Imagem de Como a fiscalização da poluição permite que empresas quebrem regras no megacurioso

Monitoramento de qualidade do ar realizado nos Estados Unidos indica bons resultados em dias de inspeção, mas evidencia piora em dias livres

Promulgada inicialmente em 1963, a Lei do Ar Limpo &eacute; uma das medidas ambientais mais importantes no combate &agrave; emiss&atilde;o de gases poluentes e hoje opera em todo territ&oacute;rio norte-americano, sob vigil&acirc;ncia da Ag&ecirc;ncia de Prote&ccedil;&atilde;o Ambiental dos Estados Unidos (EPA). Por&eacute;m, de acordo com um novo estudo da Universidade de Oregon, entidades empresariais estariam supostamente quebrando os padr&otilde;es federais em dias que n&atilde;o h&aacute; fiscaliza&ccedil;&atilde;o, indicando uma preocupa&ccedil;&atilde;o para a manuten&ccedil;&atilde;o do ar e redu&ccedil;&atilde;o de part&iacute;culas prejudiciais.
Atualmente, a EPA opera com monitoramento presencial em um a cada seis dias, visitando empresas para coletar dados e encontrar os resultados esperados pelo &oacute;rg&atilde;o de fiscaliza&ccedil;&atilde;o. Essa intermit&ecirc;ncia, que ocorre em longos per&iacute;odos &mdash; considerando o prazo semanal &mdash; surge como impacto do or&ccedil;amento limitado e de um cronograma apertado, muitas vezes incapaz de atender adequadamente programas de problemas espec&iacute;ficos como chuva &aacute;cida, prote&ccedil;&atilde;o da camada de oz&ocirc;nio e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120153-5-formas-incriveis-de-proteger-o-mundo-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a>.
Conforme uma an&aacute;lise de pixels em fotos de sat&eacute;lite da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120277-mapas-de-calor-da-nasa-uma-arma-para-combater-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, o professor assistente do departamento de economia de Oregon, Eric Zou, identificou inconsist&ecirc;ncias entre os per&iacute;odos em que h&aacute; fiscaliza&ccedil;&atilde;o e os que n&atilde;o h&aacute;, sugerindo que apesar da ag&ecirc;ncia contribuir com o meio ambiente em dias de monitoramento, algumas empresas est&atilde;o burlando as regras estabelecidas em dias que n&atilde;o s&atilde;o vistoriadas, resultando no aumento da emiss&atilde;o de gases estufa.
A diferen&ccedil;a estabelecida entre as datas registrou uma lacuna de 1,6%, que aumentava consideravelmente &mdash; at&eacute; 7% &mdash; &agrave; medida que os n&iacute;veis de emiss&atilde;o dos gases ficava mais pr&oacute;ximo do limite estabelecido. Em contrapartida, os n&iacute;veis de polui&ccedil;&atilde;o permaneceram praticamente inalterados durante os dias em que houve fiscaliza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Parte do projeto est&aacute; tentando pensar que encontramos esse fen&ocirc;meno&rdquo;, diz Zou. &ldquo;E a segunda parte do artigo est&aacute; tentando descobrir o que est&aacute; acontecendo, o que potencialmente poderia ser a causa subjacente.&rdquo;
<h2>Descoberta dos indicadores</h2>
Os dados apontam que as grandes lacunas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120026-alem-da-respiracao-outras-formas-como-a-poluicao-nos-afeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polui&ccedil;&atilde;o</a> ocorreram em &aacute;reas com n&iacute;veis de qualidade do ar mais baixos, onde h&aacute; a maior incid&ecirc;ncia de hist&oacute;rico de recebimento de penalidades por viola&ccedil;&otilde;es e monitoramento intermitente. Al&eacute;m disso, esses territ&oacute;rios abrigam ind&uacute;strias que se destacam por entregar as ditas &ldquo;respostas estrat&eacute;gicas&rdquo;, com algumas delas isentas de cronogramas de produ&ccedil;&atilde;o definidos e mais propensas a reduzir a produtividade nos dias de visitas t&eacute;cnicas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09103541504115.jpg" alt="(Fonte: NBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: NBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Existem v&aacute;rios setores que esperamos conduzir isso e que, de fato, n&atilde;o o est&atilde;o fazendo&rdquo;, diz Zou. &ldquo;Por exemplo, descobri que as usinas de energia n&atilde;o s&atilde;o preditivas sobre onde esses pontos de acesso est&atilde;o. Voc&ecirc; pensa nas usinas como poluidoras, mas, por outro lado, o quanto elas produzem &eacute; quase totalmente determinado por quanto as pessoas precisam. &Eacute; muito caro aumentar e diminuir a produtividade de usinas de energia. E tamb&eacute;m &eacute; caro armazenar eletricidade. Elas podem adiar um procedimento gigante para o dia seguinte.&rdquo;
Outro ponto importante observado pelo cientista foi a participa&ccedil;&atilde;o dos governos locais na averigua&ccedil;&atilde;o correta dos agentes poluidores. Segundo an&aacute;lise de avisos emitidos pelas autoridades em 346 cidades e &aacute;reas metropolitanas, h&aacute; uma probabilidade 10% maior do comunicado ter sido realizado no dia da vistoria, indicando que nesses locais houve maiores &iacute;ndices de polui&ccedil;&atilde;o se comparados com &aacute;reas de aviso antecipado.
&ldquo;Os governos estaduais e locais n&atilde;o dizem 'eu simplesmente n&atilde;o me importo com a sa&uacute;de humana'. &Eacute; mais como, '&eacute; muito caro para mim', e se o regulamento for estabelecido de forma que eles tenham um incentivo e uma capacidade de ganhar, talvez alguns deles v&atilde;o fazer isso", critica Zou. &ldquo;O custo de reduzir ainda mais a polui&ccedil;&atilde;o &eacute; bastante alto. Portanto, voc&ecirc; precisa pesar o custo e o benef&iacute;cio.&rdquo;

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Como a fiscalização da poluição permite que empresas quebrem regras

Imagem de Climatarianos: como sua dieta ajuda a cuidar do meio ambiente no megacurioso

Prática criada há mais de 1 década vem ganhando adeptos e prova que é possível se alimentar de forma saudável, bem como contribuir com a natureza

