Ciência
05/02/2018 às 05:07•2 min de leitura
Falar sobre a tragédia que aconteceu em Chernobyl no ano de 1986 é, ainda, algo que nos causa desconforto, mesmo que mais de 30 anos já tenham se passado. Desde o acidente nuclear, a região foi isolada e se tornou também alvo de especulações sobre o que teria acontecido com os animais e com as plantas que não foram retirados de lá.
O fotógrafo Vladimir Migutin, que nasceu na Bielorrússia no mesmo ano da catástrofe, tinha cinco anos de idade quando seus pais deixaram a União Soviética – ainda assim, ele tem memórias da tragédia e cresceu com a vontade de conhecer Chernobyl de perto.
Recentemente, durante uma viagem a Minsk, ele decidiu procurar meios de visitar Chernobyl e arrumou uma credencial para isso. Com a ajuda de um guia e de um grupo de mais pessoas curiosas como ele, Migutin conseguiu, finalmente, marcar sua viagem.
“O único desafio que as pessoas têm enquanto planejam uma viagem como essa é as sua superstição – de que esse lugar é realmente perigoso. Depois de procurar algumas informações a fundo na internet, acontece que não é nada perigoso. Nós não visitamos lugares proibidos onde os níveis de radiação são letais. Na verdade, o nível médio de radiação durante esta viagem era basicamente o mesmo do que o nível radiativo de um voo de 10 mil metros”, revelou o fotógrafo sobre sua aventura.
“É muito difícil descrever a atmosfera que eu vivi durante esta viagem, mas é como se eu estivesse em um tipo de paraíso – um sentimento que eu não tinha desde a minha última visita a Kokedera (templo japonês) dois anos atrás”, completou ele. Para Migutin, os cenários abandonados e tomados apenas por plantas e animais criam uma sensação de que a natureza está se recompondo. Confira algumas dessas fotos a seguir e depois nos conte o que achou: