccedil;o, mas sim com um sistema muito mais complexo.
O grande respons&aacute;vel por esse sentimento de dor nesse tipo de choque &eacute; chamado de nervo ulnar, que come&ccedil;a na nossa espinha dorsal, passa pelos nossos ombros e desce pelos bra&ccedil;os at&eacute; a ponta dos dedos. De maneira geral, esse conjunto de fibras &eacute; protegido pelas camadas de ossos e m&uacute;sculos &mdash; por&eacute;m n&atilde;o em toda parte.
<h2>Brecha no sistema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26101250237039.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
O nervo ulnar tamb&eacute;m &eacute; respons&aacute;vel por transmitir ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119232-cuide-da-saude-do-cerebro-para-ter-uma-vida-sustentavel-e-mais-feliz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a> os sinais dos m&uacute;sculos da m&atilde;o e do antebra&ccedil;o. O problema, no entanto, acontece quando ele passa pelo cotovelo e cruza atr&aacute;s de uma sali&ecirc;ncia no &uacute;mero &mdash; o osso da parte superior do bra&ccedil;o &mdash;, chamada de epic&ocirc;ndilo medial do &uacute;mero.&nbsp;
O mesmo &eacute; v&aacute;lido quando ele atravessa um pequeno canal de 4 mil&iacute;metros de extens&atilde;o batizado de &ldquo;tubo cubital&rdquo;, localizado pr&oacute;ximo ao espa&ccedil;o onde o &uacute;mero se encontra com os ossos que formam o antebra&ccedil;o (r&aacute;dio e ulna). Nesses casos, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103656-8-coisas-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-o-nervo-ciatico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nervo</a> fica preso entre o osso e a pele, com pouqu&iacute;ssima prote&ccedil;&atilde;o ou amortecimento.
Por esse motivo, quando sofremos um impacto no cotovelo em um &acirc;ngulo reto, o nervo &eacute; comprimido contra o osso e temos uma estranha sensa&ccedil;&atilde;o que mistura dor, dorm&ecirc;ncia e formigamento. E como o nervo est&aacute; localizado em toda a regi&atilde;o do bra&ccedil;o, essa &eacute; a explica&ccedil;&atilde;o para sentirmos a dor descendo at&eacute; a ponta dos dedos.
<h2>S&iacute;ndrome do T&uacute;nel Cubital</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26101154690038.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Para a maioria das pessoas que bate o cotovelo, a dor n&atilde;o costuma durar tanto tempo assim e &eacute; bastante manej&aacute;vel. Normalmente, uma pequena massagem na regi&atilde;o do impacto costuma fazer o sentimento ruim desaparecer em quest&atilde;o de minutos.
O problema, por&eacute;m, acontece quando os indiv&iacute;duos acabam desenvolvendo a S&iacute;ndrome do T&uacute;nel Cubital. Nessa situa&ccedil;&atilde;o, essa pessoa ter&aacute; a sensa&ccedil;&atilde;o de que o seu cotovelo foi atingido por um pequeno martelo durante o dia todo, fazendo com que essa dor se torne algo insustent&aacute;vel.
Esse dist&uacute;rbio n&atilde;o &eacute; t&atilde;o comum quanto a S&iacute;ndrome do T&uacute;nel do Carpo &mdash; processo similar que ocorre em um nervo das m&atilde;os &mdash;, mas pode causar muita dor e desconforto. Em casos mais extremos, o problema passa a prejudicar o uso das m&atilde;os e impede o indiv&iacute;duo de realizar atividades cotidianas.
<h2>Tratamentos para o caso</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/26/26101052955037.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Quando uma pessoa sofre da S&iacute;ndrome do T&uacute;nel Cubital, o sentimento de dor passa a ser mais constante porque o nervo fica pin&ccedil;ado repetidas vezes e por per&iacute;odos mais longos do que o normal, e isso ocorre principalmente quando o nervo &eacute; estalado para frente ou para tr&aacute;s conforme o movimento do bra&ccedil;o, ou quando mantemos o cotovelo em posi&ccedil;&atilde;o dobrada por muito tempo.
Para tentar aliviar esse problema, a maioria dos m&eacute;dicos opta primeiro por n&atilde;o escolher uma solu&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica para o caso. Ent&atilde;o, &eacute; recomendado que o paciente evite gestos que possam causar a s&iacute;ndrome. Se uma pessoa tem o h&aacute;bito de dormir com os cotovelos dobrados, por exemplo, &eacute; poss&iacute;vel mant&ecirc;-los estendidos com o aux&iacute;lio de uma tala.
Por&eacute;m, segundo a Sociedade Americana para a Cirurgia da M&atilde;o, a hip&oacute;tese de uma opera&ccedil;&atilde;o n&atilde;o pode ser completamente descartada. Isso envolveria deslocar o nervo para a frente do cotovelo ou eliminar parte do osso para aliviar essa press&atilde;o. Mesmo assim, ainda n&atilde;o existe um consenso m&eacute;dico sobre qual procedimento ser usado.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:50.132Z

Por que sentimos choque quando batemos o cotovelo?

