Ciência
27/02/2022 às 09:00•3 min de leitura
Enquanto a história do Titanic é famosa e já foi tema de filmes, documentários e extensas reportagens, existem outros navios que também tiveram fim trágico logo em sua viagem inaugural e, por uma razão ou outra, seguem desconhecidos pelo público.
É complicado apontar uma razão para que os navios desta lista não tenham suas histórias contadas aos quatro ventos: alguns tiveram número alto de mortes e outros eram navios de guerra ou mercantes. Pensando nisso, contamos a história de 6 navios desconhecidos que afundaram em suas viagens inaugurais. Continue lendo!
(Fonte: MS Zenobia)
O MS Zenobia era um navio da classe Challenger de construção sueca lançado em 1979. Ele virou e afundou no Mar Mediterrâneo, próximo de Larnaca, no Chipre, durante sua viagem inaugural, em junho de 1980. O barco havia saído de Malmö, na Suécia, e ia até Tartus, na Síria, carregado com reboques de trator.
Repentinamente, após passar por Atenas, o MS Zenobia começou a tombar. Descobriu-se depois que a causa foi excesso de água no tanque de lastro causado por um erro nos computadores. O MS Zenobia encontra-se "estacionado" a aproximadamente 42 metros de profundidade e, curiosamente, foi apontado como um dos melhores locais para mergulho em naufrágios do mundo.
(Fonte: Historic England)
O SMS Grosser Kurfürst foi um navio de torre blindado construído para a Marinha Imperial Alemã. Durante sua viagem inaugural, ele acabou sendo atingido acidentalmente pelo SMS König Wilhelm enquanto navegava pelo Canal da Mancha, em 31 de maio de 1878. Para desviar de um grupo de barcos de pesca, o comandante do Grosser Kurfürst virou e cruzou o caminho do König Wilhelm.
Entre o choque e adormecer no fundo do mar, passaram-se oito minutos. Cerca de 284 tripulantes morreram afogados. Apesar de uma corte marcial ter sido instaurada para investigar o acidente, todos os envolvidos com os navios foram absolvidos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O RMS Amazon foi um navio a vapor feito de madeira que transportava correspondência sob contrato do British Royal Mail. O primeiro de cinco navios, encomendados pela Royal Mail Steam Packet Company para fazer a rota entre Southampton e o Caribe, também afundou em sua viagem inaugural.
A causa apontada foi o superaquecimento dos rolamentos do motor, que fizeram o barco pegar fogo. Ao entrar no Golfo de Biscaia, entre a costa norte da Espanha e a sudoeste da França, foi rapidamente consumido pelas chamas. Sem conseguir desligar os motores, o capitão ordenou que os tripulantes entrassem nos botes salva-vidas. Relatos colocam os mortos em uma quantia que varia de 105 a 115 pessoas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O KMS Bismarck foi o primeiro navio couraçado alemão da Classe Bismarck. Ele foi lançado ao mar dois anos e meio após o início de sua construção. Porém, levaria mais dois anos até que fizesse sua viagem inaugural. Integrante da frota de batalha do exército nazista durante a Segunda Guerra Mundial, afundou em sua primeira e única ofensiva, a Operação Rheinübung, em maio de 1941.
Encarregado de atacar os navios do Reino Unido, conseguiu afundar o HMS Hood, maior orgulho da Marinha Real Britânica. Contudo, aviões torpedeiros britânicos atingiram bombas ao longo de todo couraçado, causando severos danos. Foi afundado em 27 de maio por navios de guerra britânicos. Apenas 115 de seus 2221 tripulantes sobreviveram.
(Fonte: Franklin Levy)
O RMS Magdalena teve seu fim no Brasil. Transatlântico de passageiros e carga refrigerada, construído em Belfast, foi feito para substituir um navio que se perdeu na rota entre a Inglaterra e a América do Sul. Sua viagem inaugural aconteceu no dia 9 de março de 1949, com destino a Buenos Aires. Era a última viagem do capitão do navio antes de sua aposentadoria.
Na rota de volta, após passar por Santos, por um erro de navegação de um dos oficiais de bordo, o RMS Magdalena acertou a Laje das Ilhas Tijucas. O choque danificou o barco, que precisou de ajuda para ser rebocado. Porém, no meio do processo o navio partiu ao meio, tendo apenas metade dele chegado à Baía de Guanabara, enquanto a outra flutuou até Niterói. Com auxílio da Marinha do Brasil, nenhuma vida se perdeu.
(Fonte: Ola Ericson/imagebank.sweden.se)
Mais velho dos barcos presentes nesta lista, o sueco Vasa (ou Wasa) era um navio de guerra do país escandinavo construído no século XVII. Durante sua viagem inaugural, em agosto de 1628, mostrou-se um navio perigosamente instável, em virtude do peso na estrutura superior do casco ser excessivo — carregava um número grande de canhões de bronze.
Apenas vinte minutos após zarpar de Estocolmo, uma forte rajada de vento fez o navio de guerra tombar e afundar. Séculos depois, uma expedição o recuperou com o casco quase intacto em 1961. Por fim, ele foi transformado em museu e é uma das atrações turísticas mais populares da Suécia.