Estilo de vida
16/03/2022 às 08:00•2 min de leitura
Nos últimos tempos, as teorias da conspiração ganharam força total, apesar de não serem um fenômeno novo. Especialistas como a Dra. Karen Douglas, professora de Psicologia Social da Universidade de Kent (Reino Unido), confirmam que a maneira como as redes sociais tomaram a vida das pessoas contribuiu para os efeitos nocivos e a proliferação dessas histórias falsas.
Os norte-americanos, por exemplo, se tornaram especialistas em acreditar em teorias, por isso o número só aumentou desde a década de 1950, quando elas ganharam força no país. No artigo Conspiracy Theories and the Paranoid Style(s) of American Politics, os cientistas políticos Eric Oliver e Thomas Wood mostram que 50% dos americanos acreditam em algum tipo de conspiração, seja que Neil Armstrong nunca pisou na Lua, seja que os ataques de 11 de setembro foram arquitetados.
Abaixo foram listadas as 3 conspirações mais estranhas da internet:
(Fonte: DW/Reprodução)
Foi em meados da década de 1920 que o Japão passou a usar comida sintética nas vitrines de lojas e restaurantes para exemplificar um prato do cardápio. O hábito surgiu como um movimento sociocultural, quando os camponeses migraram da zona rural do país para as cidades e, não familiarizados com os menus escritos, criaram modelos de cera dos pratos para ajudar os clientes a ter uma ideia do que consumiriam.
“A ideia se espalhou rapidamente, à medida que comer fora aumentou em popularidade, e as pessoas do campo se aglomeraram nas cidades”, relata uma matéria do Japan Times.
(Fonte: DW/Reprodução)
Mas os ocidentais não estão acostumados com isso, e vídeos de pessoas famosas e turistas viralizaram na internet acusando o país de vender "comida falsa". E isso não se restringiu apenas aos japoneses, a China também sofreu com a mesma teoria da conspiração, com pessoas relembrando a conspiração do repolho chinês.
As publicações ganharam repercussão principalmente no Facebook, alertando as pessoas que o Japão inventa e a China produz e exporta para o mundo o repolho falso, feito em laboratórios com elementos químicos e 0% natural.
(Fonte: Screen Rant/Reprodução)
O poderio do Walt Disney Studios é cercado por teorias da conspiração, com seus maiores filmes sendo alvos constantes ao longo da história. E Frozen — Uma Aventura Congelante, um dos maiores fenômenos da Disney, foi alvo de uma teoria bizarra iniciada pela primeira vez em 1972, quando o Los Angeles Times informou que o criador Walt Disney estava interessado no processo criogênico.
Ainda que esteja confirmado que o criador de Mickey Mouse foi cremado, isso não impediu que os rumores persistissem ao longo do tempo até, finalmente, chegar no lançamento e sucesso da animação Frozen.
Os fãs do universo Disney passaram a conspirar que o estúdio teria escolhido dar esse nome ao filme para distrair as pessoas de que Walt Disney foi criogenicamente congelado na esperança de uma reanimação futura, visto que a pesquisa no Google das palavras "frozen" e "disney" produziram resultados acerca dessa infame teoria.
(Fonte: Stacker/Reprodução)
Uma matéria do jornal turco Yeni Akit, conhecido por ser alinhado com a extrema-direita islâmica fundamentalista, disparou uma teoria da conspiração em uma matéria escrita por Selim Yazici, em que alegava que as calças jeans rasgadas são usadas como meio de disfarce e comunicação por unidades de inteligência estrangeira e seus conspiradores.
Segundo Selim, os espiões trocam mensagens pelo formato dos rasgos em determinados pontos dos jeans de mesmo número de série. Na matéria, ele ainda cita um suposto relatório com fontes de inteligência que teria sido interceptado por unidades de inteligência da Turquia.