Imagem de Estado de negação pós-diagnóstico pode ser uma condição neurológica no megacurioso

Quando passamos por uma situação traumática, é comum ocorrerem fases para atingir a aceitação. Uma das primeiras e mais conhecidas é a fase da negação

Quando passamos por uma situa&ccedil;&atilde;o traum&aacute;tica, &eacute; comum ocorrerem fases para atingir a aceita&ccedil;&atilde;o. Uma das primeiras e mais conhecidas &eacute; a nega&ccedil;&atilde;o, o estado em que o paciente age como se n&atilde;o soubesse ou, ainda, n&atilde;o estivesse doente. A nega&ccedil;&atilde;o, geralmente, passa ap&oacute;s um certo per&iacute;odo, e &eacute; seguida por outras atitudes que culminam no reconhecimento do diagn&oacute;stico. Por&eacute;m, &agrave;s vezes, o estado de nega&ccedil;&atilde;o n&atilde;o passa e esse pode ser um sinal forte da anosognosia, condi&ccedil;&atilde;o caracterizada pela falta de consci&ecirc;ncia da pr&oacute;pria doen&ccedil;a.
O grande problema de n&atilde;o aceitar um diagn&oacute;stico &eacute; que isso influencia diretamente no tratamento. Se o paciente n&atilde;o acredita na necessidade de interven&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, ele pode postergar ou at&eacute; mesmo, negar os cuidados de sa&uacute;de, o que leva ao agravamento da situa&ccedil;&atilde;o. Um paciente que recebe um diagn&oacute;stico e n&atilde;o come&ccedil;a o tratamento por conta da anosognosia, pode, por exemplo, perder a janela de oportunidade em que a doen&ccedil;a ainda era trat&aacute;vel, e quando decide se tratar pode j&aacute; ser tarde demais.
O diagn&oacute;stico da anosognosia &eacute; complexo, pois, por vezes, ela est&aacute; conectada a outras condi&ccedil;&otilde;es do sistema neurol&oacute;gico, como o Alzheimer, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e tumores. Os principais sintomas tamb&eacute;m podem estar presentes em outras doen&ccedil;as, o que dificulta ainda mais a percep&ccedil;&atilde;o, s&atilde;o eles: perda de mem&oacute;ria, altera&ccedil;&atilde;o de personalidade, nega&ccedil;&atilde;o, irritabilidade, limita&ccedil;&atilde;o da capacidade de se expressar e outros.
A exist&ecirc;ncia da condi&ccedil;&atilde;o s&oacute; foi descoberta quando dois pacientes com hemiplegia e paralisia, que n&atilde;o tinham consci&ecirc;ncia da falha motora, apresentaram um quadro neurol&oacute;gico chamado hemineglig&ecirc;ncia, em que n&atilde;o se reconhece metade de tudo que &eacute; existente.
Infelizmente, ainda n&atilde;o h&aacute; tratamentos espec&iacute;ficos para a anosognosia e, uma vez realizado o diagn&oacute;stico, os esfor&ccedil;os se concentram em gerar qualidade de vida para aquele paciente por meio de est&iacute;mulos cognitivos, truques para detec&ccedil;&atilde;o de defici&ecirc;ncias, tratamentos paliativos e pela promo&ccedil;&atilde;o de conforto emocional. Apesar de n&atilde;o ser uma doen&ccedil;a, a anosognosia deve ser acompanhada por um neurologista.
***
Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil; conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA); &eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela EBWU e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.966Z

Estado de negação pós-diagnóstico pode ser uma condição neurológica

Imagem de Quando as pessoas acreditavam que redes de alta tensão causavam câncer no megacurioso

