Ciência
27/11/2021 às 13:00•3 min de leitura
Ao longo da História, inúmeras autoridades internacionais foram responsáveis por organizar simulações e testes práticos, estimulando as mais diversas esferas sociais a vivenciarem situações de crise com potenciais destrutivos. Assim, países estruturaram verdadeiros centros de comandos para criar projeções sobre guerras, invasões, pandemias e até mesmo apocalipses zumbis, de forma a observar o comportamento das equipes em meio a decisões difíceis e como o planeta reagiria diante de ameaças iminentes.
Confira algumas das simulações sinistras já realizadas que fariam qualquer teste de incêndio em escolas parecer brincadeira de criança.
Com a proposta de simular como seria o desenrolar de uma guerra entre os Estados Unidos e a Rússia, o Pentágono formalizou em 2019 um teste social que ficou conhecido como Plano A.
Durante a simulação, autoridades criaram uma história em que uma bomba nuclear russa era disparada no território da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), causando um ataque de retaliação e incinerando virtualmente a Europa em questão de poucas horas. Assim, a Europa seria destruída completamente, e os EUA teriam espaço livre para destruir a Rússia em um conflito que registraria mais de 90 milhões de mortos.
(Fonte: Johns Hopkins/Reprodução)
Reality show de uma pandemia, o Clade X foi uma simulação projetada para revelar um grande avanço da transmissão viral no mundo e contou com a participação de profissionais de todos os principais departamentos de ciência e saúde.
Em 2018, esses especialistas tiveram que entrar em uma espécie de jogo em que uma arma biológica, com origem na Venezuela e na Alemanha, se espalharia para todo o planeta, forçando os participantes do teste a descobrirem o máximo possível sobre a infecção e encontrarem formas de contornar a suposta crise sanitária mantendo a infraestrutura global intacta.
(Fonte: Alamy/Reprodução)
Na manhã de 11 de setembro de 2001, o Pentágono realizava uma perigosa simulação antiterrorista a bordo do avião de passageiros NORAD, que havia sido sequestrado por criminosos e estaria sendo direcionado para colidir com um prédio. Curiosamente, o evento acabou sendo interrompido com as notícias do ataque às Torres Gêmeas, enquanto muitos dos participantes do Vigilant Guardian 01 ficaram em dúvidas se a fatalidade era uma das etapas previstas pelas autoridades que organizavam a simulação.
(Fonte: CNBC/Reprodução)
Criado pela Fundação Rockefeller e pela Global Business Network, o Lock Step foi uma simulação que imaginou como uma gripe causada por gansos poderia impactar o mundo, após a confirmação de infecção de 20% da população mundial e da morte de mais de 8 milhões de pessoas, com a maioria adultos e jovens saudáveis. No final, os testes oficializaram a China como a nação que melhor soube lidar com a crise, efetivando uma "rápida imposição e aplicação da quarentena obrigatória" e "o fechamento instantâneo e quase hermético de todas as fronteiras".
(Fonte: CNN/Reprodução)
Realizado em 2017, o projeto SPARS foi uma simulação feita especificamente para determinar os melhores métodos de comunicação no caso da ocorrência de uma pandemia. Após a chegada de um vírus trazido para os Estados Unidos — depois que uma pequena igreja Batista retornou de uma missão humanitária nas Filipinas e sobreviveu a uma enchente —, os participantes tiveram que se esforçar para melhorar a comunicação e o compartilhamento de dados e notícias, de forma a livrar a população de fake news e boatos envolvendo a crise.
(Fonte: Wolfe Systems/Reprodução)
O Comando Estratégico dos Estados Unidos lançou, em 2011, um treinamento de combate a um apocalipse zumbi para educar alunos na Escola Conjunta de Combate à Guerra, na tentativa de prepará-los para uma situação caótica ocorrida durante uma possível invasão chinesa. Os cenários dispunham de armas, equipamentos, estratégias de sobrevivência e mapas cheios de alternativas de rotas, além de criaturas de todo tipo e com as mais variadas particularidades.