Mistérios
12/08/2013 às 09:02•2 min de leitura
Responda rápido! Quem é mais esperto: uma criança ou uma galinha? Estudos recentes indicam que essas aves estão à frente nessa competição quando algumas habilidades básicas foram comparadas, principalmente as que envolvem raciocínio lógico, noções de matemática e autocontrole.
Essas características geralmente estão presentes em crianças acima dos quatro anos de idade, enquanto em aves domésticas surgem com antecedência, já que, de acordo com a pesquisadora Christine Nicol, da Universidade de Bristol, esses animais aparentemente têm mais capacidade de empatia, um tipo de inteligência capaz de fazer, entre outras coisas, planejamentos prévios.
Segundo Christine, estudos feitos nos últimos 20 anos têm comprovado que essas aves possuem habilidades sensoriais bem desenvolvidas e que, por isso, têm capacidade de fazer planos e usar raciocínio lógico em situações específicas. Essas e outras explicações estão na pesquisa intitulada “A galinha inteligente”, comandada por Christine, que explora o lado cognitivo desses animais, capazes de distinguir números e desenvolver raciocínios lógicos.
Fonte da imagem: Reprodução/DailyMotion
Em testes com diagramas realistas e situações que desafiavam as leis da Física, observou-se que as aves tendiam a escolher as situações realistas, o que é típico de uma seleção inteligente. Galinhas-bebês têm a noção, por exemplo, de que um objeto retirado de seu campo de visão não deixa de existir, característica que não ocorre em bebês humanos, que tendem a pensar que o objeto que eles não enxergam simplesmente não existe. Essa situação muda geralmente no primeiro ano da criança.
As galinhas – 93% das que foram testadas – conseguem entender também que, se ficarem mais tempo diante da comida sem comê-la, vão ser recompensadas, o que evidencia a capacidade de planejamento e autocontrole. A pesquisadora Siobhan Abeuesinghe defende a ideia de que os seres humanos desvalorizam a inteligência dos animais para poder comê-los, e que isso é um mecanismo psicológico para que não sintam remorso.
Esse exemplo pode ser visto no caso de cachorros, que são considerados superinteligentes e que, na maioria das culturas, não servem como alimento – e só a ideia disso já nos parece absurda. Por que será então que galinhas, vacas, porcos e outros bichos são considerados comestíveis, diferente dos cachorros? Você acha que a declaração de Abeuesinghe faz sentido?