Em 1980, isso gerou um verdadeiro pânico nos Estados Unidos

&ldquo;N&atilde;o se sente muito perto da televis&atilde;o, faz mal para os olhos&rdquo;.
Se voc&ecirc; nasceu entre a d&eacute;cada de 1980 e os primeiros anos do s&eacute;culo XXI, provavelmente j&aacute; ouviu isso de seus familiares, que acreditavam que a televis&atilde;o poderia prejudicar a vis&atilde;o se fosse assistida muito de perto ou por muito tempo &mdash; devido &agrave; luminosidade ou at&eacute; mesmo &agrave; radia&ccedil;&atilde;o a longo prazo.
O mesmo aconteceu para o micro-ondas, secadores de cabelo, computadores, celulares, telefones e diversos tipos de dispositivos que atualmente as pessoas consideram &ldquo;seguros&rdquo; para ter por perto.
A preocupa&ccedil;&atilde;o existia pelas ondas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/96886-20-curiosidades-aleatorias-e-bizarras-sobre-a-radiacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radia&ccedil;&atilde;o</a> que esses objetos emitem, mais conhecidas como &ldquo;campos eletromagn&eacute;ticos&rdquo;. Estudos cient&iacute;ficos j&aacute; apontaram que existe alguma rela&ccedil;&atilde;o entre esses campos e o risco de certos c&acirc;nceres se desenvolverem em crian&ccedil;as &mdash; apesar de esse pulso ser considerado t&atilde;o fraco que um consenso cient&iacute;fico n&atilde;o o enxerga como amea&ccedil;a &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica.
<h2>O p&acirc;nico</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Dreamstime&nbsp;" data-fonte-url="https://thumbs.dreamstime.com/b/black-white-landscape-power-lines-bushes-country-road-monochrome-landscape-power-lines-bushes-country-road-120477207.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20200642806036.jpg" alt="(Fonte: Dreamstime/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Dreamstime/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entretanto, esse medo todo foi t&atilde;o grande que, no final da d&eacute;cada de 1980, a popula&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos entrou em uma esp&eacute;cie de frenesi quando surgiram boatos de que crian&ccedil;as haviam desenvolvido um grupo espec&iacute;fico de c&acirc;ncer por morarem perto de linhas de alta tens&atilde;o &mdash; como aponta um document&aacute;rio semanal da Retro Report.
O epidemiologista David A. Savitz, ent&atilde;o professor da Universidade da Carolina do Norte, concluiu que as crian&ccedil;as que moravam perto de linhas de for&ccedil;a tinham duas vezes mais chances de desenvolverem a doen&ccedil;a do que aquelas que n&atilde;o viviam, devido aos campos eletromagn&eacute;ticos que as linhas criam.
De repente, o sistema de distribui&ccedil;&atilde;o el&eacute;trica, que tornou a vida moderna poss&iacute;vel, se transformou em um pesadelo na vida dessas fam&iacute;lias que moravam pr&oacute;ximo das redes.
Em 1996, o comit&ecirc; do National Research Council, uma extens&atilde;o operacional da National Academy of Sciences, alegou que n&atilde;o encontrou nenhuma evid&ecirc;ncia convincente de que eletrodom&eacute;sticos ou linhas de transmiss&atilde;o de energia pudessem oferecer perigo &agrave; sa&uacute;de. At&eacute; mesmo o professor Savitz reconsiderou sua opini&atilde;o sobre o assunto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20200820306037.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por outro lado, at&eacute; hoje pessoas como o Dr. David O. Carpenter, diretor do Instituto de Sa&uacute;de e Meio Ambiente da Universidade de Albany, continuam convencidas de que a amea&ccedil;a &eacute; t&atilde;o preocupante quanto parecia em 1980.
&ldquo;Quase nada mudou em 25 anos em termos de controv&eacute;rsia, embora as evid&ecirc;ncias dos efeitos biol&oacute;gicos dos campos eletromagn&eacute;ticos continuem a ficar mais fortes&rdquo;, disse ele ao The New York Times em julho de 2014.
Estatisticamente, conforme apontou o Centro de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as (CDC), uma em cada 20 mil crian&ccedil;as americanas podem desenvolver leucemia, das quais duas em 20 mil podem ter chances maiores de ter a doen&ccedil;a devido aos campos eletromagn&eacute;ticos.

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.757Z

Quando as pessoas acreditavam que redes de alta tensão causavam câncer

Imagem de Síndrome de Havana: entenda mais sobre a nova doença misteriosa no megacurioso

Em 2016, autoridades norte-americanas com base em Cuba passaram a relatar alguns sintomas, como tontura, dores de ouvido e de cabeça