Criado originalmente pelo ativista norte-americano Mike Tidwell em 2010, o termo "climatariano" vem sendo frequentemente utilizado e ganhando adeptos no planeta, &agrave; medida que as pessoas buscam adaptar suas dietas alimentares como meios de manter a sa&uacute;de em dia e reduzir os impactos ao meio ambiente de forma consciente.
Segundo o verbete incluso no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118897-dicionario-canino-12-comportamentos-dos-caes-e-seus-significados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dicion&aacute;rio</a> Cambridge, o climatariano "&eacute; aquele que ajuda a salvar o planeta com suas escolhas alimentares", aproveitando ofertas sazonais de frutas e verduras com produtores pr&oacute;ximos, evitando carne processada e se afastando totalmente do uso de embalagens pl&aacute;sticas. Essa alian&ccedil;a entre h&aacute;bitos de dietas saud&aacute;veis e pr&aacute;ticas sustent&aacute;veis resulta em um estilo de vida que se remete a esfor&ccedil;o, dedica&ccedil;&atilde;o e separa&ccedil;&atilde;o de um tempo para si, j&aacute; que h&aacute; a necessidade de ter contato e de conhecer as origens do que entra em suas casas.
&ldquo;N&atilde;o queremos dizer &agrave;s pessoas o que comer, mas seria realmente ben&eacute;fico, tanto para o clima quanto para a sa&uacute;de humana, se as pessoas em muitos pa&iacute;ses ricos consumissem menos carne e se a pol&iacute;tica criasse incentivos apropriados para esse efeito", disse o ecologista Hans-Otto P&ouml;rtner, tamb&eacute;m copresidente do grupo de trabalho do Painel Intergovernamental de Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas (IPCC).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09094524963041.jpg" alt="(Fonte: Grist / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Grist / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os climatarianos podem divergir de vegetarianos em v&aacute;rios aspectos, j&aacute; que h&aacute; grupos que se alimentam de carne de frango e cordeiro 1 vez na semana. Por&eacute;m, grande parte de suas dietas &mdash; algumas com exclusividade &mdash; consiste na ingest&atilde;o de frutas da esta&ccedil;&atilde;o, legumes da safra e verduras secas por terem menor concentra&ccedil;&atilde;o de carbono, al&eacute;m de se afastarem de marcas que contribuem para danos ao ambiente, como aquelas exploradoras de petr&oacute;leo, emissores de gases de efeito estufa, companhias que abusam de &aacute;gua nos processos produtivos e outros.
<h2 class="uk-text-justify">Uma rigorosidade no fundamento</h2>
A ideia por tr&aacute;s da rotina alimentar de um climatariano pode ser rigorosa, mas &eacute; repleta de fundamentos, principalmente por essas pessoas serem levadas ao estudo e ao conhecimento dos processos produtivos, log&iacute;stica dos alimentos e todas as outras etapas que fazem os itens sa&iacute;rem da colheita para o lar. No caso, n&atilde;o &eacute; simplesmente abolir refei&ccedil;&otilde;es por acreditar ser um ato mais saud&aacute;vel, mas &eacute; entender de que forma a exist&ecirc;ncia de uma comida pode contribuir para os impactos ambientais.
&ldquo;Climatarianos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113620-por-que-o-mundo-do-esporte-esta-se-tornando-vegano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veganos</a> n&atilde;o s&atilde;o sin&ocirc;nimos porque consumir somente frutas, legumes e verduras n&atilde;o garante o respeito ao meio ambiente se cada gomo de tangerina que se come estiver envolto em pl&aacute;stico, pois a degrada&ccedil;&atilde;o desses res&iacute;duos tamb&eacute;m contribui para as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas&rdquo;, enfatiza a cineasta galega Xiana do Teixeiro.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/09/09094900482047.jpg" alt="(Fonte: The Spoon / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: The Spoon / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dessa forma, os climatarianos "lideram" o combate em especial ao modelo de neg&oacute;cio da carne vermelha, visto que ele &eacute; um dos principais incentivadores do desmatamento e &eacute; respons&aacute;vel por impulsionar queimadas para a cria&ccedil;&atilde;o de gado, com a pecu&aacute;ria contribuindo com at&eacute; 14,5% dos gases de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119719-como-os-cientistas-descobriram-o-efeito-estufa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a>.&nbsp;
"A quest&atilde;o-chave est&aacute; no consumismo. Ser&aacute; que realmente precisamos de um abacate que venha do Peru ou de uma manga do Brasil? &Eacute; necess&aacute;rio beber um suco de laranja quando n&atilde;o h&aacute; laranjas no ver&atilde;o? Por que n&atilde;o s&atilde;o substitu&iacute;das por morangos, uvas ou tomates, que s&atilde;o da &eacute;poca e tamb&eacute;m t&ecirc;m vitamina C?&rdquo;, questionou a professora sueca Julia W&auml;rnberg, da Universidade de M&aacute;laga.

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Climatarianos: como sua dieta ajuda a cuidar do meio ambiente

Imagem de Como os polos da Terra influenciam no aquecimento global? no megacurioso

Com extremidades do globo cada vez menos brancas, calotas polares têm perdido a capacidade de refletir a radiação solar e contribuído para as temperaturas ficarem mais quentes

A Terra tem entrado cada vez mais em um ciclo vicioso irrevers&iacute;vel em rela&ccedil;&atilde;o ao aquecimento global, e um dos motivos disso pode estar sendo causado pelo derretimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115566-duas-calotas-polares-do-canada-desapareceram-do-artico-diz-nasa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calotas polares</a>. Com partes do &Aacute;rtico e da Ant&aacute;rtida se aquecendo de duas a tr&ecirc;s vezes mais r&aacute;pido do que o restante do planeta, o mundo parece estar cada vez mais em risco.
Mas por que os polos s&atilde;o t&atilde;o importantes assim para a humanidade? E por que essas regi&otilde;es mais frias do planeta t&ecirc;m esquentado t&atilde;o r&aacute;pido assim? Ent&atilde;o, vamos explorar um pouco mais esse assunto e entender qual &eacute; a real fun&ccedil;&atilde;o das extremidades da Terra para a nossa exist&ecirc;ncia nos moldes atuais.
<h2 class="uk-text-justify">Resfriamento do planeta</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/08/08104625453095.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
De maneira resumida, os polos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117369-11-fatos-curiosos-e-inusitados-sobre-o-polo-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Norte</a> e Sul s&atilde;o respons&aacute;veis por resfriar a temperatura da Terra, mas n&atilde;o exatamente porque suas vastas extens&otilde;es de gelo s&atilde;o frias. O principal motivo para que as extremidades do mundo atuem como um verdadeiro "freezer gigante" &eacute; a cor branca das calotas polares.
Quanto mais brancas forem essas regi&otilde;es, mais capazes elas ser&atilde;o de refletir o calor do Sol e manter as outras partes do mundo com temperaturas agrad&aacute;veis para os seres humanos. Ent&atilde;o, a energia solar &eacute; mandada de volta para o espa&ccedil;o, e o nosso lar se mant&eacute;m est&aacute;vel.
O problema, entretanto, &eacute; que o aquecimento global tem interferido nessa rela&ccedil;&atilde;o. Com o derretimento das camadas de gelo, os polos est&atilde;o se tornando cada vez menos brancos, e o planeta tem absorvido cada vez mais calor. Isso faz que a Terra se torne ainda mais quente do que o normal e mais gelo seja derretido, criando o que os cientistas chamam de ciclo vicioso.
<h2 class="uk-text-justify">Reflex&atilde;o das superf&iacute;cies</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/08/08104401515090.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Os raios solares s&atilde;o essenciais para a vida humana, mas seriam completamente nocivos caso o planeta os absorvesse em 100%. Por essa raz&atilde;o, a capacidade da Terra de refletir calor &eacute; uma das fun&ccedil;&otilde;es mais importantes para a nossa sobreviv&ecirc;ncia, e esse fen&ocirc;meno &eacute; chamado de albedo.
Esse mecanismo permite que o mundo reflita 30% da radia&ccedil;&atilde;o solar, enquanto os 70% absorvidos ajudam a manter uma temperatura ideal para o desenvolvimento das civiliza&ccedil;&otilde;es. Nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, por&eacute;m, esse equil&iacute;brio hist&oacute;rico de mais de 10 mil anos tem sido quebrado.
Apesar de a atmosfera servir como a principal barreira refletidora da radia&ccedil;&atilde;o solar, os polos cumprem um papel indispens&aacute;vel como a principal fonte de albedo na superf&iacute;cie da Terra &mdash; refletindo 25% do total de radia&ccedil;&atilde;o solar refletida pelo planeta. Por esse motivo, a "redu&ccedil;&atilde;o de albedo" tem feito os blocos de gelo se aquecerem mais do que os n&uacute;meros registrados no restante do mundo.
<h2 class="uk-text-justify">Preocupa&ccedil;&atilde;o para o futuro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/08/08104524359094.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Segundo especialistas, a polui&ccedil;&atilde;o gerada pelos seres humanos &eacute; a maior causadora dos problemas ambientais vistos em tempos modernos. Com o aumento da emiss&atilde;o dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110605-oceanos-absorveram-90-da-energia-gerada-pelos-gases-do-efeito-estufa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gases do efeito estufa</a>, n&atilde;o s&oacute; a temperatura do planeta aumentou como tamb&eacute;m as calotas polares passaram a derreter em escala acelerada.
O problema nesse caso &eacute; que o gelo reflete 90% do calor do Sol, enquanto a &aacute;gua reflete apenas 20%, ou seja, quanto mais &aacute;gua tivermos nos polos da Terra, mais calor o planeta absorver&aacute; e mais quentes ser&atilde;o as temperaturas ao redor do globo. Isso far&aacute; com que eventualmente seja insustent&aacute;vel viver neste mundo.
O mais preocupante nesse ciclo vicioso &eacute; que a &uacute;nica forma de contornar isso seria se os humanos soubessem como resfriar o planeta, algo que ainda est&aacute; muito longe do nosso alcance. A boa not&iacute;cia &eacute; que podem levar dezenas de milhares de anos at&eacute; que toda a camada de gelo dos polos seja derretida.
Enquanto isso, &eacute; importante que a humanidade volte sua aten&ccedil;&atilde;o para conter as taxas de polui&ccedil;&atilde;o e frear a destrui&ccedil;&atilde;o do meio ambiente.

