Artes/cultura
04/06/2020 às 13:00•2 min de leitura
Segundo o jornal britânico Daily Mail, um suposto tesouro de 28 toneladas de ouro, joias e outros objetos de valor pode estar escondido a 60 metros de profundidade em um poço detonado de um castelo na Polônia, de acordo com o diário de um oficial da SS nazista.
Adquirido por pesquisadores da Fundação da Ponte Silesiana Polonesa-Alemã em uma loja maçônica, o diário indica que o tesouro foi enterrado no final da Segunda Guerra Mundial nos terrenos do Palácio Hochberg, próximo à cidade de Wroclaw (ou Breslávia quando pertencia à Alemanha).
Reichsbank era o nome do Banco Central da Alemanha entre os anos de 1876 e 1948 que tinha uma de suas sedes justamente na cidade da Breslávia, onde foram depositados em custódia inúmeros objetos de valor para proteção contra o avanço dos russos em 1945.
Fonte: Bettmann/Getty Images-Reprodução
O chefe da fundação que encontrou o diário, Roman Furmaniak, declarou que está divulgando as descobertas para que o governo polonês comece a investigá-las. Estima-se que o valor do tesouro possa atingir £ 1,25 bilhão (ou cerca de R$ 8,2 bilhões).
Escrito por um oficial da polícia secreta de codinome "Michaelis", o diário revela, além do poço, mais 11 esconderijos.
Um deles pode conter 47 obras de arte roubadas de coleções na França durante a ocupação alemã, incluindo pinturas de Botticelli, Rubens, Cézanne, Caravaggio, Monet, Dürer, Raffael e Rembrandt. Em outro esconderijo estariam guardados objetos religiosos retirados de templos do mundo inteiro em uma tentativa de encontrar provas das teorias raciais de Hitler.
Fonte: Pomlaski Pomost Quedlinburg/Reprodução
Segundo Furmaniak, o diário foi escrito pelo oficial da SS Egon Ollenhauer, que fazia uma mediação entre os oficiais da SS responsáveis por esconder os bens e os seus proprietários, geralmente famílias de outros oficiais da Schutzstaffel, a elite do partido nazista.
Também estariam registradas no diário as informações segundo as quais o Führer teria dados ordens diretas para que 260 caminhões carregados com os objetos de valor fossem escondidos na Silésia, em um momento em que a guerra se encontrava desfavorável à Alemanha.
Roman Furmaniak garante que o diário esteve guardado por décadas em uma loja maçônica milenar da Alta Saxônia até ser entregue para a Ponte Silésia há 10 anos. A revelação deu-se a pedido dos descendentes daqueles oficiais que desejam que os bens sejam retornados aos seus legítimos donos.