Novos casos da s&iacute;ndrome de Havana foram relatados por funcion&aacute;rios da Embaixada dos Estados Unidos (EUA) em Bogot&aacute;, capital da Col&ocirc;mbia, conforme anunciado pela imprensa norte-americana na ter&ccedil;a-feira (12). A misteriosa doen&ccedil;a, entretanto, foi anunciada pela 1&ordf; vez em 2016.
Naquela &eacute;poca, diplomatas dos EUA que estavam na capital de Cuba &mdash; por isso o nome &mdash; descreveram sentir alguns sintomas, como dor de ouvido, tontura e sensa&ccedil;&atilde;o de press&atilde;o na cabe&ccedil;a. At&eacute; hoje nenhum estudo conseguiu comprovar a causa do quadro de sa&uacute;de, mas existe uma suspeita de que esse mal tenha sido gerado pela radia&ccedil;&atilde;o direta do micro-ondas.
<h2>Enfermos na Col&ocirc;mbia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20130303249260.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Os casos da s&iacute;ndrome de Havana na Col&ocirc;mbia ocorreram dias antes do secret&aacute;rio de Estado, Antony Blinken, chegar ao pa&iacute;s para visitar a embaixada. Conforme relatado, mais de 1 d&uacute;zia de funcion&aacute;rios do governo apresentaram sintomas semelhantes aos que aconteceram em Havana no ano de 2016.
Os principais sintomas foram: vertigens s&uacute;bitas, n&aacute;useas, &nbsp;falta de concentra&ccedil;&atilde;o, dores de cabe&ccedil;a e no pesco&ccedil;o. Conforme divulgado pelo Departamento de Estado &agrave; CNN,&nbsp;algumas pessoas tiveram que ser retiradas do pa&iacute;s, incluindo uma fam&iacute;lia com um menor de idade.
A maioria das pessoas afetadas eram funcion&aacute;rios da CIA e descreveram ter escutado um som intenso e doloroso nos ouvidos. Recentemente, o presidente colombiano, Iv&aacute;n Duque, afirmou ao The New York Times que o seu pa&iacute;s investiga a situa&ccedil;&atilde;o e tem deixado os EUA coordenar o inqu&eacute;rito.
Em agosto deste ano, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, j&aacute; havia cancelado uma viagem ao Vietn&atilde; depois de dois funcion&aacute;rios norte-americanos adoecerem &mdash; at&eacute; hoje n&atilde;o foi confirmado se esses casos eram a s&iacute;ndrome de Havana. Em busca por respostas, o presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117080-time-joe-biden-e-kamala-harris-sao-as-personalidades-do-ano-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Joe Biden</a> assinou um decreto para fornecer compensa&ccedil;&atilde;o financeira aos indiv&iacute;duos afetados pela doen&ccedil;a.
<h2>Causa e sintomas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20130436124261.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Embora n&atilde;o existam muitas informa&ccedil;&otilde;es a respeito da s&iacute;ndrome de Havana, &eacute; de senso comum que esse &eacute; um problema de sa&uacute;de que vem atingindo diplomatas norte-americanos. Apesar de nenhum coment&aacute;rio p&uacute;blico ter sido feito a respeito do tema, os servi&ccedil;os de intelig&ecirc;ncia dos Estados Unidos suspeitam que a intelig&ecirc;ncia militar russa pode estar por tr&aacute;s do tema.
Conforme o que foi relatado pela primeira vez em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119173-5-fatos-sobre-cuba-entenda-como-funciona-a-ilha-socialista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cuba</a>, os principais sintomas para a s&iacute;ndrome de Havana s&atilde;o:
<ul>
<li>dores de cabe&ccedil;a;</li>
<li>tontura;</li>
<li>dificuldades cognitivas;</li>
<li>zumbido no ouvido;</li>
<li>vertigem;</li>
<li>dificuldades na vis&atilde;o, na audi&ccedil;&atilde;o ou no equil&iacute;brio;</li>
<li>les&otilde;es cerebrais traum&aacute;ticas (mais raro).</li>
</ul>