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Como os polos da Terra influenciam no aquecimento global?

Imagem de Saco de compras: qual modelo traz menos impactos ao meio ambiente? no megacurioso

Por meio de análises de materiais, fabricação, certificações e origens, estudo estimou qual saco de compras é a melhor opção para o consumidor. Confira!

A Deco Proteste, maior organiza&ccedil;&atilde;o de defesa do consumidor portuguesa, realizou uma pesquisa para determinar o impacto ambiental dos sacos de compras, levando em considera&ccedil;&atilde;o estudos realizados com 96 amostras na B&eacute;lgica, It&aacute;lia e Espanha. Os testes foram aplicados com base em diversas caracter&iacute;sticas, desde a fabrica&ccedil;&atilde;o at&eacute; o uso das sacolas, tendo em vista a quantidade de vezes necess&aacute;rias para reutiliz&aacute;-las de forma a compensar os danos causados &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120005-6-tipos-de-transporte-para-quem-quer-ser-amigo-da-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">natureza</a>.
A pesquisa da institui&ccedil;&atilde;o testou a capacidade das 96 sacolas e do n&uacute;mero de usos para compensar os impactos causados ao meio ambiente, avaliando quest&otilde;es como o ciclo de vida, o volume m&aacute;ximo de cada saco, os materiais utilizados para confec&ccedil;&atilde;o, o uso de tintas ou corantes, as certifica&ccedil;&otilde;es, o pa&iacute;s de origem e outros t&oacute;picos, na tentativa de responder &agrave; pergunta &ldquo;Quantos sacos de cada categoria s&atilde;o necess&aacute;rios para transportar os produtos de mercearia com um volume de 20 litros e um peso de 10 quilos em uma s&oacute; ida &agrave;s compras?&rdquo;.
De acordo com os especialistas, o saco de rodinhas Trolley, um carrinho com uma bolsa acoplada, &eacute; o produto que mais compensa para os consumidores caso seja incorporado na rotina mercantil pensando no longo prazo, visto seu grande potencial reutiliz&aacute;vel. Mant&ecirc;-lo como principal item de mercearia &eacute; essencial para reduzir os danos ambientais causados durante sua produ&ccedil;&atilde;o, distribui&ccedil;&atilde;o e utiliza&ccedil;&atilde;o, sendo necess&aacute;rio 742 reutiliza&ccedil;&otilde;es para compensar os impactos, algo equivalente a 7 anos caso v&aacute; &agrave;s compras 2 vezes na semana.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/27/27084425608019.jpg" alt="(Fonte: Bag the Hope / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Bag the Hope / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em segundo lugar, como o saco que mais exige reutiliza&ccedil;&otilde;es, est&aacute; a popular ecobag de algod&atilde;o, comumente vendida nos caixas de mercantis. Devido &agrave; inefici&ecirc;ncia da produ&ccedil;&atilde;o de algod&atilde;o, j&aacute; que &eacute; necess&aacute;rio 30% de solo adicional para produzir um quilo da fibra org&acirc;nica &ndash; lembrando que o material ignora pesticidas e <a href="https://www.megacurioso.com.br/armas/36632-afinal-como-funcionam-as-bombas-feitas-a-base-de-fertilizantes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fertilizantes</a> &ndash;, os sacos ecol&oacute;gicos exigem 149 reutiliza&ccedil;&otilde;es para contrabalancear os impactos ambientais.
<h2 class="uk-text-justify">Pl&aacute;stico vs. papel</h2>
Para igualar a performance de um saco pl&aacute;stico &agrave; porcentagem de material reciclado, o saco de papel deve ser levado ao mercado ao menos nove vezes, mas ambos impactam no tocante &agrave; utiliza&ccedil;&atilde;o do solo &ndash; fator considerado o mais significativo para os reais danos ambientais ocorridos em terras de plantio.
Dessa forma, a sugest&atilde;o &eacute; que os sacos pl&aacute;sticos sejam utilizados de uma &uacute;nica vez, posteriormente depositando-o em um ecoponto de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119145-e-necessario-lavar-as-embalagens-que-vao-para-coleta-seletiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coleta seletiva</a> para que seja levado &agrave; reciclagem.
Com impactos ambientais da fabrica&ccedil;&atilde;o at&eacute; o uso, os sacos pl&aacute;sticos s&atilde;o os maiores liberadores de micropl&aacute;sticos, especialmente quando s&atilde;o lavados para reutiliza&ccedil;&atilde;o. Assim, &eacute; sugerido que sua higiene ocorra apenas atrav&eacute;s de um pano umedecido, caso o consumidor queira mant&ecirc;-lo em seu dia a dia.
"O nosso conselho &eacute; mais singelo e talvez um pouco fora da caixa, se nos lembrarmos da condena&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica h&aacute; muito tempo feita ao pl&aacute;stico: o melhor &eacute; nos limitarmos a usar embalagens reutiliz&aacute;veis de poli&eacute;ster, sem tinta. Causaremos menos dano ao ambiente", segundo a conclus&atilde;o da pesquisa. "A regra, por isso, continua a ser o uso repetido do bom senso e um equil&iacute;brio entre as nossas necessidades e as do planeta", de acordo com o estudo.

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Papel ou plástico: qual sacola afeta menos o meio ambiente?

Imagem de Mapas de calor da NASA: uma arma para combater o aquecimento global no megacurioso

Conversamos com o explorador da Nat Geo e especialista em mapas de calor para entender como o aquecimento global está afetando nosso planeta

