Artes/cultura
30/03/2023 às 08:00•2 min de leitura
Borrazópolis, no interior do Paraná, é a capital nacional de chocolate, segundo levantamento realizado pela Geofusion, plataforma especializada em inteligência geográfica. O estudo encontrou os locais onde a população tem paixão pelo alimento e mapeou os 10 locais com maior número de estabelecimentos chocolateiros por habitantes.
O município, que fica a 360 km de Curitiba, tem nove lojas especializadas em chocolate para cerca de 6.200 cidadãos. Isso significa que existe um estabelecimento para cada 699 moradores, garantido a liderança do ranking. A cidade, localizada no Vale do Ivaí, também já foi considerado a “Rainha dos Cafezais”.
A economia da cidade é baseada na agricultura, com destaque para as lavouras de milho, trigo, frutas e hortaliças. A cidade tem uma diversidade cultural expressiva, consequência da colonização por imigrantes japoneses, italianos, portugueses, espanhóis e ucranianos que começaram a chegar durante a década de 1940.
O consumo moderado de chocolate contribui para a melhoria da saúde. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
A pesquisa sobre as 10 cidades do Brasil com mais estabelecimentos especializados em chocolate revela diversas surpresas. Embora Gramado (RS) seja reconhecida por lei como “Capital Nacional do Chocolate Artesanal”, é apenas a segunda cidade com mais bombonieres per capita do Brasil.
O município de Campos do Jordão (SP), referência pelas fábricas de chocolate, fica apenas na quarta posição, enquanto Ilhéus (BA), destaque mundial na produção de cacau, sequer figura entre as 10 cidades com maior índice de lojas.
Confira o ranking completo:
Número de lojas dedicadas ao chocolate diminuiu mais de 7% nos últimos dos anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
O estudo também relevou que o número de lojas de chocolate foi reduzido desde o início da pandemia. Nos últimos dois anos, 430 estabelecimentos fecharam as portas por conta da crise financeira e o aumento dos insumos, de acordo com a Geofusion. O Brasil tem atualmente 5.410 bombonieres, conforme o levantamento.
Os preços do chocolate em barra e do bombom cresceram 13% nos últimos 12 meses até janeiro, um aumento superior à inflação de 11% do grupo de alimentos e bebidas medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Essa alta pode impactar no consumo de chocolates. Apesar de a indústria prever um recorde de lançamentos, com 163 produtos novos, representando mais de um terço do portfólio, as vendas do setor devem subir apenas 2,8%, alcançando R$ 2,5 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).