Ciência
12/07/2019 às 07:00•4 min de leitura
Os fascinantes retratos que você poderá ver a seguir são de autoria do norte-americano Jim Lo Scalzo, um fotógrafo que hoje faz parte do time da European Pressphoto Agency, para quem faz cobertura de eventos na Casa Branca e no Congresso dos EUA. No entanto, de acordo com Michael Hardy, do site Wired, entre um trabalho e outro, Jim também se dedica a desenvolver alguns projetos pessoais — e é sobre de um deles que vamos falar.
Segundo Michael, Jim cresceu em um subúrbio de Washington em plena Guerra Fria, e contou que ele e seus amigos sabiam que estariam entre as primeiras vítimas norte-americanas caso os soviéticos decidissem lançar um ataque nuclear contra os EUA.
Pois esse temor da adolescência serviu de inspiração para que, há mais ou menos 4 anos, Jim iniciasse uma viagem intermitente pelo país em busca dos bunkers construídos pelo Governo dos EUA para o caso de que eclodisse um conflito nuclear com os soviéticos — e que nós do Mega Curioso achamos que seria poético chamar de “Abrigos do Juízo Final”.
A maior parte da infraestrutura criada foi desativada há anos e algumas unidades foram convertidas em museus e podem ser visitadas pelo público. Entre elas, conforme explicou Jim, existe um bunker de 10,5 mil m2 construído em 1961 sob um resort de 4 estrelas que fica em West Virginia — com espaço suficiente para abrigar todos os 535 membros do Congresso, caso rolasse uma guerra —, assim como uma torre de mais de 30 metros de altura que deveria funcionar como ponto de comunicação caso ocorresse um holocausto nuclear.
O fotógrafo contou que ainda existem exemplos por todo o território dos EUA que parecem construções completamente ordinárias, mas que, na realidade, escondem abrigos e infraestrutura criados se o pior acontecesse e, embora o clima tenha nos EUA se tornado mais relaxado desde a Guerra Fria, dos milhares de silos espalhados pelo território norte-americano, alguns deles ainda guardam mísseis ativos e prontinhos para ser lançados. Veja uma seleção de fotos desses locais todos:
(Jim Lo Scalzo)
Convertido no Titan Missile Museum, situado em Sahuarita, no Arizona, o silo acima ainda guarda um míssil balístico intercontinental Titan II — desativado, evidentemente.
(Jim Lo Scalzo)
A imagem acima mostra a porta antibomba — de 25 toneladas — colocada no bunker construído para abrigar os membros do Congresso dos EUA.
(Jim Lo Scalzo)
E falando no abrigo dos congressistas, a imagem acima mostra o local onde se encontrava a cafeteria do bunker criado para proteger essa galera.
(Jim Lo Scalzo)
Situado no mesmo abrigo das imagens acima, o salão da foto serviria de Congresso improvisado em caso de que os EUA sofressem um ataque nuclear.
(Jim Lo Scalzo)
A imagem da plaquinha que você acabou de ver pode parecer sem graça, mas ela mostra o local onde havia um edifício usado para o enriquecimento do urânio usado na produção de armas nucleares na época da Guerra Fria.
(Jim Lo Scalzo)
Na foto, sala de coontrole de um dos reatores nucleares do Laboratório Nacional Oak Ridge. Em breve o local será aberto ao público e fará parte do Parque Nacional Histórico do Projeto Manhattan.
(Jim Lo Scalzo)
Essa construção da foto, situada próximo a uma das margens do Rio Columbia, em Hanford, Washington, abrigava um dos reatores nucleares usados para criar plutônio para ser empregado na produção de armas atômicas.
(Jim Lo Scalzo)
A sala acima, situada no Laboratório Nacional Oak Ridge, conta com manequins para recriar a atmosfera de quando ela se encontrava em funcionamento.
(Jim Lo Scalzo)
A cerca da imagem acima foi instalada ao redor de um silo contendo mísseis balísticos construído na Dakota do Sul.
(Jim Lo Scalzo)
Você já viu aqueles vídeos de testes nucleares em que as explosões aconteciam em cidades cenográficas? Construída nos anos 1950, a casa da foto é uma das duas construções daquela época que ainda existem nos EUA.
(Jim Lo Scalzo)
Apesar de parecer uma estrutura piramidal saída de uma história de ficção científica, o edifício, localizado nos arredores de Nekoma, na Dakota do Norte, abriga um sistema de radar antimísseis.
(Jim Lo Scalzo)
Pode parecer um alvo, mas a curiosa estrutura acima, localizada no Arizona, era usada durante a Guerra Fria para a calibração de satélites espiões. No total, havia 272 dessas cruzes espalhadas pelo sul do estado.
(Jim Lo Scalzo)
Construída nos Apalaches, não muito longe da Pensilvânia, a torre acima fazia parte de uma rede de comunicações que entraria em ação no caso de que os EUA sofressem um ataque nuclear.
(Jim Lo Scalzo)
Na imagem, um bunker desativado que, na época da Guerra Fria, era usado para armazenar munição.
(Jim Lo Scalzo)
Instalado em um dos bunkers, o incinerador acima deveria ser usado para a destruição de “material patológico”.
(Jim Lo Scalzo)
Acima, vemos uma das duas portas antibomba — de 23 toneladas, apenas — instaladas na Estação da Força Aérea construída no interior da montanha Cheyenne, no Colorado.
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