Mapas de calor, como os feitos pela National Aeronautics and Space Administration (NASA), s&atilde;o ferramentas imprescind&iacute;veis no monitoramento do clima e da natureza. Recorrendo &agrave; tecnologia de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o, &eacute; poss&iacute;vel obtermos imagens feitas por sat&eacute;lites que mostram com detalhes as condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas de determinadas regi&otilde;es do mundo e, mais importante do que isso, registram as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que tanto amea&ccedil;am ecossistemas inteiros e a vida do ser humano na Terra.
Para entender melhor como esses mapas de calor funcionam e de que modo &eacute; poss&iacute;vel utiliz&aacute;-los no meio ambiente e enfrentar as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, o Mega Curioso conversou com o&nbsp;professor de Geografia&nbsp;Baker Perry, da Appalachian State University e explorador da National Geographic.
Habitamos um mundo muito diferente daquele onde vivemos anos atr&aacute;s
&ldquo;Os mapas de calor feitos pela NASA mostram que habitamos um mundo muito diferente daquele onde vivemos anos atr&aacute;s&rdquo;, afirmou Perry ao ser questionado sobre como essa ferramenta pode ser importante para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/106175-como-ficaria-a-terra-com-os-oceanos-4-mais-quentes.htm" target="_blank">entendermos o clima atual</a>. &ldquo;Estamos mais quentes do que antes, e &aacute;reas espec&iacute;ficas do planeta se aqueceram muito mais do que a m&eacute;dia global&rdquo;.
<h2 class="uk-text-justify">Aquecimento global acelerado</h2>
Desde 1880, a temperatura m&eacute;dia da superf&iacute;cie da Terra vinha crescendo 0,07 &deg;C a cada d&eacute;cada. Por&eacute;m, a partir de 1981, esse valor subiu para 0,18 &deg;C, o que parece pouco, mas &eacute; extremamente relevante. No total, desde o s&eacute;culo XIX, a m&eacute;dia da temperatura do planeta subiu 1,18 &deg;C, uma mudan&ccedil;a impulsionada em grande parte pelo aumento das emiss&otilde;es de di&oacute;xido de carbono na atmosfera e outras atividades humanas.
A maior parte do aquecimento ocorreu nos &uacute;ltimos 40 anos, com os 7 anos mais recentes sendo os mais quentes de todo o per&iacute;odo registrado at&eacute; hoje. Os anos de 2016 e 2020 est&atilde;o empatados como os anos mais quentes j&aacute; medidos.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/gXXOkhoki8s?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2 class="uk-text-justify">E a Era do Gelo?</h2>
Antes que falem que tudo isso se trata de um ciclo natural de aquecimento e resfriamento da Terra, tendo a famosa &ldquo;Era do Gelo&rdquo; como refer&ecirc;ncia, podemos usar dados concretos para mostrar que o problema &eacute; muito pior e de origem artificial.
As &aacute;reas mais geladas do mundo sofreram um aquecimento tremendo
Nos &uacute;ltimos 650 mil anos, 7 ciclos de avan&ccedil;o e recesso glacial aconteceram na Terra, com o fim da &uacute;ltima Era do Gelo tendo acontecido h&aacute; cerca de 11,7 mil anos. Quando comparamos os n&iacute;veis estimados de di&oacute;xido de carbono na atmosfera, a marca de 300 partes por milh&atilde;o nunca havia sido ultrapassada em nenhum desses ciclos. O valor foi superado no ano de 1950 e de l&aacute; at&eacute; hoje apenas nunca mais diminuiu como j&aacute; bateu as 400 partes por milh&atilde;o, al&eacute;m de continuar subindo vertiginosamente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/28/asd-28204950967001.jpg" alt="asd" />Esse gr&aacute;fico, baseado na compara&ccedil;&atilde;o de amostras atmosf&eacute;ricas contidas em n&uacute;cleos de gelo e medi&ccedil;&otilde;es diretas mais recentes, fornece evid&ecirc;ncias de que o CO2&nbsp;atmosf&eacute;rico aumentou desde a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial. (Fonte: NASA)
&ldquo;&Aacute;reas mais geladas do mundo, como o Oceano &Aacute;rtico, parte norte da Am&eacute;rica do Norte, Sib&eacute;ria, todas elas sofreram um aquecimento tremendo&rdquo;, contou Perry. Para o especialista, as grandes mudan&ccedil;as nessas &aacute;reas, com a perda de grandes massas de gelo, s&atilde;o reflexo direto dessa altera&ccedil;&atilde;o na temperatura m&eacute;dia da atmosfera.
<h2 class="uk-text-justify">O tempo ficou &ldquo;doido&rdquo;?</h2>
Todo esse clima &ldquo;maluco&rdquo;, como muitas pessoas enxergam temporadas quentes durante o inverno ou climas secos quando deveria estar chovendo, entre outros aspectos, tamb&eacute;m &eacute; reflexo do aquecimento global.
&ldquo;Sempre houve um certo grau de varia&ccedil;&atilde;o no clima, mas evid&ecirc;ncias fazem que a comunidade cient&iacute;fica concorde que estamos vendo cada vez mais climas extremos, especialmente no que diz respeito &agrave; quantidade de chuvas e, por consequ&ecirc;ncia, alagamentos&rdquo;, explicou Perry. &ldquo;O aumento do calor faz que mais &aacute;gua evapore e mais tempestades aconte&ccedil;am&rdquo;, ele concluiu.
As mudan&ccedil;as no &Aacute;rtico tamb&eacute;m est&atilde;o diretamente relacionadas a esses problemas clim&aacute;ticos. O ciclo funciona assim: o derretimento das calotas no polo gera correntes de ar mais &ldquo;onduladas&rdquo;, que se estendem mais para o Sul e n&atilde;o se movem rapidamente como deveriam. Isso faz as ondas de calor no Hemisf&eacute;rio Norte serem mais duradouras e as altas temperaturas aumentarem a precipita&ccedil;&atilde;o. Paradoxalmente, essas tempestades v&atilde;o, posteriormente, favorecer temperaturas frias mais extremas em outra esta&ccedil;&atilde;o ou locais diferentes, ou seja, o clima est&aacute; mesmo ficando &ldquo;louco&rdquo; e isso &eacute; preocupante.
<h2 class="uk-text-justify">A ci&ecirc;ncia do nosso lado</h2>
Se tudo isso est&aacute; acontecendo, como explicar para as pessoas que o aquecimento global &eacute; uma realidade em um contexto em que a ci&ecirc;ncia &eacute; cada vez menos levada a s&eacute;rio?
&ldquo;Uma abordagem poss&iacute;vel &eacute; contar hist&oacute;rias sobre como as pessoas s&atilde;o afetadas por isso. Em minhas aulas,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118601-estacao-meteorologica-e-instalada-no-cume-do-vulcao-tupungato.htm" target="_blank">falo sobre experi&ecirc;ncias pr&oacute;prias</a>&nbsp;em ver paisagens, como a do Himalaia, dos Andes e de outras cadeias de montanhas, completamente alteradas, com geleiras que retra&iacute;ram ou, em alguns casos, at&eacute; desapareceram&rdquo;, conta o explorador. &ldquo;Mas mais do que isso, devemos falar sobre como isso impactou diretamente pessoas e comunidades que vivem nesses locais&rdquo;.
Para Perry, o mais importante na hora de enfrentar a nega&ccedil;&atilde;o da ci&ecirc;ncia &eacute; construir rela&ccedil;&otilde;es saud&aacute;veis com as pessoas e derrubar barreiras que nos separam. &ldquo;Podemos usar mapas como esses e nos aprofundar nos dados, conversar a respeito deles, ver de onde vieram, o que querem dizer, olhar para os padr&otilde;es e para o fato de que essa &eacute; a melhor compreens&atilde;o que temos sobre as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas&rdquo;, ele falou.
<h2 class="uk-text-justify">Quem &eacute; o culpado pelo aquecimento global?</h2>
Quem &eacute; bem-informado e entende minimamente de aquecimento global sabe que os abusos do mundo moderno colaboram demais para isso tudo ocorer. Mas o quanto da culpa &eacute; nossa como indiv&iacute;duos &mdash; tomando banhos demorados, usando aquecedor no inverno e ar-condicionado no ver&atilde;o &mdash; e quanto isso &eacute; causado por grandes empresas, f&aacute;bricas, institui&ccedil;&otilde;es de produ&ccedil;&atilde;o massiva que afetam ativamente o meio ambiente?
Quanto mais os indiv&iacute;duos e as fam&iacute;lias tomarem atitudes para viver de maneira mais sustent&aacute;vel, melhor
Para Perry, &eacute; menos uma quest&atilde;o de quem &eacute; o culpado e mais de quem deve se conscientizar: &ldquo;O esfor&ccedil;o tem que ser feito em todos os n&iacute;veis. Quanto mais os indiv&iacute;duos e as fam&iacute;lias tomarem atitudes para viver de maneira mais sustent&aacute;vel, melhor, isso &eacute; importante. E quanto mais isso acontecer, mais pessoas v&atilde;o cobrar as grandes corpora&ccedil;&otilde;es de tomarem medidas de preven&ccedil;&atilde;o, trabalhando em paralelo como institui&ccedil;&atilde;o e sociedade, tanto para um bem ecol&oacute;gico quanto para o pr&oacute;prio bem econ&ocirc;mico&rdquo;.