Citando a Academia Americana de Ci&ecirc;ncias, uma reportagem feita pela BBC&nbsp;indica que a explica&ccedil;&atilde;o mais plaus&iacute;vel para a s&iacute;ndrome &eacute; que os pacientes desenvolvam os sintomas depois de receberem "energia de radiofrequ&ecirc;ncia direta e pulsada", ou seja, &eacute; poss&iacute;vel que essa radia&ccedil;&atilde;o seja proveniente dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120145-afinal-de-contas-como-o-microondas-esquenta-sua-comida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micro-ondas</a>.
Por&eacute;m, ainda existe um desconhecimento sobre o que ou quem poderia estar causando esse tipo de radia&ccedil;&atilde;o &mdash; a qual poderia ser emitida de maneira internacional. Um estudo encomendado pelo governo estadunidense indica que a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica j&aacute; pesquisava o assunto h&aacute; anos.
<h2>Origem do problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20125846482255.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A primeira vez que noticiaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/103635-arma-secreta-diplomatas-dos-eua-teriam-sofrido-ataque-sonico-em-cuba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&iacute;ndrome de Havana</a> foi entre 2016 e 2017, quando v&aacute;rios funcion&aacute;rios da embaixada norte-americana em Cuba passaram a apresentar os mesmos sintomas e sinais cl&iacute;nicos. Desde ent&atilde;o, foram diversas outras situa&ccedil;&otilde;es parecidas sendo noticiadas pelo governo dos EUA em outras partes do mundo.
Essa situa&ccedil;&atilde;o fez que a embaixada fosse totalmente fechada, somente 2 anos depois de a administra&ccedil;&atilde;o de Barack Obama ter feito uma tentativa de reaproxima&ccedil;&atilde;o com o governo de Ra&uacute;l Castro. Nesse per&iacute;odo, existia uma recomenda&ccedil;&atilde;o das autoridades americanas para que seus cidad&atilde;os n&atilde;o viajassem para o pa&iacute;s no Caribe.
Desde que mais casos da s&iacute;ndrome de Havana foram descobertos nos &uacute;ltimos meses, o governo de Biden parece ter mudado a postura sobre o tema. Agora, o Departamento de Estado assumiu a tarefa de alertar as autoridades americanas sobre os casos, mas n&atilde;o est&aacute; divulgando publicamente informa&ccedil;&otilde;es como o n&uacute;mero de pessoas afetadas e a localiza&ccedil;&atilde;o dos incidentes.
Isso era uma pr&aacute;tica comum em coletivas de imprensa anteriores, como aconteceu em Cuba e tamb&eacute;m na China. De modo geral, isso pode ser visto como uma maneira dos estadunidenses protegerem informa&ccedil;&otilde;es e tentarem se prevenir de um potencial inimigo.&nbsp;
<h2>Doen&ccedil;a psicossom&aacute;tica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20130646390262.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
At&eacute; onde se sabe, a s&iacute;ndrome de Havana pode muito bem ser um "ataque internacional" como tamb&eacute;m poderia ser apenas uma doen&ccedil;a psicossom&aacute;tica &mdash; o que n&atilde;o invalidaria os sintomas sentidos pelas autoridades. Mas o que isso significa? Em geral, uma parcela da comunidade m&eacute;dica acredita que os sintomas possam estar surgindo de um estresse intenso ou crime emocional muito forte.
Os dados dispon&iacute;veis sobre a s&iacute;ndrome de Havana correspondem de perto &agrave; doen&ccedil;a psicog&ecirc;nica em massa &mdash; mais comumente conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/39104-os-10-casos-mais-bizarros-de-histeria-coletiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histeria em massa</a>. Nessas situa&ccedil;&otilde;es, o tratamento psicol&oacute;gico poderia ajudar a aliviar os sintomas e tratar o quadro de sa&uacute;de.
Mesmo assim, as autoridades norte-americanas prometem continuar na busca por respons&aacute;veis e por seguir em uma investiga&ccedil;&atilde;o detalhada para obter a resposta correta &agrave; situa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.453Z

