Artes/cultura
12/09/2022 às 08:00•2 min de leitura
Poucas artes encantam tanto as pessoas, independentemente de sua faixa etária, como a mágica. Ela é capaz de criar situações extraordinárias, que encantam as pessoas por suas práticas que contrariam as leis naturais, envolvendo um tanto de imaginação, encanto e deslumbramento. Contudo, uma arte tão antiga e misteriosa como ela não costuma ter seus segredos relevados.
Eles são mantidos a sete chaves, sob a posse exclusiva do mágico ou ilusionista. Isso não significa, todavia, que não podemos conhecer alguns fatos curiosos a seu respeito, não é mesmo? Então, conheça alguns que separamos especialmente para este texto, repleto de magia.
Você já deve ter visto esse truque sendo realizado por aí. Quase toda grande cidade tem alguém executando a mágica dos copos mágicos pelas ruas - incluindo usando para aplicar golpes. O que você talvez não tivesse conhecimento é que este é um dos truques mais antigos que se tem conhecimento.
Os registros já encontrados que citam algo muito semelhante a ele datam do século I. O viés de trapaça também é antigo. Na obra The Conjurer, pintura de 1502 de Hieronymus Bosch, é possível ver um mágico praticando o truque para uma multidão intrigada, enquanto alguém aproveita para roubar os espectadores.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Escrito no ano de 1584, The Discoverie of Witchcraft é considerado o livro de mágica mais antigo que se tem registro. Ele foi escrito por Reginald Scot, um jurista britânico, que queria expor quais eram os métodos utilizados por bruxos medievais. Nele, haviam explicações detalhadas sobre truques de ilusionismo.
Apesar dos pesares, Scot não defendia a perseguição a quem fosse acusado de feitiçaria. Para ele, esta era uma postura não cristã. Acontece que essa posição do jurista irritou gente importante, como James VI, rei da Escócia, que ordenou que as primeiras cópias do livro fossem queimadas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante muito tempo, mágicos eram chamados de malabaristas, o que pode parecer muito estranho nos dias atuais. Outro termo empregado para os mágicos era prestidigitador, que nada mais é do que um ilusionista, cujas técnicas são baseadas na rapidez e agilidade com que realiza os truques sem que o espectador se dê conta.
A origem do termo está no francês "leger de main" e significa "luz da mão". Tornou-se uma frase quando os ingleses a adotaram, fazendo a junção em uma única expressão.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Lulu Hurst foi uma das precursoras dos shows de ilusionismo. Um de seus primeiros truques foi realizado diante de um teatro lotado e bastante mal iluminado. Suas habilidades eram consideradas misteriosas, já que diferentes objetos pareciam ganhar um poder invisível ao serem tocados por Hurst.
Ela deixou de se apresentar em 1885, pois seus truques começaram a ser replicados por outras mulheres e explicados por observadores. Anos mais tarde, ela contou às pessoas que tudo que ela fazia era deflexão de força.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Não confunda Robert-Houdin com Harry Houdini. Ainda que ambos sejam ligados ao ilusionismo (e que Houdini tenha criado seu pseudônimo inspirado em Robert), é ao primeiro que devemos agradecer que ele tenha se tornado uma forma de arte.
Robert-Houdin nasceu em Blois, na França, e depois de casar abriu o Palais Royale, um espaço onde fez o que era até então considerado entretenimento para pessoas pobres virar lazer dos ricos. Seu trabalho se tornou tão respeitado que foi convidado pelo governo francês para realizar viagens espalhando a magia.