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Mapas de calor da NASA: uma arma para combater o aquecimento global

Imagem de Amazonas: avanço do mar saliniza águas e traz riscos às comunidades no megacurioso

Fenômeno de avanço do mar pela foz do Amazonas surge com maior intensidade e impacta a vida dos ribeirinhos, comprometendo a alimentação

Nas &uacute;ltimas semanas, comunidades que vivem &agrave; beira do Rio Amazonas est&atilde;o enfrentando dificuldades ocasionadas pelo avan&ccedil;o do n&iacute;vel do mar, que surgiu com maior intensidade nesta esta&ccedil;&atilde;o do ano. De acordo com relatos, as &aacute;guas do oceano agravaram a saliniza&ccedil;&atilde;o no arquip&eacute;lago do Bailique, no Amap&aacute;, decretando estado oficial de emerg&ecirc;ncia e ado&ccedil;&atilde;o de medidas governamentais que garantam amparo para os moradores prejudicados.
O avan&ccedil;o do mar pela foz do Amazonas &eacute; um evento comum previsto para ocorrer entre o terceiro e o quarto semestre do ano, por&eacute;m as transforma&ccedil;&otilde;es que a regi&atilde;o vem sofrendo desde 2013, quando o caudaloso Rio Araguari deixou de desaguar no Atl&acirc;ntico e virou um afluente do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120159-voce-sabia-que-o-rio-amazonas-tem-raizes-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amazonas</a>, est&atilde;o alterando as condi&ccedil;&otilde;es de vida dos pouco mais de 8 mil habitantes de Bailique.
Em entrevista para a BBC, Geov&aacute; Alves, presidente da Associa&ccedil;&atilde;o das Comunidades Tradicionais do Bailique e vice-presidente de uma cooperativa local de produtores de a&ccedil;a&iacute;, revelou que o territ&oacute;rio sempre se destacou pela presen&ccedil;a de sal na &aacute;gua entre setembro e novembro, visto que os baixos &iacute;ndices pluviom&eacute;tricos da esta&ccedil;&atilde;o favorecem o avan&ccedil;o natural da mar&eacute;.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22101445773163.jpg" alt="(Fonte: Governo do Amap&aacute; / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Governo do Amap&aacute;/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por&eacute;m, nos &uacute;ltimos anos, as 51 comunidades do Bailique foram impactadas com o avan&ccedil;o das &aacute;guas, j&aacute; que o rio &eacute; a principal fonte h&iacute;drica das fam&iacute;lias. Entre os principais efeitos do fen&ocirc;meno, destaca-se, al&eacute;m da alta saliniza&ccedil;&atilde;o, o aumento de peixes de &aacute;gua salgada e o afastamento das esp&eacute;cies de &aacute;gua doce, algo que modifica drasticamente o cen&aacute;rio comercial na regi&atilde;o, pois muitos pescadores dependem da venda de camar&atilde;o para sustentar a fam&iacute;lia e precisaram passar a atuar no ramo de outros esp&eacute;cimes.
Sem acesso &agrave; &aacute;gua pot&aacute;vel, os ribeirinhos sofrem com fome e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119667-o-grande-incendio-de-londres-causou-ira-e-sede-de-vinganca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sede</a>, ficando sem condi&ccedil;&otilde;es de tratar adequadamente a &aacute;gua salinizada e exercer outras atividades caseiras ou remuneradas que dependam da &aacute;gua doce. "N&oacute;s n&atilde;o temos &aacute;gua aqui, n&oacute;s n&atilde;o temos a luz que n&oacute;s precisamos. A &aacute;gua que eu preciso eu pego no igarap&eacute;. Eu tenho uma boa idade, mas, mesmo assim eu pego [&aacute;gua], mas agora ela n&atilde;o presta nem para a gente beber", reclamou Edina Barbosa dos Santos em entrevista ao G1.
<h2>A&ccedil;&atilde;o das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</h2>
Como consequ&ecirc;ncia das a&ccedil;&otilde;es humanas, principalmente associadas &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de b&uacute;falos e &agrave; constru&ccedil;&atilde;o de hidrel&eacute;tricas, as altera&ccedil;&otilde;es din&acirc;micas no Rio Araguari se configuram como uma das maiores transforma&ccedil;&otilde;es na paisagem do Brasil nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas. Devido ao aparecimento de um canal que passou a conectar o rio com o Amazonas, a antiga foz do Araguari secou e deu lugar &agrave; vegeta&ccedil;&atilde;o, enquanto o fluxo original passou a desembocar inteiramente no Amazonas.
Sem novos choques entre o fluxo do rio e a mar&eacute;, as ondas da Pororoca deixaram de ocorrer no Araguari. Al&eacute;m disso, o fen&ocirc;meno conhecido localmente como "terras ca&iacute;das", que consiste na acelerada eros&atilde;o das &aacute;reas impactadas pelo fluxo do canal, destruiu centenas de casas da regi&atilde;o. Tudo isso pode ser um desastroso resultado de uma das principais consequ&ecirc;ncias das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116819-rio-escuro-formado-pelo-degelo-pode-estar-fluindo-sob-a-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">degelo</a> das calotas polares.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/22/22101935258168.jpg" alt="(Fonte: Governo do Amap&aacute; / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Governo do Amap&aacute;/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
De acordo com a NASA, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120170-veja-em-imagens-como-o-aumento-do-nivel-do-mar-afetaria-as-cidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">n&iacute;vel m&eacute;dio do mar</a> subiu aproximadamente 20 cent&iacute;metros entre 1901 e 2018. Al&eacute;m disso, o aumento das temperaturas em Bailique e a amplia&ccedil;&atilde;o da evapora&ccedil;&atilde;o contribuem com maior circula&ccedil;&atilde;o de ar e com o movimento de uma grande quantidade de sal dos oceanos para o continente, principalmente em uma regi&atilde;o como o Amazonas, conhecida por ser historicamente sens&iacute;vel a altera&ccedil;&otilde;es.
Previs&otilde;es apontam que at&eacute; o fim do s&eacute;culo XXI o n&iacute;vel m&eacute;dio dos oceanos ir&aacute; subir entre 0,6 metro e 1,1 metro, considerando dados pessimistas a partir de estudos sobre a emiss&atilde;o dos n&iacute;veis de gases estufa. Com essa rea&ccedil;&atilde;o negativa da natureza, tudo indica que os amazonenses continuar&atilde;o com dificuldades para driblar a situa&ccedil;&atilde;o nos pr&oacute;ximos meses, recebendo &aacute;gua pot&aacute;vel e cestas b&aacute;sicas das prefeituras enquanto aguardam o in&iacute;cio da esta&ccedil;&atilde;o chuvosa.

