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04/01/2023 às 08:00•2 min de leitura
As guerras sempre geraram um instinto de proteção nas pessoas. Os humanos, quando se veem no meio de algum tipo de conflito bélico, costumam construir abrigos, como bunkers, onde podem ficar a salvos e não se tornarem vítimas de confrontos.
As histórias de alguns desse bunkers que foram abandonados ou adaptados para outros fins são realmente fascinantes. Neste texto, contamos quatro delas.
(Fonte: Dr. Eran Levin/Reprodução)
Em 1994, a Jordânia e Israel assinaram um tratado de paz. Por consequência, muitos bunkers do exército localizados à beira do rio Jordão foram abandonados. Mas o fato mais curioso é que eles não ficaram desocupados.
Com o tempo, cerca de 12 espécies nativas de morcego se mudaram para esses locais. Os especialistas identificaram que cinco dessas espécies estão ameaçadas de extinção. Por isso, pode-se dizer que os bunkers acabaram se tornando santuários que ajudam na preservação destes animais.
Hoje, há milhares de morcegos vivendo em uma área militar de cerca de 96 quilômetros. Eles ajudam o meio ambiente comendo insetos e reduzindo a necessidade de pesticidas nas regiões vizinhas.
(Fonte: Forgemind ArcheMedia/Flickr)
Na Antártica, existe uma estação de pesquisa chamada Halley VI, localizada na plataforma de gelo Brunt. Ela foi projetada na década de 1950 para coletar informações sobre o clima da Terra e do espaço. Por anos, ela continha alojamentos bem equipados para receber as equipes de pesquisadores.
Mas, há alguns anos, a plataforma de gelo começou a rachar. Temendo por sua segurança, os pesquisadores pararam de se hospedar lá, e a solução que encontraram foi fabulosa: eles construíram uma estrutura para que a Halley VI pudesse rodar sozinha. Então, basicamente, ela se tornou um bunker "fantasma" que é capaz de andar em regiões perigosas, sem a presença de humanos, para coletar informações meteorológicas e climáticas.
(Fonte: Stephen Dowling/Reprodução)
Entre 1941 e 1985, a Albânia foi governada por um ditador chamado Enver Hoxha. Ele estava totalmente convencido de que a Iugoslávia, a Grécia e até os soviéticos, que eram seus aliados, queriam invadir a Albânia. Por conta disso, o ditador resolveu construir cerca de 750 mil bunkers por todo o país. A construção dessas estruturas escravizou o povo e acabou levando a nação à falência.
Estes bunkers tinham uma forma abobadada e atarracada, e por isso foram apelidados de "cogumelos". Eles continuam até hoje espalhados pela Albânia, e são agora usados para motivos mais práticos: servem de lojas, vestiários, galerias de arte e são até pontos de encontro para casais.
(Fonte: Bob Muckle)
Em 2004, um arqueólogo chamado Robert Muckle recebeu uma dica sobre um local no meio da província da Colúmbia Britânica, no Canadá. Quando foi desvendar o mistério, ele descobriu que, nas profundezas da floresta canadense, estava escondida uma vila japonesa muito rica, que havia sido abandonada.
A vila tinha 14 casas, um reservatório de água, uma casa de banho, um jardim e um santuário. O arqueólogo suspeita que o local tenha servido como um campo de extração de madeira durante a época da Segunda Guerra Mundial. A teoria é que a vila refugiava japoneses que enfrentavam muito racismo no Canadá, o que foi agravado quando o Japão atacou Pearl Harbor e Hong Kong, em um conflito que matou muitos soldados canadenses.
O local foi subitamente abandonado, mas não se sabe exatamente o porquê. Por isso, os resquícios desta vila, com muitos objetos que eram usados por essas pessoas, continuam levantando mistério até hoje.