Artes/cultura
18/01/2023 às 04:00•2 min de leitura
Para quem nasce e mora a vida toda em cidades pequenas, conhecer praticamente todos os habitantes parece se tornar uma espécie de piada interna. Mas como é a experiência de viver em um país que é do tamanho ou até menor que uma cidade? Tuvalu, por exemplo, é o segundo menor país do mundo, ficando atrás no ranking apenas do Vaticano.
Essa nação insular é formada por uma cadeira de nove ilhas no sul do Oceano Pacífico, onde cerca de 12 mil pessoas habitam. Sua capital, Funati, abriga cerca de metade da sua população. No entanto, a elevação do nível do mar está tornando a vida nesse país cada vez mais precária e incerta. Veja só cinco fatos sobre como é viver em Tuvalu!
(Fonte: Shutterstock)
Em questão de área, Tuvalu é o quarto menor país do mundo. Porém, todas suas ilhas nada mais são do que pedaços de terra em mar aberto, estando todas bem distantes uma das outras — sendo a maior distância entre duas ilhas de 804 km através do Pacífico.
Os habitantes podem se locomover pela região em hidroaviões, mas o trajeto mais comum é feito de barco e oferecido pelo governo local. O curioso, entretanto, é que a ilha mais elevada está apenas 9,1 metros acima do nível do mar. Com pouca área disponível, a agricultura se torna inexistente e os residentes precisam realizar processos de dessalinização para obter água potável.
(Fonte: Shutterstock)
Justamente por ser um lugar tão pequeno, não existem muitas formas de ganhar dinheiro em Tuvalu. A maioria dos moradores são agricultores de subsistência e que cuidam de jardins privados durante o ano todo. Pescar também é uma das maiores atividades econômicas do país.
Sendo assim, Tuvalu precisa importar praticamente tudo, seja alimentos, produtos secos e até mesmo combustível. Porém, desde a criação da internet, os domínios ".tv" — referentes a Tuvalu — tornaram-se um grande atrativo para empresas no mundo todo. Por exemplo, vários sites em inglês têm buscado esse tipo de endereço eletrônico para suas marcas, criando uma fonte de renda muito necessária para o país.
(Fonte: Shutterstock)
Mesmo sendo um país minúsculo, Tuvalu também possui um grande gosto por modalidades esportivas. Depois que os britânicos tornaram as ilhas parte de seu protetorado em 1892, o críquete se tornou um esporte muito consolidado na região. Nos últimos anos, porém, o futebol se tornou o esporte favorito entre os locais.
O país possui uma seleção nacional que também compete em eventos mundiais, mas nunca teve grande sucesso. Outra modalidade famosa entre os tuvaluanos é o Te Ano, um jogo que combina características do vôlei, críquete e até mesmo do beisebol. Inclusive, o príncipe William foi ensinado a jogar quando visitou Funafuti em 2012.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Assim como nas cidades pequenas, em Tuvalu parece que todas as pessoas se conhecem. Contudo, isso não é exatamente verdade. De qualquer forma, a atmosfera da região faz com que a família se torne um foco para os habitantes. Normalmente, até três gerações de familiares convivem no mesmo recinto: pais, filhos e netos.
Os avós passam o tempo cuidando de bebês e crianças, enquanto os pais trabalham, cultivam e pescam. As decisões familiares só são feitas após uma consulta aos membros mais velhos de um clã.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Sabendo do seu tamanho, Tuvalu não é um país que se atreve a entrar em conflitos políticos. Inclusive, não existem partidos políticos lá. Todas as disputas verbais acontecem dentro do governo unicameral, com um parlamento de 15 pessoas reeleitas a cada quatro anos pelos cidadãos do país.
Esse grupo, então, elege quem será o primeiro-ministro e um gabinete. Logicamente, os políticos se reúnem para criar alianças informais enquanto governam, mas são bastante maleáveis em todas as questões. Aliás, esse grupo é essencial para lidar com todas as crises ambientais que Tuvalu está passando e para decidir qual será o futuro dessa nação.