Artes/cultura
09/05/2023 às 12:00•2 min de leitura
A vida da nobreza sempre chamou a atenção das pessoas. Antigamente, essa curiosidade gerava boatos e fofocas que entretiam os empregados dos castelos, além dos outros nobres é claro. Contudo, algumas fofocas saíram do controle e mudaram para sempre a vida dos seus personagens.
Selecionamos alguns casos que entraram para história. Em alguns deles, não é possível saber se as pessoas envolvidas realmente fizeram aquilo de que foram acusadas — o que não as impediu de sofrerem as consequências.
Essa poderia ser apenas mais uma história de um casamento arranjado na nobreza europeia. Sofia Doroteia de Celle se tornou esposa de seu primo, que viria se tornar o rei britânico George I, por intermédio de sua mãe, que trabalhou arduamente para que a filha se tornasse rainha.
No entanto, o casamento entre os primos não resultou em felicidade para nenhum dos dois noivos. Ainda que Sofia desse ao marido os herdeiros necessários para a continuidade do trono, ele mantinha seus casos extraconjugais a vista de todos — a ponto de ser aconselhado a ser mais discreto, sob pena de perder o dote que a família da noiva havia pagado.
Com o tempo, Sofia passou a ser vista na companhia de um antigo amigo de infância, o conde sueco Philip Christoph von Königsmarck. Instalou-se na corte uma fofoca sobre o caso dos dois.
Apesar de sempre ter negado ter mantido relações com o conde, Sofia foi vítima da ira do marido. Após uma grande discussão, ela tenta pedir o divórcio, mas seus pais são contra. Então, ela tenta fugir, mas não tem sucesso.
George I, por sua vez, consegue se divorciar dela, alegando que ela o traiu. Apontada como responsável pelo divórcio, Sofia perde seu título de nobreza, fica proibida de ver seus filhos, de se casar novamente e ainda é enviada a uma espécie de prisão domiciliar, terminando assim os seus dias.
(Fonte: Getty Images)
A rainha Matilda da Dinamarca vivia um casamento infeliz com seu marido, cujo comportamento deprimido preocupava a todos da corte. O médico Johann Friedrich Struensee foi contratado para tratar do rei. De início, a rainha não gostou do médico, mas depois dele tratar a saúde do seu filho, que teve varíola, ela passou nutrir afeto por dele.
Eles tiveram um caso que não passou despercebido pelos moradores do castelo — até porque o médico passou a manipular a rainha, governando a Dinamarca.
Ambos foram denunciados. Johann confessou o caso, após ser torturado. Ele foi executado em 1771 e a rainha foi mandada para o seu país natal, a Inglaterra.
Fonte: Getty Images
A Marquesa de Montespan era a amante predileta do rei francês Luis XIV — e eles não pareciam se preocupar com as fofocas, já que o rei dava muitos presentes à sua amada e fazia questão de tornar público o seu sentimento por ela.
Mas, isso não era o suficiente para a marquesa. Ela queria ser rainha, mesmo sabendo que o Luis XIV era casado e não havia nada que pudesse mudar isso.
Foi aí que a marquesa decidiu dar mais motivo ao falatório sobre ela. Determinada a se tornar esposa, ela procurou uma pessoa que fazia “poções do amor” — inclusive, havia o boato de que essa bruxa usava ossos de bebês como ingredientes dos feitiços.
O problema é que uma investigação sobre envenenamento fez com que a bruxa contratada pela Marquesa de Montespan fosse queimada. Os rumores de que amante havia enfeitiçado o rei francês ganharam ainda mais força e ela também foi condenada à morte.