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Amazonas: avanço do mar saliniza água e gera riscos às comunidades

Imagem de "Incêndios zumbis": o fenômeno que está destruindo as florestas no megacurioso

Enquanto o fogo consome, o planeta morre um pouco mais

De acordo com uma mat&eacute;ria do The Washington Post, em 2020 a Sib&eacute;ria atingiu altas temperaturas, ultrapassando os 37 &shy;&shy;&deg;C, fazendo o pergelissolo come&ccedil;ar a derreter. Nos &uacute;ltimos tempos, a prov&iacute;ncia est&aacute; esquentando duas vezes mais r&aacute;pido do que quase qualquer outro lugar do planeta, levando, consequentemente, aos inc&ecirc;ndios florestais &mdash; devido &agrave; temperatura alta e o ressecamento do solo.
Esses focos de chamas costumavam ser apagados quando a neve ca&iacute;a, mas eles continuam &ldquo;vivos&rdquo; mesmo quando deveriam estar &ldquo;mortos&rdquo;, queimando no pergelissolo sob a neve, alimentando-se da mat&eacute;ria org&acirc;nica. Foi assim que eles ganharam o nome de &ldquo;inc&ecirc;ndios zumbis&rdquo;.
Em entrevista ao Atlas Obscura, o engenheiro do Imperial College London, Guilermo Rein, disse que as chamas desses &ldquo;inc&ecirc;ndios zumbis&rdquo; s&atilde;o muito dif&iacute;ceis de suprimir devido ao n&iacute;vel de combust&atilde;o proporcionado pela turfa.
<h2>Planeta derretendo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14181418940397.jpg" alt="(Fonte: Esquire Middle East/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Esquire Middle East/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, os inc&ecirc;ndios zumbis j&aacute; n&atilde;o fazem parte apenas da realidade da Sib&eacute;ria. Nas partes mais frias do globo, o pergelissolo exposto tamb&eacute;m est&aacute; suscet&iacute;vel ao fen&ocirc;meno natural. Em abril do ano passado, um foco de inc&ecirc;ndio foi encontrado no Alasca pelas autoridades.&nbsp;
&ldquo;O &Aacute;rtico est&aacute; derretendo. Grandes &aacute;reas est&atilde;o queimando diante de nossos olhos&rdquo;, alertou Rod Downie, assessor chefe do WWF Polar, em entrevista &agrave;&nbsp;BBC.
Cada vez que um &ldquo;inc&ecirc;ndio zumbi&rdquo; come&ccedil;a em alguma parte do planeta, os gases que liberam contribuem para o aquecimento global quando liberados no ar atrav&eacute;s da queima. Isso acontece porque eles est&atilde;o repletos de mat&eacute;ria org&acirc;nica de plantas e animais em decomposi&ccedil;&atilde;o e, tanto a turfa quanto o pergelissolo, t&ecirc;m vastas reservas de di&oacute;xido de carbono, metano e outros gases.
&ldquo;As evid&ecirc;ncias sugerem que 5 a 15% do vasto reservat&oacute;rio de carbono do solo armazenado nos ecossistemas do pergelissolo do norte podem ser emitidos como gases de efeito estufa em 2100, considerando o atual caminho do aquecimento global&rdquo;, aponta um estudo da Nature Geoscience.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reddit&nbsp;" data-fonte-url="https://external-preview.redd.it/-PSWi4NN_DLR4ubkYoRnUdu_iRwSjMwokOVt0DYHg_E.jpg?auto=webp&amp;s=aab72b20842f045d012b59b58de3ddd510537263"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/14/14181701924398.jpg" alt="(Fonte: Reddit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reddit/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m disso, os inc&ecirc;ndios florestais em todo o &Aacute;rtico durante o ver&atilde;o do ano passado liberaram quase 33% a mais de di&oacute;xido de carbono na atmosfera do que em 2019, que j&aacute; havia atingido n&iacute;veis recorde.
Se os &ldquo;inc&ecirc;ndios zumbis&rdquo; persistirem durante todo o inverno, quando a neve derrete novamente na primavera, eles podem reacender e se transformar em um inc&ecirc;ndio florestal de novo. E, quanto mais o solo queima, mais gases s&atilde;o liberados, criando um ciclo intermin&aacute;vel de contribui&ccedil;&atilde;o para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120110-estudo-diz-que-10-anos-nos-separam-de-uma-catastrofe-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>.
Os esfor&ccedil;os dos cientistas para &ldquo;matar&rdquo; esses inc&ecirc;ndios s&atilde;o imensos no momento. Eles tentam usar uma mistura de &aacute;gua e supressores de fogo para pulverizar no solo fumegante. O composto &eacute; um pouco parecido com sab&atilde;o, ajudando a reduzir a tens&atilde;o superficial da &aacute;gua e permitindo que ela penetre melhor no solo.
Os estudos ainda estavam na fase inicial, mas a esperan&ccedil;a de sua efic&aacute;cia &eacute; grande. Enquanto isso, o planeta segue &ldquo;derretendo&rdquo; a olhos nus, e uma fatia substancial de sua popula&ccedil;&atilde;o negando essa realidade &mdash; e prov&aacute;vel futuro catastr&oacute;fico.

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'Incêndios zumbis': o fenômeno que está destruindo as florestas

Imagem de Veja em imagens como o aumento do nível do mar afetaria as cidades no megacurioso

Com mudanças climáticas de até 3 °C, cidades de todo o mundo podem ter boa parte de suas áreas urbanas dominadas pelo mar

A organiza&ccedil;&atilde;o sem fins lucrativos Climate Central divulgou uma pesquisa assustadora revelando os impactos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas para os principais centros urbanos do planeta. O estudo teve como base a renderiza&ccedil;&atilde;o de imagens tridimensionais comparando o passado e o futuro de regi&otilde;es que podem sofrer com o aumento do n&iacute;vel o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120136-submarino-bate-em-objeto-desconhecido-no-mar-do-sul-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mar</a> caso as pol&iacute;ticas de combate ao aquecimento n&atilde;o sejam devidamente implantadas, levando em considera&ccedil;&atilde;o a urg&ecirc;ncia das iniciativas e a tomada de a&ccedil;&otilde;es eficazes.
O projeto &mdash; publicado na revista Environmental Research Letters e feito em parceria com a Universidade Princeton (Estados Unidos) e com o Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto do Clima (Alemanha) &mdash; revelou que centenas de &aacute;reas costeiras, abrigadas por mais de 1 bilh&atilde;o de pessoas, est&atilde;o sob risco de inunda&ccedil;&otilde;es "sem precedentes". Tal fatalidade poderia ocorrer caso a Terra presenciasse uma eleva&ccedil;&atilde;o de at&eacute; 3 &deg;C de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120134-como-temperatura-pressao-e-umidade-afetam-a-dor-que-sentimos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperatura</a> nas pr&oacute;ximas d&eacute;cadas, m&eacute;dia estipulada como uma realidade, de acordo com estudiosos da &aacute;rea.
"O aumento do n&iacute;vel do mar &eacute; uma amea&ccedil;a &agrave; nossa heran&ccedil;a", disse Anders Levermann, professor de din&acirc;micas de sistemas clim&aacute;ticos do Instituto Potsdam. "E n&atilde;o apenas &agrave;s nossas heran&ccedil;as antigas, mas das cidades em que vivemos hoje. S&atilde;o esses locais nas quais as a&ccedil;&otilde;es de agora deixam o mundo preparado para a pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o".
Mesmo em um cen&aacute;rio mais otimista, com a probabilidade de um aumento de at&eacute; 1,5 &deg;C caso a emiss&atilde;o de gases do efeito estufa fosse reduzida at&eacute; atingir o patamar zero em 2050, cerca de 100 cidades costeiras de 39 pa&iacute;ses diferentes sofreriam com o dom&iacute;nio das &aacute;guas. Entre as na&ccedil;&otilde;es, o destaque fica para regi&otilde;es da &Aacute;sia, como China, &Iacute;ndia, Indon&eacute;sia e Vietn&atilde;, que teriam parte de seus territ&oacute;rios afetados.
Dessa forma, quase todo o litoral brasileiro, por exemplo, seria ocupado pelas &aacute;guas do Atl&acirc;ntico, com regi&otilde;es como Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro vendo suas ruas e seus portos perderem parte de suas infraestruturas urbanas para serem uma esp&eacute;cie de ilha civilizat&oacute;ria. Bairros desapareceriam, coberturas vegetais se tornariam submersas e a din&acirc;mica social seria completamente alterada pelo evento <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120153-5-formas-incriveis-de-proteger-o-mundo-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clim&aacute;tico</a>, caracterizando uma preocupa&ccedil;&atilde;o palp&aacute;vel especialmente em locais com maior densidade.
Confira abaixo alguns comparativos entre o aumento otimista (1,5 &deg;C) e o pessimista (3 &deg;C) em diversos pa&iacute;ses.
<h2>Salvador (BA), Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18072327383000.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Recife (PE), Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18072656742001.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Fortaleza (CE), Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18072827852002.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Porto Alegre (RS), Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18072943852003.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Rio de Janeiro (RJ), Brasil</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18073118086004.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Dhaka, Bangladesh</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18073410727006.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Havana, Cuba</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18073911071007.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Londres, Inglaterra</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18074235555009.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Calif&oacute;rnia, Estados Unidos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18074054055008.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Sevilha, Espanha</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/18/18074431540010.jpg" alt="(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Climate Central / Reprodu&ccedil;&atilde;o)