Síndrome de Havana: entenda mais dessa nova doença misteriosa

Imagem de Tem problema guardar comida quente na geladeira? no megacurioso

No pior dos casos, armazenamento de panelas quentes dentro da geladeira pode gerar um pequeno aumento na conta de luz no fim do mês

&Eacute; comum entre diversas fam&iacute;lias preparar quantidades maiores de comida em uma &uacute;nica leva na frente do fog&atilde;o, para que esse alimento renda para o restante da semana. Afinal, nem todo mundo tem tempo para ficar cozinhando todos os dias, e a inven&ccedil;&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120145-afinal-de-contas-como-o-microondas-esquenta-sua-comida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">micro-ondas</a> foi um facilitador para o dia a dia.
Entretanto, uma pergunta frequente entre os donos e donas de casa &eacute; se existe algum problema em armazenar a comida ainda quente na geladeira. Ser&aacute; que isso provoca algum tipo de dano ao eletrodom&eacute;stico? &Eacute; melhor esperar um tempo antes de realizar essa a&ccedil;&atilde;o? Vamos te ajudar com essas perguntas.
<h2>Sa&uacute;de da geladeira</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18101243803059.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Embora algumas pessoas tenham receio quanto a isso, guardar a comida quente na <a href="https://www.megacurioso.com.br/organizacao/82870-cada-coisa-em-seu-lugar-aprenda-a-organizar-a-geladeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geladeira</a> n&atilde;o s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel, como tamb&eacute;m &eacute; recomendado. Por&eacute;m, existem dois fatores que precisam ser considerados a respeito do que acontecer&aacute; no eletrodom&eacute;stico.
Em primeiro lugar, lembre-se de que panelas muito quentes continuar&atilde;o soltando vapor dentro da geladeira, o que far&aacute; com que ela mude sua forma de refrigera&ccedil;&atilde;o. Como o vapor &eacute; mais leve que o ar frio, o segundo ser&aacute; empurrado para baixo. Mesmo assim, essa &eacute; uma mudan&ccedil;a pequena e tudo deve ser reestabelecido depois de algumas horas.
Al&eacute;m disso, devemos saber que a geladeira trabalha o tempo todo para manter uma temperatura constante. Quando colocamos um alimento quente dentro dela, consequentemente estamos criando um desbalanceamento que precisar&aacute; ser regulado. Nos modelos mais atuais de geladeiras, por&eacute;m, a economia de energia &eacute; tanta que dificilmente esse processo ter&aacute; impacto na sua conta de luz.
<h2>Micr&oacute;bios e seguran&ccedil;a alimentar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18101140569057.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
No fim das contas, existem diversos riscos a mais em deixar a comida fora da geladeira por per&iacute;odos prolongados do que armazen&aacute;-la ainda quente. Isso acontece porque, principalmente em pa&iacute;ses tropicais, refei&ccedil;&otilde;es paradas em cima do fog&atilde;o s&atilde;o um prato cheio para microrganismos se multiplicarem.
As <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104247-21-coisas-intrigantes-que-voce-nao-sabe-sobre-bacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bact&eacute;rias</a> costumam se desenvolver melhor em temperaturas entre os 5 &deg;C e 65 &deg;C &mdash; medidas para voc&ecirc; ficar de olho na cozinha. Caso a sua comida ainda esteja mais quente que 60 &deg;C, n&atilde;o existe muito problema no fato dela ainda estar fora da geladeira. Entretanto, alimentos frios podem estragar rapidamente e fornecer riscos a sua sa&uacute;de.
Portanto, o mais recomendado &eacute; que as pessoas deixem as refei&ccedil;&otilde;es esfriarem em temperatura ambiente por um prazo de 30 minutos e depois coloc&aacute;-las em recipientes rasos. Depois disso, pode-se guardar tudo na geladeira sem ter medo de que causar&aacute; algum tipo de desequil&iacute;brio interno ou consumindo mais energia.
Caso voc&ecirc; tenha pressa, tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel realizar um resfriamento for&ccedil;ado do alimento. Para isso, basta coloc&aacute;-lo em um saco pl&aacute;stico e depois mergulh&aacute;-lo em uma bacia com gelo. Por fim, &eacute; s&oacute; separar tudo em potinhos e organizar as prateleiras do seu eletrodom&eacute;stico para ter outras refei&ccedil;&otilde;es frescas e seguras em outros momentos da semana.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.161Z

Tem problema guardar comida quente na geladeira?

Imagem de 5 pessoas que foram antivacina ao longo da história no megacurioso

Ao longo da história da humanidade, casos de indivíduos que se opuseram às campanhas de vacinação não são novidade

O movimento de descreditar a ci&ecirc;ncia e duvidar do progresso atingido pela efic&aacute;cia das vacinas parece ter se tornado uma tend&ecirc;ncia em algumas regi&otilde;es do mundo, sobretudo nos Estados Unidos &mdash; local onde a campanha de vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 freou abruptamente e tem encontrado dificuldades para atingir uma maior porcentagem da popula&ccedil;&atilde;o.
Entretanto, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112140-a-revolta-da-vacina-global-e-uma-realidade-como-lidar-com-ela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antivacina</a>&nbsp;&mdash;&nbsp;como s&atilde;o chamados &mdash; n&atilde;o s&atilde;o exatamente uma novidade na hist&oacute;ria da humanidade. Ao longo dos s&eacute;culos, diversas pessoas j&aacute; manifestaram se opor a seguran&ccedil;a das vacinas e, algumas delas, por motivos bem bobos. Por isso, n&oacute;s separamos para voc&ecirc; uma lista com cinco exemplos desse tipo.
<h2>1. William Douglass (1691-1752)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/divulgacao-samsung-20112201150151.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
No come&ccedil;o dos anos 1700, William Douglass era o &uacute;nico m&eacute;dico com diploma em toda regi&atilde;o de Boston, nos Estados Unidos. Provavelmente, esse foi o grande motivo para ele se sentir t&atilde;o confiante em zombar de um novo m&eacute;todo de prote&ccedil;&atilde;o contra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">var&iacute;ola</a> criada por tr&ecirc;s indiv&iacute;duos fora da &aacute;rea de atua&ccedil;&atilde;o: Cotton Mather (1663-1728), um ministro puritano; Onesimus, um homem africano escravizado; e Zabdiel Boylston (1676-1766), um botic&aacute;rio e cirurgi&atilde;o sem diploma de medicina.
Na &eacute;poca, Onesimus havia ensinado aos outros dois que passar o pus de uma pessoa infectada em uma ferida no bra&ccedil;o faria a pessoa adoecer, mas logo se recuperar e adquirir imunidade. Por&eacute;m, Douglass n&atilde;o estava nem um pouco impressionado com a ideia e satirizou o grupo por um bom tempo.
O m&eacute;dico s&oacute; cedeu a pr&aacute;tica muito tempo depois, quando viu que as taxas de mortalidade estavam caindo e passou a utiliz&aacute;-la em seus pacientes.
<h2>2. Jules Gu&eacute;rin (1801-1886)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20112330025152.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O maior advers&aacute;rio de vida de Jules Gu&eacute;rin era Louis Pasteur (1822-1895), que se tornou uma celebridade global ap&oacute;s desenvolver a primeira s&eacute;rie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118728-covid-19-posso-ingerir-bebidas-alcoolicas-depois-de-tomar-a-vacina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacinas</a> para doen&ccedil;as al&eacute;m da var&iacute;ola, como a raiva e o antraz. Enquanto Pasteur fazia seu discurso de apresenta&ccedil;&atilde;o da descoberta na Academia Nacional de Medicina da Fran&ccedil;a em 1880, chegou a ser interrompido e satirizado por Gu&eacute;rin.
O rival chegou a questionar in&uacute;meras vezes sobre como o produto funcionava e se fez de desentendido ap&oacute;s receber as respostas. A confus&atilde;o foi tamanha que o evento teve que acabar mais cedo. O &oacute;dio entre os dois era tanto que Jules chegou a pedir para enfrentar Louis em um duelo de armas. Por&eacute;m, esse conflito nunca aconteceu, e Gu&eacute;rin morreu anos depois continuando sendo um antivacina.
<h2>3. Henning Jacobson (1856-1930)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20112425822153.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Ministro luterano e imigrante sueco em Massachusetts, Henning Jacobson acabou se tornando famoso localmente ap&oacute;s enfrentar o governo. Em 1899, uma pequena epidemia de var&iacute;ola atingiu a regi&atilde;o de Boston e as autoridades de sa&uacute;de responderam a esse problema exigindo que todos os habitantes tomassem a vacina contra a doen&ccedil;a.
Ao fim da pandemia, que teve 485 mil pessoas vacinadas e 270 mortes, Jacobson entrou na justi&ccedil;a contra o governo por tentar for&ccedil;ar ele e o seu filho a se vacinarem. Em seu discurso na Suprema Corte, o homem afirmou que &ldquo;Deus lhe protegeria, e n&atilde;o as vacinas&rdquo;. No fim das contas, o imigrante acabou perdendo em todas as inst&acirc;ncias e a corte determinou que o governo estava correto em tentar proteger a popula&ccedil;&atilde;o.
<h2>4. Lora Little (1856-1931)</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia&nbsp;" data-fonte-url="https://www.historyofvaccines.org/sites/default/files/inline-images/the_liberator.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20112617682155.jpg" alt="(Fonte: The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia)" />(Fonte: The Historical Medical Library of The College of Physicians of Philadelphia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Lora Little sempre foi uma defensora de que h&aacute;bitos saud&aacute;veis seriam suficientes para uma pessoa ter longevidade na vida. Entretanto, tamb&eacute;m ficou famosa por ser uma organizadora de movimentos antivacina e editora do The Liberator, um jornal com refer&ecirc;ncia antiescravista da Guerra Civil.&nbsp;
Em 1906, ela publicou um artigo culpando as vacinas de terem matado 336 pessoas &mdash; o que poderia ser verdade, visto que n&atilde;o existiam procedimentos corretos de esteriliza&ccedil;&atilde;o na &eacute;poca ou antibi&oacute;ticos para controlar infec&ccedil;&otilde;es. Ao todo, Little desconfiava de todo tipo de medicamento que n&atilde;o fosse proveniente da natureza.
Segundo ela, bastava ter a dieta certa, uma rotina de exerc&iacute;cios e se manter limpo para que as feridas &ldquo;logo desaparecessem&rdquo;.&nbsp;
<h2>5. Joseph Pulitzer (1847-1911)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/20/20112713322159.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de dar nome a maior premia&ccedil;&atilde;o de jornalismo conhecida at&eacute; hoje, Joseph Pulitzer foi uma das primeiras pessoas a se demonstrarem antivacina para a m&iacute;dia. Em 1901, ele era dono de um jornal em St. Louis e viu a oportunidade de vender mais edi&ccedil;&otilde;es ap&oacute;s um esc&acirc;ndalo com vacinas.
Para os casos de tratamento de difteria, as vacinas eram produzidas por meio dos anticorpos de cavalos. Entretanto, uma amostra de sangue de um cavalo infectado com t&eacute;tano foi distribu&iacute;da aos cientistas e posteriormente usada na cria&ccedil;&atilde;o do imunizante &mdash; o que causou a morte de uma menina chamada Bessie Baker e seus irm&atilde;os.
As manchetes de Pulitzer despertaram aten&ccedil;&atilde;o nacional para a trag&eacute;dia. Entretanto, esse movimento tamb&eacute;m fez com que o governo norte-americano se atentasse para a import&acirc;ncia das vacinas e regulasse quem realmente poderia produzi-las.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.624Z

5 pessoas que foram antivacina ao longo da história

Imagem de Como a sífilis fez a Europa culpar a América pela doença no século XVI no megacurioso

Epidemia da IST foi uma das maiores consequências do pós-peste bubônica, quando o mundo foi assolado por doenças vindas da crise