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Veja em imagens como o aumento do nível do mar afetaria as cidades

Imagem de 5 formas incríveis de proteger o mundo das mudanças climáticas no megacurioso

Entenda quais são os próximos passos que a humanidade pode tomar para conseguir salvar o planeta de catástrofes climáticas no futuro

O planeta Terra &eacute; o nosso grande lar e proteg&ecirc;-lo &eacute; uma de nossas obriga&ccedil;&otilde;es caso desejemos continuar existindo no futuro. O problema, entretanto, &eacute; que atingimos um ponto na nossa exist&ecirc;ncia em que algo precisa ser feito imediatamente para conseguirmos reverter algo que vem se mostrando um problema real e perigoso: as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
Ent&atilde;o, como devemos proceder? Quais medidas s&atilde;o efetivas para frearmos a a&ccedil;&atilde;o humana e salvar o planeta? Separamos uma lista com cinco medidas criativas e surpreendentes que podem nos ajudar a transformar a realidade daqui para frente. Confira!
<h2>1. Educa&ccedil;&atilde;o feminina</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13173309161444.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Por mais doido que esse conceito pare&ccedil;a, uma das melhores formas de salvar o planeta hoje seria se as pessoas tivessem menos filhos. Para isso, a educa&ccedil;&atilde;o sempre se mostrou um caminho excelente para lutar contra problemas sociais e econ&ocirc;micos, mas a educa&ccedil;&atilde;o feminina tamb&eacute;m ajuda a combater as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
A matem&aacute;tica &eacute; simples: mulheres que passam mais tempo na escola tendem a ter filhos muito mais tarde na vida. Se todas as meninas conclu&iacute;ssem o ensino m&eacute;dio, estima-se que ter&iacute;amos 850 milh&otilde;es de pessoas a menos no mundo em 2050. Quanto menos pessoas, menor s&atilde;o as chances de grandes taxas de emiss&atilde;o de carbono.
Al&eacute;m disso, a educa&ccedil;&atilde;o feminina aumentaria as nossas chances de uma sociedade igualit&aacute;ria, o que faria com que mais delas estivessem em cargos de poder. Estudos sugerem que mulheres est&atilde;o mais inclinadas a ouvir conselhos cient&iacute;ficos e, consequentemente, salvar o planeta.
<h2>2. Plantio de bambu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13173402708448.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
O bambu, que &eacute; a planta com o crescimento mais r&aacute;pido do planeta, cumpre diversas outras fun&ccedil;&otilde;es al&eacute;m de alimentar <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/100588-vida-sexual-dos-pandas-inclui-penis-minusculo-balidos-de-cabra-e-porrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandas</a>. Por exemplo, um bambu pode crescer at&eacute; um metro por dia e absorve carbono muito mais r&aacute;pido do que uma &aacute;rvore comum. Por outro lado, o bambu processado &mdash; que serve como substituto da madeira em certos casos &mdash; pode ser mais resistente que o a&ccedil;o.
Sendo assim, produtos &agrave; base de bambu s&atilde;o altamente sustent&aacute;veis e de baixo carbono em compara&ccedil;&atilde;o com o a&ccedil;o, PVC, alum&iacute;nio e concreto, e florestas de bambu podem ser o futuro do planeta.
<h2>3. Muta&ccedil;&atilde;o do arroz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13173525223451.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Uma coisa que poucas pessoas sabem &eacute; que o cultivo de arroz gera o mesmo impacto de carbono no planeta do que a avia&ccedil;&atilde;o. Parte desse problema &eacute; culpa da maneira como o arroz &eacute; plantado em campos inundados com &aacute;gua para afogar ervas daninhas.
Essa &aacute;gua impede o oxig&ecirc;nio de chegar ao solo e cria condi&ccedil;&otilde;es ideais para o desenvolvimento das bact&eacute;rias causadoras do metano. Para combater esse problema, cientistas sugerem a cria&ccedil;&atilde;o de um novo tipo de arroz que poderia ser cultivado em campos secos, economizando &aacute;gua e ajudando a vida de agricultores.
<h2>4. Fim das geladeiras gasosas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13173717286454.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
Uma geladeira trabalha com refrigerantes qu&iacute;micos, como &eacute; o caso dos hidrofluorcarbonos (HFC), que tamb&eacute;m s&atilde;o gases de efeito estufa altamente potentes. Ent&atilde;o, por mais que os governos trabalhem em conjunto para eliminar o HFC, o n&uacute;mero de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115678-7-conteudos-de-geladeiras-e-seus-donos-em-alguns-paises-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geladeiras</a>, freezers e aparelhos de ar condicionado no mundo que j&aacute; foram fabricados dessa forma ainda &eacute; grande demais.
&Eacute; por isso que v&aacute;rios pa&iacute;ses no mundo j&aacute; trabalham com equipes de rastreio a esses aparelhos dom&eacute;sticos para destruir os gases refrigerantes perigosos. O foco dessas opera&ccedil;&otilde;es ocorre em antigos armaz&eacute;ns e locais de disposi&ccedil;&atilde;o de res&iacute;duos.
<h2>5. Navios escorregadios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/13/13173803989455.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)" />(Fonte: Pixabay)
O transporte mar&iacute;timo &eacute; respons&aacute;vel por 90% de todo o com&eacute;rcio mundial e por 2% de todas as emiss&otilde;es causadas pelo ser humano. Por mais brando que esse n&uacute;mero seja, existem pequenos crust&aacute;ceos que vem nos causando grandes problemas nas embarca&ccedil;&otilde;es.
<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118157-14-navios-ja-ficaram-presos-no-canal-de-suez-por-oito-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Navios</a> incrustados de cracas, lapas e mexilh&otilde;es costumam usar 25% mais diesel do que os chamados &ldquo;navios escorregadios&rdquo;, que t&ecirc;m laterais lisas para impedir que os crust&aacute;ceos consigam se prender. Portanto, reduzir o ac&uacute;mulo dessas criaturas tamb&eacute;m significa diminuir a polui&ccedil;&atilde;o do planeta e ainda poupar dinheiro com consumo de combust&iacute;vel.&nbsp;

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5 formas incríveis de proteger o mundo das mudanças climáticas

Imagem de Além da respiração: outras formas como a poluição nos afeta no megacurioso

Você sabia que, além dos seus pulmões, a poluição também pode afetar o seu intestino?