No s&eacute;culo XIV, cerca de um ter&ccedil;o da popula&ccedil;&atilde;o europeia foi devastada pela peste bub&ocirc;nica e, apesar de ter conseguido se recuperar tempos depois e reerguer parte da sociedade, as consequ&ecirc;ncias logo surgiram depois com a confirma&ccedil;&atilde;o do aparecimento de novas doen&ccedil;as. Foi ent&atilde;o que, em pouco menos de 100 anos de relativa paz, o mundo voltou a viver tens&otilde;es relacionadas &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica por causa do cont&aacute;gio por infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis (IST), que se "aproveitaram" da euforia social para se espalhar rapidamente pelo planeta.
Sem registros em livros ou conhecimento armazenado na mente dos intelectuais, a s&iacute;filis foi um objeto de medo e pavor em parte da Europa. Reis e rainhas, pr&iacute;ncipes e princesas, maltrapilhos de bord&eacute;is e todos os tipos de grupo em diversas castas sociais passaram a tem&ecirc;-la, ao mesmo tempo que procuravam culpados para responsabilizar pelo iminente caos social que mais uma vez se aprofundava no continente. Veio da Fran&ccedil;a? Da It&aacute;lia? Por enquanto essa origem pouco importava, pois a &uacute;nica certeza que o povo tinha era de que a IST era contra&iacute;da pelo ato sexual.
<h2>Castigo divino e a rela&ccedil;&atilde;o com os deuses</h2>
Antes de ser conhecida como s&iacute;filis, o mal foi intitulado de "doen&ccedil;a ven&eacute;rea" por um m&eacute;dico franc&ecirc;s, fazendo refer&ecirc;ncia &agrave; deusa romana do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120162-conheca-o-caso-de-amor-de-uma-brasileira-que-levou-farofa-ao-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amor</a>, V&ecirc;nus. Sem estar vinculada a uma &eacute;poca do ano ou &agrave; hierarquia social, ela oferecia os mesmos riscos para todas as pessoas que praticassem atos sexuais com ou sem frequ&ecirc;ncia, causando dores terr&iacute;veis nos ossos, que surgiam pouco tempo ap&oacute;s a contra&ccedil;&atilde;o. Seria ent&atilde;o uma puni&ccedil;&atilde;o divina pela suposta libertinagem e pela pr&aacute;tica de sexo il&iacute;cito? Alguns diriam que sim.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18090718825030.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Enquanto m&eacute;dicos da &eacute;poca acreditavam que a s&iacute;filis era uma puni&ccedil;&atilde;o pelos pecados cometidos pela sociedade, astr&oacute;logos a viam como causa de dois eclipses do Sol e da conflu&ecirc;ncia de Saturno e Marte. Isso acabaria, ent&atilde;o, gerando um alinhamento entre estrelas e a consequente contamina&ccedil;&atilde;o da terra, que deteriorava o corpo humano por meio de part&iacute;culas venenosas que se misturavam ao ar.
O primeiro rem&eacute;dio para a doen&ccedil;a teria surgido d&eacute;cadas depois, quando o merc&uacute;rio foi substitu&iacute;do por troncos de arbustos gu&aacute;iaco, encontrados no Haiti, que, ao serem misturados com l&iacute;quidos 2 vezes ao dia, forneciam recupera&ccedil;&atilde;o em at&eacute; 1 m&ecirc;s de tratamento. Por&eacute;m, a hereditariedade da IST e sua alta transmissibilidade resultou em uma verdadeira corrida contra a cura, e os americanos entraram na hist&oacute;ria ao sofrerem graves acusa&ccedil;&otilde;es de europeus.
<h2>Am&eacute;rica vs. Europa: a culpa foi de algu&eacute;m?</h2>
Na &eacute;poca, acreditava-se que a s&iacute;filis chegou &agrave; Europa junto dos navios de Crist&oacute;v&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120126-6-fatos-sobre-cristovao-colombo-que-nao-sao-contados-nos-livros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Colombo</a>, que havia retornado em 1504 para a Espanha sob pedidos da rainha Isabel, trazendo peda&ccedil;os de ouro, p&eacute;rolas, joias dos nativos e, principalmente, os marinheiros e parte do ex&eacute;rcito. Assim, ap&oacute;s anos de expedi&ccedil;&atilde;o, os homens do navegador genov&ecirc;s teriam aproveitado seus dias em bord&eacute;is e festejos, tornando-se potenciais encarregados de espalhar a doen&ccedil;a pela regi&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18090600466029.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Revoltados, m&eacute;dicos americanos se empenharam em desmistificar a lenda contada pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119696-quais-sao-as-maiores-rivalidades-entre-paises-vizinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rivais</a> do velho continente e afirmaram que franceses aliados do rei Carlos VIII n&atilde;o apenas espalharam a bact&eacute;ria pelos pa&iacute;ses vizinhos, mas tamb&eacute;m desenvolveram mutantes resistentes e com novas propriedades, dificultando o combate e aumentando a taxa de infec&ccedil;&atilde;o. Estima-se que quase 1 milh&atilde;o de pessoas foram infectadas com a s&iacute;filis.
Felizmente, especialistas descobriram, cerca de 4 s&eacute;culos depois, o 1&deg; tratamento efetivo do mal e a identifica&ccedil;&atilde;o da bact&eacute;ria, que, ao lado dos estudos sobre a penicilina, resolveram definitivamente o problema de uma poss&iacute;vel epidemia, com a chegada de uma cura definitiva.

Saúde

Novidades