Se voc&ecirc; est&aacute; lendo o Mega Curioso de uma praia tranquila ou de uma zona rural, considere-se sortudo, porque, de acordo com a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de, nove entre dez pessoas respiram ar polu&iacute;do no mundo, a maioria em grandes cidades.&nbsp;
A principal diferen&ccedil;a que sentimos com isso &eacute; na respira&ccedil;&atilde;o: os gases emitidos pelos carros ficam presentes em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115945-por-que-o-asfalto-pode-poluir-mais-que-os-automoveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">part&iacute;culas microsc&oacute;picas no ar</a>, mesmo que a gente n&atilde;o veja fuma&ccedil;a. No meio disso, s&oacute; h&aacute; aspectos ruins: di&oacute;xido de nitrog&ecirc;nio, mon&oacute;xido de carbono, oz&ocirc;nio, &oacute;xido de nitrog&ecirc;nio, di&oacute;xido de enxofre. N&atilde;o precisa ser qu&iacute;mico para saber que isso n&atilde;o &eacute; bom, n&eacute;?
Essas part&iacute;culas microsc&oacute;picas entram no corpo pelo ar que respiramos e fazem um estrago enorme na nossa sa&uacute;de. Estima-se que um ter&ccedil;o das mortes por derrames, c&acirc;ncer de pulm&atilde;o e doen&ccedil;as card&iacute;acas estejam ligadas &agrave; polui&ccedil;&atilde;o. &Eacute; o mesmo efeito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104378-estes-23-fatos-sobre-o-cigarro-vao-te-ajudar-a-deixar-o-vicio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fumar cigarro</a>, mesmo que muita gente nunca tenha colocado um na boca.&nbsp;
At&eacute; a&iacute; tudo simples de entender: o pulm&atilde;o fica comprometido, prejudica a respira&ccedil;&atilde;o, que tamb&eacute;m afeta o funcionamento do cora&ccedil;&atilde;o e causa derrames. Mas voc&ecirc; sabia que a polui&ccedil;&atilde;o do ar tamb&eacute;m pode afetar outras &aacute;reas do seu corpo?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/24/24013306938000.jpg" alt="Mesmo que a gente n&atilde;o veja fuma&ccedil;a, a polui&ccedil;&atilde;o entra no nosso corpo (Imagem: Unsplash)" />Mesmo que a gente n&atilde;o veja fuma&ccedil;a, a polui&ccedil;&atilde;o entra em nosso corpo. (Imagem: Unsplash)
<h2>Polui&ccedil;&atilde;o e Mal de Alzheimer</h2>
A partir do momento em que as part&iacute;culas de polui&ccedil;&atilde;o entram no organismo, elas conseguem se espalhar e causar problemas em muito mais lugares do que "apenas" o pulm&atilde;o e os &oacute;rg&atilde;os diretamente relacionados a ele. Elas afetam at&eacute; o c&eacute;rebro, com estudos comprovando uma rela&ccedil;&atilde;o entre as impurezas e as doen&ccedil;as psiqui&aacute;tricas, como a depress&atilde;o.
Al&eacute;m disso, h&aacute; uma rela&ccedil;&atilde;o curiosa entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118879-poluicao-causada-por-carros-pode-ser-fator-de-risco-para-o-mal-de-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a polui&ccedil;&atilde;o e o Mal de Alzheimer</a>&nbsp;que foi descoberta por cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia em um estudo publicado em 2020. Segundo eles, &eacute; poss&iacute;vel observar que os idosos com Alzheimer que vivem em &aacute;reas mais polu&iacute;das t&ecirc;m maior concentra&ccedil;&atilde;o de placas amiloides. Essas placas s&atilde;o dep&oacute;sitos de gordura no c&eacute;rebro e um dos principais sintomas da doen&ccedil;a.&nbsp;
A hip&oacute;tese dos pesquisadores &eacute; que as part&iacute;culas microsc&oacute;picas de polui&ccedil;&atilde;o &mdash; com todos aqueles elementos que citamos no in&iacute;cio &mdash; induzem uma resposta inflamat&oacute;ria cr&ocirc;nica no c&eacute;rebro. Com o tempo, isso pode afetar a sa&uacute;de do &oacute;rg&atilde;o e levar ao desenvolvimento de doen&ccedil;as que geram dem&ecirc;ncia, como o Mal de Alzheimer.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/24/24013540751005.jpg" alt="Estudo nos EUA encontrou correla&ccedil;&atilde;o entre a polui&ccedil;&atilde;o e o Mal de Alzheimer (Imagem: Unsplash)" />Estudo nos EUA encontrou correla&ccedil;&atilde;o entre a polui&ccedil;&atilde;o e o Mal de Alzheimer. (Imagem: Unsplash)
<h2>Polui&ccedil;&atilde;o e o intestino</h2>
Ainda mais bizarra do que a rela&ccedil;&atilde;o entre polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica e doen&ccedil;as neurol&oacute;gicas &eacute; a forma como as part&iacute;culas microsc&oacute;picas afetam o intestino. Sim, o ar impuro que respiramos nas grandes cidades pode levar ao desenvolvimento de doen&ccedil;as inflamat&oacute;rias intestinais.
Os cientistas descobriram isso analisando os dados de ocorr&ecirc;ncia de DII pelo mundo: esse tipo de doen&ccedil;a atinge mais pessoas que vivem em zonas urbanas do que aquelas que moram em zonas rurais, e habitantes de pa&iacute;ses mais desenvolvidos (com mais carros e ind&uacute;strias) do que aqueles de pa&iacute;ses menos ricos. E n&atilde;o para por a&iacute;: o n&uacute;mero de casos de DII em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119101-brasil-esta-no-ranking-das-nacoes-mais-poluidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pa&iacute;ses recentemente industrializados na &Aacute;sia, na &Aacute;frica ou na Am&eacute;rica Latina</a> tem aumentado. Pois &eacute;...
Claro que isso pode ser apenas uma coincid&ecirc;ncia, e a simples rela&ccedil;&atilde;o entre os n&uacute;meros n&atilde;o significa que a polui&ccedil;&atilde;o causa as doen&ccedil;as intestinais. Os cientistas, obviamente, levantaram essa quest&atilde;o e foram estudar o assunto mais a fundo. Em testes com camundongos, aqueles que inalaram part&iacute;culas de polui&ccedil;&atilde;o por alguns dias tiveram mudan&ccedil;as na resposta imune do intestino, altera&ccedil;&otilde;es no microbioma intestinal e sinais de inflama&ccedil;&atilde;o nessa &aacute;rea.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/24/24013431016003.jpg" alt="Pessoas que moram em &aacute;reas polu&iacute;das tem maior propens&atilde;o &agrave;s DII (Imagem: Unsplash)" />Pessoas que moram em &aacute;reas polu&iacute;das tem maior propens&atilde;o &agrave;s DII. (Imagem: Unsplash)
O professor Gilaad Kaplan, da Universidade de Calgary (Canad&aacute;), j&aacute; escreveu diversos artigos sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre polui&ccedil;&atilde;o do ar e as doen&ccedil;as inflamat&oacute;rias intestinais, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85341-doenca-de-crohn-voce-sabe-o-que-e.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Doen&ccedil;a de Crohn</a> e a colite ulcerativa. S&oacute; para resumir o que s&atilde;o essas doen&ccedil;as: s&atilde;o feridas graves e bem doloridas no sistema digestivo, causadas &mdash; veja s&oacute;! &mdash; por respostas equivocadas do sistema imunol&oacute;gico, que come&ccedil;am a atacar o pr&oacute;prio intestino e seu microbioma. S&atilde;o os mesmos sinais que apareceram nos camundongos do estudo do professor Kaplan.
E tem mais: n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; as DII que podem ser causadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103718-estas-13-imagens-revelam-a-que-ponto-chegou-a-poluicao-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polui&ccedil;&atilde;o</a>. Uma apendicite pode se tornar mais grave se voc&ecirc; mora em &aacute;reas com ar impuro, como mostra um estudo comparativo feito pelo professor Kaplan.&nbsp;
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<div data-e2e="image-placeholder">Para n&atilde;o terminar esse texto em um tom t&atilde;o apocal&iacute;ptico, a boa not&iacute;cia &eacute; que, sabendo de tudo isso, n&oacute;s podemos tomar atitudes para diminuir a polui&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica ou nos mudar para o campo e parar de respirar esses venenos. Fica a seu crit&eacute;rio.&nbsp;</div>
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